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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

"Ghibli em Ação!": O AMX em Combate

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O AMX é uma aeronave de ataque ao solo que foi produzida pelo consórcio internacional AMX International, uma joint venture formada no início dos anos 1980 entre as empresas aeronáuticas italianas Alenia (46,5%) e Aermacchi (23,8%), juntamente com a empresa aeronáutica brasileira Embraer (29,7%). Cerca de 200 unidades foram construídas e parte delas ainda equipam tanto a Força Aérea Italiana (Aeronautica Militare Italiana – AMI) quanto a Força Aérea Brasileira (FAB), desde o final da década de 1980, com a expectativa de serem desativadas no início da década de 2020 (caso da Itália) ou no início da década de 2030 (caso do Brasil).

Enquanto que a versão brasileira (também chamada de A-1 “Centauro” – nome pouco usado) participou de diversos exercícios e operações simuladas de combate, como a “Red Flag”, nos Estados Unidos, e a CRUZEX, no Brasil, por exemplo, a versão italiana (chamada de A-11 “Ghibli” – nome de um forte vento existente na África do Norte) – que possui diferenças em relação à versão brasileira em armamentos e sensores – já participou de algumas operações reais, com resultados bastante expressivos, demonstrando a capacidade operacional dessa aeronave, que às vezes é subestimada pelos céticos e desinformados, mais pelo fato dela não ter a capacidade de atingir velocidades supersônicas.
 
Uma das diferenças mais visíveis entre os AMX brasileiros e italianos é a presença desse último do canhão M61 Vulcan, de 20 mm, de origem norte-americana (essa arma foi vetada  para os AMX brasileiros, que usam no lugar uma versão do canhão DEFA, de 30 mm, de origem francesa).
O primeiro esquadrão operacional da AMI, o 103° Gruppo do 51° Stormo, foi formado em novembro de 1989. Em fevereiro de 1992 tanto os AMX italianos e brasileiros foram “groudeados” (aterrados ou mantidos em solo), após o acidente de um AMX italiano devido a falha do motor, o turbofan Rolls Royce Spey 807 (provavelmente um estol do compressor). As operações foram autorizadas a reiniciar em maio daquele ano, após a inspeção e as devidas modificações dos motores.

A Itália enviou seis AMX do 103° Gruppo para cumprirem operações na Bósnia em 1995, como parte da “Operação Deny Flight”, seguida por um deslocamento semelhante em apoio às forças de manutenção de paz da IFOR na Bósnia. Esse deslocamento foi interrompido por outro aterramento, novamente devido a outro acidente devido a falha do motor, entre janeiro e março de 1996, após o qual as aeronaves cumpriram sua missão e retornaram a Itália no final do mesmo ano.

As aeronaves AMX italianas foram usadas mais uma vez em 1999 na guerra do Kosovo (“Operação Allied Force”), onde cumpriram mais de 250 missões. Em vez de usar bombas mais tradicionais, a Força Aérea Italiana usou dezenas de bombas Mk 82 equipadas com kits de orientação israelenses Opher, da Elbit, convertendo efetivamente as bombas “burras” em uma bomba guiada por infravermelho. Bombas guiadas a laser GBU-13 também foram utilizadas no conflito.

Em 2005, a Força Aérea Italiana lançou um programa de atualização (ACOL Aggionamento Capacità Operative e Logistiche – Upgrade de Capacidade Operacional e Logística) para 55 de seus AMX, adicionando um novo sistema INS a laser, novos displays no cockpit e permitindo que a aeronave lançasse bombas orientadas por GPS, como a GBU-31 JDAM, por exemplo. Tais modificações ampliaram a capacidade operacional da aeronave, sendo a mesma considerada um “Mini-Tornado” pelos italianos, que operam a versão Panavia Tornado IDS.
 
