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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Parceria planeja desenvolver melhor motor a biocombustível

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A FAPESP e a Peugeot Citröen aprovaram proposta para a criação de um Centro de Pesquisa em Engenharia voltado ao desenvolvimento de motores a combustão movidos a biocombustíveis.

O centro reunirá pesquisadores da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto Mauá de Tecnologia e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que desenvolverão em conjunto um projeto de pesquisa voltado a criar conceitualmente um motor a etanol que apresente melhor desempenho do que os desenvolvidos nas últimas décadas no Brasil.

O projeto foi selecionado em uma chamada de propostas de pesquisa lançada pela FAPESP e pela Peugeot Citröen do Brasil Automóveis (PCBA).

O centro terá apoio da FAPESP e da Peugeot Citroën por quatro anos renováveis por mais seis anos – e tem como objetivo desenvolver motores de combustão interna, adaptados ou desenvolvidos especificamente para biocombustíveis, e sobre a sustentabilidade dos biocombustíveis.

Um comitê internacional – composto por pesquisadores do Paris Institute of Technology (ParisTech), do Instituto Politécnico de Turim, e das Universidades de Cambridge, do Reino Unido, Técnica de Darmstadt, da Alemanha, e da University College London, do Reino Unido – vai assessorar a condução do projeto.

Entre os temas que deverão ser investigados estão novas configurações de motores movidos a diferentes biocombustíveis – incluindo veículos híbridos, redução de consumo e de emissões de gases – e os impactos e a viabilidade econômica e ambiental de biocombustíveis.

“Pretendemos projetar conceitualmente, nos próximos quatro anos, um motor dedicado exclusivamente ao etanol, que apresente maior potência e seja mais eficiente do que o motor flex fuel existente atualmente”, disse Waldyr Luiz Ribeiro Gallo, professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp e coordenador do projeto, à Agência FAPESP.

O Centro de Pesquisas em Engenharia não terá um edifício onde todos os pesquisadores envolvidos no projeto estarão reunidos, explicou Gallo. “As linhas de pesquisa serão disseminadas entre as instituições participantes. Nosso grande desafio será coordenar as atividades desenvolvidas por esses diferentes grupos de pesquisadores.”

De acordo com o pesquisador, a ideia é que o projeto inicial reúna um grupo de pesquisadores especializados em diferentes aspectos de engenharia de motores. A meta, contudo, é que o centro atraia outros pesquisadores, além de novos projetos e mais empresas, de modo a diversificar suas fontes de financiamento e se tornar autossustentável, afirmou.

“Pretendemos que, ao longo do tempo, o centro tenha novas fontes de financiamento – além da FAPESP e da PCBA –, novos projetos e pesquisadores, cresça e extrapole seus limites”, disse Gallo.

“A aprovação da proposta inaugura um modelo de centros de pesquisa em engenharia, que associa características do programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) com as do Programa FAPESP de Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica, o PITE”, afirmou Carlos Henrique de Brito de Cruz, diretor científico da FAPESP.

O acordo celebrado entre a FAPESP e a PCBA para a construção de um Centro de Pesquisas em Engenharia foi o primeiro realizado no Brasil pela subsidiária brasileira da montadora francesa de veículos com uma agência de fomento à pesquisa.

“Já tínhamos parcerias diretas com universidades no Brasil, mas até então nenhuma com um agência de fomento à pesquisa, como a FAPESP, intermediando essa relação”, disse Flávio Gomes Dias, coordenador de inovação da PCBA.

“Isso nos deu mais segurança para escolher um projeto de pesquisa para financiar sem errar, porque vimos que os pareceristas da FAPESP são pesquisadores da área reconhecidos no mundo por seus estudos sobre motores a combustão”, avaliou.

A iniciativa de financiar o projeto no Brasil foi tomada pela empresa após a matriz ter decidido, em 2008, que a filial brasileira seria o polo de competência da montadora em pesquisa na área de biocombustíveis, em razão da experiência brasileira nesse campo. Desde então, todos os recursos globais da empresa para essa finalidade são destinados ao Brasil, para que a filial brasileira coordene os projetos na área.

Os pesquisadores pretendem testar, com esse projeto, o conceito de um motor dedicado totalmente ao etanol. “Acreditamos que um motor dedicado totalmente ao etanol poderia ter desempenho e eficiência substancialmente maiores do que o flex fuel”, disse Gallo.

De acordo com Gallo, uma das limitações do motor flex fuel é ter que funcionar bem tanto com etanol como com gasolina. Os combustíveis apresentam diferenças significativas em relação, por exemplo, à resistência à detonação (capacidade de ser comprimido sob altas temperaturas na câmara de combustão).
Fonte: Info Exame via Notimp
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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Dilma comemora resultado do leilão de Libra e diz que não é privatização

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A presidenta Dilma Rousseff disse há pouco que o leilão da exploração do pré-sal no Campo de Libra, na Bacia de Santos, foi um sucesso e que não pode ser confundido com privatização. Em pronunciamento na rede nacional de rádio e TV, a presidenta declarou que há “equilíbrio justo” entre os interesses do Estado e das empresas que vão explorar e produzir o petróleo.
 
“Pelos resultados do leilão, 85% de toda a renda a ser produzida no Campo de Libra vão pertencer ao Estado brasileiro e à Petrobras. Isso é bem diferente de privatização. As empresas privadas parceiras também serão beneficiadas, pois ao produzir essa riqueza vão obter lucros significativos, compatíveis com o risco assumido e com os investimentos que estarão realizando no país”, disse
Segundo Dilma Rousseff, o leilão representa um marco na história do Brasil. “Seu sucesso vai se repetir, com certeza, nas futuras licitações do pré-sal. Começamos a transformar uma riqueza finita, que é o petróleo, em um tesouro indestrutível que é a educação de alta qualidade”, declarou a presidenta, em referência à aprovação dos 75% dos royalties da exploração do petróleo para a educação. "Em uma década Libra pode representar sozinho 67% de toda a produção atual de petróleo do Brasil", acrescentou.
Após a oferta do leilão, um consórcio formado por cinco empresas – a anglo-holandesa Shell, a francesa Total, as chinesas CNPC e CNOOC e a Petrobras – venceu a disputa. Dos 70% arrematados pelo consórcio, 20% são da Shell e 20% da Total. A CNPC e a Cnooc têm, cada uma, 10%, assim como a Petrobras, que já tinha garantidos 30%.
Segundo Dilma, “o sucesso do leilão” vai permitir que sejam repassados à União R$ 270 bilhões em royalties, R$ 736 bilhões a título de excedente de óleo sob o regime de partilha e R$ 15 bilhões como bônus da assinatura do contrato. “Isso alcança um fabuloso montante de mais de R$ 1 trilhão”, ressaltou.
A presidenta da República defendeu também a aplicação correta dos recursos para que seja garantida uma “pequena revolução, benéfica e transformadora”, no Brasil. Segundo ela, a exploração do Campo de Libra possibilitará a geração de milhões de empregos e o desenvolvimento industrial e tecnológico do parque naval e da indústria de fornecedores e prestadores brasileira.
Os benefícios trazidos pela exploração também estão no campo da balança comercial brasileira, que, de acordo com Dilma, aumentará em decorrência da elevação das exportações por meio do acréscimo do volume de óleo produzido.
Segundo a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, o contrato de partilha será assinado dentro de um mês.
 
