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domingo, 20 de dezembro de 2020

O Brasil e o Gripen E/F - Um pouco sobre o novo caça brasileiro

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O SAAB Gripen E (no Brasil denominado F-39E Gripen) venceu no final de 2013 a concorrência para fornecer à Força Aérea Brasileira inicialmente 36 modernas aeronaves de combate, tendo sido ao longo de todo desenrolar do programa FX-2 apontado como o "azarão", por se tratar naquela época de uma aeronave em pleno desenvolvimento, mas surpreendeu quando foi anunciada sua vitória na disputa que tinha concorrentes de peso, como o francês Dassault Rafale e o norte americano Boeing F-18 E/F Super Hornet. 

Porém, após sete anos desde o anúncio de sua escolha, o desenvolvimento atingiu todas as fases programadas em acordo com o previsto, tem rebatido os críticos de plantão, devendo ser entregue o primeiro lote de quatro aeronaves "IOC" no próximo ano (2021). Considerando que a definição pela aeronave se deu em dezembro de 2013 e a assinatura do contrato só em 24 de outubro de 2014, temos menos de cinco anos desde a concretização do acordo e o primeiro voo do primeiro exemplar do Gripen E pertencente ao Brasil, feito realizado em 26 de agosto de 2019, com este exemplar iniciando os testes visando as certificações em setembro deste ano, o que demonstra o sucesso do empreendimento.

Além disso, o contrato avaliado em 4,1 bilhões de dólares, prevê não apenas a aquisição inicial de 36 aeronaves, mas uma extensa capacidade logística e industrial transferida ao Brasil, capacitando nossa industria e corpo de engenheiros e técnicos, estabelecendo não apenas uma venda SAAB (Suécia) x Brasil, mas uma importante parceria, tornando o parque industrial aeroespacial brasileiro (Embraer, Akaer, AEL Sistemas, Atech, Inbra, Atmos...) um importante parceiro e fornecedor da SAAB, atuando no desenvolvimento da aeronave, sendo responsável pelo desenvolvimento da variante biposto, o Gripen F, inicialmente desenvolvida exclusivamente para atender as necessidades brasileiras, mas que poderá ser ofertada à outras nações. 

Recentemente, vem sendo cogitada a produção do Gripen no Brasil afim de atender a demanda de clientes na região, com a grande possibilidade da Colômbia vir a se tornar o segundo operador do Gripen E na América Latina.


Muitos leigos tem realizado comentários desconexos à realidade, comparando o Gripen E brasileiro ao "venezuelano" Sukhoi Su-30MK2V, em termos de capacidades e potenciais, apontando uma enganosa vantagem ao caça de fabricação russa, cabendo a nós do GBN Defense pontuar alguns pontos relevantes sobre a tecnologia embarcada que o novo caça brasileiro traz consigo, algo que por si só nos confere uma enorme vantagem frente ao caça de nossos vizinhos, não apenas venezuelanos, mas de toda América Latina, apresentando uma consciência situacional sem paridade na região, com uma poderosa capacidade de transmissão/recepção de dados, sensores de última geração, ótima interface homem/maquina, sistemas de guerra eletrônica avançados, somados a capacidade de operar em áreas remotas com pouco suporte em solo, um variado leque de armamentos e as doutrinas de combate aéreo brasileiras, as quais contam com importantes meios no "estado da arte", como nossas plataformas E-99 e demais sistemas de defesa e monitoramento, podemos afirmar com toda certeza, nenhum de nossos vizinhos teria a ousadia de enfrentar o Brasil na arena aérea.

Há quem critique a escolha do Gripen sob uma óptica míope, alegando se tratar de uma aeronave "leve", justificando isso pelo simples fato de ser monomotor, o que é um erro, uma vez que suas capacidades são comparáveis aos seus principais concorrentes, porém, apresentando um menor custo da hora de voo. O conceito por trás do Gripen, apresenta uma capacidade avançada, aliada ao baixo custo em todo seu ciclo de vida, isso quando somado a tecnologia embarcada no mesmo, sua diminuta assinatura radar (RCS), simplicidade e robustez, entrega ao seu operador uma solução ímpar, constituindo o mesmo num sistema de defesa, o qual faz frente a toda ameaça no atual cenário aéreo e o futuro próximo.

A escolha do Gripen E/F se mostra a cada dia ser a mais acertada para o cenário brasileiro, representando ganho não apenas operativo, mas capacidade intelectual, técnica e industrial, porém, é preciso que o programa não pare em apenas 36 aeronaves, ou no hipotético segundo lote, é preciso que toda essa capacidade e expertise adquiridos sejam empregados em outros programas estratégicos, os quais não devem se limitar no projeto do Gripen E/F, mas resultar em novas conquistas, como a concepção de novos meios aéreos, sendo eles tripulados e remotamente tripulados, pois a tecnologia que temos recebido, será um ponta pé inicial na abertura de novos campos de domínio tecnológico e independência, abrindo novos mercados e perspectivas.

Recentemente foram divulgadas belas imagens do primeiro Gripen E brasileiro nos céus do Rio de Janeiro e na ALA 12, Base Aérea de Santa Cruz (BASC), as quais ilustram nosso artigo.

Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN Defense, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio, leste europeu e América Latina, especialista em assuntos de defesa e segurança.

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quinta-feira, 16 de julho de 2020

Marinha do Brasil ativará Base de Submarinos da Ilha da Madeira (BSIM) nesta sexta-feira

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Na próxima sexta-feira (17), a Marinha do Brasil realizará a cerimônia de ativação da Base de Submarinos da Ilha da Madeira (BSIM), marcando um importante marco no âmbito do PROSUB, localizada no Complexo Naval de Itaguaí (CNI), no Rio de Janeiro, onde também é realizada a junção das seções e finalização da construção atualmente dos quatro primeiros submarinos da Classe Riachuelo (SBR), e futuramente o nosso primeiro submarino nuclear SN-10 "Álvaro Alberto" (SNBR).

