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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Embraer pode desenvolver avião na Índia

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A Embraer pode desenvolver um avião turboélice de treinamento básico, em parceria com a Índia, com o objetivo de atender a potencial demanda das forças aéreas de ambas as nações, afirmou o vice-presidente para o Mercado de Defesa da companhia, Orlando Neto. A empresa também espera ganhar em breve um contrato com a Índia para fornecer nove aeronaves multimissão, revelou o executivo.

A companhia está entre inúmeras empresas de defesa mundiais que participam do evento Aero Índia Show na esperança de que o país do sul da Ásia comprará mais armas, aeronaves e outros equipamentos de defesa para modernizar suas forças armadas. O governo federal da Índia tem um orçamento militar de 1,47 trilhões de rúpias (US$ 32,150 bilhões) no atual ano fiscal, que se encerra em março.

Segundo Neto, a Força Aérea Brasileira tem atualmente entre 100 e 150 aeronaves turboélice de treinamento Tucano - fabricadas pela Embraer - que precisarão ser renovadas ou substituídas por um avião novo de treinamento em 2018.

"Assim, teremos também um espaço para a substituição e, por isso, há espaço uma para codesenvolver e coproduzir um avião de treinamento básico", disse Neto. "Os dois países podem gastar provavelmente o dinheiro de maneira igual e produzir cerca de 100 a 150 aviões, cada um." O executivo afirmou que a companhia mantém "discussões contratuais" sobre uma proposta de aquisição do país de nove aviões multimissão. A Embraer ofereceu a plataforma da aeronave Legacy para o negócio.

Referindo-se à aeronave multimissão, Neto explicou que ela será de vigilância, bloqueio eletrônico e de comunicação e transporte VIP para autoridades. "Estamos na fase final das discussões", afirmou.

Segundo ele, a Embraer entregará o primeiro de três jatos Embraer 145 que a Índia encomendou no segundo semestre deste ano. As aeronaves serão utilizadas para inteligência, vigilância e missões de reconhecimento pela Força Aérea da Índia.

A Embraer fechou um contrato de US$ 250 milhões em 2008 para fornecer os três jatos à Índia. Segundo o executivo, os outros dois jatos serão entregues no início de 2012.

Neto disse que há a possibilidade de a Embraer exportar 145 aviões equipados com um radar de alerta desenvolvido pela Índia para outros países. "Nós vemos espaço para as exportações", explicou. "Esse produto vai atrair a atenção de outras nações na região (da Ásia-Pacífico) e de outros lugares."

Serviços. A indiana Air Works informou que foi escolhida pela Embraer como centro autorizado de serviços para os jatos Phenom na Índia. A Air Works foi certificada pelo Diretório Geral de Aviação Civil da Índia para fornecer manutenção, reparos e serviços gerais para todos os jatos executivos Phenom 100 no país.

Fonte: Estadão
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domingo, 5 de dezembro de 2010

Presidente da França defende assentos da Índia e do Brasil em conselho da ONU

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O presidente da França, Nicolas Sarkozy, reiterou neste sábado, em visita à Índia, seu apoio à reforma do Conselho de Segurança da ONU e garantiu que este país "merece" ser membro permanente.

"É impensável imaginar que 1,1 bilhão de indianos não estejam representados de forma permanente no Conselho de Segurança", disse Sarkozy em declarações transmitidas pela televisão pública.

O líder francês, que chegou neste sábado à Índia em visita oficial de quatro dias, discursou na Organização Indiana de Pesquisa Espacial (Isro, na sigla em inglês), na cidade de Bangalore.

Em linha com o que havia expressado em outras ocasiões, Sarkozy reafirmou que Alemanha, Brasil, Japão e um representante africano e árabe deveriam ter também assentos permanentes no Conselho.

Durante visita à Índia no início de novembro, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, manifestou apoio ao país para que aceda a este posto, um dos maiores desafios da diplomacia indiana.

Em seu discurso, Sarkozy defendeu o fim da "injustiça" do "isolamento nuclear" da Índia, que "tem direito a energia nuclear civil", e apoiou que o gigante asiático entre no grupo de fornecedores nucleares.

