Mostrando postagens com marcador Acidentes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Acidentes. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Navio com minério da Vale corre risco de naufragar na costa do Maranhão

0 comentários
O navio MV Stella Banner, que transporta minérios brasileiros para Qingdao, na China, está a deriva após entrada de água nos compartimentos de carga nesta quarta-feira (26). O navio teria sofrido avarias na proa após ter deixado o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís no Maranhão, na última segunda-feira (24). O navio opera na exportação de minério de ferro para companhia Vale.

O "Stella Banner" foi construído em 2016, pertence ao armador sul-coreano Polaris, tendo sofrido a avaria já fora do canal de acesso ao porto.

Segundo nota emitida pela Capitania dos Portos do Maranhão, o navio "encontra-se encalhado", confirmando que o navio esta carregado com 275 mil toneladas de minério de ferro.

A Capitania dos Portos disse ainda, em nota, que quatro rebocadores foram enviados em direção ao navio para coletar informações e prestar apoio.

"Um rebocador com material para conter possíveis danos ambientais foi enviado pela Vale ao local a fim de prevenir futuras possibilidades de vazamento", completou a Capitania dos Portos.

A Marinha instaurou um inquérito administrativo para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do incidente, segundo a Capitania dos Portos.

Em 2017, um navio carregado com minério de ferro no terminal da Ilha Guaíba (RJ), também operado pela Vale, afundou no Atlântico Sul. A embarcação "Stellar Daisy", que tinha como destino a China, tinha capacidade para cerca de 266 mil toneladas e também pertencia a Polaris.

Veja a nota da Vale na íntegra

A Vale informa que foi comunicada pelo operador do navio MV Stellar Banner que a embarcação sofreu avaria na proa após deixar o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), na noite de segunda-feira (24), já fora do canal de acesso ao porto. Foi reportado ainda à Vale que, por medida de precaução, os 20 tripulantes foram evacuados com segurança e que o comandante do navio adotou manobra de encalhe a cerca de 100 quilômetros da costa de São Luís. A embarcação, construída em 2016, é de propriedade e operada pela empresa sul-coreana Polaris. Como operadora portuária, a Vale está atuando com suporte técnico-operacional, com o envio de rebocadores, e colaborando com as autoridades marítimas.

GBN Defense - com informações R7 e Reuters
Continue Lendo...

domingo, 15 de dezembro de 2019

Mais um acidente na Rússia, dessa vez uma doca flutuante afundou com submarino

0 comentários
Na manhã deste domingo (15), ocorreu mais um acidente nas instalações navais da Rússia, após o incêndio a bordo do navio aeródromo Almirante Kuznetsov, foi a vez de uma doca flutuante PD-16 afundar, desta vez na Base da Marinha Russa em Sevastopol, levando consigo um submarino Diesel-Elétrico da Classe Tango, o B-380 "Gorgorvskiy Komsomolets". O submarino do Projeto 641B, estava desativado desde 2016, e possuía um deslocamento de 4.600 ton, capaz de operar por até 90 dias, foi encomendado em 1982. Seu arsenal contava com torpedos e minas, sendo o B-380 o último remanescente do Projeto-641B. 
A doca flutuante PD-16 foi construída em 1938 e comissionada em 1941, tendo atuado no reparo e construção de vários meios submarinos e de superfície desde a Segunda Guerra Mundial, não foi possível precisar a data de desativação da mesma.
Segundo notícia veiculada pela agência russa TASS, o submarino B-380 teria sido recuperado no início da noite deste domingo (15), e já se encontra novamente na superfície.
Não foram divulgadas as causas do acidente, tendo se limitado à uma nota que credita o acidente às condições técnicas da doca, que não puderam ser reparadas. O acidente não deixou vítimas.
Esse é o segundo caso recente de naufrágio de uma doca flutuante russa, o outro caso ocorreu em 30 de outubro de 2018, quando a doca flutuante PD-50 submergiu após falhas técnicas, na ocasião foram registrados danos ao convés do navio-aeródromo Almirante Kuznetsov, que foi atingido por um guindaste que caiu sobre ele.
A segurança pelo recente histórico da indústria naval russa, não tem sido um dos seus pontos fortes, o que deverá resultar na adoção de novas políticas de segurança na industria naval russa.

GBN Defense - A informação começa aqui

Continue Lendo...

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Kuznetsov sofre incêndio, três seguem desaparecidos

0 comentários

Segundo informações da mídia russa, um incêndio teria ocorrido a bordo do porta-aviões Almirante Kuznetsov, que está passando por um extenso programa de modernizaçåo e reparos. As primeiras informações dão conta de um ferido e outras três desaparecidos, os quais estariam realizando trabalhos em compartimentos inferiores.

O incêndio começou durante o trabalhos no primeiro compartimento de força no segundo convés. A fogo inicialmente atingiu 20 metros quadrados, se alastrando para 120 metros quadrados. Segundo agências, o diesel remanescente a bordo teria se incendiado e continua a queimar.

O Kuznetsov enfrenta uma maré difícil, onde desde que foi docado para o programa de modernização na qual passará a contar com uma versão marítima do sistema de defesa aérea Pantsir, novas caldeiras, bombas e novos sistemas de vôo, o navio já sofreu danos após uma falha no dique flutuante ter feito com que um dos guindastes caísse sobre seu convés em 30 de outubro de 2018. Esse novo acidente deverá atrasar os planos da Marinha da Rússia em devolver o navio ao setor operativo em 2021.

Estamos aguardando novas informações sobre o acidente no Kuznetsov.

GBN Defense - A informação começa aqui


Continue Lendo...

domingo, 13 de outubro de 2019

LAV II afunda durante exercícios no Peru e deixa dois desaparecidos

1 comentários


Neste sábado (12), a Marinha do Peru realiza buscas após um de seus blindados anfíbios LAV II, pertencente ao Corpo de Fuzileiros Navais, naufragar durante o “Solidarex 2019”, exercício multinacional que tem como cenário a resposta à desastres naturais.
Segundo o informe oficial emitido pela Marinha do Peru, o acidente teria ocorrido durante manobra de desembarque anfíbio na praia de Colán, no distrito de Piura, durante as manobras da "Solidarex 2019". O fato ocorreu aproximadamente às 13h30, após uma anomalia que causou o naufrágio do veículo anfíbio do tipo LAV II, ocasionando no desaparecimento de dois ocupantes do veículo.

Estão sendo utilizados todos os meios disponíveis na operação de busca e resgate. O comunicado identifica os dois desaparecidos, sendo o comandante da Brigada de Anfíbios do Corpo de Fuzileiros Navais, Capitão Mirko Paccini Vega e o funcionário civil do serviço de comunicação social, Marlon Chavarry Bardales.

A Marinha do Peru deu inicio as investigações para determinar as causas do acidente e está fornecendo instalações às autoridades competentes para que sejam realizadas as investigações legais. As buscas continuarão na área do acidente, às quais serão adicionados maiores recursos logísticos e humanos, para localizar o pessoal desaparecido.