A nova Base Naval que será a "casa" dos novos submarinos brasileiros, se torna a mais moderna da Marinha do Brasil, dispondo de uma moderna infraestrutura, onde será realizado também o treinamento dos futuros submarinistas que irão operar os modernos submarinos frutos do PROSUB, dispondo de simuladores e todos os meios necessários para capacitar e qualificar as tripulações, além de toda infraestrutura que visa contribuir para o aprestamento dos meios navais, prioritariamente dos submarinos e prestar apoio logístico às Organizações Militares (OM) apoiadas. Cabe a ela prover facilidades de atracação, infraestrutura e apoio administrativo aos navios subordinados ao Comando da Força de Submarinos; segurança de áreas e instalações do Complexo Naval de Itaguaí, incluindo os perímetros marítimo, terrestre e áreas comuns, em coordenação com as demais OM e empresas sediadas no Complexo, além de oferecer apoio básico de saúde.

Nesta foto é possível ver as instalações onde é realizada a junção final das seções dos submarinos da Classe Riachuelo (SBR)
Tendo como foco o apoio às OMs instaladas em Itaguaí, a BSIM demanda recursos humanos altamente qualificados e infraestrutura específica, o que confere a importante tarefa de consolidar a mentalidade de segurança e ser a guardiã da sede do maior ativo da defesa nacional. Desta forma, a estrutura se destaca por possuir elevados níveis de automação. Uma complexa infraestrutura de rede de dados e centros de controle que permite automatizar tarefas como a geração e distribuição de utilidades (água, óleo, energia elétrica), o controle de maquinário, a detecção e combate a incêndio, a segurança física das instalações e a proteção ambiental. Seus usuários contam com modernos recursos de tecnologia da informação e comunicação para o desempenho de suas tarefas, inseridos na robusta infraestrutura de segurança da informação da Marinha.

Nesta imagem vemos o moderno Shiplift (elevador de navios) da BSIM
Moderna, bem equipada e com efetivo bem preparado para exercer seu papel constitucional de garantir a soberania do país, a ativação da BSIM representa um importante marco no processo construtivo do PROSUB em que fortalece as plantas industriais, eleva o patamar tecnológico e faz da nossa Base Industrial de Defesa um vetor de inovação, incorporação tecnológica e expansão da indústria, comprovando a qualificação profissional e industrial instaladas no Brasil.

É motivo de grande orgulho para nós brasileiros, e todos poderão acompanhar a cerimônia de ativação da Base de Submarinos da Ilha da Madeira (BSIM) através do perfil oficial da Marinha do Brasil no YouTube, não percam nesta  sexta-feira, 17 de julho, a partir das 10h30 da manhã.


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com informações e imagens do CCSM
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domingo, 3 de maio de 2020

FAB mostra a versatilidade e capacidade do KC-390 na Operação COVID-19

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Neste sábado (02), mais uma vez a maior e mais moderna aeronave desenvolvida no Brasil, o KC-390 Millennium, demonstrou toda sua capacidade e versatilidade em mais uma operação no âmbito do apoio logístico ao combate a pandemia do COVID-19 no Brasil.

Duas aeronaves Embraer KC-390 Millennium pertencentes a Força Aérea Brasileira (FAB), fizeram parte das ações do Governo Federal, que, por meio do Ministério da Defesa, vem priorizando o transporte de material de saúde, as quais realizaram transporte de material de saúde para Manaus com grande quantidade de suprimentos imprescindíveis para o trabalho das equipes de saúde. As aeronaves realizaram o transporte de cerca de 452 mil Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), sendo 300 mil unidades de máscaras cirúrgicas, 17 mil unidades de máscaras N95, 130 mil unidades de luvas, 4.080 óculos e 1.300 aventais, além de 1.080 litros de álcool em gel, doados pela Fundação Itaú para Educação e Cultura. 


A ação foi coordenada pelo Centro de Coordenação de Logística e Mobilização (CCLM), do Ministério da Defesa, em parceria com o Ministério Saúde, sendo executada pelo Comando Aeroespacial (COMAE), da Força Aérea Brasileira. O KC-390 Millennium encontra-se em período de implementação, fase de instrução onde estão sendo qualificadas as equipagens e pessoal de apoio, operando com a IOC (Capacidade Operacional Inicial), onde a Força Aérea Brasileira vem ampliando seu envelope de voo e cumprindo as etapas necessárias, nesta fase tem sido um valioso ativo na Operação COVID-19, com sua utilização no âmbito da Operação sendo resultado dos esforços e da parceria da FAB com a Embraer. 


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com Ministério da Defesa, imagens Força Aérea Brasileira
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sexta-feira, 27 de março de 2020

"FOXTROT" - SAAB dá importante passo na produção do Gripen-F

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A Saab estabeleceu um importante marco no programa Gripen NG, realizando o primeiro corte de metal que será empregado na construção da versão biposto do seu caça de nova geração, o Gripen F, um importante passo no desenvolvimento do programa que envolve a participação da indústria brasileira.

O "Foxtrot" está sendo desenvolvido especialmente para atender aos requisitos da Força Aérea Brasileira (FAB) e compartilha do mesmo design e avançada suíte aviônica da variante monoposto, o Gripen-E. O Gripen "F" pode ser empregado tanto para realização de instrução e qualificação de pilotos, no modo de treinamento, como podem ser empregados em combate, neste modo os dois tripulante da aeronave dividem a carga de trabalho, contando com duas diferentes configurações do display.

