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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Irã oferece concessões sobre questão nuclear, mas acordo segue distante

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O Irã manifestou disposição em reduzir as atividades nucleares mais sensíveis, num claro sinal de que poderá fazer concessões ao Ocidente em troca do alívio nas sanções econômicas impostas à República Islâmica, disseram diplomatas nesta quarta-feira.
Mas os detalhes da proposta iraniana, apresentados durante negociações com seis potências mundiais em Genebra, não foram divulgados ao público, e autoridades ocidentais foram cautelosas quanto à possibilidade de um acordo que encerre um impasse que já dura uma década.
 
Os EUA e aliados suspeitam que o Irã tente adquirir a capacidade para produzir armas nucleares, o que Teerã nega, insistindo no caráter pacífico do programa atômico.
Uma nova rodada de negociações do Irã com as seis potências EUA, China, Rússia, Grã-Bretanha, França e Alemanha deve ser marcada para as próximas semanas.
As reuniões desta semana foram as primeiras desde que o moderado Hassan Rouhani tomou posse como presidente do Irã, prometendo uma atitude de menos confronto nas relações exteriores. Ambos os lados, no entanto, se esforçaram em mostrar que um acordo ainda não é iminente.
Após o primeiro dia de negociações em Genebra, o vice-chanceler iraniano, Abbas Araqchi, sugeriu que o Irã estaria disposto a se abrir mais às inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Ele também disse à agência estatal de notícias Irna que a proposta iraniana aborda a questão do enriquecimento de urânio, atividade que mais preocupa o Ocidente, já que pode resultar em combustível para armas nucleares. Araqchi insinuou, porém, que o país não está disposto a fazer concessões rápidas.
"Nenhuma dessas questões estão dentro do primeiro passo (da proposta iraniana), mas formam parte dos nossos últimos passos", disse ele, sem entrar em detalhes.
A sequência de eventuais concessões iranianas e da suspensão parcial das sanções ocidentais pode representar um sério empecilho à conclusão do acordo. Autoridades ocidentais dizem repetidamente que antes da redução das sanções o Irã precisaria suspender o enriquecimento de urânio até a concentração físsil de 20 por cento.
"Já chegamos lá? Não, mas precisamos continuar conversando", disse um diplomata ocidental enquanto as discussões eram retomadas, no começo da tarde de quarta-feira (hora de Genebra).
Israel, arqui-inimigo do Irã, pediu às potências que sejam firmes nas negociações, exigindo uma interrupção completa das atividades de enriquecimento e descartando qualquer abrandamento imediato das sanções. Mas o Estado judeu desta vez não repetiu suas ameaças veladas de bombardear o Irã se considerar que a diplomacia não está tendo resultados.
 
Fonte: Reuters
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domingo, 6 de outubro de 2013

Irã rejeita última proposta internacional sobre programa nuclear

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O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamed Javad Zarif, rejeitou a validade da última proposta apresentada ao país pelas grandes potências nas negociações sobre a questão nuclear. "A proposta anterior do grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha) passou para a história e agora devem comparecer à mesa de negociações com um novo enfoque", disse Zarif. As negociações devem ser retomadas em 15 e 16 de outubro em Genebra.
As grandes potências apresentaram uma proposta em fevereiro e abril ao Irã para a suspensão do programa de enriquecimento de urânio a 20% e a restrição das atividades de enriquecimento na central de Fordo, escondida em uma área montanhosa a 100 km de Teerã, o que dificulta a destruição em uma ação militar. Em contrapartida, se comprometiam a aliviar algumas sanções ao país no comércio de ouro e no setor petroquímico.
Neste domingo, o diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA), Ali Akbar Salehi, anunciou que quatro pessoas foram detidas por tentativa de sabotagem a uma instalação nuclear do país. Vários países ocidentais e Israel suspeitam que o programa nuclear iraniano oculta uma parte militar, o que o Irã nega, alegando que o mesmo tem apenas caráter civil.
"Há algum tempo descobrimos as atividades de sabotagem de várias pessoas em uma instalação nuclear. Permitimos que continuassem com suas atividades para obter mais informações. Nós os prendemos no momento oportuno e o interrogatório continua", declarou Salehi, citado pela agência Mehr. Salehi não revelou a instalação nuclear que era alvo e disse que outros casos foram identificados.
 
Fonte: AFP
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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Irã adverte que não renunciará aos seus direitos nucleares

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O presidente iraniano, Hassan Rohani, disse nesta terça-feira que seu país não renunciará "nem um milímetro" aos seus direitos nucleares - retomando uma expressão de seu antecessor Mahmud Ahmadinejad -, depois que a AIEA pediu mais cooperação à nova equipe no poder no Irã.
 
"No âmbito nuclear, nosso governo não renunciará nem um milímetro aos direitos absolutos do Irã, mas ao mesmo tempo tentará fazer (as negociações) avançarem com racionalidade e argumentos", afirmou Rohani.
 
Os países ocidentais acusam o Irã de tentar se dotar de armas nucleares se amparando em um programa civil, o que Teerã desmente.
 
O ex-presidente Ahmadinejad, um conservador, não parou de desafiar o Ocidente desde 2005 repetindo que o Irã não renunciaria "nem um milímetro aos seus direitos legítimos" no âmbito nuclear.
 
Na segunda-feira, o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, considerou "urgente e essencial que o Irã coopere conosco", mas também se declarou disposto a "trabalhar com a nova equipe (...) para resolver os temas pendentes".
 
Desde 2012, a AIEA tenta alcançar um acordo para verificar as suspeitas sobre o possível objetivo militar do programa nuclear iraniano.
 
Eleito em junho com o apoio dos reformistas e dos moderados, Rohani prometeu uma "mudança" na política externa, dizendo que queria levar adiante "negociações sérias sem perder tempo" com as grandes potências sobre o dossiê nuclear e que estava disposto "a uma maior transparência".
 
Mas, ao mesmo tempo, se nega a ceder "aos direitos inegáveis" do Irã, em particular sobre o enriquecimento de urânio, o tema que realmente preocupa os países ocidentais e que motivou a imposição de sanções econômicas drásticas.
 
O Ocidente deve entender que não conseguirá "nenhum resultado mediante as ameaças e as pressões", insistiu nesta terça-feira Rohani, citado pela imprensa local.
 
"Nas negociações, as duas partes devem ter dois objetivos comuns. O primeiro é garantir o caráter pacífico do programa nuclear, que é o objetivo do Ocidente, mas também o nosso", explicou o chefe da diplomacia, Mohamad Javad Zarif, citado pela televisão pública.
 