GBN Defense - A informação começa aqui
Com informações da Marina del Peru
Continue Lendo...

sábado, 17 de novembro de 2018

ARA San Juan localizado um ano após desaparecimento

1 comentários
Após um ano de perder contato com submarino ARA San Juan, finalmente a equipe da Ocean Infinity conseguiu localizar o paradeiro do submarino argentino que desapareceu em 15 de novembro de 2017 com 44 tripulantes a bordo. Agora vamos poder descobrir o que realmente aconteceu naquele fatídico dia em que a Armada Argentina perdeu seu submarino.

Conforme acompanhamos aqui no GBN News e no Canal Arte da Guerra, após o anúncio da perda de contato com submarino ARA San Juan, fora montada uma grande operação de busca e resgate, uma verdadeira corrida contra o tempo, tendo em vista a capacidade do submarino de se manter submerso por até sete dias. Porém, apesar da mobilização internacional, que envolveu equipes e meios de diversos países, inclusive britânicos, veio a má notícia, segundo o relatório de um laboratório de monitoramento de atividades nucleares, teria sido identificada uma "explosão" que seria compatível com a implosão de um submarino, exatamente na localidade em que hipoteticamente estaria o ARA San Juan.

O caso argentino levantou muitas polêmicas, várias foram as especulações sobre o acidente e houve uma verdadeira "caça as bruxas" na Argentina, onde se buscou apontar os responsáveis pelo ocorrido naquele fatídico dia de novembro. Muito se especulou sobre o programa de modernização pelo qual o submarino passou pouco tempo antes do acidente fatal, onde foram apontadas graves deficiências e problemas técnicos devido a crise orçamentária que enfrentam as forças armadas de nosso vizinho.

No último dia 15 de novembro, o nosso editor participou de um especial no Canal Arte da Guerra, onde junto com Alexandre Fontoura, outro grande jornalista da área de defesa no Brasil, traçaram junto ao Comandante Robinson Farinazzo uma análise sobre o caso do San Juan, o que rendeu dois vídeos e que você pode conferir através dos links: ARA San Juan - Um ano de seu desaparecimento - Parte 1 e ARA San Juan - Um ano de seu desaparecimento - Parte 2.

O desaparecimento do ARA San Juan causou uma grande comoção na Argentina, onde houve uma forte pressão sobre o governo exigindo respostas e a recuperação dos corpos de seus tripulantes, o que levou a uma faina de busca que envolveu muitos meios, a qual por fim chega ao fim com a localização do mesmo à 800 metros de profundidade, onde a Ocean Infinity conseguiu finalmente encontrar os restos do submarino argentino a leste da Península Valdés, na Patagônia argentina, a 600 km da cidade de Comodoro Rivadavia.

"O Ministério da Defesa e a Armada Armada Argentina informam que, após investigar o ponto de interesse nº 24 reportado pela Ocean Infinity, através da observação feita com um ROV a 800 metros de profundidade, foi dada identificação positiva ao Ara San Juan", diz o comunicado da Armada Argentina.

Na noite da última quinta-feira (16), a Ocean Infinity, empresa norte-americana encarregada de localizar o ARA San Juan,  noticiou ter encontrado um objeto a 800 metros de profundidade e com aproximadamente 60 metros que poderia ser o equipamento desaparecido, após o envio de ROV's para analisar o contato, confirmou-se que tratava-se realmente do ARA San Juan, pondo fim as buscas e dando inicio á uma nova fase, a qual agora deverá se focar na recuperação dos corpos de seus tripulantes e obter informações sobre o que de fato ocorreu ao submarino argentino.

A Ocean Infinity, que fazia buscas há cerca de dois meses, entrou nas buscas com um contrato de risco, onde só receberia os 7,5 milhões dólares contratuais caso localizasse o submarino, recentemente a empresa chegou a informar que abandonaria a operação, porém, logrou exito em suas buscas. Agora as famílias dos 44 tripulantes poderão colocar fim a angústia e finalmente sepultar seus entes queridos.


GBN News - A informação começa aqui
Continue Lendo...

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Incêndio em base brasileira na Antártida destrói 40% das pesquisas e mata dois militares

1 comentários




O ministro da Defesa, Celso Amorim, confirmou a morte do sargento Roberto Lopes dos Santos e do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo.

Ambos tentavam combater o fogo, que começou durante a madrugada na casa de máquinas da base, mas não conseguiram deixar o local.

A marinha afirmou que o ferido, o primeiro-sargento Luciano Gomes Medeiros, não corre risco de morte. Ele foi levado até Punta Arenas, no Chile, de onde embarcará para o Rio de Janeiro.

A maioria das 60 pessoas que estavam na estação brasileira foi transferida até a base chilena na Antártida Eduardo Frei. De lá, eles foram levados para Punta Arenas.

Alguns militares brasileiros permanecem na Antártida, para ajudar nos esforços para a recuperação dos corpos.

Foi aberto um inquérito para apurar as causas do incêndio que destruiu a maior parte da base de 2,6 mil metros quadrados.

Amorim disse que o programa brasileiro na Antártida não será cancelado por causa do incêndio na base e que na segunda-feira começam os planos para sua reconstrução

Muito material e equipamentos foram perdidos no incidente.

"Todo o núcleo central da base, que é onde estão concentradas essas instalações foi perdido. O grau exato do que aconteceu ainda precisa ser objeto de perícia, mas a avaliação é de que realmente perdeu-se praticamente tudo" disse Amorim.

A estação Comandante Ferraz começou a operar em 1984.

Fonte: BBC Brasil
Continue Lendo...

sábado, 9 de julho de 2011

Energia nuclear será segura em até dois anos, diz chefe da AIEA

0 comentários





A energia nuclear poderá ser considerada novamente essencial para o desenvolvimento e segura em um ou dois anos, após a catástrofe de Fukushima, declarou nesta sexta-feira, em Buenos Aires, o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano.



"A energia nuclear seguirá sendo essencial para o desenvolvimento em um entorno mais seguro", afirmou Amano.



O funcionário foi consultado na capital argentina sobre as lições deixadas pelo grave acidente da central japonesa em março. Amano está em Buenos Aires para participar de um ato para celebrar o 20º aniversário da Agência Brasil-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC).



"O que ficou de lição é que a prioridade é a segurança. Que todos os países aprendam que é preciso cooperar na ampliação da segurança", insistiu.



Amano recordou que a AIEA enviou uma comissão ao Japão devido ao acidente ocorrido no dia 11 de março, depois de um tsunami provocado por um terremoto afetar as instalações da central de Fukushima Daiichi.



O objetivo da missão foi "obter um informe claro e poder aprender com esta lição, que não implica em um passo atrás na energia atômica, mas sim em avançar com um conjunto de novas seguranças", disse. Fukushima, que foi a mais grave crise nuclear desde a catástrofe de Thernobil, na Ucrânia, em 1986, colocou em dúvida a segurança em todas as usinas do planeta.