A primeira peça destinada ao "Foxtrot" foi fabricada recentemente nas instalações da Saab, em Linköping, na Suécia, e será destinada a seção de dutos de ar, localizada logo atrás do cockpit da aeronave.

Primeira corte de metal do "Foxtrot", peça será destinada à seção de dutos de ar logo atrás do Cockpit do Gripen-F

“Esse é um marco importante para o projeto Gripen, pois demonstra que a fase de desenvolvimento está acontecendo adequadamente. Isso sinaliza o início da produção da aeronave de dois lugares, o Gripen F, muito aguardado pela Força Aérea Brasileira”, diz o Coronel Renato Leite, integrante da Força Aérea Brasileira e chefe do Grupo de Acompanhamento e Controle da Saab (GAC-Saab).

O Programa Gripen F (Foxtrot) acontece em conjunto entre a Saab e as empresas brasileiras que atuam em parceria no desenvolvimento da nova aeronave, entre ela estão a Embraer, AEL Sistemas, Akaer e Atech. Atualmente, cerca de 400 engenheiros estão trabalhando no desenvolvimento do Gripen-F, principalmente no Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (GDDN, do inglês Gripen Design and Development Network), localizado na planta fabril da Embraer em Gavião Peixoto, interior de São Paulo. A fabricação ocorrerá na Suécia e no Brasil.



“Este foi um trabalho de equipe onde tivemos muitas pessoas dedicadas, tanto na Suécia como no Brasil, construindo o caminho para este importante marco da nova versão do Gripen. Estes marcos são momentos especiais devido a sua raridade e faz com que estejamos realizados”, diz Jonas Hjelm, head da Saab Aeronautics.

O Brasil encomendou 28 caças monoposto Gripen-E, que serão entregues no Brasil a partir de 2021, e 8 caças biposto Gripen-F, com entregas acontecendo a partir de 2023.

O Gripen-F também participa de importantes concorrências, onde está sendo oferecido pela Saab ao governo da Finlândia no âmbito do Programa HX que visa a substituição de seus caças.


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com informações da SAAB
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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

O Brasil e as FREMM, oportunidade perdida?

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As duas fragatas FREMM (Fregata Europea Multi-Missione) que estão sendo construídas pela Fincantieri originalmente para a Marinha Italiana, tem sido oferecidas no mercado internacional, atualmente estão sendo negociadas com Egito, e ao que tudo indica, este deverá ser seu operador afinal.

No ano passado, as mesmas fragatas foram ofertadas pela Itália ao Brasil, como parte de um pacote que contava ainda com Veiculo Blindado de Combate de Infantaria (VBCI) Centauro B1 da Iveco.

As duas fragatas FREMM ainda em fase de construção seriam uma boa aquisição para nossa Marinha do Brasil, porém, a possibilidade de embarcarmos nessa moderna nau esbarrou na questão orçamentária de nossa defesa, a qual não possuí recursos para arcar com o custo de 1,5 bilhões de euros que envolve a aquisição dos modernos navios de projeto franco-italiano.

A recusa brasileira pode ser por muitos considerada uma oportunidade perdida, mas se analisarmos friamente o negócio e os ganhos reais que representaria a aquisição desses dois navios em comparação com investimento nos novos navios de escolta da Classe Tamandaré, podemos concluir que é muito mais viável investir recursos no desenvolvimento da nova classe e na hipótese de ampliar o número de navios envolvidos no programa, inicialmente projetado para quatro navios, se fosse investido o valor das duas FREMM, poderíamos cobrir a construção de mais quatro navios da Classe Tamandaré, que representaria maior flexibilidade a nossa esquadra, apesar de possuir capacidades ligeiramente inferiores ao projeto franco-italiano, o qual desloca quase o dobro da Classe Tamandaré, sendo 6.570ton contra 3.450ton do projeto MEKO vencedor.

Existe a possibilidade de aquisições por oportunidade de novas escoltas, onde são bem cotadas as fragatas Tipo 23 britânicas, apesar de não haver ainda qualquer posicionamento sobre a aquisição destes meios, há especulações quanto a oferta desses escoltas a nossa Marinha através de um vantajoso acordo entre o governo britânico e o brasileiro.

Voltando as fragatas italianas, seria uma ótima aquisição se o momento econômico fosse favorável e não houvesse tantas necessidades em nossa esquadra, as quais leva a uma importante avaliação de nossas necessidade e a busca por soluções bem equalizadas afim de atender nossas lacunas sem impactar no orçamento de forma a limitar a capacidade de obtenção de outros meios de suma importância para nosso poder naval.

Nós do GBN Defense buscamos apresentar ao nosso público análises bem embasadas e realistas, de maneira a situar o mesmo no cenário que atravessamos em nossa economia e defesa, nos abstendo do sensacionalismo e análises superficiais sem trazer os contextos reais de nosso país, evitando assim as especulações inflamadas de achismos e desconhecimento real dos fatos inerentes a análise de defesa séria e visando não apenas oferecer uma visão clara ao nosso público, mas também servindo de contributo aos debates e discussões acerca de nossas necessidades e políticas de defesa.


Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio, leste europeu e América Latina, especialista em assuntos de defesa e segurança, membro da Associação de Veteranos do Corpo de Fuzileiros Navais (AVCFN), Sociedade de Amigos da Marinha (SOAMAR), Clube de Veículos Militares Antigos do Rio de Janeiro (CVMARJ) e Associação de Amigos do Museu Aeroespacial (AMAERO).

