Na noite de domingo (15), Israel executou um ataque aéreo contra um grande depósito de armas em Tartus, na Síria, resultando em uma explosão tão violenta que gerou um tremor de 3,0 na escala Richter. Este ataque faz parte de uma série de operações aéreas israelenses contra alvos militares sírios, um esforço contínuo para reduzir a ameaça de forças hostis após a queda do regime de Bashar al-Assad.
A explosão, que foi registrada em imagens e compartilhada por fontes de monitoramento de guerra, ocorreu na região costeira síria de Tartus, conhecida por abrigar várias instalações militares estratégicas, incluindo uma base naval russa. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, os ataques israelenses visaram unidades de defesa aérea e depósitos de mísseis superfície-superfície, sendo descritos como os mais poderosos da região em mais de uma década, desde o início dos bombardeios em 2012.
Israel tem como alvo instalações militares, equipamentos e armazéns sírios desde a queda do regime de Assad, com mais de 60 ataques aéreos realizados nos últimos anos. O objetivo é neutralizar qualquer potencial ameaça que possa surgir da região, especialmente com a presença de forças iranianas e de grupos paramilitares. A localização do depósito de munições atacado era estratégica, uma vez que, além das bases militares sírias, Tartus também abriga uma base naval russa, o que agrava a complexidade da situação.
A explosão no depósito de armas foi suficientemente forte para ser detectada como um tremor sísmico de 3,0, conforme relatado pela página OSINTdefender, especializada em monitoramento de conflitos. Acredita-se que os rebeldes sírios tenham assumido o controle de áreas na costa do Mediterrâneo, embora Moscovo tenha negado as alegações de retirada de suas bases.
Apesar de os ataques israelenses serem vistos como uma tentativa de reduzir as capacidades militares da Síria, o líder rebelde sírio, Abu Mohammed al-Jolani, afirmou que seu grupo, Hayat Tahrir al-Sham (HTS), não tem interesse em entrar em um conflito com Israel. Ele ressaltou que os ataques de Israel são injustificados e que não pretendem se envolver em novas hostilidades.
Este ataque aéreo ocorre em um momento de crescente tensão na região, com a recente decisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de expandir a construção de assentamentos nas Colinas de Golã, território disputado entre Israel e Síria. Além disso, o Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, confirmou que as tropas israelenses permanecerão nas posições ocupadas no Monte Hermon durante o inverno, um movimento que reforça a segurança israelense frente à instabilidade crescente na Síria.
Os recentes ataques sublinham a estratégia de Israel de manter a pressão sobre as forças hostis na Síria, em um cenário de instabilidade e incerteza após a retirada de forças iranianas do país. A situação continua a ser monitorada de perto, à medida que as dinâmicas regionais seguem em constante evolução.
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