O segundo "deve ser a aplicação do direito do Irã ao enriquecimento de urânio em território iraniano com mais de transparência e dentro das regras" da AIEA, acrescentou. "Acreditamos poder conseguir uma solução intermediária e estamos dispostos a cooperar completamente. Esperamos que também seja o caso da outra parte".
 
Desejoso de negociar uma flexibilização das sanções que asfixiam a economia de seu país, Rohani tomou uma série de decisões para demonstrar que queria um novo enfoque nas negociações com o grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha).
 
Também colocou à frente das negociações Zarif, um de seus colaboradores, nomeou um diplomata de carreira, Reza Najafi, substituindo Ali Asghar Soltanieh como embaixador na AIEA, e Ali Akbar Salehi, ex-chefe da diplomacia conhecido por seu pragmatismo, à frente da Organização Iraniana de Energia Atômica.
 
E nesta terça-feira designou Ali Shamjani, ex-ministro da Defesa, como secretário do Conselho Supremo da Segurança Nacional substituindo Said Jalili, um ultraconservador que estava a cargo das negociações nucleares.
 
Zarif formou parte em 2003 da equipe dirigida por Rohani, que havia levado adiante as negociações nucleares com Paris, Londres e Berlim e aceitado a suspensão do enriquecimento de urânio e a aplicação do protocolo adicional ao Tratado de Não Proliferação (TNP), que permite um maior controle das instalações nucleares do país.
 
Embaixador na ONU de 2002 a 2007, Zarif entrou em contato com muitos diplomatas estrangeiros e autoridades americanas para tentar sair do atoleiro no qual se encontram as negociações, interrompidas em abril.
 
E no fim de setembro se reunirá em Nova York, à margem da Assembleia Geral da ONU, com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, e com seu colega francês, Laurent Fabius.

Fonte: AFP
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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

AIEA: Irã impede verificação da natureza de seu programa nuclear

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O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, afirmou nesta segunda-feira que a falta de cooperação do Irã limita cada vez a capacidade da ONU de verificar a natureza e os objetivos do programa nuclear do país, e exigiu a aplicação imediata de um acordo para apronfundar as inspeções.
Em discurso perante o órgão executivo da AIEA, o Conselho de Governadores, que iniciou nesta segunda-feira uma reunião em Viena, Amano disse que o Irã se nega a oferecer uma versão atualizada do desenho do reator de água pesada que é construído em Arak, no qual poderia produzir plutônio, uma substância altamente tóxica que pode ser usada em bombas nucleares.
Isto tem um "impacto cada vez mais adverso sobre nossa capacidade de verificar efetivamente o design da instalação e para aplicar os controles de salvaguardas", reconheceu o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Amano afirmou que o Irã "não oferece a cooperação necessária" para que os especialistas da ONU possa dar "seguridades críveis" sobre a ausência de atividades e materiais não declarados nesse país.
Por isso, Amano considerou como "essencial e urgente" que o Irã negocie com o organismo sobre a natureza de suas preocupações.
Além disso, o diretor lembrou que o Conselho de Governador acredita que é "essencial para o Irã concluir e aplicar imediatamente" o mecanismo que permitirá aprofundar as inspeções da AIEA.
A próxima rodada de negociações entre este organismo da ONU e o Irã sobre esse acordo está prevista para 27 de setembro em Viena.
A cúpula da AIEA trata de fechar com Teerã um pacto para aprofundar suas inspeções no Irã, com o objetivo de esclarecer suspeitas sobre possíveis dimensões militares do programa nuclear da República Islâmica.
A agência nuclear das Nações Unidas investiga o programa nuclear do Irã há uma década.
O Ocidente acredita que sob o guarda-chuvas de um suposto programa nuclear civil, o Irã quer fazer usar o conhecimento e materiais para fabricar uma arma atômica.
Os iranianos rejeitam estas alegações e dizem que só têm intenções pacíficas, como a geração de energia e a luta contra o câncer.
A reunião do Conselho de Governadores da AIEA que começa hoje tratará os mais recentes avanços dos esforços nucleares do Irã, como a ampliação do programa de enriquecimento de urânio ou a construção do reator de Arak.
Perante a recente chegada do novo presidente iraniano, o moderado Hassan Rohani, e de um novo embaixador perante a AIEA, existe a expectativa de uma mudança de rumo por parte do Irã.
Por isso, os países envolvidos com a República Islâmica não apresentarão nenhuma resolução que critique as atividades iranianas, e todos os olhares estão voltados para a reunião do 27 de setembro.
 
Fonte: EFE
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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Agência da ONU inaugura fórum sobre zona livre de armas nucleares

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A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) inaugurou nesta segunda-feira (21) em Viena um novo fórum com o objetivo de encontrar meios para a criação de uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio.

A reunião, que acontecerá até terça-feira, conta com a participação dos países-membros da organização, mas com especial enfoque nas 19 nações do Oriente Médio.

O grande ausente é o Irã, que já havia anunciado seu boicote ao evento pela suposta falta de imparcialidade do diretor-geral do órgão, o japonês Yukiya Amano, que o convocou.

O fórum pretende que os países do Oriente Médio sigam o exemplo de zonas livres de armas nucleares já existentes, como as da América do Sul, Pacífico Sul e Ásia Central.

Os países árabes insistem há anos para que Israel, que supostamente dispõe de um arsenal atômico, integre o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

Com a criação de uma zona livre de armas nucleares, a AIEA espera convencer o Estado judeu a dar esse passo, o que, no entanto, parece pouco provável em meio à crescente preocupação sobre as atividades nucleares do Irã.

O último relatório da AIEA sobre o Irã afirmou que existem indícios de que o país está desenvolvendo uma bomba atômica, algo que o regime de Teerã nega.

ACUSAÇÕES MÚTUAS

Em seu discurso de abertura, Amano expressou nesta segunda-feira seu desejo de que os debates no fórum sejam "criativos e construtivos" e "que não repitam posições conhecidas há muito tempo".

Amano se referia às acusações mútuas entre Israel e os países árabes que tornaram impossível, há décadas, o avanço na criação de uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio.

Enquanto os países árabes dizem se sentir ameaçados pelo suposto arsenal nuclear de Israel, o Estado judeu alega que enquanto não for aceito por seus vizinhos e não existir um acordo de paz geral não poderá assinar o TNP.

Israel nunca confirmou nem desmentiu a suposta existência de seu arsenal nuclear, mas analistas internacionais estimam que o país tenha até 200 bombas atômicas, produzidas com a ajuda de países como Estados Unidos, França e África do Sul nas décadas de 1960 e 1970.

O fórum desta segunda-feira surgiu de uma resolução adotada pela Conferência Geral da AIEA em 2000, que fez um apelo a uma reunião desse tipo. No entanto, até o momento, as condições na região tornaram impossível a convocação desse encontro.