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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Classe Tamandaré - BNDES e EMGEPRON firmam acordo de cooperação

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), representado por seu Presidente, Gustavo Henrique Moreira Montezano, e a Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON), representada por seu Diretor-Presidente, Vice-Almirante (RM1-IM) Edesio Teixeira Lima Junior, assinaram, no dia 31 de janeiro, um Acordo de Cooperação.
O Acordo tem por finalidade o estabelecimento das bases de mútua cooperação a serem levadas a efeito por meio da colaboração de ambas as instituições, mediante o compartilhamento de conhecimento e informações, com o propósito de permitir o acompanhamento e aferição do Conteúdo Local.
A execução do contrato de obtenção, por construção, dos quatro Navios Classe Tamandaré, a empresa EMGEPRON será a contratada junto ao Consórcio Águas Azuis, vencedor para a construção dos navios no processo de Solicitação de Ofertas (“Request for Proposal – RFP”), promovido pela Marinha do Brasil.
O Conteúdo Local é a parcela do total de investimentos realizados no empreendimento que será despendida com a aquisição de bens e serviços produzidos por empresas brasileiras.
A exigência de Conteúdo Local no Programa dos Navios Classe Tamandaré, na ordem de 30% para o primeiro navio e 40% para os demais navios, gerará benefícios para a economia do País ao garantir mercado às empresas brasileiras.
Tais exigências contribuirá para instalação e consolidação de um parque industrial diversificado, para a capacitação tecnológica e empresarial e para o aumento da qualificação dos postos de trabalho.
Estiveram presentes na assinatura o Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante de Esquadra José Augusto Vieira da Cunha de Menezes, diretores e assessores de ambas as instituições.

Fonte: Marinha do Brasil
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

PROANTAR - Casa nova, sacrifício antigo e um sopro de esperança

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Seja bem-vindo! O Brasil está de casa nova na Antártica. O Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) está mais vivo do que nunca. Reinauguramos nossos sonhos, expectativas e desafios para os próximos anos no Continente Gelado. Eu estive lá no ano passado. Passei 17 dias no gelo. Pude constatar a grandeza da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF).

Não é só mais uma base, agora mais ampla, moderna, tecnológica e com energia sustentável. Significa dizer para o mundo que valorizamos os pesquisadores brasileiros. Seguimos firmes e fortes como um dos 29 membros do Tratado Antártico. E vamos, sim, continuar participando das decisões sobre o futuro desse continente.


Muitos devem estar se perguntando: por que investir R$ 400 milhões na reconstrução da estação brasileira? A resposta é que saiu barato se analisarmos o custo-benefício.

Trata-se de uma região estratégica geográfica e politicamente. Inexplorada de forma econômica, por ser um continente neutro. Porém, fonte das maiores reservas de petróleo e gás natural do mundo. Onde se encontram 70% da água doce e 90% do gelo do planeta.


As soluções para grandes problemas da humanidade podem estar na Antártica. Falo do aumento da produção de alimentos, da cura do câncer e da fabricação de anticongelantes que podem ser utilizados na indústria aeronáutica. Sem falar nas mudanças climáticas, na preservação das espécies e em dezenas de descobertas científicas.

Para que a pesquisa seja possível na Antártica, a Marinha dispõe de um grupo base de 16 militares, dois navios polares e investe pesado no PROANTAR desde 1982. É com muito sacrifício, sim, que a pesquisa brasileira ganha um sopro de esperança.

Parabéns ao Programa Antártico Brasileiro!!! 

Viva a Marinha!!! 



Por Capitão-Tenente Fabrício Costa, Oficial da Marinha do Brasil, convidado pelo GBN Defense.



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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

KC-390 Millennium completa testes bem-sucedidos de lançamento de cargas em voo

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A Embraer concluiu com sucesso a campanha de testes com KC390 Millennium no lançamento de cargas por gravidade e de cargas pesadas por extração com emprego dos métodos CDS (do inglês Container Delivery System) e LVAD (Low Velocity Air Drop), respectivamente.

O KC-390 Millennium possui um sistema de manuseio e lançamento de carga em voo no compartimento de carga totalmente automatizado, em que um único mestre de carga (loadmaster) pode executar todas as atividades, reduzindo a carga de trabalho e incrementando a consciência situacional. Para os pilotos, um sistema chamado CCDP (Continuously Computed Drop Point) calcula automaticamente o ponto ideal de lançamento de carga para melhor precisão no cumprimento da missão. Ambos os sistemas foram desenvolvidos pela Embraer.

Os testes, conduzidos pela Embraer em cooperação com a Força Aérea Brasileira e o Exército Brasileiro, foram realizados nas instalações do Exército dos Estados Unidos, em Yuma Proving Ground, no Arizona (EUA). As principais realizações da campanha de testes foram o lançamento em voo de uma plataforma com peso máximo de 19 toneladas (42.000 libras), bem como o lançamento sequencial em voo de duas plataformas com peso total de 24 toneladas. Com base nesses resultados, o KC-390 Millennium torna-se o único avião de transporte de médio porte capaz de realizar tal operação.



Durante a campanha de lançamento de cargas em voo em 2019, o KC-390 Millennium lançou diversos contêineres por gravidade, com até 24 contêineres em uma única passagem, assim como diversas plataformas Tipo V utilizando paraquedas de extração, totalizando 330 toneladas de cargas lançadas.

Destaques adicionais da campanha de testes:

  • Lançamento aéreo sequencial por extração com até quatro plataformas em uma única passagem;

  • Lançamento por extração utilizando dois paraquedas de extração de 28 pés (8,5 metros) de diâmetro com o piloto automático acoplado;

  • Sistema CCDP (Continuously Computed Drop Point) testado com sucesso para lançamentos por gravidade e extração em voo, demonstrando excelente precisão.

O manuseio da aeronave foi excelente em todas as condições de lançamento em voo, com os comandos de voo fly-by-wire extremamente eficazes no controle das mudanças de atitude de inclinação da aeronave durante e após cada liberação de carga. As situações mais exigentes de lançamento foram realizadas sem intervenção do piloto (sidesticks fly-by-wire na posição neutra). Os comentários extremamente positivos dos pilotos da Embraer e da Força Aérea Brasileira confirmam o desempenho superior desta aeronave durante as operações de lançamento de cargas em voo.

