quarta-feira, 14 de abril de 2021
Confira imagens exclusivas do N-1001 - "Skyhawk" de volta ao "Ninho dos Falcões"
domingo, 31 de janeiro de 2021
Longa vida ao "Raptor": USAF conclui programa de modernização do F-22
Após quase 24 anos de seu primeiro voo, a USAF (Força Aérea dos EUA) acaba de concluir o programa de modernização de sua frota de aproximadamente 187 caças F-22 Raptor, número qual não podemos precisar, devido ao alto nível de secretismo que envolve a aeronave stealth norte americana, onde algumas fontes dão conta de que existam de fato apenas 151 aeronaves operacionais de um total de 185 exemplares no inventário da USAF, sendo subtraídas duas perdas do número por nós apresentado, mas isso é tema para outro artigo.
O programa de atualização do "Raptor" foi bem extenso e complexo, tendo sido realizado nas instalações da USAF na Hill AFB em Utah, o processo incluiu reparos estruturais para estender a vida útil das aeronaves, substituição e reparos no revestimento RAM (stealth) de cada aeronave, além de uma minuciosa inspeção em todos os sistemas de voo e modernização do sistema de controle de voo.
Os trabalho envolveram importantes modificações estruturais nas aeronaves, o que resulta no ganho no total de horas de voo de cada célula na casa das 8mil horas, praticamente dobrando a vida útil original de cada uma das células, as quais foram projetadas inicialmente para 8mil horas/voo.
Todo esse esforço envolveu uma complexa infraestrutura montada em Hill AFB para que fosse possível realizar todo trabalho de inspeção, modificações e modernização do F-22, dentre estes meios, foram alocadas seis maquinários exclusivos para realização dos reparos estruturais, modificação e tratamento dos revestimentos stealth da aeronave.
Ao que tudo indica, veremos o primeiro caça realmente stealth de 5ª geração do mundo voar por muitas décadas. Segundo algumas estimativas da USAF, o Raptor deverá se manter na ativa até 2060, considerando que o primeiro exemplar operacional foi entregue em 2005, estima-se que o F-22 "Raptor" supere os 45 anos de atividade, sendo uma aeronave exclusiva da USAF, se apresentando como um importante vetor na balança de poder aéreo norte americano, mesmo com a chegada do F-35, se mostra um ativo indispensável.
Hill AFB (Base da Força Aérea de Hill)
A Força Aérea dos Estados Unidos anunciou em maio de 2013 sua decisão de consolidar toda manutenção e suprimentos do F-22 em Hill AFB. Essa consolidação teve como objetivo reduzir custos e melhorar a eficiência nos processos de manutenção e modificações que fossem necessárias ao "Raptor". A decisão foi tomada após uma análise abrangente liderada pelo "F-22 System Program Office". Após a decisão, o F-22 System Program Office, Ogden ALC e Lockheed Martin Corporation implementaram em conjunto um plano de transição incremental de 21 meses. Isso incluiu a modificação das instalações e infraestrutura existentes, a movimentação de equipamentos de suporte específicos e a contratação de pessoal adicional, tornando Hill AFB o núcleo do programa F-22.
Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN Defense, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio, leste europeu e América Latina, especialista em assuntos de defesa e segurança.
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domingo, 20 de dezembro de 2020
O Brasil e o Gripen E/F - Um pouco sobre o novo caça brasileiro
Porém, após sete anos desde o anúncio de sua escolha, o desenvolvimento atingiu todas as fases programadas em acordo com o previsto, tem rebatido os críticos de plantão, devendo ser entregue o primeiro lote de quatro aeronaves "IOC" no próximo ano (2021). Considerando que a definição pela aeronave se deu em dezembro de 2013 e a assinatura do contrato só em 24 de outubro de 2014, temos menos de cinco anos desde a concretização do acordo e o primeiro voo do primeiro exemplar do Gripen E pertencente ao Brasil, feito realizado em 26 de agosto de 2019, com este exemplar iniciando os testes visando as certificações em setembro deste ano, o que demonstra o sucesso do empreendimento.
