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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Escola Superior de Guerra promove palestra com Ministro da Defesa de Portugal

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O Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, recebeu seu homólogo português, João Gomes Cravinho, e comitiva, na manhã desta segunda-feira (10) na Escola Superior de Guerra (ESG), situada na capital fluminense.

No auditório da instituição, com as presenças do Ministro da Defesa e de demais autoridades militares e civis, João Gomes Cravinho ministrou palestra intitulada “Uma visão portuguesa do mundo a partir do Atlântico”.


Integrou ainda o público da conferência membros e alunos da ESG, da Escola de Guerra Naval (EGN), da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), da Universidade da Força Aérea (UNIFA), entre outros. A palestra antecede o início das atividades da ESG, que começam na segunda quinzena deste mês.


O Ministro português iniciou o discurso elogiando a ESG, instituição de estudos de nível superior das Forças Armadas, com mais de 70 anos de tradição. Cravinho lembrou os laços históricos entre as duas nações e discorreu acerca de temas como missões de paz internacionais, parcerias estratégicas e novas tecnologias. “Uma das razões da minha vinda ao Brasil foi visitar a Embraer em Gavião Peixoto”, disse o Ministro.

Na sexta-feira (07), Cravinho conheceu as instalações da Embraer e o avião de transporte de militares KC -390. Em 2019, Portugal assinou contrato para aquisição de cinco dessas aeronaves. Para o Ministro Fernando Azevedo, o cargueiro militar “é um meio aéreo que tem mercado”. Ele ressaltou ao homólogo a capacidade operativa do KC-390 e informou que o primeiro avião recebido já está em fase de testes no Brasil.



O evento contou ainda com as presenças do Chefe de Assuntos Estratégicos do MD, General de Exército, César Augusto Nardi de Souza; do Chefe de Operações Conjuntas, Almirante de Esquadra Claudio Portugal de Viveiros; do Secretário de Produtos de Defesa, Marcos Rosas Degaut; do Embaixador de Portugal, Jorge Cabral; do Cônsul-Geral de Portugal, Jaime Leitão; do Adido de Defesa de Portugal, Capitão de Mar e Guerra Manuel Francisco Canané; entre outras autoridades.

Navio- escola português

Desde o dia 5 de janeiro deste ano, o NRP Sagres realiza viagem ao redor do mundo em comemoração aos 500 anos da jornada histórica de Fernão de Magalhães, em dezembro de 1519. A viagem terá 371 dias de duração e passará por 22 portos.

Além disso a missão visa realizar o treinamento de mar dos cadetes do 1º e 2º ano da Escola Naval, bem como promover a realização de visitas de porto voltadas à consecução dos objetivos da política externa de Portugal.

Além do Rio de Janeiro, integra o cronograma da viagem do NRP Sagres a presença do navio, em Tóquio, durante o período inicial dos Jogos Olímpicos, em julho.

Antes de ser adquirido pela Marinha portuguesa, o NRP Sagres pertenceu a esquadra de navios da Marinha do Brasil. O navio-escola Sagres encontra-se no Cais Armazém 7 (próximo do AquaRio), Baía de Guanabara (RJ), e está aberto a visitas, em 11/02: das 10h às 12h; 12/02: das 10h às 12h e das 14h às 16h; e 14/02: das 10h às 12h e das 14h às 18h.



Fonte:  Ministério da Defesa Brasileiro
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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Quero ser brasileira, ó pá!

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O Brasil já é o maior mercado da portuguesa TAP. Agora, a estatal, que está sendo privatizada, pretende aumentar seus voos ligando o País ao mundo e sonha com um comprador verde-amarelo


Quem vive na região Norte do Brasil e quer passar as férias na Europa, além de toda a preparação para a viagem, como a reserva do hotel, a definição do roteiro e a compra das passagens, ainda tem de levar em conta o tempo de voo. Em média, um turista de Manaus, por exemplo, gasta 19 horas para chegar ao seu destino. O grande vilão da viagem é o tempo despendido na conexão no Rio de Janeiro ou em São Paulo. Pensando em encurtar essa distância e levar mais turistas para o Velho Continente, a TAP, a estatal portuguesa de aviação, vai incluir em seu plano de voo duas rotas a partir de Manaus e Belém no ano que vem. "Somos a companhia de bandeira do Brasil", diz o vice-presidente da TAP, Luiz Mór.
 