Um AMX sendo reabastecido em algum lugar do Afeganistão, em 2009.
Em novembro de 2009, quatro AMX italianos foram enviados para efetuarem operações no Afeganistão, substituindo o mesmo número de Tornados italianos na função de reconhecimento e ataque. Destaca-se a capacidade da aeronave de compartilhar informações dos sensores eletro-ópticos e infravermelhos digitais com as tropas terrestres em tempo real, fornecendo informações valiosas de reconhecimento e ajudando a minimizar a exposição às ameaças inimigas. Até o final de 2010, mais de 700 missões de combate haviam sido executadas no teatro afegão. No dia 28 de maio de 2014, o AMX realizou sua última missão no teatro de operações afegão e, em 20 de junho de 2014, todos os demais AMX foram retirados do Afeganistão.

Em 2011, aeronaves AMX italianas foram empregadas durante a intervenção militar de 2011 na Líbia. Aviões militares italianos usaram 710 bombas guiadas e mísseis durante missões: os Tornados e os AMX da AMI usaram 550 bombas e mísseis, enquanto as aeronaves V/STOL McDonnell Douglas AV-8B Harrier II da Marinha Italiana usaram 160 bombas guiadas. O conflito viu o primeiro uso pelas aeronaves AMX do pod Rafael Litening III usados no lançamento de bombas guiadas Paveway e JDAM. No início de 2016, devido à instabilidade da Líbia, a Itália optou por estacionar aeronaves de alerta, em caso de necessidade, incluindo quatro caças AMX, na Base Aérea de Bassi, na Sicília.
 
Sobrevoo de aeronaves AMX em comemoração aos seus 30 anos da entrada em serviço, em 2019. 
Hoje a AMI opera apenas 35 A-11B (originalmente AMX ACOL) e 5 TA-11B (originalmente AMX-T ACOL), de quatro protótipos, 110 monoplaces (depois chamados de A-11A) e 26 biplaces (depois chamados de TA-11A) entregues. O 101º Gruppo do 51º Stormo e o 103º Gruppo do 51º Stormo foram dissolvidos e a única unidade ainda a operar o AMX é o 132º Gruppo do 51º Stormo (Esquadrão de Reconhecimento e Ataque ao Solo, com os A-11B capacitados a operar o pod Rafael RecceLite).

A AMI pretende desativar todos os AMX até o final de 2020-21 e o seu substituto será o Lockheed Martin F-35A Lightning II. Rumores apontam que os italianos podem vender para outros países as células desativadas (dependendo do aval dos Estados Unidos, pois muitos componentes da aeronave são de origem norte-americana). Depois de mais de três décadas a serviço italiano, o “Ghibli” logo encerrará o seu honroso serviço na Itália, mas com o seu irmão brasileiro ainda servindo a FAB por mais alguns anos.
Três vistas do AMX International A-11B "Ghibli" da AMI.



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Por Luiz Reis, Professor de História da Rede Oficial de Ensino do Estado do Ceará e da Prefeitura de Fortaleza, Historiador Militar, entusiasta da Aviação Civil e Militar, fotógrafo amador. Brasiliense com alma paulista, reside em Fortaleza-CE. Luiz colaborou com o Canal Arte da Guerra e no Blog Velho General e atua esporadicamente nos blogs da Trilogia Forças de Defesa, também fazendo parte da equipe de articulistas do GBN Defense. Presta consultoria sobre Aviação. Contato: [email protected]


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sábado, 1 de junho de 2019

Conexão Itália-Brasil entrevistou Massimo Giuliani, militar italiano da reserva, sobre legítima defesa

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O Tenente da Reserva do Exército Italiano (em italiano: Esercito Italiano),Massimo Giuliani, concedeu uma entrevista ao Conexão Itália-Brasil, onde no parceira Sandra Bandeira Nolli entrevistou o oficial da reserva sobre questões inerentes á legitima defesa e as leis que tratam da questão na Itália, o resultado vocês conferem conosco, onde publicamos essa
interessante conversa aqui no GBN News em parceria com o Conexão Itália-Brasil

Sandra Bandeira Nolli: "Ola,Massimo diretamente de Brescia, indicamos seu nome para nos descrever um pouco sobre defesa pessoal, segurança e a atividade militar italiana. Como iniciou sua carreira militar? 