Além do diretor da AIEA, também viajaram a Buenos Aires os chanceleres da Argentina, Héctor Timerman, e do Brasil, Antonio Patriota.


Fonte: France Presse
Continue Lendo...

sábado, 2 de abril de 2011

O que estão escondendo em Fukushima?

0 comentários
O especialista japonês Hirose Takashi propõe a solução sarcófago para Fukushima: enterrar tudo sob cimento, como se fez em Chernobyl. Para ele, Tóquio e Osaka correm um perigo real. Ele critica o comportamento do governo e dos meios de comunicação, que não estariam informando à população da gravidade real do problema em Fukushima. "Todo mundo sabe quanto tempo demora um tufão a passar pelo Japão; geralmente leva uma semana. Isto é, com um vento de 2m/s, pode levar cinco até que todo o Japão fique coberto de radiação. E não estamos a falar de distâncias de 20 ou 30 km, mas sim de 100 km. Significa Tóquio, Osaka", adverte Takashi.

Hirose Takashi escreveu uma prateleira de livros, a maioria sobre a indústria da energia nuclear e o complexo militar-industrial. O seu livro mais conhecido é provavelmente “Nuclear Power Plants for Tokyo” no qual ele leva a lógica dos promotores da energia nuclear à seguinte conclusão lógica: se têm tanta certeza de que as centrais nucleares são seguras, por que não construí-las no centro da cidade, em vez de a centenas de quilômetros, perdendo metade da electricidade pelos cabos condutores?

De certa forma, deu a entrevista, que está parcialmente traduzida abaixo, contra os seus impulsos. Hoje, falei ao telefone com ele (22 de março de 2011) e disse-me que, embora fizesse sentido apoiar a energia nuclear naquela altura, agora que o desastre começou ele ficou calado, mas as mentiras que estão contando na rádio e na TV são tão flagrantes que tinha de falar.

Traduzi apenas o primeiro terço desta entrevista, a parte que diz respeito ao que está a acontecer nas centrais de Fukushima. Na última parte, ele falou sobre o quão perigosa é a radiação em geral, e também sobre o perigo contínuo causado pelos terremotos.

Depois de ler o seu relato, vai perguntar-se sobre o porquê de continuarem a lançar água sobre os reatores, em vez de aceitarem que a solução é o sarcófago (isto é, enterrar os reatores em betume). Avalio que existem algumas respostas. Primeira, aqueles reatores foram caros e não dá para arcar com o custo financeiro. Outra, e mais importante, aceitar a solução sarcófago significaria admitir que estavam errados e não podem resolver a situação. Por um lado, é demasiada culpa para um ser humano suportar. Por outro, significa a derrota da ideia da energia nuclear, uma ideia à qual se devotam religiosamente. Representa não só a perda destes seis reatores (ou dez), mas também o encerramento dos outros todos, uma catástrofe financeira. Se os conseguirem arrefecer e pô-los a funcionar, então podem dizer “vêem, a energia nuclear não é assim tão perigosa”.

Fukushima é uma tragédia que o mundo inteiro está assistindo e pode acabar numa derrota (perante a sua esperança, que penso existir sem fundamento) ou numa vitória para a energia nuclear. O relato de Hirose pode ajudar-nos a perceber o que está em jogo.


Muitas pessoas viram água sendo lançada sobre os reatores a partir do ar e do chão. Isso é eficaz?

Se quiser arrefecer um reator com água, tem de circulá-la lá dentro, de modo a tirar o calor, de outra forma não serve para nada. Por isso, a única solução é voltar a ligar a eletricidade. Se não, é como deitar água em lava.

Voltar a ligar a eletricidade – isso para reiniciar o sistema de arrefecimento?

Sim, o acidente foi causado pelo fato de o tsunami ter inundado os geradores de emergência, destruindo os seus depósitos de combustível. Se isso não for reparado, não há possibilidade de se recuperar deste acidente.

A TEPCO (Tokyo Electric Power Company, proprietária e gestora das centrais nucleares) diz que esperam voltar a ter uma linha de alta voltagem ainda esta noite.

Sim, existe uma réstia de esperança. Mas o que é preocupante é que um reator nuclear não é como os desenhos esquemáticos que as imagens mostram. Isto é apenas um cartoon.

Aqui está como é por baixo de um contentor do reator. Isto é a parte final do reator. Veja bem. É uma floresta de alavancas, fios e canos. (ver imagem acima)

Na televisão, surgem estes pseudo-académicos e dão-nos explicações simples, mas não sabem nada, estes professores universitários. Só os engenheiros sabem. Aqui é onde a água deve ser jogada. Este labirinto de canos é suficiente para provocar tonturas. A sua estrutura é demasiado complexa para nós entendermos.

Há uma semana que têm lançado água por aqui. E é água salgada, ok? Se joga água salgada numa fornalha, o que pensa que acontece? Fica com sal, que entra em todas estas válvulas e as paralisa. Não se mexem. Isto vai acontecer em toda parte. Portanto, não acredito que seja apenas uma questão de se voltar a ter eletricidade e a água começará a circular outra vez. Penso que qualquer engenheiro com um pouco de imaginação entende isto. Temos um sistema incrivelmente complexo como este e depois joga-se água a partir de um helicóptero, talvez eles tenham uma ideia de como isto funciona, mas eu não entendo.

Serão necessárias 1300 toneladas de água para encher as piscinas que contêm as varas de combustível que foram gastas nos reatores 3 e 4. Esta manhã foram 30 toneladas. Depois, as Forças de Defesa vão canalizar mais 30 toneladas a partir de cinco caminhões. Isto não é nem perto do que é preciso, terão de continuar. Esta operação de jogar água pelas mangueiras mudará a situação?

Em princípio, não. Mesmo quando um reator não está danificado, requer controle constante para manter a temperatura baixa, em níveis seguros. Agora está tudo voltado do avesso, e quando penso nos restantes 50 operadores, fico com lágrimas nos olhos. Suponho que foram expostos a enormes quantidades de radiação, e aceitaram enfrentar a morte ao estar lá dentro. Quanto tempo terão? Quero dizer, fisicamente. É a isto que a situação chegou. Quando vejo os tais relatos na televisão, quero dizer-lhes, “Se realmente é assim, então vai lá tu!” A sério, eles dizem estes disparates para tentar acalmar toda a gente, evitar o pânico. O que precisamos agora é justamente de pânico, porque a situação chegou ao ponto em que o perigo é real.

Se eu fosse o primeiro-ministro Kan, ordenaria que fosse feito o que a União Soviética fez quando da explosão do reator de Chernobyl, a solução sarcófago, enterrar tudo sob cimento, pôr todas as empresas de cimento do Japão a trabalhar e jogá-lo a partir do ar. Temos de esperar o pior. Por quê? Porque em Fukushima está a Central Daiichi, com seis reatores e a Central Daini, com outros quatro, num total de dez. Se apenas um deles evolui para o pior, então os trabalhadores terão de evacuar o lugar ou ficar e colapsar. Se, por exemplo, um dos reatores em Daiichi for abaixo, para os outros cinco será uma questão de tempo. Não podemos adivinhar em que ordem, mas com certeza todos eles cairão. Se isso acontecer, Daini não é assim tão longe, e provavelmente os seus reatores também não sobreviverão. Acredito que os trabalhadores não vão poder ficar lá.

