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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Energia eólica no mundo cresce de vento em popa

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A energia eólica está em ascensão no mundo inteiro. Os cata-ventos já giram em 82 países do planeta – e a tendência é aumentar. Países emergentes e em desenvolvimento ainda dão os primeiros passos.

Para Dom Quixote, os moinhos de vento eram criaturas ameaçadoras, cheias de braços e nas quais não de podia confiar. Do século 17 para cá, a imagem dos cata-ventos melhorou muito, e hoje, mais do que moer farinha, eles fornecem quantidades generosas de energia limpa. Segundo dados do Relatório Mundial de Energia Eólica, o vento gerou cerca de 340 terawatts-hora de energia no mundo em 2009, o suficiente para abastecer a Itália durante um ano.

A maioria das turbinas eólicas sempre se concentrou na Europa, onde desde cedo houve tecnologia e vontade política para investir em tecnologias limpas. Mas o potencial está se esvaindo. Atualmente, apenas 27% dos novos cata-ventos foram instalados na Europa, deixando o continente em terceiro lugar no ranking de energia eólica.

O crescimento mais acelerado é verificado na Ásia. O continente assumiu a dianteira na produção eólica mundial e em 2009 foi responsável por 40% de todos os novos cata-ventos instalados. A maioria deles está na China, onde o número de turbinas duplicou pelo quarto ano consecutivo. "O governo reconheceu que a energia eólica é barata, renovável e limpa", explica Stefan Gsänger, secretário-geral da Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA). Além disso, a tecnologia pode ser facilmente exportada. Hoje a China está entre os cinco maiores fabricantes de turbinas eólicas do mundo.

Além de grandes parques eólicos, na Ásia também são instalados microparques eólicos, especialmente em zonas rurais sem acesso à rede elétrica. Pequenos cata-ventos com geração de até 2KWh custam de 800 a mil euros e podem abastecer um vilarejo inteiro. Já existem cerca de 400 mil microssistemas como esse. E como na China muitos milhões de pessoas ainda vivem sem energia, esse número pode aumentar para mais de um milhão em um futuro próximo, estima a WWEA.

Concorrência "verde"

Na América do Sul, a utilização de energia eólica se desenvolve mais lentamente. "Isso acontece, entre outros motivos, porque a América Latina tem grande parte de sua matriz abastecida por energia hidroelétrica, e assim dispõe também de energia comparavelmente limpa", explica Trudy Könemund, da Sociedade Alemã de Cooperação Técnica (GTZ) no Chile. Apenas 2% das novas instalações eólicas são construídas na América Latina.

Para Ralf Heidenreich, porta-voz da desenvolvedora de projetos Juwi, os problemas estão principalmente na implantação. Embora haja potencial, "as condições para construir novas usinas ainda precisam melhorar um pouco". A opinião é compartilhada por Stefan Gsänger. Muitos projetos no passado teriam sido adiados por causa de corrupção e porque o setor energético tradicional trabalharia contra os projetos de energia renovável. Mesmo assim, existem cada vez mais usinas eólicas na América Latina, 44 delas no Brasil. O México quintuplicou o número de turbinas em 2009. O Chile está em terceiro lugar, com seis usinas já construídas e outras 20 em planejamento.

Energia eólica para a África

No continente africano quase não há turbinas eólicas. A taxa de crescimento nos últimos anos é insignificante. O principal motivo é a falta de infra-estrutura, explica Ralf Heidenreich. "A energia precisa ser canalizada de alguma forma". Esse problema pode abrir caminho para os pequenos cata-ventos, como os que existem na Ásia, espera Stefan Gsänger da WWEA. Além disso, o continente africano sofre com a falta de tecnologia e, principalmente, recursos.

Egito e Marrocos são os principais produtores de energia eólica no continente. No Egito já existem empresas que fabricam componentes para turbinas. "É importante desenvolver uma cadeia produtiva no próprio país", explica Gsänger. "Assim as usinas eólicas podem ter uma vantagem em relação ao petróleo".

De acordo com a WWEA, a potência gerada pelas usinas eólicas no mundo duplica a cada três anos. Um desenvolvimento que com certeza deixaria Dom Quixote de cabelo em pé. Mas no mundo real do século 21, esse é o caminho para um mundo sem combustíveis fósseis.