Além disso, o contrato avaliado em 4,1 bilhões de dólares, prevê não apenas a aquisição inicial de 36 aeronaves, mas uma extensa capacidade logística e industrial transferida ao Brasil, capacitando nossa industria e corpo de engenheiros e técnicos, estabelecendo não apenas uma venda SAAB (Suécia) x Brasil, mas uma importante parceria, tornando o parque industrial aeroespacial brasileiro (Embraer, Akaer, AEL Sistemas, Atech, Inbra, Atmos...) um importante parceiro e fornecedor da SAAB, atuando no desenvolvimento da aeronave, sendo responsável pelo desenvolvimento da variante biposto, o Gripen F, inicialmente desenvolvida exclusivamente para atender as necessidades brasileiras, mas que poderá ser ofertada à outras nações.
Recentemente, vem sendo cogitada a produção do Gripen no Brasil afim de atender a demanda de clientes na região, com a grande possibilidade da Colômbia vir a se tornar o segundo operador do Gripen E na América Latina.
Há quem critique a escolha do Gripen sob uma óptica míope, alegando se tratar de uma aeronave "leve", justificando isso pelo simples fato de ser monomotor, o que é um erro, uma vez que suas capacidades são comparáveis aos seus principais concorrentes, porém, apresentando um menor custo da hora de voo. O conceito por trás do Gripen, apresenta uma capacidade avançada, aliada ao baixo custo em todo seu ciclo de vida, isso quando somado a tecnologia embarcada no mesmo, sua diminuta assinatura radar (RCS), simplicidade e robustez, entrega ao seu operador uma solução ímpar, constituindo o mesmo num sistema de defesa, o qual faz frente a toda ameaça no atual cenário aéreo e o futuro próximo.
A escolha do Gripen E/F se mostra a cada dia ser a mais acertada para o cenário brasileiro, representando ganho não apenas operativo, mas capacidade intelectual, técnica e industrial, porém, é preciso que o programa não pare em apenas 36 aeronaves, ou no hipotético segundo lote, é preciso que toda essa capacidade e expertise adquiridos sejam empregados em outros programas estratégicos, os quais não devem se limitar no projeto do Gripen E/F, mas resultar em novas conquistas, como a concepção de novos meios aéreos, sendo eles tripulados e remotamente tripulados, pois a tecnologia que temos recebido, será um ponta pé inicial na abertura de novos campos de domínio tecnológico e independência, abrindo novos mercados e perspectivas.
Recentemente foram divulgadas belas imagens do primeiro Gripen E brasileiro nos céus do Rio de Janeiro e na ALA 12, Base Aérea de Santa Cruz (BASC), as quais ilustram nosso artigo.
domingo, 20 de setembro de 2020
O sonho começa a se tornar realidade - Primeiro Gripen-E desembarca no Brasil
Fruto do Programa FX/FX-2, o qual se arrastou por décadas até a definição e assinatura do contrato, a qual ocorreu em 2014, o SAAB Gripen E/F será o mais moderno vetor operado na América Latina, contando com uma avançada e moderna aviônica e sensores de última geração, projetando a Força Aérea Brasileira no século XXI, cobrindo uma enorme lacuna tecnológica, tendo em vista décadas sem o devido investimento federal na aquisição de meios modernos para equipar nossa aviação de caça.
A aeronave foi transladada por via marítima, primeiro para evitar o pedido de uma série de autorizações de sobrevoo de espaço aéreo ao longo do caminho entre a Suécia e o Brasil, segundo os custos da operação e a necessidade de envio de todo aparato de apoio da aeronave, sendo a escolha acertada. O Gripen-E, denominado F-39 no Brasil, embarcou em 29 de agosto chegando neste domingo 20 de setembro.
O primeiro dos 36 exemplares adquiridos pelo Brasil, no entanto não será entregue imediatamente a Força Aérea Brasileira, sendo este exemplar destinado primeiramente para o cumprimento das etapas de avaliações e certificações em voo, mas no próximo ano os primeiros exemplares deverão ser entregues ao setor operativo da FAB, onde iniciarão sua carreira sob o nosso "cocar" e ganhando os céus do Brasil. Os primeiros exemplares serão certificados IOC (Initial Operation Capability), assim como ocorre com os novos KC-390 Millennium. Ao todo o primeiro lote será composto por 28 exemplares monoposto (Gripen-E) e 8 exemplares da variante biposto (Gripen-F) esta sendo desenvolvida especialmente para atender a demanda brasileira, onde participam muitos engenheiros e técnicos brasileiros no desenvolvimento.