Manifestação contra o leilão de Libra termina sem incidentes no centro do Rio
 
Um grupo de pessoas fez uma passeata contra o leilão do Campo de Libra hoje (21) no centro do Rio. Acompanhado de forte aparato policial, sindicalistas, integrantes de partidos políticos e movimentos sociais seguiram da Igreja da Candelária até a sede da Petrobras, na Avenida Chile.
O prédio estava cercado por policiais militares e os manifestantes se juntaram ao acampamento de petroleiros em greve, montado na passarela entre as sedes da Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES). A todo momento, a polícia revistava os manifestantes. Quando isso ocorria, um grupo de jovens cantava: "Não adianta me revistar, é o Amarildo que você tem que achar".
Com gritos de ordem contra o governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes, o leilão do petróleo e a Polícia Militar, a passeata transcorreu tranquilamente e começou a dispersar por volta de 19h30, mas o trânsito na Avenida Chile continua interrompido.
 
Fonte: Agência Brasil
 
Nota do GBN: Qual a sua opinião amigo leitor sobre esse leilão?
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domingo, 13 de outubro de 2013

Conheça as três semiestatais chinesas que estarão no leilão do dia 21

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Há uma grande expectativa para o leilão do pré-sal no dia 21, já que o número de empresas inscritas para a disputa ficou bem abaixo do esperado. Além disso, gigantes como Chevron e BP preferiram ficar de fora da 1ª Rodada. São 11 as empresas que vão participar. Entre elas, três semiestatais chinesas desconhecidas para a maioria dos brasileiros. A CNPC, a CNOOC e a Sinopec são resultado do processo de reforma do setor petrolífero da China, nos anos 80. No começo, a CNPC se especializou em exploração onshore, ou seja, com a perfuração realizada em terra, a CNOOC em offshore, perfuração em solo marítimo, e a Sinopec em refino.
 
Fundada em 1988, a CNPC é a maior produtora e fornecedora de óleo e gás da China e está presente em quase 70 países. Ela aparece como a 5º maior empresa do mundo em pesquisa da Fortune desse ano. Sua intenção em estreitar as relações com a América Latina não é segredo: no site, o presidente, Zhou Jiping diz que a aliança resultou em conquistas impressionantes. "Em outubro de 1993, a CNPC começou sua atuação no Peru. (...) Ao longo das últimas duas décadas, temos assistido a um progresso constante. Como prova, visitei a Venezuela, o Peru e o Equador muitas vezes, estabelecendo parceria e amizade com os governos locais", ele diz. Há quase 3 anos, a Baoji Oilfield Machinery Co Ltd, subsidiária da CNPC, estabeleceu uma parceria com as brasileiras Brasil China Petróleo e Asperbras. Juntas, fabricam equipamentos ligados ao setor petrolífero. A chinesa fica com 34% do capital, e as brasileiras com 33%. Em 1999, as atividades foram dividadas em uma nova empresa, a PetroChina. Subsidiária da CNPC, foi considerada, em 2010, a que possui o maior valor de mercado pela Ernst and Young, com números em torno de US$ 353,2 bilhões.
 
A CNOOC é gigante chinesa fundada em 1982 e responsável, principalmente, pela produção offshore, que lhe garante o posto de maior produtora de petróleo em perfuração de solo marinho no país. Seu acionista majoritário é o governo da China, que detém 70% da empresa, o que a coloca no posto de semiestatal. Por conta disso, a empresa assume 51% de qualquer exploração em alto mar realizada na China, sem custos adicionais. Em 2005, a CNOOC tentou comprar a petrolífera americana Unocal Corporation. A oferta de US$ 18,5 bilhões não chegou a se concretizar por bloqueio dos Estados Unidos, que justificou ter razões de "Segurança Nacional". Seus ativos totais alcançam, aproximadamente, US$ 75 bilhões. No leilão, CNOOC e CNPC deverão estar em um mesmo consórcio para disputar, já o controlador é o mesmo: o governo chinês.
 
Em 2004, a Sinopec iniciou suas atividades no Brasil, quando assinou um contrato de cooperação estratégica com a Petrobrás. No leilão, marca seu lugar através de outras empresas. Ela participa dos capitais da Petrogal, petroleira de Portugal, e da Repsol Sinopec Brasil, da Repsol Espanha. Ela não se encaixa no mesmo caso das chinesas que precisarão participar de um único consórcio porque a Sinopec não é a controladora das que participam do leilão. Em 2012, ela foi eleita pela Forbes a quinta maior empresa do mundo.
 
O LEILÃO NO CAMPO DE LIBRA
 
O leilão do Campo de Libra é muito esperado, já que as regiões do pré-sal guardam grandes quantidades de petróleo em águas profundas. Estima-se que o óleo esteja de 5 a 7 mil metros abaixo do nível do mar, o que dificulta e encarece a exploração. Os números assustam: segundo a ANP, o campo poderá render R$ 900 bilhões para o Brasil em 30 anos. Pela lei, 75% dos royalties do petróleo serão destinados para a educação. Em seu auge, Libra será capaz de produzir um milhão de barris de petróleo por dia, o que corresponde à metade da produção anual no país inteiro. No total, a expectativa é de 8 a 12 bilhões de barris de petróleo recuperáveis na área.
 
A disputa funcionará sob o regime de partilha da produção para as áreas do polígono do pré-sal, enquanto o restante das bacias sedimentares atua pelo regime de concessões. Isso quer dizer que qualquer bloco leiloado na região de de águas profundas a União e a empresa vencedora partilham a produção. Dessa forma, a Petrobrás tem participação mínima de 30% no contrato, como operadora da área, qualquer que seja a oferta vencedora. Nesse leilão, apenas um bloco está em jogo, com 12 a 18 plataformas.
 
Para fazer ofertas no dia, as 11 empresas precisam apresentar a "garantia de oferta" (no caso de Libra, R$ 156 milhões). A previsão é de que a produção se inicie 5 anos após a assinatura do contrato.
 
Fonte: JB On Line
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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Canadá espionou Ministério de Minas e Energia brasileiro, diz documento

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A Agência Canadense de Segurança de Comunicação (CSEC, na sigla em inglês) teria espionado telefonemas e emails do Ministério de Minas e Energia (MME) brasileiro, segundo documento revelado pelo programa "Fantástico" neste domingo.
 
A reportagem cita uma apresentação sobre uma ferramenta da CSEC feita durante um encontro de analistas de espionagem de cinco países (EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia) em junho de 2012. O caso do mapeamento sobre o MME foi usado como exemplo da aplicação da ferramenta.
 
O documento foi obtido pelo ex-técnico da americana NSA (Agência de Segurança Nacional) Edward Snowden, que revelou um amplo esquema de espionagem dos EUA neste ano. Snowden, que hoje está asilado na Rússia, esteve no encontro de 2012 e entregou os papeis revelados ontem ao jornalista americano Glenn Greenwald em Hong Kong em maio.
 
Segundo a apresentação, o programa "Olympia" foi usado pela agência canadense para mapear ligações telefônicas e comunicações por computador do ministério, incluindo emails.
 
Aparentemente, a CSEC só teve acesso aos chamados "metadados", que são os registros sobre a comunicação (destinatário, remetente, datas e horários das ligações e dos emails), mas não ao conteúdo das mensagens.
 
De acordo com a reportagem do Fantástico, no entanto, os canadenses conseguiram identificar números de celulares, registros dos chips e, inclusive, marcas e modelos dos aparelhos usados na comunicação.
 
Foram rastreadas ligações do MME com a Olade (Organização Latino-americana de Energia), com sede em Quito, no Equador, e trocas de emails entre computadores do ministério e de países do Oriente Médio, da África do Sul e do próprio Canadá.
 
INTERESSES
 
Como reconheceu o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o Canadá tem "interesse no Brasil, sobretudo nesse setor mineral". "Há muitas empresas canadenses que manifestam interesse no país. Se daí vai o interesse em espionagem pra servir empresarialmente a determinados grupos, eu não posso dizer", afirmou ao "Fantástico".
 
Uma das preocupações é a comunicação do MME com a Agência Nacional do Petróleo, responsável pelos leilões para exploração de petróleo no país.
 
