O caça sueco Gripen, desenvolvido pela Saab, tem se consolidado como uma das aeronaves de combate mais avançadas da atualidade, especialmente em cenários de combate além do alcance visual (BVR). Um exemplo claro de sua superioridade foi demonstrado durante exercícios conjuntos entre a Força Aérea Real da Tailândia e a Força Aérea do Exército de Libertação Popular (PLAAF) da China. Nesse exercício, os Gripens tailandês obtiveram um impressionante sucesso, com 88% de suas vitórias ocorrendo na arena BVR, destacando suas capacidades em combates a longas distâncias.
O desempenho dos Gripens foi ainda mais notável no combate direto contra os Su-27 da PLAAF, com a Tailândia abatendo 41 aeronaves chinesas enquanto perdeu apenas 9 de seus Gripens. Esse resultado não só sublinha a superioridade do Gripen sobre aeronaves de gerações anteriores, como o Su-27. A eficiência do Gripen nos céus asiáticos não é apenas um feito isolado, mas um reflexo de seu design inovador e de sua avançada suíte aviônica e sistemas integrados, entregando uma capacidade ímpar.
A Vitória do Gripen Brasileiro na Cruzex
No Brasil, a Força Aérea Brasileira (FAB) tem demonstrado a excelência de suas aeronaves F-39E Gripen, recentemente incorporadas ao setor operativo como parte do programa F-X2. Durante a Cruzex, um dos mais importantes exercícios de combate aéreo da América Latina, os Gripens da FAB marcaram uma vitória emblemática ao derrotarem os F-15 dos Estados Unidos, um dos caças mais renomados e poderosos do mundo. Esse feito não só impressionou os pilotos norte-americanos, mas também refletiu a alta capacidade de manobra, precisão e o alto desempenho operacional da variante brasileira do Gripen, que já se destaca como a aeronave de combate mais avançada da América Latina.
A Necessidade da Expansão do Programa Gripen
O sucesso do Gripen no Brasil e em outras nações reforça a importância de um investimento contínuo e a expansão do programa com a aquisição de um maior número destas aeronaves. O primeiro lote, que prevê a entrega de 40 aeronaves (36 inicialmente prevista, com mais 4 posteriormente adicionadas), é apenas o começo. A FAB deve considerar a aquisição de lotes adicionais, de forma a garantir uma frota robusta e capaz de enfrentar os desafios futuros. Estima-se que o Brasil, dado seu tamanho, posição estratégica e necessidades, deveria contar com, no mínimo, 120 exemplares do Gripen, garantindo não só superioridade em termos de quantidade, mas também mantendo a qualidade e a inovação tecnológica que essa aeronave entrega.
Além disso, é crucial que a FAB amplie sua capacidade de combate, adquirindo um segundo tipo de aeronave que complemente os Gripens em diferentes cenários operacionais. O Brasil pode considerar opções como o italiano M-346, ou o indiano Tejas, o turco Hürjet que tem participação da brasileira AKAER em seu desenvolvimento, e dentre outras opções estariam ainda o sul-coreano KF-21 Boramae ou até mesmo exemplares do F-16. A combinação de caças multifuncionais modernos com diferentes características e capacidades, garantiria uma força aérea flexível, adaptável e plenamente capaz de proteger os interesses nacionais brasileiros. O cenário global não é dos melhores, e diante de um mundo que tem se mostrado volátil, preciso ter uma mentalidade estratégica e preventiva, agora é o momento para fortalecer e expandir nossas capacidade de defesa no Brasil, consolidando-se como uma potência no hemisfério e prontos para os desafios que o futuro nos reservam.
por Angelo Nicolaci
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