Não haverá um documento final do fórum, mas seu presidente, o embaixador norueguês na AIEA, Jan Petersen, apresentará amanhã um sumário dos debates realizados.

O encontro pretende criar as condições necessárias para realizar uma conferência de alto nível sobre o mesmo assunto, prevista para 2012 na Finlândia, da qual só participarão os países do Oriente Médio.

Fonte: EFE
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Itamaraty analisa relatório da AIEA sobre Irã

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O governo brasileiro reagiu com cautela à divulgação dos dados do relatório da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, um órgão da ONU) sobre o programa nuclear iraniano. O Itamaraty ainda está analisando o documento, que revela ter identificado no Irã "atividade específica para desenvolver armas nucleares", e disse que só se pronunciará sobre o seu conteúdo após declaração oficial da agência sobre o texto.

O novo relatório, de 25 páginas, foi entregue aos países-membros da agência nesta terça-feira, e vazou à imprensa internacional logo depois.

Segundo o porta-voz do chanceler Antonio Patriota, Tovar Nunes, no entanto, o Brasil estaria "pronto para contribuir, como esteve no passado, em um diálogo sobre a utilização pacífica de energia nuclear pelo Irã".

"Achamos necessário criar um ambiente em que o Irã se sinta também apoiado pela comunidade internacional", disse Nunes.

Em maio de 2010, Brasil e a Turquia negociaram com o Irã a Declaração de Teerã, que previa o enriquecimento do material nuclear iraniano no exterior em troca de combustível para um reator nuclear de pesquisa no país. O acordo foi ignorado pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que acabou por adotar mais uma rodada de sanções contra Teerã.

SANÇÕES DOS EUA

Em reação à divulgação do relatório, os Estados Unidos anunciaram que podem aumentar o escopo das sanções contra o país, atualmente focadas nos setores de gás e petróleo.

"Eu acho que veremos um aumento das sanções bilaterais", disse uma autoridade americana sob condição de anonimato.

"Do nosso lado, queremos realmente fechar qualquer lacuna que possa existir", acrescentou, deixando claro que Washington pode fazer mais para realmente estrangular as atividades de exportação de gás e petróleo iranianos.

No entanto, punições ao Banco Central iraniano não estão sendo discutidas, informou a fonte.

O aguardado relatório indica que o Irã trabalhou de forma estruturada para a produção de tecnologia nuclear, possivelmente com o intuito "específico" de fabricar armas atômicas e que ainda pode estar desenvolvendo este tipo de armamento.

Fonte: Folha
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Rússia diz que relatório da ONU sobre Irã virou "fonte de tensões"

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A Rússia considerou nesta terça-feira que a publicação nas últimas semanas de conclusões do relatório da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) sobre o programa nuclear iraniano alimentou "tensões" entre as grandes potências e Teerã, em um comunicado no Ministério de Relações Exteriores.

"Moscou está muito decepcionada porque o relatório da AIEA sobre o Irã está se transformando em uma fonte que soma tensões aos problemas relacionados ao programa nuclear iraniano", afirmou o Ministério de Relações Exteriores em comunicado.

A Rússia, que afirmou em seu comunicado não ter "recebido o texto completo do relatório", se questiona sobre "a capacidade" da agência de "garantir a confidencialidade" de seus documentos.

Há várias semanas, diplomatas ocidentais afirmaram na imprensa que o relatório faz eco às suspeitas sobre as ambições militares do programa nuclear iraniano, o que Teerã sempre desmentiu.

O presidente israelense, Shimon Peres, havia advertido no domingo que "a possibilidade de um ataque militar contra o Irã" --adversário de Israel-- estava mais próxima que uma opção diplomática.

Nesta terça-feira, em um relatório confidencial ao qual a AFP teve acesso, a AIEA expressa "sérias preocupações sobre uma possível dimensão militar do programa nuclear iraniano", baseando-se em informações "confiáveis".

A Rússia afirmou que a publicação das conclusões desse documento leva dificuldades aos esforços diplomáticos.

"Temos nossas dúvidas sobre a justificativa das medidas vinculadas à ampla publicação do conteúdo do relatório", descatou o Ministério de Relações Exteriores, considerando que o princípio sobre o tema iraniano devia ser "não causar prejuízos".

Washington e seus aliados ocidentais não ocultaram sua intenção de utilizar o relatório da AIEA para endurecer suas sanções individuais contra o Irã e tentar convencer Moscou e Pequim, até agora reticentes, a reforçar as adotadas pela ONU desde 2007.


Fonte: France Presse
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Irã trabalhou para fabricar armas nucleares, diz relatório da ONU

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Um aguardado relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU) indica que o Irã trabalhou de forma estruturada para a produção de tecnologia nuclear, possivelmente com o intuito "específico" de fabricar armas atômicas e que ainda pode estar desenvolvendo este tipo de armamento.

O relatório vê indícios "preocupantes" de que Teerã ainda possa estar desenvolvendo as tecnologias necessárias para a fabricação de armas atômicas, mas diz que tem informações suficientes sobre um "programa estruturado" somente até 2003.

Além disso, a República Islâmica recebeu ajuda de um cientista russo no desenvolvimento de tecnologias no setor, informa o relatório. Em reação, a Rússia diz que o documento da AIEA "não acrescenta nada novo" e que já havia alertado a comunidade internacional sobre o possível envolvimento do especialista no programa nuclear iraniano.

Embora não afirme categoricamente que Teerã já possua a bomba nuclear, o relatório das Nações Unidas afirma repetidamente que o país vem dominando cada vez mais a tecnologia para a fabricação deste tipo de armamento.

Em sua análise, o organismo das Nações Unidas deixa claro que há informações "críveis" que indicam que o
"Irã pôs em prática atividades destinadas ao desenvolvimento de um dispositivo explosivo nuclear".

Em sua primeira reação, o governo americano afirmou que "ainda é muito cedo para avaliar" os dados contidos no relatório e que precisa estudar melhor as revelações.

A AIEA avalia que os resultados do relatório causam "sérias preocupações" quanto a "uma possível dimensão militar" do programa nuclear iraniano.

AHMADINEJAD

Mais, cedo, horas antes da divulgação do relatório, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse que o país não precisa da bomba atômica para enfrentar Washington e seus aliados.

"Os Estados Unidos, que possuem 5.000 bombas atômicas, nos acusam sem pudor de fabricar a bomba atômica, mas devem saber que para cortar a mão que estenderam sobre o mundo não vamos precisar da bomba atômica", disse Ahmadinejad, citado pela rede de TV estatal.