"Eu acho que configura um fato grave que merece repúdio. Aliás a presidenta Dilma já o fez amplamente na ONU", disse Lobão.
 
Um dos celulares monitorados foi o do subsecretário para África e Oriente Médio do Itamaraty, Paulo Cordeiro, que foi embaixador no Canadá entre 2008 e 2010.
 
No período em que seu telefone teria sido monitorado, contudo, ele já estava na função de subsecretário para as duas regiões. Nesta função, o embaixador é um dos principais interlocutores entre empresas brasileiras ligadas ao setor de Energia, como Vale e Petrobras, e governos africanos.
 
"Na nossa atividade, há sempre uma probabilidade de que você esteja sendo escutado por amigos e inimigos. Você procura ter precauções, mas acaba surpreendido quando vê que caiu naquilo", disse Cordeiro à Folha.
 
Ele acredita, contudo, que muita coisa não ficou exposta. "Quando são conversas mais sérias, trabalhamos com telegramas cifrados. O mais importante não é falado por telefone."

Fonte: Folha
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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Duas visões: O modelo de exploração do pré-sal é bom para o Brasil?

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A ausência de várias gigantes do setor petrolífero no leilão do campo de Libra abriu um debate sobre o modelo adotado pelo Brasil em 2010 para explorar o pré-sal.
 
O leilão, previsto para 21 de outubro, será o primeiro realizado sob vigência do novo modelo, que substituiu o regime de concessões pelo regime de produção partilhada e muitas análises atribuíram seu esvaziamento a um suposto "excesso de regras e de participação estatal" nesse novo sistema.
Se as estimativas oficiais estiverem corretas, Libra é a maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil e, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), poderia produzir em dez anos até um milhão de barris diários - metade de toda a atual produção brasileira.
As britânicas British Petroleum e British Gas e as americanas ExxonMobil e Chevron, porém, decidiram não se inscrever para participar do leilão.
Além disso, apenas 11 empresas ou consórcios se mostraram interessados em fazer ofertas pelo direito de explorar a área, enquanto a ANP esperava até 40 interessados.
Afinal, o novo modelo de exploração do pré-sal é bom para o Brasil? Até que ponto ele foi mesmo responsável pelo esvaziamento do leilão?
A BBC ouviu dois especialistas com pontos de vista opostos sobre esse tema:
 
Francisco Lopreato, professor do departamento de economia da Universidade de Campinas (Unicamp)
Para Lopreato, o novo regime permite que os recursos do pré-sal tenham um papel central no desenvolvimento do país no futuro.
 
Ele foi adotado em 2010 com o objetivo de direcionar uma fatia maior de tais recursos para os cofres públicos.
"Esses são recursos que poderão ser aplicados em educação e saúde. Assegurar que eles estarão a disposição dos brasileiros era uma oportunidade ímpar que não poderíamos perder", diz Lopreato.
Segundo o economista, o que justificaria a mudança do regime de concessão para o regime de produção partilhada é o fato de o pré-sal ser uma área de exploração de baixo risco.
"Faz sentido adotar um regime de concessão em uma área em que, apesar de terem sido feitos estudos geológicos, ainda há algum grau de dúvida sobre o potencial das reservas", afirma o professor.
"No caso do pré-sal, porém, todas as áreas parecem estar mapeadas e atividades de exploração preliminar têm mostrado que o risco é muito baixo: a única dúvida é se a vazão do petróleo será boa ou ótima."
Para Lopreato, é difícil estabelecer se o desinteresse da BP, da British Gas, da Chevron e da ExxonMobil pelo leilão de Libra teve mesmo como causa uma resistência ao modelo de produção partilhada ou mesmo a percepção de que há um "excesso de intervencionismo estatal" no novo regime.
Ele ressalta que outras empresas - como a francesa Total e a Shell - não parecem ter visto grandes problemas no novo modelo e nenhuma das "desistentes" se pronunciou oficialmente sobre o tema.
"Muitos fatores podem ter influenciado a decisão dessas petrolíferas em não participar do leilão. Investir no campo de Libra pressupõe um esforço financeiro gigantesco e pode ser que elas já estivessem com seus recursos muito comprometidos com outros projetos, por exemplo."
Apesar de defender o novo modelo, o professor faz a ressalva de que também há riscos importantes a serem evitados durante sua implementação.
Ele lembra que a obrigatoriedade de a Petrobras estar presente em todos os projetos, com uma participação de 30%, exigirá da empresa a mobilização de muitos recursos: "Nesse contexto, comprometer os recursos da empresa com uma política para segurar os preços da gasolina pode ser complicado."
Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)
Para Pires, Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, as novas regras tendem a afastar grandes empresas privadas, com larga experiência no setor, e atrair petrolíferas estatais.
Elas teriam sido ao menos parcialmente responsáveis pelo esvaziamento do leilão de Libra - que criaria um cenário de menos competição pela área.
De fato, das 11 empresas que se registraram para o leilão, seis são controladas pelo Estado, com destaque para as chinesas (a CNOOC e a China National Petroleum vão concorrer sozinhas, e a Sinopec concorrerá em associação com a espanhola Repsol).
Além disso, entre as cinco privadas, apenas duas estão entre as maiores do setor: a francesa Total e a anglo-holandesa Shell.
Segundo Pires, o interesse das empresas privadas tende a ser menor dentro do novo modelo porque, para elas, o lucro seria um fator de suma importância e há incertezas sobre as condições para se obter retorno do projeto. Já as estatais - como as chinesas - também estariam interessadas em garantir acesso às reservas de petróleo.
Para o especialista, o novo modelo de exploração do pré-sal pecaria pelo excesso de intervencionismo e participação do governo e entes estatais.
"A Petrobras é monopolista na operação do campo, e a exigência de que o projeto tenha uma determinada porcentagem de conteúdo nacional (que use bens e serviços produzidos no país) também pode afastar investidores", diz.
Além disso, Pires acredita que o modelo é contraproducente pela mensagem que passa ao mercado.
"A impressão que se tem é que o governo está estendendo a mão para o capital privado não por convicção, mas por pura necessidade, já que não pode explorar essas reservas sozinho e precisa dos investimentos das empresas para reativar a economia", afirma. "Os investidores não estão seguros de que não poderá haver uma mudança de regras no futuro, por exemplo."

Produção partilhada vs concessões

Uma diferença básica entre o regime de concessões e o de produção partilhada é que, no primeiro, as petrolíferas são donas do petróleo produzido, remunerando o Estado por meio de royalties e de um bônus de assinatura (pagamento feito ao assinar o contrato). Já no segundo, além de o Estado receber os royalties e bônus de assinatura, também é dono da produção.
No modelo adotado pelo Brasil em 2010, a Petrobras tem uma parcela de 30% em todos os projetos do pré-sal e só os outros 70% é que vão a leilão. Além disso, a petrolífera brasileira também é a "operadora" dos campos, o que lhe dá mais controle sobre o ritmo de produção.
As empresas entregam a produção ao Estado depois de descontar os custos e recebem em troca parte de seu excedente de produção. Essa parcela pode variar e, no leilão, a petrolífera vencedora será a que oferecer uma maior fatia ao Estado.
 
No novo modelo também foram incluídos requerimentos sobre o conteúdo nacional dos projetos. O percentual mínimo de componentes brasileiros usados na operação tem de ser de 37% na fase de exploração, 55% na fase de desenvolvimento até 2021 e 59% depois desse ano.
 
