A Marinha do Brasil deu início, nesta quinta-feira (12), à "Operação Imperial Marinheiro", uma ação de segurança ostensiva no perímetro de até 1.320 metros ao redor do Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD), localizado no Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio de Janeiro. O objetivo é garantir a segurança dos militares, pacientes e usuários da unidade hospitalar, que segue funcionando normalmente.
A operação, que não tem prazo definido para encerramento, conta com a participação de mais de 250 militares e o emprego de 18 viaturas, incluindo oito veículos blindados, para reforçar a presença militar na região. A iniciativa ocorre em resposta ao clima de insegurança causado pela proximidade do hospital com o Complexo do Lins, área marcada pelo domínio de facções criminosas e frequentes confrontos armados.
A ação foi intensificada após o trágico episódio ocorrido na última terça-feira (10), quando a Capitão de Mar e Guerra Médica Gisele Mendes Souza e Mello foi atingida fatalmente por um tiro na cabeça enquanto estava na Escola de Saúde da Marinha, dentro do perímetro hospitalar. No momento do disparo, uma operação policial estava em curso no Complexo do Lins.
A presença dos militares é essencial para assegurar a tranquilidade na área e proteger tanto os servidores quanto os usuários do hospital, atuando de forma coordenada com as polícias e órgãos de segurança pública.
"Operação Imperial Marinheiro"
A operação, fundamentada em parecer jurídico da Advocacia-Geral da União (AGU), é conduzida pelo Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais Imperial Marinheiro. Durante a ação, os militares estão autorizados a realizar patrulhamentos, abordagem de suspeitos e, se necessário, efetuar prisões em flagrante.
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| Pedro Teixeira/ Agência O DIA |
Um pronunciamento oficial sobre a operação será realizado ainda nesta quinta-feira (12), às 17h, no Hospital Naval Marcílio Dias, conduzido pelo Capitão de Mar e Guerra Dirlei Donizete, comandante do grupamento.
Impacto na Comunidade
O domínio da facção criminosa Comando Vermelho nas 16 favelas que compõem o Complexo do Lins tem gerado um clima de medo e insegurança entre servidores, pacientes e acompanhantes do hospital. Relatos de confrontos armados e tiroteios frequentes na área reforçam a necessidade de medidas enérgicas para garantir a segurança local.
Com a "Operação Imperial Marinheiro", a Marinha reafirma seu compromisso com a proteção da tripulação e dos cidadãos que dependem do Hospital Naval Marcílio Dias, promovendo uma presença ostensiva e integrada com as forças de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro.
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Com Marinha do Brasil
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