"Podemos alcançar nossos objetivos usando o pensamento, a cultura e a lógica", acrescentou o presidente iraniano durante uma cerimônia em Teerã, ao acusar os Estados Unidos de saquear as riquezas dos povos e de humilhá-los.

"Se os Estados Unidos querem fazer frente à nação iraniana, vão se arrepender com a nossa resposta" porque "nunca retrocederemos", acrescentou.

O chanceler iraniano, Ali Akbar Salehi, afirmou, durante coletiva de imprensa sobre o esperado relatório da AIEA, que o programa nuclear do país virou um problema político, mas que "não existe nenhuma prova séria de que o Irã esteja fabricando uma bomba nuclear".

Fonte: Folha
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Irã perto da capacidade nuclear, diz AIEA

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Informações fornecidas por agentes de inteligência da ONU mostram que o governo do Irã dominou as etapas críticas necessárias para construir uma arma nuclear e recebe assistência de cientistas estrangeiros para superar questões técnicas, de acordo com informações de diplomatas ocidentais e especialistas nucleares.

Documentos e outros registros fornecem novos detalhes sobre o papel desempenhado por um cientista da antiga União Soviética que supostamente tem sido tutelado pelos iranianos durante vários anos para a construção de detonadores de alta precisão do tipo utilizado para desencadear uma reação nuclear em cadeia, segundo especialistas. A tecnologia crucial ao desenvolvimento tem sido ligada a especialistas do Paquistão e Coréia do Norte que tem ajudado a impulsionar a capacitação nuclear do Irã, acrescentaram.

Os funcionários, citando serviços secretos conjuntos à Agência Internacional de Energia Atômica, disse que os registros reforçam a preocupação de que o Irã continuou a conduzir pesquisas relacionadas com armas depois de 2003 quando agências de inteligência dos EUA acreditavam que os líderes iranianos cessaram tais pesquisas em resposta as pressões domésticas e internacionais.

A agência nuclear da ONU deve lançar um relatório esta semana divulgando suas conclusões sobre os esforços do Irã em obter tecnologia nuclear sensível. Teme-se que o Irã possa rapidamente construir uma bomba atômica se persistir a retórica anti-Irã e as novas ameaças de ataques militares por parte de Israel. Alguns grupos do controle de armas nos EUA têm advertido contra o que eles temem ser uma reação exagerada com o relatório, dizendo que ainda há tempo para persuadir o Irã a mudar seu comportamento.

Autoridades iranianas expressaram indiferença sobre o relatório.

"Deixe-os publicar e ver o que acontece", disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi neste sábado.

Salehi disse que a controvérsia sobre o programa nuclear do Irã é "100% política" e que a AIEA esta "sob a pressão de potências estrangeiras."

"Nunca realmente parou”

Embora a AIEA critique o Irã por anos para esclarecimento sobre uma série de armas, aparentemente relacionadas com projetos científicos, as novas divulgações preenchem os contornos de um programa de pesquisa aparente secreto para algo mais ambicioso, mais organizado e mais bem sucedidos do que comumente se suspeita. Desde o começo da última década e aparentemente retomando, embora em ritmo mais comedido, após uma pausa em 2003, os cientistas iranianos trabalharam simultaneamente em várias disciplinas para obter competências-chave necessárias para fazer e testar uma arma nuclear que poderia caber dentro dos mísseis de médio e longo alcance do país, disse David Albright, um ex-inspetor de armas da ONU, que analisou os arquivos de inteligência.

"O programa nunca parou", disse Albright, presidente do Instituto de Washington para a Ciência e a Segurança Internacional. O instituto realiza amplamente análises independentes de programas nucleares em países ao redor do mundo, muitas vezes a partir de dados da AIEA.

"Depois de 2003, o dinheiro foi disponibilizado para pesquisas em áreas que se assimilam com o trabalho em armas nucleares, mas estavam escondidas dentro das instituições civis", disse Albright.

Fonte: The Washington Post
Tradução e adaptação: GeoPolítica Brasil
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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Relatório da AIEA deve apontar que Irã produz armas nucleares

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O relatório que a AIEA (Agência Internacional de Energia Nuclear da ONU) deve divulgar sobre o programa nuclear do Irã na próxima semana deverá apontar provas de que o país desenvolve armas nucleares, segundo fontes citadas nesta quinta-feira pelo jornal "Telegraph".

De acordo com fontes diplomáticas citadas pelo jornal, a agência tem evidências substanciais --baseadas em relatórios de inteligência, entrevistas com cientistas iranianos e inspeções locais-- de que o Irã está desenvolvendo armas nucleares paralelamente aos programas de produção de energia.

Ainda segundo as fontes do "Telegraph", o diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, não deve fazer uma conclusão definitiva de que o Irã está produzindo armas nucleares, mas "os fatos deixarão qualquer outra conclusão implausível".

Nesta quinta-feira, o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que ele e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, concordaram durante negociações a sobre a necessidade de manter a pressão sobre o Irã por conta de seu programa nuclear.

"Tivemos a oportunidade de conversar sobre uma série de questões de segurança", disse Obama a jornalistas após reunião com Sarkozy antes da cúpula do G20, que será realizada na cidade francesa de Cannes.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, afirmou nesta quinta-feira que seu país está preparado para o pior e advertiu os Estados Unidos sobre os riscos de um confronto com Teerã.

"Lamentavelmente, os EUA perderam toda a sabedoria e prudência em termos de como abordar as questões internacionais", disse. "Eles perderam toda a racionalidade, nós estamos preparados para o pior, mas esperamos que eles pensem duas vezes antes de seguir para um confronto com o Irã".

Os EUA e outras potências ocidentais suspeitam que o Irã deseja fabricar armas nucleares, mas Teerã nega e afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos.

AMEAÇA DE INTERVENÇÃO

O secretário-geral da Otan, a aliança militar do Ocidente, Anders Fogh Rasmussen, pediu nesta quinta-feira que o Irã pare com seu programa de enriquecimento de urânio e descartou qualquer possibilidade da aliança participar de um ataque contra o país.

Segundo meios de comunicação britânicos, tanto Washington como Londres estariam planejando uma possível ação militar pela preocupação crescente com as atividades nucleares de Teerã.

O secretário-geral disse nesta quinta-feira que a organização apoia "os esforços internacionais para buscar soluções políticas e diplomáticas ao problema do Irã" e pediu aos líderes iranianos que "cumpram as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e interrompam o programa de enriquecimento".

Nos últimos dias, também aumentaram as especulações em Israel sobre um possível ataque militar contra o programa nuclear iraniano, depois que vários jornais informaram que o assunto está sendo discutido pelo governo israelense.