Fonte: BBC Brasil
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domingo, 15 de setembro de 2013

Brasil recua em planos de energia nuclear e favorece eólica

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O Brasil provavelmente recuará em seus planos de novas usinas nucleares devido a preocupações com segurança após o vazamento de 2011 no Japão, e promoverá por outro lado uma "revolução" na energia eólica, disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
 
Tolmasquim disse à Reuters que era "improvável" que o governo mantenha seus planos de construir quatro novas usinas nucleares até 2030 para atender a crescente demanda por eletricidade. Ele se recusou a informar quantas usinas serão construídas.
Os comentários de Tolmasquim, parte de uma avaliação mais ampla dos planos estratégicos de longo prazo do país para geração de energia elétrica, ressaltaram as dúvidas globais quanto à energia nuclear mais de dois anos depois do terremoto seguido de tsunami que levou a um acidente na usina de Fukushima, no Japão.
 
"Depois do Japão, as coisas foram colocadas em espera", disse Tolmasquim em entrevista na semana passada. "Não abandonamos (os planos)... mas eles também não foram retomados. Não é uma prioridade para nós neste momento."

O Brasil ainda não iniciou o processo das unidades projetadas que estarão finalizadas em 2030. A usina atualmente em construção, Angra 3, está sendo construída com tecnologia alemã da Siemens-KWU.

O Brasil permanece como um local relativamente atrativo para a energia nuclear, disse Tolmasquim, já que é um dos poucos países que possui todos os elementos naturais necessários para sua produção. Além das duas usinas nucleares existentes no Rio de Janeiro, uma terceira está em fase de construção, e deve entrar em operação em 2018.

Depois de um crescimento econômico robusto na última década, o Brasil é o mercado para novas fontes de eletricidade confiáveis, limpas e baratas. A rede de energia do país atualmente se baseia em usinas hidrelétricas para cerca de 75% de sua demanda. Isso tem benefícios ambientais evidentes, mas também deixou o país vulnerável durante eventuais períodos de seca.

Em janeiro, o tempo seco no Nordeste causou temores de escassez de energia, o que abalou os mercados financeiros e causou dor de cabeça para a presidente Dilma Rousseff. A última grande crise havia ocorrido em 2001, quando a escassez de energia derrubou em cerca de 1 ponto percentual o crescimento econômico brasileiro e deixou milhões de pessoas à luz de velas.

Momento da energia eólica
Atualmente, a energia nuclear representa pouco cerca de 1% da geração de energia elétrica no Brasil, mesma porcentagem das usinas eólicas. A geração termoelétrica movida a gás natural responde pela maior parte do restante.

Apesar da desaceleração da economia desde 2011, a demanda por eletricidade continuou a crescer enquanto muitos brasileiros migram para a classe média e compram geladeiras, TVs e outros bens de consumo movidos a energia elétrica pela primeira vez. O consumo de eletricidade subiu 3,5% em 2012, comparados ao crescimento de apenas 0,9% da economia como um todo.

Tolmasquim, que foi o principal assessor de Dilma quando ela foi ministra da Energia no início dos anos 2000 e ainda é próximo à presidente, disse ver potencial para a expansão da energia eólica graças ao aumento da competição e aos avanços tecnológicos que reduziram os preços.

A média de preços da energia eólica no Brasil caiu de R$ 148 por megawatt-hora no fim de 2009 para R$ 110 por megawatt hora este ano. "Este é o momento da energia eólica", disse. "Houve uma revolução em termos de custos."

Diversas empresas internacionais estão investindo em energia eólica no Brasil, incluindo Enel Green Power, General Electric Co., Alstom e Gamesa Corporacion Tecnologica. O sucesso da energia eólica reduziu a ambição pela expansão da energia solar, ao menos por enquanto, disse Tolmasquim. Ele disse que a eólica é atualmente mais barata que a energia solar no Brasil, apesar ser provável que os avanços tecnológicos mudem isso.

"É uma quesão de tempo", disse Tolmasquim. "A energia solar está vindo, cedo ou tarde." Qualquer coisa que reduza o preço da energia elétrica será bem-vinda. Apesar da abundância de sol e de vento e de outras formas de energia limpa, o Brasil ainda tem um dos preços de energia mais altos do mundo, principalmente por conta dos altos impostos.
 
Fonte: Reuters
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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Espionagem? Pré-sal do Brasil vale hoje R$ 20 trilhões

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O pré-sal do Brasil teria reservas de, no mínimo, 70 bilhões de barris de petróleo. Pode ter até 80 bilhões de barris, segundo estimativa de quem é muito do ramo. Isso, a preços do momento, significa uns 8 trilhões e 800 bilhões de dólares. Ou algo como 20 trilhões e 400 bilhões de reais.
 
Vinte trilhões e 400 bilhões de reais equivalem a uns 5 PIBs do Brasil. Cinco vezes tudo o que o Brasil produz a cada ano.
 
Por algo que vale US$ 8 trilhões e 800 bilhões, Estados Unidos, Inglaterra, as chamadas grandes potências fariam, farão qualquer coisa.
 
Espionaram e espionarão o que entenderem ser preciso. Na moita, ou com a colaboração da própria Polícia Federal, espionaram abertamente o Brasil até o início dos anos 2000. Na marra, fazem e admitem fazer agora.
 
Isso é absolutamente inaceitável. Por aqui, por ignorância profunda, acentuado complexo de vira-lata, ingenuidade ou boçalidade, há quem diga ser desimportante a ciberespionagem. Ou ache que "isso é assim mesmo".
 
Não é. Na Alemanha, em porções da Europa, esse é um importante debate travado nestes dias. O parâmetro da privacidade de cada um de nós daqui por diante dependerá da reação, ou da tibieza nas reações, a essa espionagem em escala quase absoluta.
 
Com reservas estimadas em US$ 8 trilhões e 800 bilhões, a preços de hoje, Petrobras e pré-sal têm sido objeto de opiniões na mídia nas 48 últimas horas. Opiniões nos mesmos dias e quase sempre na mesma direção.
 
O leilão do campo de Libra, de Santos, está previsto para 21 de outubro. O governo ensaia a formação de um consórcio com a chinesa Sinopec, entre outros parceiros. Consórcio que aumentaria a presença da Petrobras no negócio.
 
O que está posto é, em resumo, um debate que agora concentra duas posições: de um lado os que defendem a Petrobras ampliando ao máximo sua presença no negócio do pré-sal. Na outra ponta, os que preferem a participação maior do setor privado. A estes, no momento, o que resta é defender, torcer para um adiamento do leilão do campo de Libra.
 
Quem entende de Petrobras avalia ser improvável que todo o sistema de defesa tenha sido quebrado e a espionagem tenha chegado até as informações mais sensíveis do pré-sal. Mas, ao mesmo tempo, considera a mera tentativa uma brutal agressão norte-americana.
 
Não se pode falar em "deslealdade" porque isso seria ingênuo num jogo de poder e de trilhões de dólares. O presidente Barack Obama prometeu à presidente Dilma Rousseff transparência total nas informações sobre ciberespionagem. Isso até a quarta-feira, 11.
 
É ver para crer. E aguardar, a depender do desenrolar, se as agendas serão mantidas. O leilão do campo de Libra, marcado para 21 de outubro. E a visita de Dilma aos Estados Unidos, e a Obama, agendada para dois dias depois do anunciado leilão.
 
Fonte: Terra via Hangar do Vinna
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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Petrobras vai ter lucro de mais de R$ 20 bilhões este ano, diz Lobão

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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta terça-feira que a Petrobras vai ter lucro de mais de R$ 20 bilhões neste ano. A afirmação foi feita em resposta a jornalistas que questionavam se a ausência de reajustes dos combustíveis não poderia comprometer os investimentos da petroleira.
“Esse argumento de que a Petrobras tem seus investimentos comprometidos é antigo, e ela nunca deixou de fazer seus investimentos. Este ano, a Petrobras vai ter lucro de mais de R$ 20 bilhões. Ela vai cumprir rigorosamente com seu cronograma de investimentos”, afirmou o ministro, ao chegar ao evento Brazil Windpower.
 