Apesar de a Índia não ter assinado o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), o acordo de cooperação nuclear civil fechado com os EUA, já em sua última fase de desenvolvimento, abriu as portas ao comércio nuclear para vários países, entre estes a França.

Sarkozy partirá nesta tarde acompanhado de sua mulher, Carla Bruni, à cidade de Agra (norte), onde está prevista visita ao Taj Mahal.

O líder francês, acompanhado de ampla delegação composta por sete ministros, parlamentares e empresários, chegará no domingo à noite a Nova Déli, onde deve reunir-se com o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, antes de partir finalmente à cidade financeira de Mumbai.

Fonte: EFE
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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Amorim: reforma do Conselho de Segurança tem que ir além da Índia

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O Brasil saudou nesta terça-feira o apoio do presidente americano, Barack Obama, à Índia como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, mas fez um chamado para que sejam incluídos outros países emergentes no principal órgão de decisão das Nações Unidas.

"É muito positivo que o presidente Obama tenha mencionado a Índia porque mostra que tem o espírito aberto ao tema dos países em desenvolvimento", declarou em Maputo o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

"Mas nenhuma reforma das Nações Unidas pode ser feita com apenas um país", acrescentou Amorim, durante a viagem a Moçambique do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"A menção feita à Índia demonstrou que os Estados Unidos aceitam os candidatos do mundo em desenvolvimento e abrem as portas a outros grandes países emergentes, como Brasil e outros da África", insistiu.

Após sua visita de três dias a Nova Délhi, o presidente americano declarou na segunda-feira que esperava "nos próximos anos um Conselho de Segurança da ONU reformado que inclua a Índia como membro permanente".

O Conselho de Segurança é integrado por cinco membros permanentes com direito a veto (Estados Unidos, China, França, Rússia e Grã-Bretanha) e dez membros rotativos.

Há anos, vários países lutam por uma reforma do Conselho de Segurança. Índia, Brasil, Alemanha, Japão e África do Sul aparecem muitas vezes entre os prováveis candidatos mas, segundo analistas, não está prevista nenhuma reforma em um futuro próximo.

Fonte: AFP
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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Índia pode ser ‘nova China’ para América Latina

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Com crescimento variando entre 6,5% e 8% na última década e uma população de mais de 1 bilhão de habitantes, a Índia tem potencial para ocupar um papel até agora reservado à China nas economias da América Latina e do Caribe, diz um estudo elaborado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Assim como a emergência da China transformou as economias latino-americanas, abrindo um grande mercado para exportação, principalmente de produtos básicos, o avanço do novo gigante asiático poderá ter um impacto igualmente profundo, tanto no comércio quanto em investimentos em bens e serviços, diz o autor do estudo, Maurício Mesquita Moreira, economista do setor de Comércio e Integração do BID.

"A Índia não tem como atender a sua demanda com produção interna", diz Moreira. "A América Latina tem os recursos naturais de que a Índia precisa para crescer e prosperar."

Segundo o economista, do mesmo modo como ocorreu com a China, essa abundância de oferta na América Latina, aliada à crescente demanda indiana, seria mais do que suficiente para impulsionar uma grande ampliação no comércio bilateral.

"A Índia será forçada (a ampliar o comércio bilateral), assim como a China foi. No caso com a China, (se deu) não porque fizemos muito esforço, mas porque eles precisavam (de matéria-prima)", afirma.

Evolução

No entanto, diferentemente da relação com a China, a parceria entre a América Latina e a Índia ainda não se concretizou e enfrenta problemas.

Até 1999, o volume de comércio da América Latina com a China e com a Índia era semelhante e, em ambos os casos, pouco significativo. A partir de 2000, porém, o comércio bilateral com a China explodiu, enquanto as trocas com a Índia não evoluíram.

Dados reunidos no estudo do BID revelam que, em 2007, a China respondia por uma fatia de 6,3% do comércio total da América Latina, enquanto a Índia representava apenas 0,6%.

"O comércio com a Índia continua sendo medíocre", diz Moreira. "Já houve alguma evolução. O Ibas (grupo que reúne Índia, Brasil e África do Sul) é um avanço importante. O acordo com o Mercosul já é um passo. Mas ainda não é o suficiente."

De acordo com o economista, a não ser que incluam um número maior de países e de produtos, esses acordos não são suficientes para resolver a questão.