"Estamos de Norte a Sul do País." O trajeto Manaus-Lisboa deve durar cerca de oito horas. Gaúcho de nascimento e português por opção, o executivo diz que essa expansão é apenas uma pequena parte da estratégia da companhia para o Brasil. Hoje, as aeronaves da TAP realizam 77 voos por semana. O objetivo é chegar a 80 já em 2014. A TAP aterrissa em dez cidades no País, o que faz dela a principal companhia aérea em localidades atendidas por voos internacionais. O mercado brasileiro já é o maior faturamento da TAP – no ano passado representou 26% do faturamento de € 2,4 bilhões.
 
De janeiro a setembro, a receita gerada com as vendas de passagens por aqui rendeu à companhia portuguesa € 327,1 milhões, de um faturamento total de € 1,6 bilhão. Em 2012, o lucro da TAP chegou a € 15,8 milhões. Não é nenhum fenômeno, mas é um feito e tanto quando se compara com a avalanche de prejuízos que tingiu de vermelho o balanço das principais aéreas brasileiras, como a Tam e a Gol. No caso da portuguesa, depois de um período de turbulências, foi o quarto ano consecutivo com a última linha do balanço em azul. A companhia já está negociando com a Agência Nacional de aviação Civil (Anac) para a abertura de novas frequências.
 
Mór acredita que os mercados de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre ainda possuem potencial para até dez novos voos. "A demanda no Rio Grande do Sul está tão grande quanto a paulista", diz. "Porto Alegre tem um turismo de negócios forte."
 
A definição da Anac, segundo Mór, sairá ainda neste mês. "A operação brasileira nos dá condições para melhorar rotas em outros destinos", afirma Mór. "Sem o Brasil, não conseguiríamos abrir novos voos." Isso porque as viagens procedentes do Brasil saem com 90% dos assentos tomados, a maior taxa de ocupação obtida pela empresa no mundo.
 
A estratégia de fortalecimento da operação brasileira faz parte de um plano mais amplo do governo português: a privatização da TAP. Em 2012, o controle da companhia estatal foi colocado à venda (o governo português continuaria com uma participação acionária na empresa). Como em dezembro o processo arremeteu – o Grupo Synergy, dono da Avianca, único interessado no negócio, teve sua proposta recusada –, a TAP, agora, tem de se mostrar mais atraente do que nunca. "A noiva precisa continuar bonita", afirma Mór. O motivo da privatização é que, pela legislação europeia, países que buscaram ajuda financeira da União Europeia devem diminuir sua dívida pública.
 
No caso de Portugal, um dos grandes entraves para obter esse respiro é justamente o controle estatal da companhia aérea. "O ideal seria a TAP se associar a uma empresa brasileira", diz o consultor e professor da PUC do Rio Grande do Sul, Ênio Dexheimer. "Tem muita gente querendo voar para o Exterior. O potencial do País é enorme." Mór também acredita em uma sinergia maior caso o novo controlador seja uma companhia brasileira.
 
Segundo ele, além de possibilitar à parceira local um aumento no número de destinos internacionais, daria à TAP acesso ao mercado doméstico, que nos últimos anos tem apresentado crescimento expressivo no volume de passageiros transportados. "Teremos uma complementaridade natural com uma companhia do Brasil", afirma o executivo. "É importante para nós." Enquanto a privatização não acontece, a TAP tenta seguir no azul e sonhando com os bons ventos brasileiros.
 
Fonte: Isto é Dinheiro
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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Brasil e Portugal defendem o incremento de intercâmbio no setor militar

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A necessidade de incrementar o intercâmbio e fortalecer a parceria militar Brasil-Portugal norteou a reunião entre os ministros da Defesa Celso Amorim e José Pedro Aguiar-Branco, nesta quinta-feira, em Brasília. No encontro bilateral, o ministro Amorim sugeriu que os chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas dos dois países participem de conferências anuais para tratarem de questões de abrangência comum. O ministro Aguiar-Branco destacou o processo de privatização do setor naval português, projeto que, segundo ele, oferece oportunidades para indústrias brasileiras.