Israel considera o desenvolvimento atômico iraniano como uma de suas maiores ameaças e um elemento desestabilizador de toda a região.

Segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 41% dos israelenses são a favor que seu país ataque o Irã, enquanto 39% estão contra e 20% não sabem responder.

Fonte: Folha
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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Laércio Antonio Vinhas é o novo representante do Brasil na AIEA

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Com mais de 20 anos de experiência na área nuclear e atuação junto à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e ao Itamaraty, o atual diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Laércio Antonio Vinhas, foi sabatinado pelo Senado Federal para ser o representante permanente do Brasil na AIEA, em Viena. O nome foi encaminhado pela presidente Dilma Rousseff. Laércio conversou com o “Atividades Nucleares” sobre a missão no órgão e suas previsões para o cenário nuclear no Brasil e no mundo após o acidente ocorrido em Fukushima.

Atividades Nucleares: O senhor atuou junto à AIEA desde 1993. Como isso contribuiu para sua indicação pela presidente Dilma Rousseff para o cargo de representante permanente do Brasil na AIEA, em Viena?

Laércio Antonio Vinhas: Minha participação em cerca de 40 Juntas de Governadores e 15 Conferências Gerais da AIEA, como membro da Delegação Brasileira a esses eventos, e minha participação em mais de 100 reuniões técnicas nas áreas de cooperação técnica, salvaguardas e segurança nuclear, permitiram-me adquirir um grande conhecimento da Agência. Por outro lado, desenvolvi toda minha carreira profissional na Cnen, o que me possibilitou conhecer toda área nuclear no Brasil.

AN: Quais são os seus objetivos neste cargo?
Vinhas: Manter e, se possível, ampliar a posição de destaque e o alto conceito de que o Brasil goza na AIEA e entre seus Estados Membros. Além de defender as posições do estado brasileiro quanto ao direito das nações à pesquisa no campo nuclear e ao uso pacífico da energia nuclear. Nesse sentido, vamos continuar os esforços para a entrada em vigor do Tratado de Banimento Completo dos Testes Nucleares, que contribuirá para o desarmamento nuclear.

AN: Como funciona os órgãos que você integra?

Vinhas: Um é a Comissão de Padrões de Segurança, que aprova tecnicamente os Padrões e Guias da AIEA na área de segurança nuclear antes destes serem submetidos ao Diretor Geral e à Junta de Governadores. O outro é o Grupo Internacional de Segurança Nuclear (Insag), formado por 19 peritos, tem como objetivo emitir recomendações e orientações abalizadas sobre estratégias, políticas e princípios em segurança nuclear. As recomendações e orientações do Insag são, em geral, acatadas pela AIEA, pela comunidade nuclear e pelo público.

AN: Como o Brasil atua na AIEA?
Vinhas: O Brasil é um dos países fundadores da AIEA e desde o início participa da Junta de Governadores, constituída por 35 países. A Junta é equivalente ao Conselho de Segurança na ONU, sendo que não há países com direito a veto. Há representantes do País em todos os comitês, comissões e grupos técnicos da Agência nas mais variadas áreas. O Brasil tem apoiado fortemente o programa de Cooperação Técnica da AIEA, cujo papel é facilitar o acesso dos países menos desenvolvidos a centros de excelência mundial nas diversas áreas de aplicações de técnicas nucleares.

AN: A energia nuclear é a segunda maior fonte de geração do Brasil. Angra 3 está sendo construída. Para o senhor, como ficará este cenário no país?

Vinhas: A matriz elétrica brasileira deve ser diversificada, sendo sempre necessária um componente térmico na geração elétrica.

Dentre as térmicas, a geração nucleoelétrica, por suas características, mostra-se promissora e deverá responder por cerca de 5% da geração de energia elétrica.

AN: Em 2007, o senhor passou a fazer parte da Comissão de Padrões de Segurança Nuclear da AIEA. Após o acidente em Fukushima, todos os países que operam centrais nucleares repensaram a questão da segurança. Como você analisa essas modificações no Brasil?

Vinhas: Embora as usinas brasileiras sejam seguras e operem de modo seguro, logo após o acidente de Fukushima, a Cnen determinou que a Eletronuclear realizasse estudo sobre as condições de segurança de Angra 1 e Angra 2, principalmente, quanto ao impacto de eventos naturais extremos como sismos, ventos fortes, tornados, inundação e desmoronamento das encostas nos sistemas de segurança das usinas. A Cnen determinou também que a Eletronuclear realizasse os chamados testes de estresse para verificar as margens de segurança. Esses estudos serviram de base para o programa de melhorias que está sendo elaborado pela Eletronuclear e deverá ser submetido à Comissão.

Fonte: Atividades Nucleares
Sugestão: Marcelo Toledo

Nota do Blog: Durante o Energy Summit 2011, nosso editor teve o prazer de conhecer o nosso representante na AIEA, onde houve a oportunidade de participar com alguns questionamentos e intervenções no Painel sobre a energi nuclear.
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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Irã não enriquecerá urânio se receber combustível nuclear, diz Ahmadinejad

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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, assegurou que seu país deixará de enriquecer urânio a 20% se receber combustível nuclear para suas instalações médicas e elétricas.

Em entrevista à emissora de televisão pública, Ahmadinejad repetiu a oferta feita recentemente durante sua passagem por Nova York para assistir à Assembleia Geral da ONU, e criticou a instalação, por parte da Otan, de um escudo antimísseis na Turquia.

"Afirmam que o Irã, ao enriquecer urânio a 20%, segue um programa para construir bombas atômicas, mas com a resposta de que estamos prontos para cessar o enriquecimento se recebermos urânio enriquecido para o reator médico de Teerã as acusações ficam sem fundamento", disse Ahmadinejad.

O líder iraniano precisou que o programa nuclear de seu país pretende gerar 20 mil megawatts de eletricidade nos próximos 15 anos, além de contribuir para os setores industrial, agrícola, médico e científico, mas não tem fins militares.

A única usina nuclear do Irã, situada em Bushehr, às margens do Golfo Pérsico, tem capacidade para gerar 1 mil megawatts e, embora tenha sido conectada à rede elétrica nacional no mês passado, ainda opera com parte de sua potência.

O Conselho de segurança da ONU impôs quatro pacotes de sanções ao Irã por seu programa nuclear, que alguns países, com os Estados Unidos à frente, consideram que tem fins militares, embora Teerã reitere que só tem objetivos civis.

Na entrevista, Ahmadinejad também criticou o sistema de radares antimísseis que a Otan instalará na Turquia, após a assinatura de um acordo entre Washington e Ancara, e disse que seu objetivo é defender o Estado de Israel.