Massimo Giuliani: "Sou reservista do exercito italiano, especificamente um oficial complementar da reserva.No decorrer de minha carreira me formei primeiramente em Ciências da Educação com Especialização em Processos de Treinamento, posteriormente realizei dois mestrados de Mediação Cultural e Gestão de Processos de Treinamento. A paixão pelas artes marciais, em particular pelo karatê, influenciou notavelmente o meu percurso, tanto que me atraiu a ideia de desenvolver uma atividade como treinador de esporte e defesa pessoal. Mas, sobretudo com relação a educação e autodefesa para todos os sexos e idades. 

Sandra Bandeira Nolli- Nós gostaríamos de saber através do teu trabalho como funciona a prevenção, defesa pessoal e a legislação no âmbito da formação e segurança publica na Itália. 

Massimo Giuliani: Na Itália foi recentemente aprovada no Senado a lei relativa a legitima defesa. Em poucas palavras, A REFORMA DA LEI DE LEGITIMA DEFESA. E o que muda... 

Sobretudo, vem introduzida uma nova prerrogativa ao ART 52 do Código Penal Italiano: ”Nao é punivel quem tenha cometido o ato por ter sido forçado pela necessidade de defender um direito próprio ou de outrem contra o perigo de uma infração, desde que a defesa seja proporcional à infraçao”. E com base na qual será sempre considerada em estado de legitima defesa, quem em ato legitimamente presente dentro do proprio domicilio ou do domicilio de outra pessoa (para ser entendido num sentido mais amplo, como em locais de atividade comercial ou profissional), age de modo a reagir á ação levada a cabo pela violência do agressor ou ameaça. 

Sandra Bandeira Nolli: Portanto, assim ficou estabelecida a proporcionalidade entre ofensa e defesa que sempre subsiste. E quais foram as outras mudanças?

Massimo Giuliani: A nova lei intervem ainda no ART 55, Relativo à disciplina excluindo o ato culposo, nas varias hipóteses de legitima defesa domiciliar, neste caso a punição daqueles que estando em condição de defesa em estado de séria perturbação, decorrente da situação de perigo, comete o ato para salvaguardar sua própria segurança ou de outros. O ART 624 do CP italiano recebe a emenda, desde que em casos de condenação por roubo ou furto em domicílio, a suspensão condicional da sentença está sujeita ao pagamento integral do valor devido para a compensação por danos à pessoa lesada. São também mais severas as penalidades para uma série de crimes contra a propriedade: roubo á domicílios, roubo de bagagem e circunstancia agravante de conduta, roubo, hipóteses agravadas e especiais. Em caso de violação do domicilio considera-se agravante quando é cometido com violência contra pessoas ou se o culpado está visivelmente armado. Finalmente, a lei intervém sobre a lei civil de auto defesa e ato culposo, especificando que, nos casos de legitima defesa domiciliar a responsabilidade da pessoa que executou o ato é excluída em qualquer caso, desta forma, o autor do fato, se absolvido em processo penal não é obrigado a compensar o dano resultante do mesmo acontecimento. 

Além disso, espera-se que, em casos de excesso negligente, a pessoa lesada seja reconhecida como tendo direito a uma indenização, calculada pelo juiz com justa apreciação, levando em consideração a gravidade. 

Sandra Bandeira Nolli: E como fica a assistência jurídica? 

Massimo Giuliani: Finalmente a assistência jurídica é garantida pelo estado, e introduzida em favor de alguém que tenha sido absolvido ou cujo processo criminal tenha sido indeferido por fatos cometidos em condição de legitima defesa ou ato culposo. A prioridade aos julgamentos relativos a crimes culposos de homicido, danos corporais culposos que ocorram nas circunstancias de defesa e no âmbito domiciliar. 

Sandra Bandeira Nolli: E sobre a atuação do oficial Massimo Giuliani, como pode ser definida? 

Massimo Giuliani: A vida me levou a representar funções sempre interligadas ao que foi mencionado acima e minha tarefa é basicamente realizada nas salas de aula, onde eu defino o que pode ser feito nestes casos. E possível a auto defesa? Se é possível e como fazer? E possível prevenir? Se é possível então como se prevenir?  Além de tudo isso e de acordo com as responsabilidades recebidas tanto da FIES (Federação Italiana de Educadores Físicos e Desportivos), como pelo louvável pelo CONI (Comite Olimpico Italiano) bem como pelo Centro Nacional contra o BULLYING-BULLI STOP em conjunto com o ARCH CARMEN SANSONETTI, promovemos as praticas certas a serem seguidas em direção a uma correta formação desde a infância. 