Em 2012, a estatal registrou lucro líquido de R$ 21,2 bilhões, após um rrecuou 36% na comparação com 2011. E a receita, na mesma base de comparação subiu 14%, para R$ 281,4 bilhões.
 
Reajuste
 
Lobão também afirmou hoje que “não se cogita neste momento” o reajuste dos preços de combustíveis para este ano. Segundo ele, a Petrobras “sempre pede” ajustes nos preços.
 
“Os preços não estão alinhados, ela quer alinhar”, afirmou o ministro. “É papel dela [a Petrobras] pedir.” Segundo o ministro, o não alinhamento dos preços não compromete os investimentos da Petrobras.
 
Lobão afirmou que o governo olha com cuidado os pedidos feitos pela Petrobras, mas destacou que também é preciso analisar a situação econômica do país.

Fonte: Valor Economico
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terça-feira, 19 de março de 2013

Pré-sal deverá representar metade da produção da Petrobras em 2020

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Após a queda da produção de petróleo em 2012, a Petrobras se mostra, em seu novo plano de negócios, otimista com o aumento da extração de óleo nos próximos anos.
 
A estatal projeta produção de óleo em campos brasileiros de 2,75 milhões de barris/dia em 2017 --último ano de vigência do plano 2013 a 2017. Já para 2020, a projeção aponta para 4,2 milhões de barris/dia.
 
"A configuração dessa curva [de aumento da produção] vem sendo exaustivamente planejada e executada", disse Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras, durante apresentação do plano a analistas na manhã desta terça-feira.
 
Do total previsto para 2017, 42% devem vir do pré-sal e dos campos da cessão onerosa (recebidos da União durante o processo de capitalização da companhia).
 
Atualmente, o pré-sal corresponde a uma produção de 300 mil barris/dia. A nova província exploratória representou 7% da produção da Petrobras no ano passado --o percentual foi de 5% em 2011. Para 2020, a previsão é que seja extraído dos campos pré-sal metade do óleo da companhia.
 
A presidente da companhia, Maria das Graças Foster, disse que a produção do pré-sal é "uma realidade", com o menor tempo de perfuração de poços (eram 130 dias; agora são 70, em média) e a "ótima" produtividade de poço, alguns com a extração diária de até 30 mil barris.
 
A executiva disse que a empresa tem "muita convicção da materialidade dessa curva de aumento da produção de óleo" diante da entrada de novos projetos.
 
Para 2013, porém, a produção deve ficar estagnada em 2 milhões de barris/dia, apesar da entrada em operação de sete novas plataformas. Essas unidades, porém, vão aumentar a produção gradualmente e o maior impacto virá em 2014.
 
Foster disse que a execução dos investimentos em 2013 foi "a melhor da história da companhia", com R$ 84,1 bilhões e avanço físico de 104% do previsto.
 
Um exemplo, diz, é a refinaria Abreu e Lima (PE), cujo avanço físico subiu para 71% com desembolsos US$ 11,7 bilhões. A previsão é investir US$ 17 bilhões e iniciar a produção em novembro de 2014 numa primeira etapa e em março de 2015 na segunda fase.
 
Fonte Folha
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Gas Summit Latin America 2013 traz pesquisador de Harvard para falar sobre desafios do gás natural

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O evento que completa dez anos em 2013, engloba debates sobre gás não-convencional, planejamento energético brasileiro e integração energética da América Latina
Em sua edição de 10 anos, o Gas Summit Latin America terá como um de seus keynote speakers Ashley C. Brown, diretor-executivo do Grupo de Política de Eletricidade da John F. Kennedy School of Government da Universidade de Harvard. Além do especialista norte-americano, foram convidados para a edição comemorativa do evento - que acontecerá no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 15 de maio - representantes de empresas de gás e do setor público da Argentina, Uruguai, Colômbia, Bolívia, Venezuela, Chile e México, além do Brasil.
Ashley C. Brown é conselheiro do escritório de advocacia Dewey & LeBoeuf LLP e já aconselhou governos de diversos países em questões de infraestrutura regulatória, entre eles Brasil, Argentina, Rússia e Índia. No Gas Summit Latin America 2013 ele palestrará sobre possibilidades e desafios nas estruturas, regras, regulações e operações nos mercados de gás latino-americanos, bem como a busca por preços equilibrados em bases sustentáveis e como é possível remover barreiras no mercado.
Além de aspectos regulatórios do gás natural, a edição deste ano focará especialmente na evolução do gás não-convencional como alternativa para aumentar a oferta e evitar a crise energética - como vinha sendo especulado no início do ano devido aos baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras. Entre os assuntos que serão discutidos estão problemas técnicos e ambientais de shale e tight gas, e a evolução da exploração e produção no Brasil e em outros países da região.
Outros temas que estarão em pauta são investimentos em infraestrutura, papel estratégico do GNL, resultados da Lei do Gás quatro anos após sua implementação, evolução dos planos para expansão da malha de gasodutos e a necessidade de abastecimento das termelétricas sem desabastecer a indústria. Em relação à América Latina, o tema principal será a integração energética e comercial entre os países, enquanto as melhores práticas em contratos internacionais para fornecimento de gás serão estudadas em um workshop.
A 10a. edição do Gas Summit Latin America é uma iniciativa da IBC, empresa do Informa Group, com o apoio de várias entidades do setor. A programação completa do evento pode ser obtida no site www.informagroup.com.br/gassummit e na central de atendimento, pelo telefone 11-3017-6808.
O GeoPolítica Brasil em mais parceria com o IBC, trás a você leitor mais uma vez informações sobre este importante evento, o qual estaremos presentes realizando sua cobertura. Contate o Informagroup e se inscreva e participe.
 
Fonte: GeoPolítica Brasil com IBC
 
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Petrobras faz nova descoberta de petróleo na Bacia de Santos

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Poço batizado de Florim tem 2.009 metros de profundidade, abaixo do pré sal
 
A Petrobras informou nesta quarta-feira que descobriu petróleo no sexto poço perfurado após a assinatura do contrato de Cessão Onerosa, na área denominada Florim, no pré-sal da Bacia de Santos.
Batizado informalmente como Florim, o poço localiza-se em profundidade de 2.009 metros, a uma distância de 206 km da costa do Estado do Rio de Janeiro e comprovou a existência de petróleo de boa qualidade (29º API), em reservatórios carbonáticos de excelente qualidade situados logo abaixo da camada de sal.
 
O poço ainda está sendo perfurado, tendo chegado, até agora, à profundidade de 5.498 metros. A perfuração prosseguirá até o nível previsto no contrato de Cessão Onerosa, que é de aproximadamente 6.100 metros.
 
Concluída a perfuração, será feito um teste de formação para avaliar a produtividade dos reservatórios, de acordo com as atividades e investimentos previstos no Programa Exploratório Obrigatório (PEO) do Contrato de Cessão Onerosa. Pelo contrato, a fase exploratória deverá terminar até setembro de 2014, quando poderá ser declarada a comercialidade da área.
 
Fonte: JB On Line
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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Uma Bolívia e meia de gás no Piauí. Uma afirmação que contém uma dose exagerada de otimismo ou uma simples plataforma política?