“O Exército brasileiro tem interesse na parceria com o Exército português. Aqui no Brasil desenvolvemos o Centro de Defesa Cibernética, que já foi implantado há um ano e meio e terá seu grande teste na Rio+20. O governo federal tem o programa ‘Ciências sem Fronteiras’ e asseguro que podemos estabelecer intercâmbio nessa área”, disse o ministro Amorim.

Com relação à privatização, Celso Amorim considerou importante que o governo brasileiro conheça em detalhes a concorrência e priorize a participação de empresas nacionais. Nesse momento, autoridades militares fizeram relato sobre a construção de navios patrulhas de 200 e 500 toneladas. No entanto, os brasileiros expuseram que há necessidade de verificar o mercado para tomar qualquer decisão sobre a privatização.

A visita

O ministro Aguiar-Branco chegou ontem (23) ao país para visita oficial de três dias. As reuniões com as autoridades brasileiras foram iniciadas hoje pela manhã, sendo a primeira no Ministério da Defesa. Aguiar-Branco chegou às 11h e foi recebido com honras militares. Em seguida, ocorreram as apresentações dos integrantes da comitiva portuguesa, que depois se deslocaram à sala de reuniões na sede do ministério.

Na abertura, o ministro Amorim destacou a importância do encontro bilateral Brasil-Portugal. Aguiar-Branco contou que chegara dos Estados Unidos, onde participou de reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), ocorrida em Chicago. Segundo o ministro português, um dos assuntos tratados foi a retirada de tropas militares do Afeganistão até 2014. Ele afirmou que foi apresentado um cronograma para a redução gradual dos 325 mil militares naquele país.

Celso Amorim, por sua vez, relatou a atuação do Brasil no Haiti e Líbano. Com relação ao país caribenho, o ministro brasileiro explicou que as tropas militares foram enviadas para cumprir três metas: segurança, estabilidade política e desenvolvimento econômico e social. Amorim reconheceu alguns avanços e previu que a participação brasileira deva se encerrar após as próximas eleições gerais.

Amorim mencionou também a participação do Brasil na missão de paz no Líbano, bem como a relação com a Síria, onde há presença de 11 militares brasileiros no grupo de observadores da Organização das Nações Unidas (ONU). “Nossa política tem dado muita importância ao Conselho de Defesa Sul-americano e à [União de Nações Sul-americanas] Unasul”, relatou o ministro brasileiro.

Na reunião, Amorim e Aguiar-Branco destacaram a parceria entre a Embraer e a OGMA (indústria aeronáutica de Portugal) no projeto KC-390, para desenvolvimento de um jato cargueiro, transporte de tropas e reabastecimento em voo. Celso Amorim destacou que o ministro português – que fará visita hoje à sede da Embraer, em São José dos  Campos (SP) – tomará conhecimento das etapas do projeto desenvolvido pelas duas empresas. Ao término do encontro, o ministro Amorim propôs a elaboração de ata com o apontamento dos principais tópicos para manter a memória das discussões entre os países.

Fonte: Ministério da Defesa via Defesanet
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Brasil quer “absorver” inovação tecnológica criada em Portugal

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O Brasil está interessado em “absorver” a inovação tecnológica gerada em Portugal “nos últimos anos”, sobretudo nas áreas das energias renováveis e da mobilidade eléctrica, afirma o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Minas Gerais, Nárcio Rodrigues.
Depois de conhecer o projecto da rede eléctrica inteligente da EDP InovCity/Smart Grid, de que a cidade de Évora é o “tubo de ensaio”, o governante disse que “o Brasil pode ser um ‘parque’ a absorver estas tecnologias, extremamente úteis ao mundo moderno”.
Lembrando a actual crise Nárcio Rodrigues garantiu que “é hora” de o Brasil agir “de forma solidária com Portugal”.