Lembramos que violencia é derrotada com a cultura. As boas praticas educativas se aplicam com modéstia, lealdade e transparência. 

Sandra bandeira Nolli: E em Brescia, como são essas praticas? 

Massimo Giuliani: A cidade de Brescia, incluindo a minha pessoa,sempre foi sensivel à auto defesa, especialmente para as mulheres. Mas,temos que fazer mais. Enquanto isso, tornar cultural o conceito de defesa pessoal e transforma-lo em prevenção. Passar mais horas em sala de aula com teoria e menos pratica. Entrar na mente dos participantes conscientizando-os sobre o que eles podem fazer em total tutela da lei e o que não è conveniente fazer, adotando outros comportamentos preventivos. 

Sandra Bandeira Nolli: Além de oficial da reserva do exercito italiano qual é o seu outro cargo de importância? 

Massimo Giuliani: Sou técnico da MGA (Defesa Pessoal Federal) e Comissario do Corpo Militar da Cruz Vermelha Italiana. Missões que devem fluir, propor necessariamente A NAO VIOLÊNCIA e sim a prevenção. Ensinar essa analise mental capaz de avaliar as varias configurações quotidianas em virtude de nossa proteção e destinada a prevenção. Realizamos cursos, seminários esportivos e informativos que visam o aprendizado das boas praticas a serem adotadas para desenvolver perspicácia e intelecto pessoal com o único proposito de modelar o cidadão para uma prevenção saudável e uma caracterização psicológica decisiva para a denuncia e não para a defesa física como recurso extremo. O amor pelos animais, a confiança mutua valorizando a analise das circunstancias, a capacidade de reconhecer através da comunicação não verbal quem pode ser nocivo de quem expressa diferentemente o contrario respeitando sexo, raça, aparência e as funções. 

Sandra Bandeira Nolli: Qual é a sua mensagem final? 

Massimo Giuliani: Confiem na instituição antes de usar a força física resultante da defesa pessoal. É importante catequizar com a formação os jovens. Eliminar o conceito de força representado por realidades não militares, que através de um pseudo mimético ou logos induzem ao conceito de guerra (caveiras,punhais,gladius,capas pretas,etc...) que manifestam violência antes mesmo de ser iniciada e que não transmitem a serenidade da alma. Acima de tudo presente nos locais como academias e outros lugares sendo atribuídas a outras coisas.


Sandra Bandeira Nolli é nossa colaboradora e parceira na Itália, onde desenvolve um trabalho cultural bastante relevante, colunista no jornal italiano "Val Trompia di Brescia", a qual agradecemos esta interessante entrevista que nos autorizou compartilhar aqui no GBN News, agradecemos também ao Comte Mássimo Giuliani pela entrevista e o comentário sobre as questões referentes a defesa pessoal na Itália, assunto bastante oportuno para que possamos alimentar o debate sobre a questão no Brasil, onde tem aumentado a discussão sobre legítima defesa e o porte de armas de fogo.



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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ministro italiano ameaça boicote do país à Copa de 2014

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O ministro italiano da Simplificação Normativa, Roberto Calderoli, indicou nesta quinta-feira em entrevista à Ansa que a Itália poderia boicotar a Copa do Mundo de 2014, que ocorrerá no Brasil, como uma manifestação contra a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em libertar o ex-ativista Cesare Battisti.

"Boicotemos o Mundial de futebol de 2014. É um sinal que enviamos ao Brasil para a questão de Battisti, mas também um modo para tentar restituir a moralidade a todo o movimento futebolístico italiano", disse o ministro em entrevista por telefone.

Ele expressou que a decisão tomada ontem pelos ministros do STF "é uma decisão que ofende", e a qual classifica como "injusta e absurda". "Um modo para fazer entender nossa indignação pode ser o de boicotar o Mundial de futebol", explicou.

Calderoli ainda considerou que a medida "seria um sinal importante não só para o Brasil", mas também para o futebol italiano que, segundo ele, "está atravessando um período difícil".