Estou falando do pior caso, mas a probabilidade não é baixa. É este o perigo que o mundo está assistindo. Só no Japão é que está sendo escondido. Como se sabe, dos seis reatores de Daiichi, quatro encontram-se em estado crítico. Mesmo que tudo corra bem e a circulação da água seja restaurada, os outros três poderão ainda dar problemas. Quatro estão em crise, e para recuperarem em 100%, odeio dizê-lo, estou pessimista. Se isso correr mal, para salvar as pessoas, temos de pensar numa forma de reduzir a fuga de radiação para o nível mínimo possível. Não através de água com mangueiras, que é como borrifar o deserto. Temos de pensar que os seis poderão colapsar, e a possibilidade de tal acontecimento não é baixa. Todo mundo sabe quanto tempo demora um tufão a passar pelo Japão; geralmente leva uma semana. Isto é, com um vento de 2m/s, pode levar cinco até que todo o Japão fique coberto de radiação. E não estamos a falar de distâncias de 20 ou 30 km, mas sim de 100 km. Significa Tóquio, Osaka. E assim, rapidamente se pode espalhar uma nuvem radioativa. Claro que dependerá do tempo, não podemos saber de antemão como é que a radiação se distribuiria. Há dois dias, no dia 15 (de março), o vento soprava em direção a Tóquio. É assim...

Todos os dias o governo local mede a radioatividade. Todos os canais de televisão estão dizendo que, embora a radiação aumente, ainda não é alta o suficiente para ser um perigo para a saúde. Comparam-na a um raio-X no estômago. Qual é a verdade?

Por exemplo, ontem. À volta da Estação Daiichi de Fukushima, mediram 400 milisievert por hora. Com esta medição, Edano (Secretário do Chefe de Gabinete) admitiu pela primeira vez que havia um perigo para a saúde, mas não explicou o que isto quer dizer. Toda a informação dos meios de comunicação está falhando. Estão dizendo coisas estúpidas, como: “mas nós estamos sempre expostos à radiação durante o nosso dia-a-dia, recebemos radiação do espaço.” Mas isto é 1 milisievert por ano. Um ano tem 365 dias, um dia 24h; multiplique-se 365 por 24 e obtemos 8760. Multiplique-se 400 milisieverts por isto e obtemos 3 500 000 vezes a dose normal. Chamamos a isto seguro? E os meios de comunicação noticiaram isto? Nada. A razão pela qual a radiação pode ser medida é porque o material radioativo está escapando. É perigoso quando este material entra no nosso corpo e emite radiação a partir de dentro.

Estes acadêmicos porta-vozes da indústria vêm a televisão e dizem o quê? Dizem que, ao deslocarmo-nos em sentido contrário, a redução da radiação é inversamente proporcional ao quadrado da distância. Eu digo o contrário. A radiação interna acontece quando o material radioativo está dentro do corpo. O que acontece? Digamos que estamos a um metro de uma partícula nuclear: ao respirarmos, ela entra no nosso corpo; a distância entre nós e a partícula é agora de um micron. Um metro são mil milímetros, um micron é um milésimo de um mílimetro. Ou seja, mil vezes mil: um milhar quadrado. Este é o significado real do “inversamente proporcional do quadrado da distância.” A exposição à radiação aumenta no fator de um trilhão. Inspirar a mais pequena partícula, é este o perigo.

Então, comparações com raios-x e Tomografias não é possível, porque se pode inspirar material radioativo.

Sim, é isso. Quando entra no nosso corpo, não se pode dizer para onde vai. O maior risco são as mulheres, especialmente, mulheres grávidas, e crianças pequenas. Agora estão falando sobre iodo e césio, mas isso é só parte do assunto, não estão usando os instrumentos próprios para detecção. O que eles chamam monitorização significa apenas a medida da quantidade de radiação no ar. Os seus instrumentos não comem. O que eles medem não tem conexão com a quantidade de material radioativo.

Então, os danos causados pelos raios radioativos e por material
radioativo não são os mesmos.

Se perguntar: existem quaisquer raios radioativos da Central Nuclear de Fukushima neste estúdio, a resposta é não. Mas as partículas radioativas são transportadas pelo ar. Quando o núcleo começa a derreter, os elementos que estão dentro, com o iodo, tornam-se gases. Elevam-se no ar, se houver alguma falha escapa para fora.

Existe alguma forma de detectar isto?

Um jornalista disse-me que a TEPCO não tem capacidade nem para fazer a monitorização regular. Apenas fazem medições ocasionais, que são a base das declarações de Edano. Devem realizar-se medições constantes, mas eles não estão em condições de fazê-las. E é preciso investigar o quê e quanto está escapando, o que requer instrumentos de medição muito sofisticados. Não se pode fazê-lo apenas através de um posto de medição, que não chega medir o nível de radiação no ar. Precisamos saber que tipo de materiais radioativos estão escapando, e para onde vão – não têm um sistema capaz de fazer isso agora.

Fonte: Carta Maior
Continue Lendo...

segunda-feira, 28 de março de 2011

1979: Acidente nuclear em Three Mile Island

0 comentários
No dia 28 de março de 1979, a usina norte-americana de Three Mile Island, na Pensilvânia, foi palco do pior acidente nuclear ocorrido até então.

Gases radioativos começaram a evaporar já bem cedo na manhã de 28 de março de 1979 num dos dois reatores da usina Three Mile Island, nas proximidades de Harrisburg, a capital do estado norte-americano da Pensilvânia. Um correspondente alemão narrou o incidente da seguinte maneira:

"Segundo as informações de que dispomos, houve uma pane na bomba de água do sistema de resfriamento, que fica fora do prédio da usina. Imediatamente, entrou em funcionamento um sistema de emergência, mas um técnico o desligou antes do tempo, não se sabe por quê. Isto desencadeou o processo, que poderia ter resultado na explosão do reator."

Um dia depois, um grupo de ecologistas mediu a radioatividade em volta da usina. Sua intensidade era oito vezes maior que a letal. Uma área de até 16 quilômetros em volta de Three Mile Island estava contaminada. Apesar de ter sido declarado estado de emergência, nenhum dos 15 mil habitantes que moravam numa área até dois quilômetros da área contaminada foi evacuado. O governador do estado da Pensilvânia, Dick Thornburgh, iniciou a retirada dos habitantes só dois dias depois, começando com gestantes e crianças.

O tema foi assunto constante da imprensa norte-americana, em todos os seus boletins de notícias. Mais de cem peritos foram reunidos para tentar resfriar os elementos combustíveis e assim controlar o reator até desligá-lo.

