Na última terça-feira (17), a Força Aérea Sueca mostrou sua prontidão operacional ao interceptar aeronaves russas sobre o Mar Báltico utilizando dois caças Jas 39C Gripen. Durante a operação, os caças suecos identificaram dois bombardeiros Tu-22 Backfire escoltados por aeronaves Su-27 Flanker, garantindo a segurança do espaço aéreo internacional próximo à ilha de Gotland.
O incidente não apenas destacou a agilidade e a avançada tecnologia do Gripen, como também reforçou sua relevância no contexto de defesa aérea regional, especialmente em áreas de alta tensão geopolítica. A interoperabilidade entre as forças da Suécia e de países aliados, como Finlândia e Holanda, também ficou evidente, já que os Gripens complementaram as ações dos F-18 Hornets finlandeses e dos F-35 Lightning II holandeses na missão de patrulhamento aéreo da OTAN.
Programa Gripen no Brasil: Defesa Estratégica e Necessidade de Ampliação
Enquanto o Gripen demonstra sua eficácia em missões críticas na Europa, o Brasil avança no programa de incorporação do F-39E Gripen, a versão mais moderna da linhagem sueca. A Força Aérea Brasileira (FAB) já opera algumas unidades e prevê a aquisição de apenas 40 aeronaves, considerando o contrato inicial e aditivos até o momento. No entanto, esse número é insuficiente para atender às demandas de um país continental como o Brasil, que possui 22 milhões de km² de espaço aéreo sob sua responsabilidade, incluindo a estratégica Amazônia Azul e a vasta região amazônica.
Investir na ampliação do programa Gripen não é apenas uma questão de fortalecimento militar, mas também de soberania nacional. Um número maior de aeronaves garantiria a capacidade de reação rápida a ameaças externas, patrulhamento contínuo de fronteiras aéreas e suporte a operações conjuntas com países vizinhos. Além disso, o investimento na frota promove a transferência de tecnologia e o desenvolvimento da indústria de defesa nacional, contribuindo para a geração de empregos qualificados e para o fortalecimento econômico.
Especialistas apontam que o Brasil deveria operar no mínimo entre 80 e 120 caças Gripen para suprir as necessidades estratégicas. Este aumento permitiria a cobertura plena do território brasileiro, garantindo a proteção de infraestruturas críticas e a defesa de recursos naturais valiosos.
Cabe ao governo federal garantir um orçamento adequado para sustentar o programa e adquirir o número necessário de aeronaves. Ao fazer isso, o Brasil não apenas assegura sua supremacia aérea, mas também reafirma seu compromisso com a segurança nacional e regional, além de sua posição como potência emergente no cenário global.
por Angelo Nicolaci
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