Fonte: Deutsche Welle
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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Brasil vê "boas perspectivas" em negociações sobre o Protocolo de Kioto

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O Brasil manifestou que vê "boas perspectivas" nas negociações sobre o futuro do Protocolo de Kioto, as mais duras conversas da Cúpula de Mudança Climática de Cancún, onde o país atua como facilitador junto com o Reino Unido.

Em entrevista coletiva, a ministra do Meio Ambiente brasileira, Izabella Teixeira, sustentou que ainda é preciso "trabalhar duro nos próximos dois dias" para tentar chegar a compromissos em um assunto que ameaça bloquear outros acordos na reunião climática.

Acompanhada do negociador-chefe brasileiro na 16ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudança Climática (COP-16), Luiz Alberto Figueiredo, a ministra disse que a negociação entrou em um "processo político" à frente do qual estão os ministros e no qual se trabalha "para ter bons resultados".

A COP-16 será concluída em 10 de dezembro, quando se saberá se vai haver ou não uma segunda fase do Protocolo de Kioto após 2012, algo ao que o Japão se opõe.

Já no primeiro dia de trabalhos da COP-16 o Japão indicou que não promoveria uma extensão do tratado, o único vinculativo sobre mudança climática que existe.

O país asiático acredita que é o momento de buscar um acordo global e vinculativo que inclua os países que mais poluem, Estados Unidos e China, que não sofrem obrigações pelo Protocolo de Kioto.

A meta japonesa parece muito distante em Cancún, já que implicaria que EUA e China, com 19% e 22% das emissões respectivamente, assumissem compromissos vinculativos com cortes de emissões em linha com os 37 países sob influência do tratado.

Fonte: EFE
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Aquecimento do Ártico provavelmente é permanente, diz estudo

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Os sinais da mudança climática estiveram espalhados pelo Ártico neste ano, ar mais quente, menos gelo no mar, geleiras derretendo , o que provavelmente significa que essa região, crucial para a definição do clima no resto do planeta, não irá voltar ao seu antigo estado mais frio, disseram cientistas na quinta-feira.

No estudo, divulgado pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), cientistas norte-americanos, do Canadá, da Rússia, da Dinamarca e de outros países disseram que "um retorno às condições anteriores do Ártico é improvável."

As condições do Ártico têm grande influência sobre o clima nas latitudes temperadas do Hemisfério Norte, onde se concentra grande parte da população mundial. Nevascas nos EUA, norte da Europa e oeste da Ásia no inverno passado provavelmente tiveram relação com a maior temperatura atmosférica no Ártico, segundo os cientistas.

"O inverno de 2009-10 mostrou uma nova conectividade entre o frio extremo e a neve em latitudes médias e as mudanças nos padrões de ventos do Ártico", disse o estudo.

Jackie Richter-Menge, do Laboratório de Pesquisa e Engenharia de Regiões Frias do Exército dos EUA, disse que a temperatura atmosférica na superfície do Ártico está aumentando ao dobro do ritmo do que em latitudes inferiores.

Isso se deve em parte à chamada amplificação polar -- o derretimento do gelo e da neve, que são brancos, expõe áreas mais escuras de mar e terra, que absorvem mais calor, num círculo vicioso. A exposição constante à luz solar durante o verão nas altas latitudes também contribui para isso, disse Richter-Menge por telefone.

Normalmente, o ar frio fica "engarrafado" no Ártico durante o inverno, mas no final de 2009 e começo de 2010 ventos fortes empurraram esse frio do norte para o sul, em vez de seguirem o padrão habitual de oeste para leste, disse o oceanógrafo Jim Overland, da NOAA em Seattle.

Overland disse haver uma ligação direta disso com a redução do gelo marinho no Ártico e com o clima em latitudes temperadas, e sugeriu que o fenômeno deve se tornar mais comum nos próximos 50 anos.

Esse padrão ocorreu apenas três vezes nos últimos 160 anos, disse Overland a jornalistas.

"É meio que um paradoxo em que você tem um aquecimento global geral e aquecimento da atmosfera que na verdade criam mais dessas tempestades de inverno", afirmou. "O aquecimento global não é só aquecimento em todo lugar ... ele cria essas complexidades."

Os pesquisadores disseram que Nuuk, capital da Groenlândia, teve seu ano mais quente em 138 anos de medições, e que quatro grandes geleiras perderam mais de 25 quilômetros quadrados cada uma.

Fonte: Reuters
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