A Arábia Saudita condenou as declarações do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que sugeriu que o reino saudita poderia ser usado para estabelecer um Estado palestino. Durante uma entrevista ao Canal 14 de Israel, no dia 6 de fevereiro, Netanyahu afirmou que os sauditas “têm muita terra” e poderiam criar um Estado palestino dentro de seu território. A sugestão gerou forte reação não apenas da Arábia Saudita, mas também de diversos países árabes e do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG).
O Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita respondeu às declarações no domingo (9), acusando Netanyahu de tentar "desviar a atenção" dos ataques israelenses contra Gaza e do que chamou de "limpeza étnica" em andamento. O governo saudita enfatizou que os palestinos têm direito às suas terras e não são “imigrantes” que podem ser deslocados conforme os interesses israelenses.
O secretário-geral do CCG, Jasem Mohamed Albudaiwi, também condenou as declarações, classificando-as como "perigosas e irresponsáveis", ressaltando que violam leis e tratados internacionais e desrespeitam a soberania dos Estados árabes. Outros países da região, como Catar, Jordânia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Iraque, também se posicionaram contra a proposta, reafirmando o compromisso com a causa palestina.
Polêmica Envolvendo os EUA
A polêmica ocorre em meio a debates sobre o futuro dos palestinos em Gaza, intensificados por uma sugestão polêmica do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Trump afirmou que os EUA poderiam "tomar conta" e "possuir" Gaza, reassentando os palestinos em outro local—a declaração foi amplamente condenada por líderes árabes, que classificaram a ideia como limpeza étnica.
Além disso, Trump alegou que a Arábia Saudita não exigiria a criação de um Estado palestino como pré-condição para normalizar laços com Israel. No entanto, Riad desmentiu repetidamente essa afirmação, deixando claro que qualquer acordo com Israel passa pelo reconhecimento dos direitos dos palestinos.
A declaração de Netanyahu e a reação saudita evidenciam o aumento da tensão entre Israel e os países árabes, especialmente no contexto do conflito em Gaza e das negociações diplomáticas no Oriente Médio.
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Com Agências de Notícias
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