Ahmadinejad também voltou a exigir a retirada dos navios de guerra americanos do Golfo Pérsico e assegurou que os próprios países da região são capazes de estabelecer a segurança na área.

Fonte: EFE
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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Irã não quer bomba nuclear, insiste Ahmadinejad

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O Irã não pretende produzir bombas atômicas, e seu programa nuclear se destina a fins puramente pacíficos, disse o presidente Mahmoud Ahmadinejad em entrevista na quarta-feira ao canal Euronews.

"Quando dizemos que não queremos produzir uma bomba atômica, isso quer dizer que realmente não queremos produzir uma bomba atômica", disse Ahmadinejad, reiterando a tradicional posição iraniana sobre o tema. "Se alguém está procurando uma bomba atômica hoje em dia, é louco."

Os EUA e seus aliados acusam o Irã de tentar desenvolver artefatos nucleares, e a França em 19 de julho criticou Teerã por instalar novas máquinas de enriquecimento de urânio.

O Irã diz que pretende com essas máquinas obter urânio com 20 por cento de pureza, para alimentar reatores médicos. Mas o Ocidente e Israel temem que o país refine o material até o grau necessário para o uso militar acima de 90 por cento.

"A produção de urânio com enriquecimento a 20 por cento é para uso totalmente pacífico", insistiu Ahmadinejad na entrevista transmitida ao vivo e traduzida para o francês.

Fonte: Reuters
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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ahmadinejad afirma que Irã não pretende fabricar armas nucleares

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O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, insistiu nesta quinta-feira que seu país não pretende fabricar armas nucleares e acrescentou que se o Irã quisesse bombas, não temeria em anunciar essa intenção.

Segundo a agência oficial iraniana "Irna", Ahmadinejad destacou que o Irã já deu um passo para se aproximar da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). "Vocês devem dar um passo e nós daremos outro", afirmou à AIEA Ahmadinejad, cujo país anunciou esta semana que começou a instalar uma nova geração de centrífugas para enriquecer urânio a 20%.

O presidente do Irã, além disso, negou que seus mísseis representem uma ameaça para a Rússia ou demais países europeus. "Temos relações cordiais com essas nações", comentou.

No último dia 13 de julho, o ministro russo de Exteriores, Serguei Lavrov, propôs uma aproximação "passo a passo" entre o Irã e a AIEA para tratar a questão do programa nuclear iraniano. Os iranianos repetiram que cumprem suas obrigações perante à AIEA, ao informar seus avanços no campo nuclear, mas a própria organização pediu mais transparência e colaboração.

Grande parte da comunidade internacional, com os Estados Unidos à frente, acusa o Irã de ocultar, sob seu programa nuclear civil, outro plano com aplicações bélicas cujo objetivo seria fabricar armas atômicas, uma acusação que Teerã rejeita.

O regime iraniano descartou uma proposta de Rússia, Estados Unidos e Reino Unido para enviar seu urânio a 3% ao exterior para que seja devolvido enriquecido a 20% em quantidade suficiente para manter seu programa nuclear civil.

O Irã foi submetido a um embargo internacional de armas no início dos anos 1980, mas desenvolveu um programa bélico próprio que inclui mísseis de médio alcance, supostamente capazes de chegar a Israel e a bases dos EUA no Oriente Médio, países que considera seus maiores inimigos.

O Conselho de Segurança da ONU já aprovou diversas sanções ao Irã por conta de seu programa nuclear.

Fonte: EFE
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sábado, 9 de julho de 2011

Energia nuclear será segura em até dois anos, diz chefe da AIEA

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A energia nuclear poderá ser considerada novamente essencial para o desenvolvimento e segura em um ou dois anos, após a catástrofe de Fukushima, declarou nesta sexta-feira, em Buenos Aires, o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano.



"A energia nuclear seguirá sendo essencial para o desenvolvimento em um entorno mais seguro", afirmou Amano.



O funcionário foi consultado na capital argentina sobre as lições deixadas pelo grave acidente da central japonesa em março. Amano está em Buenos Aires para participar de um ato para celebrar o 20º aniversário da Agência Brasil-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC).



"O que ficou de lição é que a prioridade é a segurança. Que todos os países aprendam que é preciso cooperar na ampliação da segurança", insistiu.



Amano recordou que a AIEA enviou uma comissão ao Japão devido ao acidente ocorrido no dia 11 de março, depois de um tsunami provocado por um terremoto afetar as instalações da central de Fukushima Daiichi.



O objetivo da missão foi "obter um informe claro e poder aprender com esta lição, que não implica em um passo atrás na energia atômica, mas sim em avançar com um conjunto de novas seguranças", disse. Fukushima, que foi a mais grave crise nuclear desde a catástrofe de Thernobil, na Ucrânia, em 1986, colocou em dúvida a segurança em todas as usinas do planeta.


Além do diretor da AIEA, também viajaram a Buenos Aires os chanceleres da Argentina, Héctor Timerman, e do Brasil, Antonio Patriota.


Fonte: France Presse
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terça-feira, 21 de junho de 2011

Agência atômica da ONU defende maior fiscalização de usinas

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O diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, ligada às Nações Unidas), Yukia Amano, propôs na segunda-feira a adoção de um sistema internacional de fiscalização de reatores no mundo todo, o que poderia contribuir para que não se repita uma crise como a de Fukushima, no Japão.

A ideia, no entanto, deve enfrentar resistência por parte de países preocupados com ingerências externas.

"A confiança pública na segurança da energia nuclear foi seriamente abalada", disse Amano em discurso aos ministros e reguladores da agência da ONU (Organização das Nações Unidas).

"É imperativo que as medidas de segurança mais estritas sejam implementadas em todos os lugares (...). Países com energia nuclear deveriam concordar com avaliações sistemáticas e periódicas por parte de seus pares na AIEA."

Ao abrir a reunião ministerial, Amano exortou os países a efetuarem avaliações de risco em suas usinas atômicas no prazo de 18 meses. A reunião mais tarde adotou uma declaração comprometendo-se a melhorar a segurança nuclear após o acidente em Fukushima.

Amano disse que 10% dos 440 reatores do mundo podem ser verificados de forma aleatória durante um período de três anos, e sugeriu que as empresas de energia deveriam ajudar a pagar a conta.

Ele disse que continuaria cabendo aos governos nacionais a responsabilidade principal de avaliar se os seus reatores poderiam suportar vários cenários de crise. Mas ele também deixou claro que deseja um papel maior para a AIEA.

Suas propostas --que visam a garantir que as usinas nucleares possam resistir a eventos extremos, como o terremoto e tsunami que danificaram Fukushima-- devem causar polêmica junto a governos que desejam manter a questão de segurança rigidamente no âmbito nacional.