Falha humana

Uma bolha de gás altamente radioativo havia se instalado na parte de cima do reator, impedindo o acesso da água de refrigeração. Somente no dia 2 de abril, os técnicos conseguiram reduzir a bolha de gás em volta do reator de 50 metros cúbicos para cerca de um metro cúbico. Enquanto isso, aumentavam nos Estados Unidos as críticas às medidas de segurança.

Em contrapartida, a empresa que administrava a usina acusou as autoridades de exagero ao comentarem o incidente. Algum tempo depois, os elementos combustíveis resfriaram e o perigo de explosão estava afastado.

No dia 1º de novembro de 1979, uma comissão nomeada pelo então presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, chegou à conclusão de que o acidente fora causado por falha humana. A princípio, a direção da usina pretendia reparar o reator danificado. Os técnicos constataram, no entanto, que os danos haviam sido maiores do que se suspeitava. Setenta por cento do núcleo do reator fora destruído pelo calor.

Fonte: Deutsche Welle
Continue Lendo...

Após Japão, cientistas temem "demonização" de reator nuclear

0 comentários

O acidente de 11 de março na usina nuclear de Fukushima, no Japão, após um terremoto de 9 graus na escala Richter seguido de tsnunami, deixou muita gente ressabiada quando se fala em "reator".

Mas o mesmo princípio físico dos reatores de energia nuclear move também outro tipo de máquina: os reatores de pesquisa. Esses produzem os compostos usados em exames de imagem.

"O processo físico é igual. Mas a quantidade de combustível e a potência são bem diferentes", explica José Augusto Perrota, diretor de projetos especiais do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares).

Perrota está à frente de um projeto do Ipen para construir um megarreator nuclear para fins médicos e científicos no interior de São Paulo.

A ideia é que a supermáquina consiga suprir a demanda nacional de elementos radioativos os radioisótopos usados na produção dos fármacos necessários em exames de imagens.

A empreitada, que apareceu até no discurso de posse do ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), em janeiro, deve custar cerca de R$ 850 milhões.

Os recursos para elaboração do projeto R$ 30 milhões já foram aprovados pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).

O valor parece alto. Mas a matemática é positiva considerando que, com exceção do iodo-131, que tem 50% de produção nacional, os demais radioisótopos são todos importados de países como Argentina e Israel.




No reator de energia nuclear, o iodo-131 é um dos elementos radioativos usados na fissão do urânio ("quebrando" o átomo desse elemento em partes).

"É importante entender que o mesmo iodo-131 que vazou e pode provocar doenças no Japão também pode curar", diz Celso Dario Ramos, coordenador de medicina nuclear do Hospital das Clínicas da Unicamp.

Se bem aplicado, ele pode atacar, com eficácia, câncer de tireoide com metástase.

A maioria dos elementos radioativos da medicina nuclear tem a meia vida (tempo que levam para perder metade da radiação) bem menor do que no reator de energia.

Isso reduz bastante o risco de acidentes graves.

Por enquanto, o reator de pesquisa proposto pelo Ipen segue continua nas metas do Ministério de Ciência e Tecnologia.

Duas semanas antes do desastre no Japão, a presidente Dilma Rousseff esteve na Argentina para firmar uma parceria para construção de reatores de pesquisa com projetos comuns.

Hoje, o maior e mais utilizado dos reatores nacionais de pesquisa fica no Ipen, em São Paulo. A máquina foi inaugurada em 1958.


Fonte: Folha
Continue Lendo...

terça-feira, 22 de março de 2011

Avião dos EUA cai na Líbia; Gaddafi mantém ofensiva

0 comentários

Um avião de guerra dos Estados Unidos caiu na noite desta segunda-feira na Líbia, na primeira baixa das forças da coalizão internacional. Segundo o jornal britânico "Daily Telegraph", um F-15E Eagle americano sofreu uma falha mecânica, mas o piloto estaria bem.

"Acabei de encontrar um avião de guerra dos EUA em um campo. Acredito que uma falha mecânica causou a queda", disse o correspondente do jornal Rob Crilly, em seu Twitter. "O avião caiu ontem à noite. A tripulação estaria bem", disse Crilly.

A agência de notícias France Presse, que cita uma porta-voz do comando americano militar na África, diz que o avião levava dois pilotos --que conseguiram se ejetar. Contudo, apenas um foi encontrado até agora, e continuam as buscas pelo segundo.

As forças da coalizão ocidental lançaram novos ataques aéreos e com mísseis em Trípoli na madrugada desta terça-feira. Os ataques fazem parte da operação Aurora da Odisseia, aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para impor uma zona de restrição aérea no país e proteger os civis da violência das forças do ditador Muammar Gaddafi.

As explosões e disparos de artilharia anti-mísseis foram ouvidos mais uma vez perto do complexo onde vive Gaddafi, no bairro de Bab al-Aziziya. No domingo (20), um dos prédios do complexo foi destruído por mísseis da coalizão internacional, em uma ação que o regime líbio chamou de "bárbara".

A TV estatal líbia diz que vários locais em Trípoli foram alvo dos novos ataques das forças que chamou de "inimigos da Cruzada". "Estes ataques não vão assustar o povo líbio", garantiu o apresentador.

Reduto do ditador, aos aviões militares foram recebidos por bateria antiaérea e slogans favoráveis a Gaddafi ecoavam no centro da cidade. Carros passavam em alta velocidade e buzinando pelas ruas.

O canal de TV Al Jazeera disse que as instalações de radar de duas bases de defesa aérea no oeste da Líbia foram atingidas pelas forças de coalizão.

Um porta-voz do governo líbio disse que as forças estrangeiras mataram muitos civis atacando os portos e o aeroporto de Sirte.

"Você viu aquele lugar [aeroporto de Sirte]", disse Mussa Ibrahim, em entrevista a jornalistas. "É um aeroporto civil. Ele foi bombardeado e muitas pessoas foram mortas. Portos também foram bombardeados".

OFENSIVA LÍBIA

Apesar dos ataques dos aliados, as forças leais a Gaddafi mantiveram nesta terça-feira a ofensiva contra os rebeldes da oposição, que desde 15 de fevereiro protestam pela renúncia do ditador e tentam conquistar o controle do país.

Moradores de Misrata, cidade próxima a Trípoli e sob o controle dos rebeldes, relataram à agência Reuters que as tropas governistas estão bombardeando.

"A situação está muito ruim. Os tanques começaram a atacar com artilharia nesta manhã", disse um morador que se identificou apenas como Mohammed. "Franco-atiradores estão participando da operação também".

Ele afirma que as vítimas da ofensiva incluem quatro crianças, a mais velha com 13 anos, que estavam em um carro atingido pela artilharia.

Testemunhas em Zintan, perto da fronteira com a Tunísia, disseram que a cidade foi atacada novamente nesta terça-feira, com artilharia pesada.

Várias casas foram destruídas, assim como o minarete de uma mesquita.

"Novas forças foram enviadas hoje para dominar a cidade. Há ao menos 40 tanques no pé das montanhas perto de Zintan", disse Abdulrahmane Daw.

Os relatos não puderam ser independentemente verificados.