Portugal “avançou muito, nos últimos anos, na inovação tecnológica, especialmente nas energias renováveis”, disse o governante, apontando igualmente o carro elécrico como “uma experiência portuguesa que vai servir para o mundo”.
“Não vejo nenhuma dificuldade em que possamos avançar com a transferência destas tecnologias para o Brasil, num ambiente de parceria que pode permitir que sejam aplicadas lá, com resultados para ambos os países”, sublinhou.
Garantindo que Minas Gerais é “o Estado mais português do Brasil”, Nárcio Rodrigues destacou que o projecto da construtora aeronáutica brasileira EMBRAER que está a edificar duas fábricas em Évora também é um elo comum com esta cidade alentejana.
“Assinámos um acordo para a criação de um gabinete de engenharia da EMBRAER para o desenvolvimento de novos produtos” e, no Brasil, é o “primeiro escritório” da empresa “fora do Estado de São Paulo”, explicou.
O secretário de Estado frisou que, para Minas Gerais, a presença da EMBRAER “é um valor agregado”, sendo que o mesmo vai acontecer em Évora: “É bom para a EMBRAER, é bom para Évora, porque são ambas marcas muito fortes”.
O projecto da rede elétrica inteligente da EDP também foi alvo de elogios de Nárcio Rodrigues, que referiu que decorre no seu estado um estudo similar e que “não há hoje cidade no Brasil” que não queira “ter o sistema de Smart Grid implantado”.
“Podemos ‘beber’ muita da experiência que a EDP teve ao formatar o projecto InovCity aqui e tenho a certeza que muitos outros países virão buscar esta experiência para a aplicarem nas suas localidades”, disse.
Fonte: Ciência Hoje
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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Portugal, colônia do Brasil? Uma proposta

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O jornal inglês "Financial Times" saiu com uma proposta inusitada nesta semana: o Brasil deveria anexar Portugal, que se tornaria uma província brasileira, abandonando a União Europeia. O jornal não poupou críticas ao estado atual da nação portuguesa, mergulhada em dívidas, desemprego recorde e com um primeiro-ministro demissionário porque não conseguiu apoio para seu plano de austeridade.

Já o Brasil, antiga colônia portuguesa, cresceu humilhantes 7,5% ano passado e é mercado cobiçado e garantidor de resultados das multinacionais portuguesas como a Portugal Telecom. Enquanto Portugal o Brasil saiu da lista de devedores do Fundo em 2005, e hoje em dia é credor líquido internacional. Daí a ideia de inverter os papéis entre antigos metrópole-colônia.

A proposta do "FT", obviamente, é uma piada.

Mas é fato que a presidente Dilma Rousseff foi recebida em Portugal nesta semana com ecos de sebastianismo. "Dilma veio com um discurso de parceria estratégica com Portugal, mas tudo o que os portugueses queriam era garantia de que o Brasil vai financiar a dívida portuguesa", contou-me uma influente jornalista portuguesa. "Queríamos o Brasil salvando Portugal, a Dilma chegando com o cheque e investimentos."

Portugal está tentando vender seus títulos até para o Timor. Mas, com o rebaixamento pelas agências de classificação de risco --estão a apenas dois degraus da nota 'junk'-- está difícil achar cliente. O país precisa de financiamento de € 21 bilhões entre abril e dezembro. A China, com US$ 3 trilhões de reservas internacionais, comprou apenas US$ 300 milhões de dívida pública portuguesa.

"Os discursos de Dilma e de Lula tiveram de incorporar a disponibilidade para ajudar Portugal na crise da dívida, embora, como se temia, além de palavras de circunstância e de vagas promessas, pouco de substancial tenha sobrado", dizia o editorial de quinta-feira do jornal Público.

Quiçá os portugueses esperavam do Brasil a mesma generosidade que o caudilho Hugo Chávez demonstrou com a Argentina. Quando os portenhos eram párias absolutos no mercado internacional e o regime bolivariano estava no auge da riqueza dos petrodólares, Chávez foi o único a financiar a dívida argentina, embora a taxas não muito camaradas.

Mas Dilma foi pragmática e não se comprometeu com nada. "No caso dos títulos, nós temos de cumprir os requisitos que dizem respeito ao uso das reservas do Brasil. Quais são os requisitos do banco central? Que sejam títulos triplo A", disse. A Standard & Poor's baixou a nota de risco de Portugal para BBB-. "A única alternativa é a possibilidade de comprar títulos que não são triplo A com garantia. Ou garantia real ou de algum ativo que supra essa deficiência", completou Dilma.

Integrante da comitiva de Dilma em Portugal, o assessor internacional da presidência, Marco Aurélio Garcia, sublinhou que o Brasil precisa ser generoso com seus vizinhos, em entrevista a Assis Moreira, do Valor Econômico. Ele se referia à negociação das tarifas pagas aos paraguaios pela energia de Itaipu.

A ver se essa generosidade se estende aos países não vizinhos, mas historicamente irmãos.

Fonte: Folha
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