"Ele (Amano) fez uma declaração muito ousada, propostas ousadas", afirmou a jornalistas o brasileiro Antônio Guerreiro, presidente da conferência.

"Tenho certeza que ele sabia de antemão que algumas das propostas concretas que ele fez seriam recebidas com alguma relutância por parte de alguns Estados membros."

A crise do Japão levou a uma revisão global da política energética. A Alemanha decidiu fechar todos os seus reatores até 2022, e os italianos votaram por proibir a energia atômica nas próximas décadas.

A Rússia quer tornar obrigatórios os padrões de segurança da AIEA, enquanto a França também defende medidas globais mais rígidas. Mas muitos outros países estão céticos, destacando o papel das autoridades nacionais.

"Vemos que alguns países, por razões de soberania, estão receosos de irem mais longe em termos de reforçar os poderes da AIEA", disse a ministra francesa da Ecologia, Nathalie Kosciusko-Morizet.

Atualmente não existem normas internacionais obrigatórias de segurança nuclear --apenas recomendações da AIEA, por cuja execução as autoridades reguladoras nacionais são responsáveis. A agência da ONU realiza missões de avaliação, mas apenas a convite de um Estado membro.

Amano não deu detalhes de como as avaliações internacionais seriam realizadas.

Normalmente, os especialistas falam em "testes de estresse", com simulações teóricas e práticas de como os sistemas de uma usina responderiam a várias situações extremas, tais como terremotos.

Fonte: Reuters
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sexta-feira, 10 de junho de 2011

AIEA envia Síria ao Conselho de Segurança por atividade nuclear

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A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou nesta quinta-feira uma resolução que prevê o envio da Síria que é suspeita de desenvolver atividades nucleares ilegais ao Conselho de Segurança da ONU, informaram fontes diplomáticas.

Durante uma reunião fechada, 17 dos 35 membros do Conselho de Diretores da agência aprovaram a resolução apresentada pelos Estados Unidos, e apenas seis votaram contra, disseram os diplomatas.

China e Rússia são dois dos países que rejeitaram a resolução.

Onze países se abstiveram e um estava ausente durante a votação, de acordo com as mesmas fontes.

Os americanos preparam uma resolução contra a Síria, julgando que o país "falhou nas obrigações" relativas aos acordos de garantias da AIEA.

Em eum relatório recente, a agência afirmou pela primeira vez desde o começo da investigação há três anos que a área de Dair Alzour (Al Kibar) na Síria, destruída pela aviação israelense em setembro de 2007, era "muito provavelmente" um reator nuclear, o que Damasco sempre negou.

O número de sírios refugiados na Turquia chega próximo de 2.500, segundo o ministro de Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu.

O ministro, que participa em Abu Dhabi da reunião do grupo de contato sobre a Líbia, calcula que o país já recebeu 2 mil refugiados sírios que tentam escapar da onda de revoltas no país.

Dada a situação na Síria, o governo turco decidiu criar novos campos de refugiados por causa da previsão de novas chegadas.

O campo Meia Lua Vermelha, em Yayladagi, fronteira entre a Síria e a Turquia, tem capacidade para 3.500 pessoas. Os refugiados que chegaram nesta quarta e nesta quinta-feira foram levados para lá. Ambulâncias também foram acionadas para o caso de chegarem feridos.

FRONTEIRA

Depois de receber cerca de 150 refugiados em apenas 24 horas entre terça e quarta-feira, o governo da Turquia garantiu que não fechará sua fronteira aos sírios que fogem da repressão em seu país.

"Neste momento, não há dúvidas de que a fronteira ficará aberta para os refugiados da Síria", afirmou o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, que pediu ainda ao ditador sírio, Bashar al Assad, que cumpra com as reformas esperadas pela população.

"Nossa inquietude só aumenta", disse Erdogan à imprensa, ao referir-se à situação no país vizinho. "Espero que o regime sírio dê passos urgentes a favor das reformas que tanto pede a população civil."

As declarações de Erdogan vieram após a chegada de um novo grupo com 122 refugiados da Síria, a maioria mulheres e crianças, a uma região do sul da Turquia. A Turquia e a Síria dividem uma fronteira de mais de 800 km.

O ministro turco de Relações Exteriores expressou, no entanto, preocupação com o fato do país ser invadido por um grande fluxo de refugiados sírios o que "não seria desejável".

Kemal Dagistanli, prefeito de Yayladagi, disse que a cidade já tem 250 sírios em um acampamento para refugiados, "e seguem chegando grupos". "Nosso maior temor é que vá chegando mais gente se não houver uma reconciliação na Síria", disse.

Os sírios que conseguiram cruzar a fronteira contam que temem sofrer represálias do regime de Assad, que está reprimindo com brutalidade as revoltas populares que já têm o saldo de mais de mil mortos.

A maioria dos refugiados procede de Jisr Al Shugur, que desde o sábado é palco de operações do Exército sírio. Na segunda-feira, as autoridades do país afirmaram que 120 policiais foram mortos na cidade por grupos armados.

Fonte: France Presse
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terça-feira, 15 de março de 2011

Japão após terremoto seguido de tsunami fica a beira de um desastre nuclear

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As autoridades do Japão alertaram sobre o aumento dos níveis de radiação após a explosão e o incêndio ocorridos na manhã desta terça-feira na usina nuclear de Fukushima.

Segundo a agência "Kyodo", a radiação foi até 33 vezes superior ao limite legal em Utsunomiya, capital da província de Tochigi, ao norte de Tóquio, e também se mediu radiação nove vezes acima do normal em Kanagawa, ao sul da capital japonesa.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, indicou que os níveis de radiação se elevaram significativamente após os incidentes ocorridos nesta terça-feira em Fukushima, onde quatro reatores já sofreram avarias.

Kan pediu a todas as pessoas que vivem em um perímetro de 30 quilômetros ao redor da usina que não saiam de suas casas, não abram as janelas e evitem ligar os aparelhos de ar-condicionado.

O Ministério de Transportes estabeleceu uma zona de exclusão aérea dentro da área classificada como de risco em Fukushima, onde uma explosão ao amanhecer atingiu o invólucro secundário do reator número 2 e um incêndio foi registrado no edifício do reator 4.

Yukio Edano, o porta-voz do Governo, assinalou que o nível de radiação chegou a 100 vezes acima do limite normal no reator número 4, enquanto no reator número 3 o índice foi até 400 vezes superior.

Edano disse que os níveis podem se tornar prejudiciais à saúde humana se seguirem aumentando.

Apenas 50 dos 800 trabalhadores de Fukushima permanecem na usina, que evacuou o restante pelo risco de contaminação nuclear após o terremoto de 9 graus.