Fonte: Folha
Continue Lendo...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Chefe de energia da UE: reator japonês está "fora de controle"

0 comentários

O chefe de energia da União Europeia alertou nesta quarta-feira para uma catástrofe em uma usina nuclear no Japão nas próximas horas, mas sua porta-voz afirmou que ele não tinha informações específicas ou privilegiadas sobre a situação.

"Nas próximas horas podem ocorrer mais eventos catastróficos, que podem representar uma ameaça à vida das pessoas na ilha", disse Guenther Oettinger ao Parlamento Europeu.

"Ainda não há pânico, mas Tóquio, com 35 milhões de pessoas, é a maior metrópole do mundo."

Quando questionada, a porta-voz de Oettinger disse que a previsão do comissário de uma catástrofe não se baseava em nenhuma informação específica ou privilegiada.

Ele disse que a usina nuclear estava "efetivamente fora de controle".

"Os sistemas de refrigeração não funcionaram e como resultado estamos em algum lugar entre um desastre e um desastre gigantesco."

Fonte: Reuters
Continue Lendo...

Usinas do Brasil são mais seguras, diz Mercadante

0 comentários

As usinas nucleares de Angra 1 e 2, as únicas instaladas no Brasil, têm sistemas de segurança e controle de energia mais eficientes que a de Fukushima, diz o ministro da Ciência e Tecnologia (MCT), Aloizio Mercadante.

Segundo o ministro, o incidente nuclear japonês não alterou em nada os processos atuais de segurança ligados ao complexo de Angra. No médio e longo prazo, disse Mercadante, o que ocorrerá é a absorção de aprendizado decorrente do acidente de Fukushima. "A natureza está nos deixando uma série de lições importantes", comentou.

As usinas de Angra foram estruturadas para suportar terremotos de até 6,5 pontos na escala Richter e ondas de até 7 metros de altura, uma configuração que, segundo o governo, está dentro das normas mais rígidas de segurança, dada a condição geológica do país. Apesar da condição ideal garantida pelo governo, as usinas de Angra certamente não seriam construídas hoje, dadas as regras atuais, que exigem uma densidade populacional inferior à da região do litoral carioca.

Questionado sobre o atraso nos planos nucleares do Brasil, Mercadante disse que o assunto não compete à sua pasta e que será analisado pela presidente Dilma Rousseff e demais ministérios que, de alguma forma, fazem uso de combustível nuclear.

O retardamento de projetos como a construção de quatro novas usinas, porém, já é dado como consequência inevitável pela Eletronuclear, estatal controlada pela Eletrobrás. Na Câmara já se articulam a criação de uma comissão mista para debater a viabilidade de novos projetos.


O risco nuclear no Brasil

O tsunami pode não ter chegado aqui, mas as dúvidas sobre se é vantajoso ter uma usina nuclear como alternativa energética, em razão do terremoto da última sexta-feira no Japão, deram a volta ao mundo e atingiram o Brasil.

É inquestionável, dizem os estudiosos: se ocorreu no precavido Japão, pode se passar em qualquer lugar. Mas aí entram outras questões: o episódio no Japão foi “circunstância única” – como define Laércio Vinhas, diretor de segurança da Comissão Nacional de Energia nuclear. E deve ser considerada a vantagem ou não de correr riscos.

O professor Takeshi Kodama, do departamento de Física nuclear da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), nascido 67 anos atrás em Tóquio, diz não ser possível construir usinas nucleares imunes a terremotos. Enfatiza que nenhum país está tão preparado quanto o Japão para enfrentar esse tipo de tragédia natural – e, ainda assim, a estrutura se mostrou falível.

– Cem por cento seguro, não é possível. É uma questão de economia e risco, e esse risco é uma questão de probabilidade. Todo mundo viaja de avião, mas tem o risco de cair – disse Kodama, condicionando a gravidade do acidente no Japão ao controle de resfriamento com o uso de água do mar e produtos químicos – pois é a liberação do hidrogênio pelo superaquecimento que provoca explosões.

Ana Maria Xavier, engenheira e representante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na Comissão Nacional de Energia nuclear, faz uma declaração forte:

– O futuro está sub judice. Essa história vai dar muito pano pra manga.

Mas depois ameniza:

– Se o Japão controlar o acidente, e acho que isso ocorrerá, aprenderemos com os erros dos outros e em novos dispositivos de segurança. Temos de esperar a direção que o mundo vai tomar.

Congresso pode ter comissão mista sobre usinas atômicas

O presidente da Comissão Nacional de Energia nuclear, Odair Gonçalves, mesmo ressalvando que é importante levar em conta a “comoção pública”, afirmou não haver motivo para que o programa nacional seja revisto em razão dos acontecimentos no Japão, pois, segundo ele, o sistema nuclear daquele país provou ser resistente.

– Eles têm 54 reatores, e 30 deles ainda funcionam normalmente.

Tão sensível se tornou a questão, que a oposição brasileira enviará ao Congresso proposta de criação de comissão mista para analisar a situação das usinas nucleares no Brasil. O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), defende a discussão das usinas em funcionamento e dos projetos.

– O mundo todo vai fazer essa discussão. Ela é inexorável para o Brasil, que não poderá abrir mão de nenhuma fonte de energia. Que isso seja debatido no Congresso – argumentou.

E a preocupação não se restringe à oposição. O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou, em entrevista coletiva, que a presidente Dilma Rousseff está “extremamente preocupada com a crise nuclear japonesa”.


Fonte: Valor Econômico / Zero Hora
Continue Lendo...

terça-feira, 15 de março de 2011

AIEA confirma nova explosão e vazamento de radiação à atmosfera

0 comentários

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou nesta terça-feira que houve uma explosão no reator 2 da usina nuclear Fukushima Diichi e que foi liberada radiação à atmosfera devido a um incêndio em um depósito de combustível no reator 4.

Em comunicado, a AIEA detalha que obteve a informação das autoridades japonesas, e que a explosão no reator 2 ocorreu por volta das 6h20 da hora local (18h20 de segunda-feira pelo horário de Brasília).

Além disso, há fogo no depósito de armazenamento de combustível usado do reator 4, na mesma usina atômica, seriamente danificada pelo terremoto e o posterior tsunami de sexta-feira, e está escapando radioatividade diretamente para a atmosfera.

No local, foi registrado nível de radioatividade de até 400 microsievert por hora.

"As autoridades japonesas estão dizendo que há a possibilidade de o fogo ter sido causado por uma explosão de hidrogênio", acrescenta a nota.

O governo japonês disse nesta tarde de terça-feira, no horário local, que a temperatura dos reatores 5 e 6 da usina nuclear central de Fukushima, ao nordeste do país, estava subindo, da mesma forma como já ocorrera com os outros quatro reatores da planta, o que causou explosões, incêndios e liberação de substâncias radioativas. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que o incêndio que houve hoje no edifício do reator 4 provocou, de fato, a emissão direta de substâncias radioativas na atmosfera

Fonte:EFE
Continue Lendo...