Ele se referiu à investigação que a Justiça italiana empreende no país que já levou à prisão de 16 jogadores e dirigentes envolvidos em um esquema de comercialização de resultados de jogos da série B e C do Campeonato Italiano para uma rede de apostas.

"O boicote pode ser um sinal para dar a entender que o dinheiro não é tudo, mas que o esporte serve também para educar os jovens o sentimento de justiça", sublinhou.

Demetrio Albertini, ex-meio de campo do Nazionale, criticou a postura do ministro e disse que é preciso dar um "basta com a instrumentalização do futebol".

"Daqui até 2013, espero que Calderoli encontre a melhor [forma] para responder ao caso Battisti", disse. Ele afirmou ainda que o futebol é um instrumento social "e não pode ser um instrumento de protesto".

Fonte: ANSA
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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Berlusconi lamenta decisão sobre Battisti, lutará por extradição

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O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi se disse desapontado pela decisão do Supremo Tribunal Federal do Brasil de negar a extradição do ex-ativista Cesare Battisti e afirmou que o país manterá os esforços para levá-lo à Justiça.
Battisti foi condenado à revelia na Itália à prisão perpétua por quatro homicídios cometidos na década de 1970, quando integrava a organização Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Ele nega todas as acusações e diz ser vítima de perseguição política.

Imagens da TV mostraram Battisti deixando o presídio da Papuda, em Brasília, em um carro no início da madrugada desta quinta-feira, horas depois da decisão do Supremo.

Foragido desde 1981, ele foi preso no Rio de Janeiro em 2007 e recebeu do então ministro da Justiça, Tarso Genro, o status de refugiado político, contrariando decisão anterior do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).

O governo italiano investiu tempo e prestígio no processo de extradição do ex-ativista. A ministra para assuntos da juventude, Giorgia Meloni, classificou a decisão da suprema corte brasileira como "a mais recente humilhação infligida às famílias das vítimas" e uma "tapa no rosto da Itália".

Em comunicado, o presidente italiano, Giorgio Napolitano, afirmou "deplorar" a decisão e expressou seu respeito às famílias das vítimas dos crimes que, segundo ele, foram cometidos por Battisti.

A parlamentar Alessandra Mussolini, neta do ex-ditador Benito Mussolini, que chefiou a Itália durante a Segunda Guerra Mundial, pediu que a Itália promova retaliações diplomáticas contra o Brasil.

Fonte: Reuters
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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Itália paralisa aprovação de acordo com Brasil até solução de caso Battisti

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A Câmara dos Deputados Italiana paralisou o processo de aprovação de um acordo militar com o Brasil já aprovado no Senado.

Autoridades da Itália disseram que este acordo só seria votado depois de uma solução para o caso do ex-terrorista italiano Cesare Battisti, preso no Brasil.

Battitisti foi condenado na Itália por quatro assassinatos. Ele alega sofrer perseguição política. Ex-presidente Lula anunciou que Battisti não será extraditado, como quer o governo italiano. O Palácio do Planalto não se pronunciou sobre a decisão da Câmara Italiana.

Acordo de cooperação militar seria uma "compensação" pelo caso Battisti

Outro paradoxo da decisão do parlamento italiano é que o pacote bélico foi decidido entre os dois chefes de governo de Brasil e Itália justamente como "compensação" pelo caso Battisti. A recusa do governo brasileiro a entregar Battisti à justiça italiana para que cumpra sua pena teria sido "indenizada" com a assinatura do acordo de parceira militar.

Segundo o acordo, a Itália apresentou, através de uma joint-venture entre as duas principais empresas italianas no setor naval, Fincantieri e Finmeccanica, uma proposta de parceria para construir no Brasil, com transferência total de tecnologia, fragatas tipo Fremm, navios de patrulha oceânicos de Classe Comandante e de apoio logístico de Classe Etna. O pacote é estimado em R$ 3 bilhões, mas na verdade ainda não está claro o valor final que poderá atingir.

Os deputados italianos também votam, no dia 18, uma moção apresentada pela União Democrática de Centro (UDC) pela extradição de Battisti.

Na semana passada, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, garantiu que o episódio não afetará as boas relações entre os dois paísesa , apesar de estar disposto a levar o caso à Corte Internacional de Justiça, em Haia.