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O governador do estado do Piauí Wilson Martins (PSB) se antecipa aos técnicos da Petrobrás e a OGX-MA, que deverão pesquisar a existência de gás na Bacia do Paranaíba, do lado piauiense e anuncia a existência de uma Bolívia e Meia de gás no seu estado.
O governador do estado do Piauí, às vezes peca pelo otimismo exagerado, como por exemplo, ao divulgar nos seus comícios, quando ainda buscava a sua reeleição, já naquele tempo, a produção de gás no seu estado. O que nem o estado do Maranhão, cujas pesquisas já vinham bem adiantadas ousava afirmar. Só no ano de 2012 foi que a OGX-Maranhão, empresa associada à MPX do grupo Eike Baptista, declarou a comercialidade da acumulação de Bom Jesus na Bacia do Parnaíba.
Só recentemente a presidente Dilma Rousseff autorizou a inclusão no leilão da Petrobrás de 14 blocos a serem explorados no estado do Piauí, o que deverá levar no mínimo uns 10 anos para serem explorados comercialmente.
Nada contra o otimismo do governador, mas acontece que ao não se confirmarem as suas afirmações, a palavra do governador perde valor e o otimismo acaba se transformando em frustração.
 
Fonte: Dom Severino Blog
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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Petrobras volta a investir na Bolívia 7 anos após 'perder' refinarias no país

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A Petrobras venceu uma licitação para explorar um campo de produção de gás na Bolívia, no Departamento (Estado) de Santa Cruz, região que abriga as maiores reservas de gás natural do país. A informação foi divulgada em reportagem do jornal "Valor Econômico" nesta sexta-feira (1).
 
O investimento da estatal brasileira ocorre quase sete anos depois de o presidente boliviano, Evo Morales, determinar a estatização dos ativos da empresa no país. Em maio de 2006, Morales anunciou a estatização de todo o setor de hidrocarbonetos boliviano, cumprindo uma promessa eleitoral. A Petrobras teve as refinarias expropriadas e passou a pagar royalties maiores pelo gás que explora no país.
A exploração do novo campo vai ocorrer por meio de um contrato de prestação de serviços com a estatal boliviana YPFB, e os trabalhos no local podem começar no segundo semestre deste ano. A estatal não divulgou o valor do investimento previsto ou o tamanho das reservas.
Segundo o "Valor", uma preocupação do governo é que a produção nas jazidas hoje operadas pela Petrobras na Bolívia deve começar a declinar a partir de 2017.
A procura por novas reservas é estratégica para o Brasil, frente aos seguidos recordes na demanda por gás no país, segundo a reportagem. Em novembro, o Brasil demandou 70,9 milhões de metros cúbicos diários, alta de 41,5% em relação ao mesmo período de 2011, por conta do acionamento das termelétricas, devido ao baixo nível dos reservatórios. De janeiro a novembro, a alta foi de 18,2%.
O contrato entre Petrobras e YPFB prevê a exportação de 30 milhões de metros cúbicos diários de gás ao Brasil, através do gasoduto Brasil-Bolívia, diz a reportagem.
 
A Bolívia tem no Brasil seu principal cliente no mercado de gás. No ano passado, as exportações de gás da Bolívia somaram US$ 5,741 bilhões, sendo 75% desse valor ao Brasil. O gás é um produto essencial para a balança comercial do país vizinho, representando 48,8% de suas exportações.
 
Fonte: Valor Econõmico
 
Nota do GPB: Realmente o Brasil é um mãe... Sete anos após se apropriarem dos bens da Petrobrás lá na Bolívia, um prejuízo enorme ao Brasil que investiu bilhões naquele país, agora assistimos á uma reedição do filme.
 
Acho na minha concepção que a Petrobrás não deveria por um bom tempo adentrar aquele mercado, e o governo brasileiro não deu uma resposta apropriada aquele contento, mas fazer o que se aqui a memória é de peixe?
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Brasil reajusta preço da gasolina em 6,6% e diesel em 5,4%

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Hoje a gasolina e o diesel amanheceram mais caras nas refinarias brasileiras, o anúncio feito pela Petrobrás, estatal brasileira produtora de petróleo e seus derivados, contribuem para o aumento da inflação no país.
 
Embora o aumento fique em 6,6% na gasolina e 5,4% no caso do diesel, é estimado que este aumento chegue mais sensível ao bolso dos consumidores, tendo sido este reajuste nas bombas estimado entre 4% e 5,4% devido a mistura do etanol na gasolina. O que invariavelmente afetará os preços de muitos produtos e serviços com o repasse deste aumento no custo dos transportes na casa dos 3,5%.
 
Segundo nota da Petrobrás, esse reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo.
 
Quando o plano de negócios da estatal para o período de 2012 a 2016 foi fechado, no ano passado, a presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, afirmou que o preço da gasolina estava com uma defasagem de 15%. Parte disso foi recomposta ainda em 2012, com o reajuste de 7,8% dado às refinarias. Esse reajuste não chegou ao consumidor: o governo zerou o principal tributo cobrado do setor, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Agora sem a Cide, a elevação vai chegar aos postos. Porém, o preço da gasolina no Brasil supera em 51% ao que encontramos nos EUA, ao contrário de comparações com países europeus onde o valor da gasolina em média supera em 37% o valor do mercado brasileiro.
 
Já o diesel recebeu dois reajustes desde então. Um de 3,94%, em 25 de junho e outro de 6%, em 16 de julho. Apesar de o porcentual de reajuste da gasolina ser pouco abaixo do previsto no Plano de Negócios, o aumento concedido no diesel poderá compensar o resultado. O diesel é o combustível com maior impacto no balanço da companhia.
 
Os reajustes eram altamente desejados pela Petrobrás, que condiciona a pesada carga de investimentos previstos no plano de negócios da companhia (US$ 236 bilhões entre 2012 e 2016) a um preço mais alto do combustível vendido no País. Em 2013, a estatal deve investir entre R$ 85 bilhões e R$ 90 bilhões.
 
Preocupada com a demora no reajuste, reclamado diversas vezes pela presidente Maria das Graças Foster, a diretoria da Petrobrás pediu ao Conselho de Administração, presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, um aumento rápido, ainda para este mês, para não ter que cortar projetos.
 
O reajuste, contudo, não acaba com a defasagem de preços dos combustíveis vendidos pelas refinarias em relação ao mercado internacional, mas garante a continuidade de projetos e investimentos. Além de aliviar o caixa da companhia, que registra prejuízo de cerca de US$ 1 bilhão ao mês com a diferença entre os preços de importação de diesel e gasolina e os praticados no mercado doméstico.
 
Fonte: GeoPolítica Brasil com agências de notícias
 
 
 


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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Os desafios da Petrobras para se manter na liderança regional

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Na lista dos problemas domésticos citados pelos analistas, estão desde as perdas registradas recentemente pela petrolífera até o aumento da interferência política por parte do governo.

Maior empresa brasileira, a Petrobras tem sofrido com a queda no valor de suas ações a tal ponto de ter perdido neste mês o posto de maior empresa latino-americana em valor de mercado para a petrolífera colombiana Ecopetrol, segundo informou a consultoria Economática.

Para analistas, a variação negativa no preço dos papéis da companhia refletem um pessimismo do mercado sobre a atual condução do modelo de negócios da estatal brasileira.

Segundo eles, os custos operacionais aumentaram quando a empresa decidiu não repassar ao consumidor a alta no preço dos combustíveis, resultado da apreciação do dólar no exterior, seguindo uma política do governo de controle da inflação.

Além disso, na opinião dos especialistas, a companhia teria sofrido outro baque com a recente desvalorização do câmbio, uma vez que suas dívidas na moeda americana acabaram aumentando.

Como resultado, nos três primeiros meses deste ano, o lucro da Petrobras caiu 16% em relação a igual período do ano anterior, segundo o balanço divulgado pela companhia.

Pré-sal

Especialistas dizem que o maior desafio da estatal será cumprir as metas estabelecidas, entre as quais dobrar a capacidade de produção até 2020, para 6 milhões de barris por dia.

Para isso, dizem, a empresa conta com o início da exploração comercial na camada pré-sal, localizada a mais de 6 mil metros de profundidade e a 300 quilômetros da costa brasileira.