Japão após terremoto seguido de tsunami fica a beira de um desastre nuclear

0 comentários

As autoridades do Japão alertaram sobre o aumento dos níveis de radiação após a explosão e o incêndio ocorridos na manhã desta terça-feira na usina nuclear de Fukushima.

Segundo a agência "Kyodo", a radiação foi até 33 vezes superior ao limite legal em Utsunomiya, capital da província de Tochigi, ao norte de Tóquio, e também se mediu radiação nove vezes acima do normal em Kanagawa, ao sul da capital japonesa.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, indicou que os níveis de radiação se elevaram significativamente após os incidentes ocorridos nesta terça-feira em Fukushima, onde quatro reatores já sofreram avarias.

Kan pediu a todas as pessoas que vivem em um perímetro de 30 quilômetros ao redor da usina que não saiam de suas casas, não abram as janelas e evitem ligar os aparelhos de ar-condicionado.

O Ministério de Transportes estabeleceu uma zona de exclusão aérea dentro da área classificada como de risco em Fukushima, onde uma explosão ao amanhecer atingiu o invólucro secundário do reator número 2 e um incêndio foi registrado no edifício do reator 4.

Yukio Edano, o porta-voz do Governo, assinalou que o nível de radiação chegou a 100 vezes acima do limite normal no reator número 4, enquanto no reator número 3 o índice foi até 400 vezes superior.

Edano disse que os níveis podem se tornar prejudiciais à saúde humana se seguirem aumentando.

Apenas 50 dos 800 trabalhadores de Fukushima permanecem na usina, que evacuou o restante pelo risco de contaminação nuclear após o terremoto de 9 graus.

A empresa operadora da central, a Tokyo Electric Power (Tepco), reconheceu que não descarta fusões parciais do núcleo dos reatores 1, 2 e 3, pois o 4 não estava em funcionamento no momento das chamas.

Kan solicitou que os cidadãos japoneses mantenham a calma diante da série de acidentes em Fukushima, que deixaram o mundo alarmado pelo temor de uma emergência nuclear.

No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) assegurou que eram limitadas as radiações emitidas desde Fukushima até então.


Nova explosão atinge reator de usina abalada por tremor no Japão

Uma nova explosão foi ouvida na terça-feira (horário local) na usina nuclear japonesa que foi abalada pelo recente terremoto, afirmou a agência de segurança nuclear do país.

As autoridades do complexo Fukushima Daiichi, danificada na sexta-feira depois do terremoto seguido de tsunami, estão tentando evitar o colapso de todos os três reatores nucleares da usina.

Já foram registradas duas explosões que arrancaram algumas telhas da instalação, mas sem danificar os vasos do reator, disseram autoridades. Não havia informação imediata sobre danos após a terceira explosão.

A agência de notícias Jiji citou o ministro do Comércio dizendo que após a explosão a radiação continuava em nível baixo.

Ainda, segundo a agência de segurança nuclear japonesa, a explosão ocorrida no reator número 2 foi causada por hidrogênio.


Combustão de hidrogênio causa incêndio no edifício do reator 4 de Fukushima

Um incêndio está ocorrendo nesta terça-feira no edifício que abriga o reator número 4 da usina nuclear de Fukushima devido a uma combustão de hidrogênio, segundo informou o Governo japonês.

O novo incidente se soma aos problemas que já foram registrados nos reatores 1, 2 e 3 da usina número 1 de Fukushima, onde desde sábado houve três explosões devido ao devastador terremoto que atingiu o Japão na sexta-feira.

Segundo o porta-voz do Governo japonês, Yukio Edano, o incêndio que ameaça o reator número 4 segue ativo e as equipes da usina nuclear estão tentando controlá-lo.

Edano informou que o fogo se registra no quarto andar do edifício que abriga o reator número 4 e que alguns objetos caíram à estrutura do reator, que não se encontrava em funcionamento.

Pouco antes, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, reconheceu que aumenta a chance de vazamentos radioativos na usina Daiichi, enquanto a empresa operadora, a Tokyo Electric Power (Tepco), não descarta fusões do núcleo dos reatores devido ao superaquecimento.

Segundo Edano, o nível de radiação na região do reator número 4 supera 100 vezes o limite legal permitido, enquanto no reator número 3 o número já é 400 vezes superior ao teto recomendado.

Na usina nuclear número 1, só restam 50 trabalhadores, depois que o restante dos empregados, cerca de 800, foi evacuado. O Governo, por sua vez, pediu aos habitantes em um perímetro entre 20 e 30 quilômetros ao redor da central que permaneçam em suas casas e fechem as janelas.

Foi registrada na manhã desta terça-feira uma explosão na estrutura que protege o reator número 2 de Daiichi, a terceira desde o sábado.

As outras explosões ocorreram nos invólucros secundários dos reatores número 1, no sábado, e do número 3, no domingo, sem que, segundo o Governo japonês, seus núcleos tenham sido afetados.

O primeiro-ministro pediu calma à população japonesa diante dos crescentes problemas na usina de Fukushima, que alarmaram o mundo pelo temor de uma emergência nuclear.

Na segunda-feira, no entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, a agência nuclear da ONU) enviou uma mensagem de tranquilidade, ao assinalar que eram limitadas as radiações emitidas desde Fukushima até então.

Fonte: Reuters / EFE
Continue Lendo...

sábado, 25 de dezembro de 2010

Foguete com satélite indiano explode após decolagem

1 comentários

Um foguete carregando um satélite de comunicação indiano explodiu hoje logo após a decolagem, durante uma segunda tentativa de lançamento realizada este ano. Imagens mostraram o foguete explodindo, fumaça e fogo logo após seu lançamento do centro espacial em Shiharikota, no Estado de Andhra Pradesh. O foguete carregava o satélite de comunicação GSAT-5P, que seria deixado em órbita.

Em abril, um foguete similar caiu na baía de Bengala durante um voo experimental. A Índia pretende realizar seu primeiro voo espacial tripulado em 2016. Um satélite indiano lançado em 2008 para ficar na órbita da Lua foi abandonado no ano passado, após interrupção dos sinais de comunicação e de os cientistas terem perdidos o controle do satélite.

A Índia é o quinto país depois dos Estados Unidos, Rússia, China e França a entrar no mercado comercial de lançamento de satélites. Desde 1994, o programa espacial indiano lançou uma série de satélites indianos em órbita. O país conseguiu também realizar com sucesso nove voos espaciais consecutivos.

Fonte: Estadão
Continue Lendo...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Submarino nuclear britânico encalha perto da Escócia

0 comentários

Um novo submarino nuclear da Marinha Britânica encalhou nesta sexta-feira na costa noroeste da Escócia, segundo o Ministério da Defesa.

"Não é um incidente nuclear" esclareceu um porta-voz. "Não há ferimentos para o pessoal, e o submarino está vedado em relação à água."

O ministério disse que se trata de um submarino da classe Astute, e que ele não estava armado com ogivas nucleares. Acrescentou que a situação está sendo "investigada".

