Nos últimos anos, o uso de drones por grupos criminosos tem se intensificado, tornando-se uma ferramenta de monitoramento e, em alguns casos, de ataque. Essas aeronaves não tripuladas, inicialmente usadas para fins comerciais e recreativos, passaram a ser empregadas por organizações criminosas para observar autoridades, lançar explosivos e até realizar atividades de espionagem contra rivais. Diante dessa nova ameaça, as forças de segurança pública começaram a adotar tecnologias avançadas para neutralizar os drones que, além de violar espaços aéreos proibidos, colocam em risco a segurança de operações críticas, como eventos oficiais e a proteção de áreas sensíveis.
Um exemplo marcante ocorreu em novembro de 2024, quando a Polícia Federal do Brasil abateu 20 drones que sobrevoavam a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, sem autorização. Esses drones foram detectados e neutralizados por sistemas de segurança especializados, conhecidos como sistemas anti-drones, capazes de identificar e desativar a comunicação e controle dos veículos aéreos não tripulados, evitando riscos à segurança do evento.
A tecnologia utilizada para abater esses drones se baseia em sistemas que detectam e neutralizam as ameaças por meio da supressão dos sinais de comunicação e controle dos dispositivos. De acordo com Bruno Cunha, CEO da Advanced Technologies Security & Defense (ADTECH SD), a principal função dos sistemas anti-drones é interromper a transmissão de dados entre o drone e seu operador, neutralizando sua capacidade de manobra. Esses sistemas podem ser classificados em duas categorias principais: as armas de supressão, que são operadas manualmente e apontam para o drone alvo, e os sistemas estacionados, que criam uma área de proteção automática e, quando uma ameaça entra nessa zona, o equipamento é automaticamente neutralizado.
A ADTECH, uma empresa brasileira especializada em soluções para segurança e defesa, desenvolveu um sistema estacionado de proteção chamado SIMAD, que conta com três diferentes níveis de operação. O SIMAD I é projetado para proteger contra múltiplos drones em áreas menores, bloqueando os sinais de comunicação e controle dos dispositivos. O SIMAD II amplia essa proteção, criando uma zona de segurança de aproximadamente 3 km de raio, com capacidade para suprimir múltiplas ameaças simultâneas. Já o SIMAD III, é uma versão avançada do sistema, com capacidade de detecção passiva e ativa, alcançando distâncias de até 10 km e utilizando um radar especializado, chamado Atalaia, que permite monitoramento contínuo e preciso de áreas de alto risco.
Esses sistemas podem operar em modo automático ou semiautomático, garantindo que a detecção e neutralização dos drones ocorra de forma ágil e sem a necessidade de controle manual constante, o que aumenta a eficácia do sistema, especialmente em situações de alto risco, onde a rápida resposta é fundamental. A automação do processo permite que os operadores de segurança se concentrem em outras tarefas importantes, sabendo que a tecnologia está gerenciando a proteção da área de forma eficiente e sem interrupções.
A ADTECH se destaca por sua capacidade de oferecer soluções tecnológicas de ponta, não apenas pela eficiência e custo-benefício de seus sistemas, mas também pela facilidade de operação. Como destacou Bruno Cunha, a principal vantagem dos sistemas da ADTECH é a capacidade de criar zonas automáticas de proteção, que são ativadas assim que uma ameaça é detectada. Isso elimina a necessidade de que um operador tenha visão direta do alvo ou precise controlar manualmente a neutralização do drone, tornando o processo mais rápido e seguro. Essa característica é especialmente relevante em situações como o monitoramento de grandes eventos, como o G20, ou em operações de segurança pública em áreas onde há grande circulação de pessoas ou risco de acidentes.
Além de sistemas anti-drones, a ADTECH desenvolve uma série de outras tecnologias para a segurança e defesa, como o radar terrestre Atalaia, um micro transponder e satélites de monitoramento ótico e de sinais de rádio. A empresa também oferece drones, como o Harpia, que é conhecido por seu longo alcance e versatilidade em diferentes tipos de missões. Com essas soluções inovadoras, a ADTECH tem contribuído significativamente para a segurança pública no Brasil, ajudando a proteger espaços aéreos sensíveis e a combater o uso criminoso de tecnologias como os drones.
Com o crescimento do uso de drones para fins criminosos, a implementação de sistemas de segurança especializados, como os da ADTECH, se torna cada vez mais essencial. Essas tecnologias não só oferecem maior controle do espaço aéreo, mas também garantem maior segurança em operações de segurança pública, evitando incidentes que poderiam ter consequências graves. O desenvolvimento contínuo dessas soluções posiciona o Brasil na vanguarda das inovações em defesa e segurança, com empresas nacionais oferecendo respostas eficazes às novas ameaças no campo da tecnologia.
GBN Defense - A informação começa aqui
Com ADTECH
0 comentários:
Postar um comentário