Segundo o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), foi a partir do descobrimento das reservas que, paradoxalmente, os grandes problemas e desafios da Petrobras surgiram.

“A partir de 2007, com o anúncio do pré-sal, o modelo não foi mais exportável”, disse. “A Petrobras passou a ser uma empresa que se voltou novamente para o mercado interno e o próprio Estado brasileiro se tornou mais intervencionista”, acrescentou.

Anunciadas com pompa pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as grandes reservas do pré-sal são estimadas em, pelo menos, 50 bilhões de barris de petróleo, o que poderia elevar o Brasil à condição de um dos cinco maiores produtores de petróleo do mundo na próxima década.

Por outro lado, há um longo caminho até explorá-lo comercialmente, afirmam os especialistas ouvidos pela BBC.

Além da barreira geológica, composta por grossas camadas de rocha e sal, serão necessários vultosos investimentos para retirar o petróleo do fundo do mar.

Para atingir tal objetivo, a Petrobras realizou em 2010 uma venda de ações de US$ 67 bilhões (R$ 134 bilhões), considerada na ocasião a maior ampliação de capital da história.

Liderança

Embora ainda tenha imensos desafios pela frente, a Petrobras continua bem avaliada por alguns analistas e governantes latino-americanos, ora por sua importância ora por sua trajetória de sucesso quando comparada a outras empresas estatais da região.

Além disso, com a descoberta do pré-sal, as perspectivas sobre o desempenho da petrolífera tendem a ser mais otimistas.

O êxito da estatal brasileira foi um dos recursos utilizados pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, para nacionalizar, no mês passado, a petrolífera YPF, então sob o controle da espanhola Repsol.

Mais recentemente, a candidata à Presidência do México Josefina Vázquez, do governista Partido de Ação Nacional (PAN), lembrou que a Petrobras é um “modelo muito inspirador” para a petrolífera mexicana Pemex.

“(A Petrobras) tem sido um exemplo muito importante de como uma empresa deficitária (…), vulnerável e debilitada se tornou uma instituição sólida”, disse dias atrás.

Segundo Tony Volpon, analista do banco de investimento Nomura Securities, “como qualquer empresa petrolífera estatal, a Petrobras alinha suas metas com as necessidades do desenvolvimento do país”, disse à BBC.

“Mas isso não é necessariamente destrutivo do ponto de vista do valor acionário”, acrescentou. “Em geral, acredito que a Petrobras continua sendo uma companhia bem administrada e líder em seu segmento, além de permanecer na dianteira ao construir uma cadeia de produção e distribuição em torno das reservas do pré-sal”, afirmou.

Histórico

Criada em 1953 como um monopólio estatal durante o governo de Getúlio Vargas, a Petrobras atravessou ao longo de sua história períodos de altos e baixos, assim como importantes transformações.

Um das principais mudanças ocorreu com a lei de 1997, promulgada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, que acabou com o monopólio da estatal afim de atrair investimentos privados para o mercado de hidrocarbonetos no Brasil.

O fim do monopólio representou uma virada histórica para a companhia, que conseguiu se internacionalizar e ser alçada ao topo da lista das empresas latino-americanas.

“Essa lei transformou a Petrobras num caso de sucesso”, disse Adriano Pires.

Ainda que sempre tenha se mantido sob controle estatal, a Petrobras abriu seu capital ao mercado e se expandiu. Atualmente, suas ações são negociadas nas Bolsas de São Paulo e Nova York e a empresa está presente em 24 países de cinco continentes.

Fonte: BBC Brasil
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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Renovação de hidrelétricas sai até junho, diz Aníbal

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O secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, afirmou nesta sexta-feira que o governo federal irá encaminhar ao Congresso, até o fim de junho, um projeto de lei para a renovação das concessões de grandes usinas hidrelétricas que vencem até 2015. "O leilão das concessões já vencidas e a vencer está descartado e eu ouvi da presidente Dilma que ao longo de maio ou junho um projeto de lei será finalizado e enviado ao Congresso", disse.
 
Na avaliação do secretário, o projeto deve prever uma redução nas tarifas de energia, já que o governo impedirá o repasse ao consumidor dos custos de amortização dos investimentos. "As concessionárias já tiveram 30 anos para amortizar esses investimentos e não é possível que isso já não tenha acontecido", afirmou Aníbal, que participou nesta sexta-feira de evento do setor sucroenergético em Sertãzinho (SP). "O governo não vai permitir que a amortização seja repassada ao consumidor."
 
Outro provável ponto, segundo ele, é a inclusão de um dispositivo que impeça as concessionárias de reajustar o preço da energia durante três ou quatro anos. "Seria um tempo para que as companhias reavaliassem seu custos", disse.
 
Em São Paulo, apenas a concessão da hidrelétrica Três Irmãos já teve o prazo de concessão vencido. A maior parte do sistema gerador paulista, como as hidrelétricas de Ilha Solteira, Jupiá e Porto Primavera, tem concessões que vencem até 2015.

De acordo com Aníbal, com o envio do projeto ao Congresso até o fim do semestre, os parlamentares teriam até o fim de 2013 - ano sem eleição - para discutir as propostas.

Fonte: Estadão
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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Rio caminha nos próximos quatro dias para perder royalties do petróleo

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De acordo com informações dos bastidores do Senado, o presidente da Casa, José Sarney, decidiu não criar uma comissão para analisar a questão da distribuição dos royalties do petróleo entre estados produtores e não produtores. O assunto deve ser colocado em votação nos próximos dias. 
A decisão de Sarney contraria as reivindicações dos parlamentares dos estados produtores, liderados pelos senadores do Rio de Janeiro Lindbergh Faria (PT), Marcelo Crivella (PRB) e Francisco Dornelles (PP). A atitude do ex-presidente teria sido motivada por uma intensa pressão por parte dos governadores dos estados não produtores, que querem se apropriar daquilo que não é deles. 
Na próxima semana, senadores contrários aos direitos do Rio de Janeiro devem tentar encontrar uma brecha na pauta do Senado para conseguir votar o tema ainda no começo do mês de março.
A votação deve ser tratada como prioridade, sendo votada antes mesmo do aumento do piso dos professores, outro assunto de grande repercussão na mídia. 

O Jornal do Brasil espera que haja uma mobilização em  todo o estado contra esta apropriação dos nossos direitos. O JB informa que o movimento correto em defesa dos nossos interesses é o caminho da Justiça, batendo às portas do Supremo Tribunal Federal (STF). 
O JB informa ainda que convidou dois grandes escritórios de advocacia para, em nome de nossa população, acionarem o Judiciário

Fonte: JB On Line
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Brasil quer “absorver” inovação tecnológica criada em Portugal

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O Brasil está interessado em “absorver” a inovação tecnológica gerada em Portugal “nos últimos anos”, sobretudo nas áreas das energias renováveis e da mobilidade eléctrica, afirma o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Minas Gerais, Nárcio Rodrigues.
Depois de conhecer o projecto da rede eléctrica inteligente da EDP InovCity/Smart Grid, de que a cidade de Évora é o “tubo de ensaio”, o governante disse que “o Brasil pode ser um ‘parque’ a absorver estas tecnologias, extremamente úteis ao mundo moderno”.
Lembrando a actual crise Nárcio Rodrigues garantiu que “é hora” de o Brasil agir “de forma solidária com Portugal”.