Fonte: Portal G1

Nota do Blog: Tal paralisação no acordo militar trata-se de uma forma de pressão política sobre o governo brasileiro em mais um capítulo do caso Battisti. Particularmente não acredito no cancelamento de tal acordo devido as cifras envolvidas em tal acordo em face da atual conjuntura econômica que enfrenta a Europa.

Os demais concorrentes á venda de novos meios á Marinha do Brasil estão de olhos abertos e torcendo pelo cancelamento de tal acordo. Nesta concorrência estão os britânicos, franceses, espanhóis e sul-coreanos. Resta-nos aguardar o desfecho desse impasse.
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Caso Battisti: manifestações na Itália; Berlusconi promete firmeza

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Manifestações contra a recusa do Brasil a extraditar Cesare Battisti foram realizadas nesta terça-feira em toda a Itália. O chefe de governo, Silvio Berlusconi, prometeu firmeza em relação ao caso, apesar de acrescentar que o relacionamento com Brasília não mudará.

Em Roma, 300 pessoas se reuniram diante da embaixada do Brasil, na célebre Piazza Navona. Entre os manifestantes estava a ministra da Juventude, Giorgia Meloni, para quem "Battisti deve pagar, porque o fato de ter escrito alguns romances não é garantia de imunidade.

O chefe de governo, Silvio Berlusconi, ao se encontrar em Milão com Alberto Torregiani, filho de um joalheiro morto em 1979, durante um atentado atribuído a Cesare Battisti, prometeu dar continuidade à "batalha" junto à nova presidente brasileira Dilma Rousseff, para obter a extradição do ex-ativista de extrema-esquerda.

Berlusconi prometeu "mais firmeza e determinação", informou Torregiani, ferido aos 15 anos durante o assassinato de seu pai por um comando extremista de esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Ele usa desde então uma cadeira de rodas.

Berlusconi também anunciou que manterá junto com Torregiani uma entrevista à imprensa, em Bruxelas, na "terceira semana de janeiro, para divulgar a realidade dos fatos, que serão levados à justiça de Haia".

Qualificando Cesare Battisti de "verdadeiro criminoso que se abriga atrás de uma ideologia política", Berlusconi tentou, no entanto, acalmar a situação, sublinhando a "antiga e sólida amizade" que liga a Itália ao Brasil. "Este assunto não diz respeito ao relacionamento entre os dois países, é uma questão judiciária", acrescentou.

Em Roma, muitos jovens, alguns levando a bandeira italiana, participaram da manifestação ao lado de Torregiani. Palavras de ordem foram ditas diante do pórtico de entrada da embaixada brasileira tais como "Queremos a extradição agora" ou ainda "A Itália quer que seja feita justiça".

"Battisti assassino, Brasil cúmplice", dizia uma faixa.

Um protesto semelhante reuniu centenas de pessoas em Milão pela manhã e outras manifestações foram realizadas diante das representações brasileiras em Palermo (Sicília), Bari, Nápoles e Veneza.

Em Roma, os partidos de direita no poder e a oposição de esquerda, assim como todos os oponentes à recusa brasileira, preferiram manifestar-se separadamente.

Uma onda de indignação seguiu-se na Itália à decisão do presidente brasileiro Luiz Inacio Lula da Silva, anunciada no último dia de seu mandato, 31 de dezembro, de rejeitar a extradição de Battisti, condenado em 1993 à prisão perpétua por quatro mortes e cumplicidade em assassinatos cometidos nos anos 1970 - crimes dos quais se diz inocente.

Roma convocou seu embaixador Gherardo La Francesca para consultas e anunciou a intenção de apelar no Supremo Tribunal do Brasil e recorrer, eventualmente, à arbitragem da Corte Internacionale de Justiça (CIJ) de Haia.

O chefe da diplomacia, Franco Frattini, recebeu nesta terça-feira La Francesca "para examinar as consequências da ação judiciária a ser tomada pelo governo italiano referente ao caso Cesare Battisti e suas repercussões em nível europeu".

"Uma iniciativa europeia, promovida pela Itália, não está excluída para as próximas horas", afirmou o ministério.

Fonte: AFP
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