A empresa operadora da central, a Tokyo Electric Power (Tepco), reconheceu que não descarta fusões parciais do núcleo dos reatores 1, 2 e 3, pois o 4 não estava em funcionamento no momento das chamas.

Kan solicitou que os cidadãos japoneses mantenham a calma diante da série de acidentes em Fukushima, que deixaram o mundo alarmado pelo temor de uma emergência nuclear.

No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) assegurou que eram limitadas as radiações emitidas desde Fukushima até então.


Nova explosão atinge reator de usina abalada por tremor no Japão

Uma nova explosão foi ouvida na terça-feira (horário local) na usina nuclear japonesa que foi abalada pelo recente terremoto, afirmou a agência de segurança nuclear do país.

As autoridades do complexo Fukushima Daiichi, danificada na sexta-feira depois do terremoto seguido de tsunami, estão tentando evitar o colapso de todos os três reatores nucleares da usina.

Já foram registradas duas explosões que arrancaram algumas telhas da instalação, mas sem danificar os vasos do reator, disseram autoridades. Não havia informação imediata sobre danos após a terceira explosão.

A agência de notícias Jiji citou o ministro do Comércio dizendo que após a explosão a radiação continuava em nível baixo.

Ainda, segundo a agência de segurança nuclear japonesa, a explosão ocorrida no reator número 2 foi causada por hidrogênio.


Combustão de hidrogênio causa incêndio no edifício do reator 4 de Fukushima

Um incêndio está ocorrendo nesta terça-feira no edifício que abriga o reator número 4 da usina nuclear de Fukushima devido a uma combustão de hidrogênio, segundo informou o Governo japonês.

O novo incidente se soma aos problemas que já foram registrados nos reatores 1, 2 e 3 da usina número 1 de Fukushima, onde desde sábado houve três explosões devido ao devastador terremoto que atingiu o Japão na sexta-feira.

Segundo o porta-voz do Governo japonês, Yukio Edano, o incêndio que ameaça o reator número 4 segue ativo e as equipes da usina nuclear estão tentando controlá-lo.

Edano informou que o fogo se registra no quarto andar do edifício que abriga o reator número 4 e que alguns objetos caíram à estrutura do reator, que não se encontrava em funcionamento.

Pouco antes, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, reconheceu que aumenta a chance de vazamentos radioativos na usina Daiichi, enquanto a empresa operadora, a Tokyo Electric Power (Tepco), não descarta fusões do núcleo dos reatores devido ao superaquecimento.

Segundo Edano, o nível de radiação na região do reator número 4 supera 100 vezes o limite legal permitido, enquanto no reator número 3 o número já é 400 vezes superior ao teto recomendado.

Na usina nuclear número 1, só restam 50 trabalhadores, depois que o restante dos empregados, cerca de 800, foi evacuado. O Governo, por sua vez, pediu aos habitantes em um perímetro entre 20 e 30 quilômetros ao redor da central que permaneçam em suas casas e fechem as janelas.

Foi registrada na manhã desta terça-feira uma explosão na estrutura que protege o reator número 2 de Daiichi, a terceira desde o sábado.

As outras explosões ocorreram nos invólucros secundários dos reatores número 1, no sábado, e do número 3, no domingo, sem que, segundo o Governo japonês, seus núcleos tenham sido afetados.

O primeiro-ministro pediu calma à população japonesa diante dos crescentes problemas na usina de Fukushima, que alarmaram o mundo pelo temor de uma emergência nuclear.

Na segunda-feira, no entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, a agência nuclear da ONU) enviou uma mensagem de tranquilidade, ao assinalar que eram limitadas as radiações emitidas desde Fukushima até então.

Fonte: Reuters / EFE
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quarta-feira, 2 de março de 2011

Inspetores nucleares da ONU visitarão usina na Síria, diz fonte

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A Síria concordou em permitir que inspetores nucleares da Organização das Nações Unidas (ONU) entrem em uma usina onde é produzido material com urânio, disse uma fonte diplomática. Washington afirmou, porém, que a iniciativa de pouco valeria para responder às acusações de atividade nuclear sigilosa.

Familiar com a investigação da ONU sobre as informações da inteligência dos EUA sugerindo que a Síria tentou construir um reator capaz de produzir plutônio para bombas atômicas, a fonte disse que autoridades da Síria e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) concordaram com a visita numa reunião esta semana.

A fonte da AIEA disse na quarta-feira que os dois lados marcaram uma data e definiram um programa para a viagem à usina de purificação de ácido de Homs, que gera como subproduto concentrados de urânio ou óxido de urânio. A fonte não forneceu detalhes.

A autorização para a entrada de inspetores apenas em Homs, no entanto, não seria suficiente para aplacar as preocupações do Ocidente com a Síria --que repetidas vezes negou as solicitações da AIEA para um acesso maior a um local deserto considerado crucial para resolver a questão.

Fonte: Reuters
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Síria ignora pedido da agência nuclear da ONU

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Um pedido da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) à Síria, para que o órgão tenha acesso imediato a um local onde suspeita-se que haja uma instalação nuclear, foi ignorado pelo governo do país, segundo afirmaram diplomatas.

Após mais de dois anos de impasse sobre a questão, a Síria pode ser alvo de intensa discussão durante a reunião do conselho de governadores da AIEA, marcada para o mês que vem. O conselho é formado por 35 integrantes.

Vários países podem até mesmo pressionar pela adoção de uma resolução contra Damasco ou talvez apresentar a ideia de uma "inspeção especial", uma medida raramente usada que permite que inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) peçam um acesso maior aos locais, afirmaram os diplomatas, em condição de anonimato. Se a Síria rejeitar esse pedido, pode ser citada no Conselho de Segurança da ONU.

A AIEA investiga desde 2008 as suspeitas de que a Síria estaria construindo um reator atômico não declarado numa distante área de deserto, chamada Dair Alzour. O local foi bombardeado por aviões israelenses em setembro de 2007.

A Síria concedeu aos inspetores da ONU um único acesso ao local em junho de 2008, mas nenhuma outra visita posterior foi permitida, nem a Dair Alzour nem a outros locais relacionados. Com base nessa visita, a AIEA já afirmou que o prédio tinha algumas das características de uma instalação nuclear.

O diretor da AIEA, Yukiya Amano, enviou uma carta ao Ministério de Relações Exteriores da Síria em 18 de novembro pedindo que o governo desse à agência acesso imediato a "informações e locações relevantes" ligadas à suposta instalação nuclear, um sinal, segundo os diplomatas, da crescente impaciência do órgão.

Fonte: Estadão
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