A aeronave que já começa a ser entregue á FAB, com dois exemplares de série entregue neste ano de 2019, continua a maratona de testes operacionais afim de homologar todo envelope de voo e capacidades operacionais, a cada fase surpreendendo pelo seu desempenho e qualidades.

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Com informações da Embraer (EDS)

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domingo, 15 de dezembro de 2019

Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED)

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Um Brasil forte, industrializado, com capacidade de criar e inovar em setores estratégicos exige Forças Armadas modernas e bem equipadas, capazes não apenas de desempenhar a tarefa fundamental da defesa da pátria, mas também de ajudar a construir esse novo país.

Esse é o princípio que norteia a criação do Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED). Ousado e de longo prazo, o PAED representa a consolidação dos detalhados planos de recomposição da capacidade operativa da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, associada à busca de autonomia tecnológica e ao fortalecimento da indústria de defesa nacional.

Por meio dele, a política de compras governamentais no setor de defesa ganha o poder de organizar a demanda e, assim, fortalecer a cadeia produtiva de bens industriais e de serviços. Tudo isso com transparência sobre como serão empregados os recursos da Defesa, algo vital em uma nação democrática e com elevado nível de maturidade institucional.

O que é o PAED?

O Plano de Articulação e Equipamento da Defesa (PAED) é, em termos simples, o principal instrumento que o Estado dispõe para garantir o fornecimento dos meios que as Forças Armadas necessitam, bem como a infraestrutura que irá provê-los.

Por meio dele, o Ministério da Defesa planeja e executa as compras associadas aos projetos estratégicos de defesa, ao mesmo tempo em que organiza e sustenta, com esses investimentos, o setor industrial de defesa no país.

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O PAED funciona como uma espiral de investimentos e especialização produtiva, capaz de gerar inúmeros benefícios para o país. Conhecedores do que as Forças Armadas vão demandar, fornecedores serão capazes de investir em produtos, serviços e parcerias estratégicas – inclusive com o capital estrangeiro – que assegurem amplo espectro de capacitações e tecnologias sob domínio nacional, agregando valor aos bens finais e gerando emprego e renda para os brasileiros.


O investimento na modernização dos equipamentos é, no entanto, apenas um dos aspectos do plano. A moldura que sustenta o PAED contempla também a articulação, ou seja, a forma como as organizações militares – sobretudo suas estruturas operacionais – se organizam e se distribuem territorialmente para cumprir suas missões.

Essa conjugação entre articulação e equipamento das Forças Armadas observa o trinômio monitoramento/controle, mobilidade e presença, estabelecido na Estratégia Nacional de Defesa (END). É na END que estão consolidados os objetivos mais amplos para as ações governamentais relacionadas à estruturação da defesa nacional.

Fonte: Ministério da Defesa do Brasil
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terça-feira, 26 de novembro de 2019

Saab Inaugura Simulador de Desenvolvimento do Gripen no Brasil

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A Saab e o time de parceiros brasileiros deram outro passo importante no programa de transferência de tecnologia. Nesta segunda feira (25), o chamado S-Rig, abreviação de Systems-Rig, primeiro simulador de desenvolvimento do Gripen fora da Suécia, foi inaugurado no Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (GDDN, do inglês Gripen Design and Development Network), na planta da Embraer, em Gavião Peixoto. A implantação faz parte do programa de transferência de tecnologia do novo caça brasileiro, uma parceria entre Saab, Embraer, Atech, AEL Sistemas e a Força Aérea Brasileira.
A inauguração do S-Rig é um marco importante no Programa Gripen-BR, pois proporciona ao GDDN maior autonomia para conduzir mais projetos de desenvolvimento no Brasil. O simulador será usado para testes de desenvolvimento e verificação dos sistemas, subsistemas e funcionalidades do Gripen no Brasil, especialmente de sistemas desenvolvidos pela Saab, Embraer, Atech e parceiros no GDDN, mas também poderá ser empregado para testar funcionalidades produzidas em outros locais, pelas demais empresas brasileiras parceiras do programa. O S-Rig também dará suporte as atividades do Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC, do inglês Gripen Flight Test Center) que será instalado no GDDN em 2020.
"O S-Rig é um simulador completo da aeronave que possibilitará que o Brasil tenha total capacidade para testar todos os sistemas do Gripen. O Brasil é o único país com essa capacidade fora da Suécia. Este é um grande diferencial para a indústria de defesa brasileira", diz Mikael Franzén, vice-presidente e head da unidade de negócios Gripen Brasil da Saab Aeronautics.
O evento de inauguração contou com a presença do Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Augusto Amaral Oliveira, Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), Walter Pinto Junior, diretor dos programas de defesa da Embraer e outras autoridades da Força Aérea Brasileira (FAB), além de Mikael Franzén, vice-presidente e head da unidade de negócios Gripen Brasil na Saab Aeronautics, representando a empresa sueca.
"Este simulador é uma importante ferramenta de desenvolvimento onde os engenheiros podem testar novos softwares e funcionalidades, além de permitir que pilotos se preparem para os ensaios em voo, realizando testes na plataforma antes de realizar na aeronave real", completa Franzén.
A plataforma do simulador, que foi construída a partir da parceria entre Saab, Embraer, Atech, AEL Sistemas e Força Aérea Brasileira (FAB), possibilita que as empresas brasileiras adquiram conhecimento em tecnologia e operações avançadas de simuladores, além do desenvolvimento moderno de caças. Depois que os caças forem desenvolvidos e entregues, o simulador de desenvolvimento continuará sendo útil para a FAB e a indústria nacional de defesa, para o desenvolvimento e acesso a novas funcionalidades do caça como, por exemplo, a integração de novas armas.
Programa de transferência de tecnologia:
Mais de 200 engenheiros brasileiros já participaram de treinamentos teóricos e práticos, na Suécia, como parte do programa de transferência de tecnologia do Gripen. Até o fim do programa, terão sido treinados mais de 350 brasileiros.
Principais marcos do Programa Gripen Brasileiro:
Dezembro de 2013: Governo Brasileiro anuncia a escolha do Gripen para reequipar a Força Aérea Brasileira;
Outubro de 2014: Assinatura do contrato entre Saab e Força Aérea Brasileira;
Setembro de 2015: Eficácia do contrato e assinatura do acordo de financiamento entre Brasil e Suécia;
Outubro de 2015: Primeiro grupo de brasileiros chega à Suécia para participar do programa de transferência de tecnologia;
Novembro de 2016: Inauguração do Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (GDDN), na planta da Embraer, em Gavião Peixoto;
2017: Após dois anos de transferência de tecnologia, primeiro grupo de brasileiros da Embraer e AEL Sistemas retorna ao Brasil. Grande parte deles para trabalhar no desenvolvimento do Gripen F (biposto), em áreas como: sistemas veiculares, engenharia aeronáutica, design de fuselagem e instalação de sistemas, integração de sistemas e armamentos, aviônica, interface homem-máquina e comunicação.
2018: Primeiro Gripen brasileiro entra em produção, em Linköping, com a participação de engenheiros brasileiros e suecos;
Maio de 2018: A fábrica de aeroestruturas da Saab no Brasil, a Saab Aeronáutica Montagens (SAM), iniciou a sua implementação e os engenheiros que lá atuarão começaram o programa de transferência de tecnologia, na Suécia, para aprender a desenvolver seis segmentos aeroestruturais que serão produzidos em São Bernardo do Campo;
2018: A AEL Sistemas se tornou um dos fornecedores globais da Saab para a produção do Wide Area Display, do Head up Display e do Helmet Mounted Display não só para o Gripen brasileiro, mas também para as novas aeronaves adquiridas pela Força Aérea Sueca, e como oferta padrão do Gripen E.
26 de agosto de 2019: Primeiro voo do Gripen brasileiro;
10 de setembro de 2019: O primeiro Gripen Brasileiro foi entregue para o início da campanha de ensaios em voo na Suécia. 