Segundo o relatório, um crescimento de 1% no PIB (Produto Interno Bruto) da China gera aumento de 2,4% nas exportações latino-americanas. Em relação à Índia, 1% de avanço no PIB representa crescimento de 1,3% nas vendas externas da América Latina.

Tarifas

Moreira diz que as tarifas impostas sobre exportações latino-americanas para a Índia, especialmente na área agrícola, ainda são "quase proibitivas". As tarifas sobre exportações indianas para a América Latina também são altas.

Além disso, o comércio bilateral enfrenta ainda barreiras não-tarifárias e altos custos de transporte.

Segundo o economista, apesar das frequentes declarações de comprometimento com comércio bilateral e integração, os governos dos dois lados ainda não agiram para resolver os obstáculos mais graves.

"O potencial seria muito maior se tanto a América Latina quanto a Índia levassem mais a sério a discussão de problemas, tivessem uma posição mais pró-ativa", diz Moreira.

Um aumento no comércio bilateral, afirma o economista, levaria ao fortalecimento de um "círculo virtuoso", com mais incentivos para cooperação entre duas regiões com renda per capita e padrões de produção semelhantes e, portanto, amplas possibilidades de troca de conhecimentos e de atuação conjunta em questões regulatórias globais.

Além das oportunidades no comércio, há um grande potencial na área de investimentos, diz Moreira. O estudo cita como exemplos desse potencial alguns investimentos feitos pelo Brasil na Índia, como as joint-ventures entre a Petrobras e a indiana ONGC, para exploração de gás, e entre a Marcopolo e a Tata Motors, para a fabricação de ônibus.

Brasil

O Brasil é o maior parceiro da Índia na América Latina e, segundo Moreira, a cooperação bilateral serve de exemplo para o resto da região.

De 1990 a 2008, Brasil e Índia assinaram 23 acordos e memorandos de entendimento em várias áreas.

O economista afirma que os memorandos de entendimento, apesar de serem versáteis e geralmente não necessitarem de aprovação pelo Congresso, muitas vezes não trazem objetivos claros e obrigatórios, como fontes de financiamento, o que pode levar a anos de atraso em sua implementação ou até mesmo à não-implementação.

"Essas experiências sugerem que a cooperação bilateral seria beneficiada por um cenário institucional mais forte", diz o relatório.

Outro problema, de acordo com Moreira, é a falta de dados precisos para medir objetivamente o impacto desses acordos bilaterais.

O economista menciona ainda o fato de a parceria "Sul-Sul" entre Brasil e Índia ser pragmática e que, apesar de os dois países terem estado do mesmo lado em várias questões políticas e econômicas mundiais, também há grandes divergências.

O estudo afirma que esse tipo de parceria, em que os países evitam se comprometer com colaboração baseada em ideologia e optam pela busca de resultados, "parece ser o melhor caminho para aproveitar as melhores oportunidades e maximizar os benefícios da cooperação entre a América Latina e a Índia".

Competição

Ao mesmo tempo que representa uma imensa oportunidade de comércio e investimentos, porém, a emergência da Índia também traz desafios à América Latina, especialmente no que se refere à exportação de manufaturados.

Segundo o relatório do BID, os governos latino-americanos devem prever um cenário em que a Índia venha a se tornar, assim como ocorreu com a China, um importante exportador de manufaturados, aumentando as dificuldades dos países da região em competir nesse setor.

De acordo com o estudo, isso só aumenta a urgência de implementar uma agenda para resolver as deficiências da América Latina em termos de educação, acesso a crédito, investimentos em ciência e tecnologia e infra-estrutura.

Fonte: BBC Brasil
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terça-feira, 13 de julho de 2010

Conselho de Defesa Indiano aprova 11 bilhões para novos submarinos

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Usar superlativos para descrever as despesas dos programas de aquisição em Defesa indianos, tornou-se uma prática comum. Durante meses, os esforços da Índia para encontrar novos caças, multi-função para a sua Força Aérea, também conhecido como o MMRCA (aviões de combate médio multi-função) concorrência, que pode render cerca de U$ 10,4 bilhões em um contrato de 126 aviões para a vencedora, foi considerado o programa de defesa mais importante da Índia. Ele atraiu numerosos concorrentes internacionais oferecendo aeronaves no "estado da arte", incluindo o Super Hornet, Eurofighter, Gripen, Rafale, Mig-35 e F-16IL.