É provável que em breve o Brasil assine a aquisição de um segundo lote de aeronaves F-39 Gripen, porém, ainda não há definições sobre quando e quantos exemplares de cada variante estarão envolvidos neste novo contrato, deixando espaço para muita especulação nas redes sociais e fóruns. Porém, dada as necessidades apresentadas pela FAB e a idade avançada de grande parte de seus vetores, a decisão não deve tardar muito.
A programação aponta que o primeiro voo do F-39 Gripen-E FAB4100, deverá ocorrer na próxima sexta-feira (25), quando deverá seguir para as instalações da Embraer e Saab em Gavião Peixoto após ter sua montagem e check-list concluídos.
Em breve lançaremos uma série de matérias especiais sobre o programa FX, aquisição e desenvolvimento do Gripen-BR.
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domingo, 19 de julho de 2020
Índia pretende aposentar MIG-29K em 2034, após entrada em serviço do seu novo caça bimotor naval
MIG-29K devem dar baixa em 2034 na Marinha indiana |
quinta-feira, 18 de junho de 2020
Quais são as opções de Patrulha Marítima (MPA) para o Brasil?
O Brasil é um dos países com a maior ZEE (Zona Econômica Exclusiva) do mundo, com cerca de 3,6 milhões de km², associados um litoral igualmente imenso que se extende por cerca de 7.400 km. Além disso, o Brasil também pleiteia, junto a organismos internacionais, estender a soberania à plataforma continental, aumentando a área de mar sob jurisdição brasileira para cerca de 4,5 milhões de km².
Os vetustos P-95 Bandeirulha (e o P-3AM Orion são excelentes plataformas, mas estão chegando ao fim de suas vidas úteis (FAB) |
- GRUPO 1. PLATAFORMAS JÁ EM SERVIÇO EM OUTROS PAÍSES E AINDA EM PRODUÇÃO (CÉLULAS NOVAS): Boeing P-8 Poseidon, Leonardo ATR-42 / ATR-72, Airbus C295 Persuader
- GRUPO 2. OUTRAS PLATAFORMAS JÁ VALIDADAS PARA MPA (CONVERTER CÉLULAS CIVIS USADAS): ATR-42 / ATR-72, C295, ERJ-145XR, etc
- GRUPO 3. PLATAFORMAS JÁ PROPOSTAS MAS AINDA NÃO VALIDADAS PARA MPA (CÉLULAS NOVAS OU USADAS): Plataformas Embraer como KC-390, Legacy, Praetor, E-Jets (como o ERJ-175E2)...
Nenhuma das variantes, até o momento, apresenta capacidade REVO, mas como são capazes de voos de 10 h de duração, tal limitação provavelmente não é tão importante.
Considerando-se o amplo mercado civil de ambas as aeronaves, pode-se dizer que ambas seriam alternativas viáveis para o Brasil. O ATR-72 é maior e mais capaz, mas os custos operacionais também são maiores.
segunda-feira, 15 de junho de 2020
Os VANT vão substituir as aeronaves tripuladas? Confira
Elon Musk falando no AFAAW Symposium
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Drones foram largamente empregados no Vietnâ |
- Drones tem grande persistência, ou seja, podem permanecer em voo por longas horas sem perder eficiência, ao contrário das aeronaves tripuladas por humanos
- Drones podem ser enviados para missões em ambientes arriscados demais para humanos
- Via de regra, os drones apresentam custos menores de aquisição e/ou operação do que aeronaves tripuladas
- A combinação destes fatores significa que, em muitos casos, pode-se enviar drones para missões em quantidades maiores do que aeronaves tripuladas
O "Okhotnik" é propulsado pelo "caro" Saturn AL-31F que impulsiona os Su-35
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UCAV Kratos XQ-58A Valkyrie, programa Skyborg da USAF
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