Portugal “avançou muito, nos últimos anos, na inovação tecnológica, especialmente nas energias renováveis”, disse o governante, apontando igualmente o carro elécrico como “uma experiência portuguesa que vai servir para o mundo”.
“Não vejo nenhuma dificuldade em que possamos avançar com a transferência destas tecnologias para o Brasil, num ambiente de parceria que pode permitir que sejam aplicadas lá, com resultados para ambos os países”, sublinhou.
Garantindo que Minas Gerais é “o Estado mais português do Brasil”, Nárcio Rodrigues destacou que o projecto da construtora aeronáutica brasileira EMBRAER que está a edificar duas fábricas em Évora também é um elo comum com esta cidade alentejana.
“Assinámos um acordo para a criação de um gabinete de engenharia da EMBRAER para o desenvolvimento de novos produtos” e, no Brasil, é o “primeiro escritório” da empresa “fora do Estado de São Paulo”, explicou.
O secretário de Estado frisou que, para Minas Gerais, a presença da EMBRAER “é um valor agregado”, sendo que o mesmo vai acontecer em Évora: “É bom para a EMBRAER, é bom para Évora, porque são ambas marcas muito fortes”.
O projecto da rede elétrica inteligente da EDP também foi alvo de elogios de Nárcio Rodrigues, que referiu que decorre no seu estado um estudo similar e que “não há hoje cidade no Brasil” que não queira “ter o sistema de Smart Grid implantado”.
“Podemos ‘beber’ muita da experiência que a EDP teve ao formatar o projecto InovCity aqui e tenho a certeza que muitos outros países virão buscar esta experiência para a aplicarem nas suas localidades”, disse.
Fonte: Ciência Hoje
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ONU diz que Brasil subaproveita seu potencial em energias renováveis

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O Brasil ocupa uma posição de destaque na produção de energias renováveis, mas “poderia fazer mais esforços” em relação às energias solar e eólica, segundo a Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), que publicou nesta terça-feira um relatório sobre o tema.

"O Brasil, devido ao seu clima e à sua superfície, possui um enorme potencial em termos de energia eólica e solar, mas não explora de forma suficiente sua capacidade nessas áreas”, disse à BBC Brasil Anne Miroux, diretora do relatório Tecnologia e Inovação - Potencialização do Desenvolvimento com Energias Renováveis, da Unctad.

Ela diz que o Brasil se concentra em setores “maduros”, como os biocombustíveis e a geração de energia hidrelétrica, criados há décadas.

"O Brasil está entre os principais países que produzem energias renováveis, mas não em termos de energias modernas, como a eólica e a solar, nas quais nos focalizamos hoje", diz Miroux.

Investimento

O relatório da Unctad revela que o Brasil foi o quinto país que mais investiu em energias limpas no ano passado, totalizando a soma de US$ 7 bilhões.

A China, com o valor recorde de US$ 49 bilhões, liderou os investimentos em energias renováveis em 2010, seguida pela Alemanha (US$ 41,1 bilhões), Estados Unidos (US$ 30 bilhões) e Itália (US$ 14 bilhões).

O Brasil, segundo dados do instituto voltado para estudos na área de energias renováveis REN 21, citados no relatório, é o quarto principal país em termos de capacidade de produção dessas energias, incluindo a hidrelétrica.

Mas o país não está entre os cinco principais em relação à capacidade de produção de energia eólica (liderada pela China) ou solar.

O relatório da Unctad afirma que os países do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) "estão fazendo avanços tecnológicos significativos nos setores eólico e solar".

"A China está fazendo grandes esforços em relação ao uso de energias renováveis. Um dos grandes problemas do país são suas centrais térmicas que utilizam carvão. A transição não é simples e não pode ser feita de um dia para o outro", diz Miroux.

Metas ambiciosas

A diretora do estudo ressalta que o Brasil "está no bom caminho" com o objetivo "notório" de desenvolver as energias renováveis, apesar de ainda "não fazer o suficiente" em relação às energias solar e eólica.
Ela elogiou a meta fixada pelo governo de que 75% da eletricidade produzida no país seja proveniente de energias renováveis em 2030.

"O Brasil é um dos raros, talvez o único, a ter uma meta tão ambiciosa", afirma Miroux, que questiona também se as enormes reservas do pré-sal poderiam colocar em risco a estratégia atual de desenvolvimento das energias limpas no país.

Tecnologia

Segundo o relatório, os investimentos globais em energias renováveis saltaram de US$ 33 bilhões em 2004 para US$ 211 bilhões no ano passado – um aumento de 539,4%. O crescimento médio anual no período foi de 38%.

Apesar dos números, a diretora do estudo alerta que ainda faltam “centenas de bilhões de dólares” para aperfeiçoar as tecnologias nos países em desenvolvimento e expandir o uso das energias renováveis no mundo.

De acordo com o relatório, as energias renováveis oferecem uma oportunidade real para reduzir a pobreza energética nos países em desenvolvimento.

Fonte: BBC Brasil
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Programa nuclear brasileiro atrai multinacionais

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Com seu vasto potencial hidroenergético, o etanol e os recursos petrolíferos, o Brasil pode não parecer a próxima fronteira para a indústria nuclear mundial. Mas o crescimento acelerado da economia do país, as mudanças demográficas - com uma classe média cada vez maior consumindo mais energia - e a necessidade de diversificação do mix energético, levaram o Brasil a anunciar uma agressiva de expansão de seu incipiente programa nuclear.

"O programa nuclear brasileiro contempla a construção de mais oito usinas nucleares, e para isso os estudos de localização já começaram", informou o Brasil no ano passado à Agência Internacional de Energia Atômica.

Os ambiciosos planos do país para o setor, que continuam de pé apesar do desastre em Fukushima, despertam o interesse de muitas das maiores empreiteiras do setor. Elas são lideradas pela Areva e GDF Suez da França, que afirmam que a EDF, a maior geradora de energia nuclear do mundo, também pode estar interessada.

"Há uma demanda enorme no Brasil e temos o "know how" e capacidade para atender essa demanda", diz a GDF Suez, que já é a maior geradora privada de eletricidade do Brasil. "Temos presença de longa data no Brasil e acreditamos que o país oferece um modelo regulador estável e acolhedor para o desenvolvimento de projetos de geração de energia."

O desenvolvimento do setor também se estende à mineração de urânio, com o país marchando para aumentar em seis vezes a produção do mineral e assim manter o ritmo de sua planejada expansão da produção de energia nuclear.

A energia nuclear responde por 3% da geração total de energia pelo Brasil - a partir de dois reatores, Angra 1 e Angra 2, localizados no Rio de Janeiro, com capacidade total de aproximadamente 2.000 megawatts (MW).

Segundo a Areva, "o país domina virtualmente todas as tecnologias nucleares". Além da operação de usinas, o Brasil possui 158 mil toneladas de urânio, ou 6% das reservas convencionais mundiais, segundo a companhia francesa.

O país pretende colocar as novas usinas em operação nos próximos 19 anos. No momento está construindo o projeto Angra 3, de água leve e 1.400 MW. Ele deve entrar em operação em 2015, ao custo de R$ 9,95 bilhões.

A Eletronuclear, subsidiária da estatal Eletrobras, diz que o melhor exemplo de investimento estrangeiro em Angra 3 é a Areva, que investiu € 1,1 bilhão (US$ 1,5 bilhão) no fornecimento de equipamentos e engenharia.

"Muitas companhias estrangeiras já ofereceram seus serviços para Angra 3, mas obviamente todos os contratos estão sujeito a um processo de licitação que está em andamento ou deve ocorrer", diz a companhia.

Para alimentar essas usinas, a Indústrias Nucleares do Brasil planeja dobrar a produção de urânio em sua mina de Caetité, no norte da Bahia, para 800 toneladas ao ano e começar a produzir 1.500 toneladas por ano em 2017, com a ajuda de uma nova mina no estado do Ceará, informou a companhia.

Um relatório recente diz que as reservas conhecidas do Brasil poderão triplicar de tamanho com a exploração adicional, o que colocaria o país no mesmo patamar da Austrália e do Cazaquistão em termos de depósitos de urânio.

Fonte: Valor Econômico
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