Agora, o superlativo para o programa de defesa da Índia, está sendo aplicada ao Projeto-75 Índia (P-75I), que é dotar a Marinha de seis submarinos de nova geração diesel-elétrica. Para este efeito, o Conselho de Defesa e Aquisição (DAC), presidido pelo ministro da Defesa, AK Antony, aprovou recentemente a verba de U$ 11 bilhões. Embora de acordo com o DAC, três dos seis submarinos será construída no estaleiro Mazagon Docks (MDL) em Mumbai e um no Estaleiro Hindustan Ltd. (HSL), em Visakhapatnam, o Times of India noticiou ontem que os dois submarinos restantes ou podem ser importados ou construídos em um estaleiro privado no Brasil. Todo o trabalho deve ser assistido por uma comissão indiana.

Embora nenhum cronograma específico para o programa foi revelado, o programa será sujeito a prazos determinados, pois se estima que em 2015 a Marinha só será capaz de operar a metade de sua frota atual de 15 submarinos diesel-elétricos. Um oficial indiano disse ao Times of India que espera que a Marinha receba seu primeiro submarino no P-75I entre seis e sete anos. À luz de um atraso de quase três anos e os custos crescentes no curso do projeto-75 para seis submarinos Scorpene de origem francesa a serem construídos no estaleiro de MDL, continua a ser avaliada a sua continuidade.

O próximo passo será a emissão de uma RFP (Request for Proposal) para selecionar um parceiro estrangeiro. Principais agências internacionais de exportações e estaleiros navais, incluindo provavelmente da Rosoboronexport (Rússia), DCNS / Amaris (França), HDW (Alemanha) e Navantia (Espanha), são possiveis concorrentes, tão logo o RFP do P-75I seja anunciado conhecido.

A nova geração de submarinos diesel-eletricos indiana, irão caracterizar capacidades de ataque furtivo e a terra de maneira otimizada. Isto incluirá a dotação do projeto da tecnologia AIP, permitindo longos periodos de patrulha e navegação submersa, sendo uma imensa vantagem sobre os atuais submarinos convencionais operados.

Em paralelo com a manutenção de uma frota adequada de submarinos convencionais, a Índia continua a conduzir esforços para introduzir o seu primeiro submarino de propulsão nuclear. Enquanto o submarino russo de ataque da classe Akula-II, chamado K-152 Nerpa, será arrendado por dez anos com início em Outubro e autonomamente esta sendo desenvolvido e construído o INS Arihant, que estimasse entrar em serviço em 2012, uma vez que todo o casco encontra-se pronto faltando apenas a integração do reator nuclear.

É óbvio que qualquer país gastar cifras tão altas na aquisição de novas tecnologias de defesa provavelmente vai alterar o equilíbrio militar na região. Em qual proporção a nova geração de submarinos da Índia podem influir em tal mudança é questionável. O fato é que eles vão fornecer uma gama significativa de novos recursos para a Marinha indiana, um fato que preocupa os países com os seus próprios interesses na região, incluindo a China. Li Jie, um pesquisador do Instituto Chinês de Pesquisa Naval da Marinha, disse ao Global Times: "Os submarinos têm sido sempre a fraqueza da Marinha indiana. [...] Os novos submarinos, juntamente com a operação de aeronaves modernas na frota da Índia, vai aumentar a presença do país no Oceano Índico e mudar o clima militar na Ásia. "Entretanto, muita água vai rolar até a Marinha indiana possuir tal frota em operação, como descrito por Li, que pode moldar o ambiente de segurança e política da região.


Fonte: Defense Professionals Tradução Angelo D. Nicolaci
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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Índia e Brasil lançam disputa contra UE por genéricos

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Índia e Brasil lançaram uma disputa comercial contra a UE (União Europeia) e a Holanda pela apreensão de medicamentos genéricos, informou a missão brasileira na OMC (Organização Mundial de Comércio) nesta quarta-feira.