GBN Defense - A informação começa aqui
com SAAB 
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sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Brasil ganha novo estaleiro voltado para segurança e defesa

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O Brasil vem ganhando novas capacidades industriais e se destacando em diversos setores de segurança e defesa, dentre eles tem conquistado grande notoriedade o Grupo DGS, o qual trouxe inovação e tecnologia ao mercado náutico brasileiro. Agora o mercado brasileiro ganha mais um estaleiro especializado na construção de embarcações com Casco de Polietileno de Alta Densidade (PEAD), o Estaleiro STARK MARINE

A industria que marcou presença durante a LAAD 2019, onde apresentou a embarcação STARK 180, que nós pudemos conferir durante nossa visita ao estande da DGS Defense, Empresa Estratégica de Defesa que também produz embarcações com tecnologia de Termoplásticos, que naquela ocasião celebrava a assinatura de um importante contrato com a Marinha do Brasil.

O novo estaleiro esta instalado no Rio de Janeiro, fruto da necessidade do Grupo DGS  que busca atender o nicho de mercado representado por embarcações de menor porte e de baixa complexidade construídas em PEAD. Estas embarcações simples, não contam com blindagem, ou adotam sistemas ou equipamentos controlados, porém, mantém a característica resistência e durabilidade dos cascos que o Grupo DGS oferece em suas embarcações destinadas ao emprego militar.

As STARK’s são indicadas para emprego em missões de patrulha, busca, apoio às atividades operacionais dentre muitas outras missões que pode desempenhar, sendo uma de suas grandes vantagens a capacidade de navegar próximas ao litoral ou em águas interiores, podendo alcançar velocidades que chegam aos 28 nós, como é o caso da STARK 210. Dois modelos já estão disponíveis para encomendas pelo mercado, a STARK 180 e STARK 210.

Stark 180 exibida durante a LAAD
A STARK 180 atinge uma Velocidade Máxima de 26 nós, equipada com motor de 140 HP, sua Velocidade Econômica de Cruzeiro (VEC) esta em cerca de 20 nós, proporcionando uma autonomia de cinco horas navegando nessa velocidade. Seu alcance aproximado chega ás 100 milhas náuticas (185 Km) com apenas um tanque de 100 litros de gasolina. Apresenta capacidade de até 700 Kg de carga e lotação máxima de cinco pessoas, sendo um tripulante e quatro passageiros.





Stark 210 operando com a Marinha do Brasil
A STARK 210 se apresenta como uma opção de maior desempenho e capacidades, atingindo uma velocidade máxima de 28 nós, adotando um motor de 200 HP que possui uma Velocidade Econômica de Cruzeiro (VEC) em cerca de 24 nós, oferecendo uma autonomia de seis horas nessa velocidade. Seu alcance aproximado é de 144 milhas náuticas (266 Km) com apenas um tanque de 210 litros de gasolina. Capaz de transportar até 1100 Kg de carga, com a lotação máxima de sete pessoas, sendo um tripulante e seis passageiros. 

A STARK 230 é uma embarcação indicada para missões de inspeção naval, patrulha, busca, salvamento e apoio às atividades operacionais e administrativas. A embarcação é equipada com motor de popa a gasolina, com potência de 200 HP, capaz de atingir velocidade máxima na faixa dos 32 nós, possui tanque de 210 litros de gasolina, capacidade para 1100 Kg de carga e lotação de 9 pessoas, sendo um tripulante e oito passageiros.