O HMS Astute, recém-inaugurado, é o primeiro exemplar de uma nova classe de submarinos movidos a energia nuclear. Ele havia sido lançado ao mar em agosto, e estava passando por testes antes de entrar em operação.

A Guarda Marítimo-Costeira disse ter sido avisada do incidente, por volta de 7h20 (5h20 em Brasília), e enviado um rebocador ao local.

Um porta-voz disse que aparentemente a embarcação bateu em rochas perto da ilha de Skye.

Fonte: Reuters

Nota do Blog: A tripulação não fez jus ao nome da embarcação...rsrsrs
Continue Lendo...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Titanic afundou por erro de manobra, diz neta de tripulante

2 comentários

O Titanic colidiu com um iceberg em 1912 por causa de um erro básico de manobra e só afundou tão rapidamente porque um executivo convenceu o capitão a continuar navegando, disse uma escritora em entrevista publicada nesta quarta-feira.

Louise Patten, que é neta de Charles Lightoller, segundo-oficial do Titanic, disse que a verdade sobre o quase centenário naufrágio ficou oculta para preservar a reputação de Lightoller, que depois se tornaria um herói de guerra.

Lightoller foi o mais graduado tripulante a sobreviver ao desastre. Segundo sua neta, ele acobertou o erro em dois inquéritos, nos EUA e na Europa, porque isso poderia levar os donos do navio à falência, deixando colegas seus desempregados.

"Eles poderiam ter facilmente evitado o iceberg se não fosse pelo erro", disse Patten ao diário Daily Telegraph. "Em vez de manobrar o Titanic em segurança em volta do iceberg, pela esquerda, assim que ele foi visto à frente, o piloto, Robert Hitchins, entrou em pânico e virou para o lado errado."

Patten fez as revelações por causa da publicação de seu novo romance, "Good as Gold" ("Bom como ouro"), que trata dessa versão. Ela disse que, por causa da então recente conversão dos navios, de vela para motores a vapor, havia dois sistemas diferentes de pilotagem.

Basicamente, num dos sistemas era preciso girar o timão para um lado; no outro sistema, para o lado oposto.

Depois que o erro foi cometido, segundo Patten, "eles tiveram só quatro minutos para mudar de rumo. Quando (o primeiro-oficial William) Murdoch notou o erro de Hitchins e eles tentaram retificá-lo, era tarde demais."

O avô da escritora não estava de plantão na hora da colisão, mas esteve presente na reunião final dos oficiais antes do naufrágio completo. Ali, ele ouviu não só sobre o erro, mas também o fato de que J. Bruce Ismay, presidente da empresa White Star Line, dona do navio, convenceu o capitão a continuar navegando, o que acelerou o afundamento em várias horas.

"Se o Titanic tivesse ficado parado, teria sobrevivido pelo menos até que o barco de resgate chegasse, e ninguém teria morrido", disse Patten.

O RMS Titanic era o maior navio de passageiros do mundo, e fazia sua viagem inaugural, de Southpampton (Inglaterra) para Nova York. Em 10 de abril de 1912, quatro dias depois de zarpar, ele naufragou com mais de 1.500 passageiros a bordo.

Fonte: Reuters

Nota do Blog: É muito interessante essa história que esteve oculta por tanto tempo, um erro "pequeno" que deu origem a um efeito dominó que ficou marcado até os dias de hoje como o maior naufrágio da história. Vale notar que a intromissão de J. Bruce Ismay foi marcante nesta tragédia, pois além de fazer com que o "Titanic" navegasse em alta velocidade em meio ao alerta de icebergs, ele ainda convenceu a manter o navio navegando por dez minutos após a colisão, o que acelerou o naufrágio.

Como sempre digo, por mais que se oculte uma verdade, um dia ela sempre vem a tona.
Continue Lendo...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Plataforma de petróleo pega fogo na costa argentina mas não há vazamento

0 comentários

Um incêndio atingiu nesta quarta-feira uma plataforma petroleira da empresa chilena Sipetrol, localizada a 14,8 km da costa atlântica da província argentina de Santa Cruz (sul), sem provocar vítimas ou vazamento, informou a Marinha.

Os oito operários argentinos que trabalhavam na plataforma saíram ilesos em uma balsa salva-vidas e foram resgatados por um rebocador, segundo a Marinha.

Sipetrol, filial internacional da Empresa Nacional de Petróleo do Chile (ENAP), garantiu que o incêndio está sob controle e que imediatamente foi interrompido o fluxo de petróleo e gás para a plataforma, sem que haja qualquer vestígio de vazamento.

"No dia 8 de setembro de 2010, por volta das 04H40 horas da madrugada (04H40 Brasília) e por causas atualmente investigadas, ocorreu um incêndio no módulo habitacional da plataforma de produção AM-2 operada pela Enap Sipetrol Argentina no Estreito de Magalhães", assinala a companhia.

"Após ser controlado o incêndio no módulo habitacional, um segundo barco de apoio continua refrigerando o restante da plataforma de maneira preventiva".

A plataforma está situada 14,8 km a sudeste de Cabo Vírgenes, na província de Santa Cruz, 2.800 km ao sul de Buenos Aires.

Fonte: AFP
Continue Lendo...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Cientistas garante que maior parte do petróleo segue no Golfo do México

0 comentários

Dois novos estudos científicos contestam a afirmação do Governo dos EUA, que garante que a maioria do petróleo que vazou do poço danificado às águas do Golfo do México tenha sido eliminado do mar.

Um dos estudos, da Universidade da Geórgia, garante que três quartos do petróleo ainda estão sob a superfície do Golfo, o que pode representar uma ameaça para o ecossistema.

O Governo americano informou no início do mês que metade do petróleo tinha sido eliminada mediante queimas controladas ou recuperado da água, e um quarto tinha evaporado ou dissolvido.

Entretanto, Charles Hopkinson, que coordenou a pesquisa da Universidade da Geórgia, assinalou nesta terça em entrevista coletiva que até 79% dos 4,9 milhões de barris de petróleo que, calcula-se, foram derramados ao mar, permanecem no Golfo.

"A ideia de que 75% do petróleo desapareceu e não representa preocupação para o meio ambiente é absolutamente incorreta", afirmou Hopkinson.

Outro estudo, da Universidade do Sul da Flórida, detectou restos de petróleo em experimentos realizados no nordeste do Golfo, o que pode representar uma ameaça crítica para grandes organismos marítimos.

Os cientistas detectaram sedimentos de petróleo em locais onde as águas ricas em nutrientes ajudam a manter importantes espécies de peixes na região ocidental da Flórida.

O vazamento começou em 20 de abril, por causa da explosão e posterior afundamento de uma plataforma petrolífera operada pela British Petroleum (BP).

O acidente fez com que o poço petrolífero lançasse petróleo às águas do Golfo durante 87 dias, além de ter matado 11 funcionários da plataforma.

Fonte EFE
Continue Lendo...
 

GBN Defense - A informação começa aqui Copyright © 2012 Template Designed by BTDesigner · Powered by Blogger