.jpg)
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) anunciou novos investimentos para impulsionar a Base Industrial de Defesa (BID) do Brasil, promovendo avanços na capacidade produtiva, tecnológica e industrial do setor. O anúncio ocorreu nesta quarta-feira (2), durante a 15ª edição da Laad Defence & Security, no Rio de Janeiro (RJ).
As medidas fazem parte do desdobramento do Acordo de Cooperação Técnica firmado entre a ABDI e a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), em 2024. Um dos principais passos dessa iniciativa é a contratação da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA/USP) para estruturar um sistema de monitoramento da BID. Esse sistema fornecerá análises quantitativas e qualitativas, permitindo a atualização contínua de dados sobre o setor.
A diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida, destacou a relevância da coleta e análise de dados para a formulação de políticas públicas eficazes, especialmente no setor de defesa. “A análise criteriosa de dados sobre cenários geopolíticos, capacidades tecnológicas e necessidades operacionais permite que os tomadores de decisão desenvolvam estratégias fundamentadas e alinhadas às prioridades nacionais. Isso reduz a margem de erro e otimiza o uso de recursos, direcionando esforços para áreas que realmente fortalecem a segurança e a soberania do país”, afirmou.
O professor Nelson Barizzelli, coordenador do projeto pela FIA/USP, reforçou o papel da pesquisa na modernização do setor de defesa. “Nosso objetivo é desenvolver trabalhos e pesquisas que possam ajudar aqueles que estão ligados à defesa no Brasil na utilização das técnicas mais modernas e utilizadas com sucesso no exterior”, explicou.
Banco de Offset e Transferência de Tecnologia
Outra importante medida anunciada pela ABDI foi a contratação do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) para estruturar um banco de offset ofertante para o Brasil. O mecanismo de offset tem um papel estratégico no fortalecimento da Base Industrial de Defesa, permitindo que a indústria nacional se beneficie da aquisição de tecnologias estrangeiras e reduza a dependência de fornecedores internacionais. Além disso, esse sistema fomenta a modernização das Forças Armadas por meio de acordos de transferência de tecnologia e inovação.
Fernando Rizzo, diretor-presidente do CGEE, ressaltou a relevância da parceria com a ABDI e a possibilidade de expansão para outros projetos no setor de defesa. “Acredito que temos todas as condições de ampliar essa parceria para outras iniciativas estratégicas”, afirmou.
Perpétua Almeida enfatizou que a ABDI tem atuado de forma cada vez mais próxima da indústria nacional e está alinhada às diretrizes da Nova Indústria Brasil (NIB), que estabelece a defesa como uma das prioridades do país. “Para o Brasil seguir soberano, precisa ter empresas fortes e desenvolver tecnologias. Nesse sentido, a ABDI está iniciando um diagnóstico detalhado para identificar onde podemos melhorar e como o Congresso e as instituições nacionais podem apoiar o fortalecimento da indústria de defesa”, finalizou.
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) tem a missão de promover a transformação digital dos negócios brasileiros, estimulando a adoção e difusão de novas tecnologias e modelos de negócios. A ABDI atua na interface entre governo e empresas, desenvolvendo políticas públicas e estratégias que impulsionam a competitividade e a produtividade da economia brasileira, com foco especial na economia sustentável e na indústria verde.
GBN Defense - A informação começa aqui
com FSB
.jpg)
.jpeg)
0 comentários:
Postar um comentário