Ambos modelos já estão em operação com a Marinha do Brasil, tendo obtido um ótimo desempenho nas avaliações que foram submetidas, constituindo-se um importante meio de apoio da força naval brasileira em missões de apoio, fiscalização e patrulha, dentre outras missões nas quais vem sendo empregadas.



“O Estaleiro STARK Marine faz parte do grupo DGS, mas atende outro segmento de mercado. As embarcações STARK são mais simples, e padronizadas, sem blindagem e possuem menos burocracia para aquisição. Um ponto fortíssimo para quem pretende adquirir uma embarcação com a tecnologia PEAD com um prazo menor de entrega e baixo custo de aquisição”, explica o Representante Comercial para área de Licitação e Governamental da STARK, Cristiano Conde.


A consolidação no mercado náutico vai além da produção das embarcações STARK 180 e 210. O Estaleiro STARK Marine é desde 2018 o importador e distribuidor exclusivo da marca Highfield, maior fabricante do mundo de modelos RHIB’s no mercado brasileiro.

Highfield Patrol 800 – Semirrígido de Alumínio
Fundada em 2011, a Highfield está presente em 38 países e tornou-se a principal escolha mundial para famílias, clubes náuticos e marinheiros. Número 1 do mundo na fabricação de RHIBs (barcos rígidos infláveis) em alumínio, a Highfield se consolidou no mercado náutico internacional oferecendo a linha mais completa de barcos.

“Entendemos que a nossa consolidação no mercado nacional dependia da forma que iríamos atender as necessidades do mercado sem perder a essência de cada marca. Decidimos então criar a STARK Marine para atender uma parcela de mercado que carece de embarcações de menor complexidade, mas que não abre mão da qualidade. Desde 2018, a STARK além das embarcações de PEAD oferece também no mercado brasileiro os RIB`s da HIGHFIELD que são embarcações reconhecidas no mundo inteiro pela alta qualidade de seus matérias, além do diferencial de ser uma embarcação inflável de casco de alumínio, uma novidade que não estava disponível para o público no Brasil” acrescentou Raphael Barreto responsável pela marca Highfield no Brasil. 


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com informações da DGS Defense






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terça-feira, 8 de outubro de 2019

PROSUB - Fomos à Itaguaí conferir os progressos no programa

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Nesta segunda-feira (7), fomos convidados pela Marinha do Brasil para visitar as instalações do PROSUB, e nosso editor Angelo Nicolaci foi conferir o programa que objetiva construir quatro novos submarinos convencionais, onde esta envolvida a transferência de tecnologias, as quais serão aplicadas ao futuro Submarino Nuclear BRasileiro (SNBR), o qual esta previsto no âmbito do programa para ter inicio de sua construção nos meados da próxima década, onde serão construídas seções de controle e certificação da capacidade técnica. O principal objetivo da visita as instalações de Itaguaí, é nos apresentar os progressos do programa e o segundo submarino convencional (SBR) da classe "Riachuelo", o S-41 "Humaitá", que se encontra na fase de finalização da junção das seções de casco, passando a fase de integração de sistemas e finalização. Nossa visita antecede a cerimônia que ocorrerá no próximo dia 11 de outubro, quando será simbolicamente finalizada a junção das seções, onde contará com a presença da presidência da república, ministros, representantes das forças armadas brasileiras e convidados.

O convite veio em momento muito oportuno, principalmente para sanar algumas questões levantadas pelo nosso público sobre o S-40 "Riachuelo" e o andamento do programa em face aos contingenciamentos de recursos do Ministério da Defesa, o que vem a criar desafios às três forças para manter o andamento de seus programas estratégicos de defesa.

Após uma curta viagem entre o 1º Distrito Naval no Centro do Rio de Janeiro, chegamos as instalações da UFEM (Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas), onde fomos recebidos pelo C.Alte Koga, engenheiro naval e responsável pela gerência do programa de construção de submarinos convencionais no PROSUB. O C.Alte Koga nos deu um breve briefing sobre os progressos do programa e respondeu algumas perguntas da mídia especializada e imprensa presentes à visita.

O "Humaitá" (SBR-2) teve a transferência de suas seções realizadas em meados deste ano, onde após um intenso e preciso trabalho de integração das seções, terá a última seção simbolicamente unida em cerimonia na próxima sexta-feira (11). Fomos informados que a NUCLEP já finalizou a produção e entrega de todas as partes dos dois últimos submarinos convencionais a serem construídos (SBR-3 "Tonelero" e SBR-4 "Angostura"), esta previsto que a cerimonia de integração das seções do "Tonelero" (SBR-3) ocorra em meados de 2020 e no ano seguinte o "Angostura" (SBR-4), enquanto o lançamento do "Humaitá" deve ocorrer em data próxima a cerimonia de integração do "Tonelero" e a deste próxima a data de integração do "Angostura", porém, as datas de lançamento ficam muito a critério do governo federal, que pode definir uma data específica para que ocorra este importante cerimonial.

Como já citado, a NUCLEP finalizou a construção de todo casco resistente e os componentes previstos para os submarinos convencionais do PROSUB, já tendo entregue essas partes à UFEM, onde conferimos o avançado estágio em que se encontra a montagem das seções do "Tonelero" e do "Angostura", ambos construídos em simultâneo, onde recebem os cabeamentos, tubulações e todos acessórios e equipamentos previstos em cada seção do submarino.

Como esta finalizada a construção das partes resistentes do casco dos SBR, a Marinha deve iniciar a construção da seção de qualificação, para manter a capacitação do pessoal técnico envolvido na construção de submarinos, para não perder essa capacidade, onde tem por objetivo ser o corpo de prova e testes para certificar o material, pessoal e equipamentos destinados a construção do casco para o SNBR, homologando toda metodologia do processo, equipamentos e procedimentos envolvidos no programa.


