O desenvolvimento de soluções inovadoras no campo da defesa nacional alcançou um novo patamar com o recente teste de lançamento do Míssil Antinavio de Superfície (MANSUP) a partir da plataforma ASTROS, realizado no Centro de Avaliações do Exército (CAEx). Esse avanço, coordenado pela Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM) em parceria com a SIATT, demonstra o crescente protagonismo tecnológico do Brasil no cenário global de defesa.
O GBN Defense, que divulgou em primeira mão o conceito de integração do MANSUP ao ASTROS durante a Operação Formosa 2024, destaca a relevância técnica deste feito. Originalmente concebido para o lançamento de foguetes de artilharia, o sistema ASTROS passou por uma adaptação meticulosa para realizar o lançamento do MANSUP, ampliando sua versatilidade como plataforma tática e estratégica.
A integração do MANSUP ao ASTROS exigiu o desenvolvimento de uma interface mecânica e de um console de controle específico para o míssil. Durante o teste, foi utilizado um lançador configurado para disparar um único míssil, com estudos futuros avaliando a possibilidade de acomodar até quatro mísseis por unidade lançadora.
A conversão do ASTROS para esta função é um processo relativamente ágil, com tempo estimado em quatro horas para alternar entre o modo de foguetes e o de mísseis antinavio. Essa flexibilidade operacional é um divisor de águas para o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), ao proporcionar uma solução eficiente e adaptável às necessidades de defesa costeira e projeção de força em regiões estratégicas.
O MANSUP é um míssil de última geração, com alcance de 70 km e projetado para atingir alvos navais com precisão cirúrgica. A integração ao sistema ASTROS expande sua aplicabilidade para operações terrestres, permitindo a cobertura de áreas costeiras e zonas econômicas exclusivas.
A capacidade de mobilidade tática é essencial para a proteção de áreas sensíveis, como as zonas de exploração de petróleo e gás na Amazônia Azul, onde ameaças à soberania nacional exigem respostas rápidas e eficazes.
O teste no CAEx não apenas validou os conceitos técnicos e operacionais, mas também reforçou a capacidade da Base Industrial de Defesa (BID) em atender às demandas das Forças Armadas. Com o MANSUP em sua configuração final e o cronograma de produção industrial previsto para 2026, o Brasil está preparado para integrar o sistema tanto em navios quanto em plataformas terrestres.
A SIATT, empresa brasileira responsável pelo desenvolvimento do míssil, destacou ainda os planos para uma versão de alcance estendido, o MANSUP-ER, este em desenvolvimento conjunto com a EDGE Group, que possui uma expressiva participação acionaria na SIATT. Além do Astros, há possibilidade de integração a outras plataformas, incluindo aéreas.
O GBN Defense parabeniza a SIATT, seus engenheiros e técnicos pelo sucesso deste marco tecnológico. A empresa demonstrou, mais uma vez, sua excelência no desenvolvimento de armamentos inteligentes e sistemas de defesa avançados.
Essa conquista reforça o compromisso do Brasil com a autossuficiência tecnológica, reduzindo a dependência de equipamentos importados e consolidando o país como referência no setor de defesa global.
A operação demonstra o potencial de inovação e a expertise técnica da indústria nacional, reafirmando a relevância estratégica do MANSUP e do sistema ASTROS na proteção do território brasileiro e na projeção de força no cenário internacional.
Por Angelo Nicolaci
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