O pedido para consultas, primeiro passo para uma disputa formal na OMC, aumenta a tensão em torno de uma controvérsia sobre direitos de propriedade intelectual para empresas farmacêuticas e acesso a medicamentos à população de países pobres.

Os dois países ameaçam entrar com um processo formal na OMC desde que a alfândega holandesa apreendeu um medicamento genérico indiano para tratar pacientes com pressão alta que estava a caminho para o Brasil, em dezembro de 2008.

Esta apreensão, acusam os dois países, seria a parte de um modelo executado pelos países ricos para evitar o tratamento especial já acordado para os países pobre.

O caso vai ao cerne de uma das disputas mais delicadas entre países ricos e pobres -- a necessidade de fornecer medicamentos acessíveis aos pobres versus a necessidade de estimular a pesquisa por novos remédios por meio da proteção das patentes.

A União Europeia tem defendido que tem o direito de inspecionar os medicamentos genéricos em trânsito a fim de proteger seus cidadãos e a população nos países em desenvolvimento dos remédios falsificados.

Fonte: Reuters
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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Governo indiano planeja investir US$ 500 milhões no Brasil

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A Índia tem uma reserva de US$ 500 milhões para fazer investimentos diretos no Brasil, como parte de um plano do governo de alocar recursos no total de US$ 2,5 bilhões no país, segundo fontes do Ministério das Relações Exteriores indiano.

"Deste volume, US$ 2 bilhões já foram investidos e o restante ainda está buscando um destino", disse à BBC Brasil um alto funcionário do ministério que preferiu não ser identificado.

"Não existe um prazo específico de quando estes recursos devem ser utilizados. Eles estão à espera de uma boa oportunidade", completou.

Nesta semana, a secretária de Minas da Índia, Santh Sheela Nair, afirmou que o país precisa acelerar o ritmo de aquisições no exterior, senão corre o risco de ficar completamente "fora do jogo".

Ela avalia que há boas oportunidades principalmente na área de mineração e que é preciso agir rapidamente, antes que estes ativos desapareçam.

Para Prashanth Nayak, sócio da empresa de consultoria The Jai Group, o segmento de açúcar e álcool também é um forte candidato para receber estes recursos. Em outubro de 2008, o governo indiano adotou uma regra que exige a mistura de 5% de álcool à gasolina vendida. Mas desde então ainda não conseguiu colocá-la em prática.

"A Índia não produz etanol suficiente para suprir essa determinação e por isso o governo está buscando aumentar a sua capacidade de produção no Brasil", disse.

Petróleo

O segmento que até agora já recebeu mais investimentos do governo indiano no Brasil foi o petrolífero. O interesse se manifestou pela primeira vez em 2006, quando a estatal indiana de petróleo ONGC fechou um acordo para comprar uma participação de 30% da Exxon Mobil em um campo petrolífero da Bacia de Campos (RJ).

O negócio saiu por US$ 1,4 bilhão e garantiu a primeira aquisição da estatal indiana na região, após várias tentativas frustradas.

Em 2007, a Petrobras assinou um acordo por meio do qual transferiu à ONGC 15% da participação no bloco BC-10, no litoral do Espírito Santo, por US$ 170 milhões.

D.K. Sarraf, diretor-financeiro da ONGC, garante que até 2011 o plano da empresa é investir US$ 6 bilhões em novas áreas de exploração em mercados estrangeiros e na melhoria de técnicas de extração de campos mais antigos.

América Latina

A América Latina tem entrado cada vez mais no radar do governo indiano. Para a região, o plano de investimento alcança US$ 12 bilhões.

O Brasil aparece no topo da lista. A seguir está a Venezuela, com volume de investimentos previstos da ordem de US$ 2,1 bilhões.

A fatia da Bolívia é de US$ 2,1 bilhões por conta do interesse em ativos de mineração. Para o Chile, o montante chega a US$ 1,5 bilhão e para a Argentina, a US$ 1,2 bilhão.

A aposta do Ministério das Relações Exteriores indiano é de que as trocas comerciais com a América Latina deem um salto nos próximos dez anos e passe dos atuais US$ 16 bilhões para US$ 160 bilhões.

Hoje, o comércio da Índia com a Europa é da ordem de 100 bilhões de euros e com a região do Golfo, de US$ 100 bilhão.

Fonte: BBC Brasil
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