Um ponto interessante que nos foi esclarecido durante a visita, é que a Marinha do Brasil tem conseguido superar a problemática do contingenciamento de recursos através de manobras no próprio programa, onde nos foi dito que o contrato com a Naval Group tem marcos e datas para que seja realizado o pagamento, enquanto as obras de infraestrutura realizadas pela Odebrecht são pagas no momento da entrega das edificações, com isso se cria a possibilidade de priorizar a alocação de recursos à construção dos submarinos, uma vez que a infraestrutura para o mesmo já se encontra pronta, estando em fase de construção as instalações destinadas ao SNBR, o que dá a Marinha do Brasil tempo hábil para se contornar a prorrogação da entrega das obras destinadas a infraestrutura do SNBR. Assim é possível se manter o ritmo previsto no cronograma sem que haja impacto direto sobre o PROSUB.

Saindo do auditório, fomos acompanhar os trabalhos realizados na montagem das seções dos submarinos "Tonelero" (SBR-3) e "Angostura" (SBR-4), onde nos deparamos com um trabalho bastante acelerado, com as instalações sendo ocupadas por seções de ambos navios, onde presenciei um frenético e coordenado ritmo de trabalho, com inúmeros técnicos trabalhando na soldagem e montagem dos futuros submarinos.

S-40 "Riachuelo"


Deixando a UFEM, fomos até o cais onde se encontra o S-40 "Riachuelo", que teve divulgado o inicio de provas de mar, quando na verdade estava realizando a manobra de desdocagem, conforme esclarecemos ao nosso público tendo informações oficiais da Marinha do Brasil à respeito. O submarino encontrasse alimentado por fonte em terra, onde esta tendo carregada suas baterias, sendo marcante a presença de muitos técnicos que ainda trabalham na finalização da montagem de sistemas. A "vela" encontra-se ainda aberta, com pessoal trabalhando nela. 

O submarino passará por um extenso programa de avaliações e testes, cumprindo uma série de protocolos de avaliação previamente definidos afim de atestar que o mesmo entrega as capacidades previstas na fase de projeto. Neste processo, o qual foi iniciado há uma semana com os testes de estanqueidade e flutuabilidade, onde passou a ser guarnecido por sua tripulação, onde estão sendo realizados testes de bombas e sistemas, concomitante se realizam os últimos ajustes nos sistemas e sensores, para de fato ser levado as provas de mar propriamente ditas, onde terá avaliada suas capacidades de navegação, imersão e sistemas táticos e de armas. Após ser avaliado tudo aquilo que estava previsto no contrato e estiver em acordo e certificado, devendo ser entregue em outubro de 2020, mas isso vai depender das performances obtidas durante as provas de mar.

Capacidades do SBR

Depois de conferir o progresso do "Riachuelo" e realizar uma breve passagem no Departamento de Treinamento e Simulações, mais uma vez conferindo alguns dos sistemas de simulação empregados no preparo dos tripulantes dessa nova classe de submarinos, e nos cabe aqui destacar alguns pontos importantes. Dentre estes estão algumas característica inovadoras que traz o SBR.

O que chamou bastante a atenção, é o grande índice de automatização do submarino, o qual possui um índice superior aos 90%, sendo possível controlar praticamente todo navio a partir do seu "Centro de Operações de Combate" e "Centro de Comando", o qual apesar de toda essa automação ainda garante a possibilidade de acionamento manual dos sistemas em caso de pane, uma importante redundância. 

Na reprodução do "COC" é marcante a presença de apenas um periscópio, o qual é optrônico e oferece a opção de projetar a imagem capturada nas telas dos operadores, e ou, utilizar o retículo óptico convencional. Ressalto aqui, que este é o único senso penetrante no submarino, com todos demais sensores e antenas externos, o que garante maior espaço para tripulação.

A mesa de cartas também surpreende, é digital, sendo um grande ganho em termos de agilidade e precisão, apesar de ser mantida a carta de papel, como é feito em todas as principais marinhas que operam com cartas eletrônicas como os nossos submarinos da classe "Riachuelo". Há inúmeras inovações que serão abordadas em matéria específica sobre o SBR e suas capacidades. 


S-41 "Humaitá"

Finalizando nossa visita, fomos ao ESC (Estaleiro de Construção), onde conferimos pela primeira vez o "Humaitá" após a integração de quase todas as seções, já apresentando sua forma imponente. Realmente é algo emocionante como brasileiro ver o futuro de nossa Marinha sendo construído diante de nossos olhos, um momento histórico que nos faz pensar na responsabilidade que carregamos enquanto jornalistas especializados, sendo importante nosso papel de fomentar o debate acerca do campo de defesa, mostrando ao público nossa realidade e a importância que tem o investimento em novas tecnologias e meios para manutenção de nossa soberania e riquezas.

Nós temos ainda muito material e em breve vocês irão conferir muito mais sobre o PROSUB, mas um ponto que é importante reforçar, a Marinha do Brasil tem feito um trabalho fantástico, mesmo diante de tantas adversidades, te mantido o rumo em seus programas, e dentro em breve teremos novos meios e capacidades, porém, nós como brasileiros, contribuintes e eleitores, temos de cobrar mais seriedade do governo para com as questões de defesa nacional, a qual necessita de recursos e investimentos, não apenas para compra de meios, mas para fomentar nossa industria de tecnologia, a qual beneficia não apenas o mercado de defesa, mas toda uma vasta gama de setores, e isso movimenta nossa economia, gerando emprego, renda e principalmente nos garantindo independência e capacidades estratégicas.


Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio, leste europeu e América Latina, especialista em assuntos de defesa e segurança.


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