O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) anunciou na última segunda-feira (11) que impediu uma tentativa dos serviços de inteligência ucranianos de sequestrar um helicóptero Mi-8MTPR-1, utilizado pelas Forças Aeroespaciais da Federação Russa para operações de guerra eletrônica. A operação frustrada teria como alvo a aeronave equipada com o avançado sistema Rychag-AV, um dispositivo desenvolvido e produzido na Rússia, projetado para proteger tanto aeronaves em grupo quanto objetivos terrestres.
Segundo o FSB, a tentativa foi organizada pela Diretoria Principal de Inteligência (GUR) do Ministério da Defesa da Ucrânia, que teria tentado recrutar um piloto russo para desviar o helicóptero para território ucraniano. De acordo com o comunicado, o plano incluía um agente ucraniano, identificado como "Sergei," que contatou o piloto russo pelo aplicativo Telegram. O piloto revelou que o plano envolvia envenenar os demais tripulantes e, posteriormente, aterrissar o helicóptero em uma área sob controle ucraniano. A família do piloto, segundo ele, seria transferida para a Ucrânia por meio de Chisinau, na Moldávia, como parte do acordo.
O helicóptero Mi-8MTPR-1 é equipado com o sistema de guerra eletrônica Rychag-AV, que permite interferir em sistemas de radar inimigos e proteger alvos estratégicos. Autoridades russas afirmaram que a inteligência ucraniana buscava obter acesso a essa tecnologia, que poderia ser usada para ampliar as capacidades de defesa da Ucrânia contra ataques aéreos russos.
Além disso, o FSB alega que, durante as operações de contrainteligência realizadas em torno desse caso, foram obtidas informações sobre as posições de sistemas de defesa aérea ucranianos. Essas informações teriam sido utilizadas pelas forças russas para realizar ataques bem-sucedidos contra alvos estratégicos em território ucraniano.
Este incidente segue uma série de operações similares reportadas pelo FSB, incluindo uma tentativa, em julho deste ano, de interceptar um bombardeiro de longo alcance russo Tu-22M3 por agentes ucranianos. O caso destaca a contínua tensão e as operações de espionagem entre os dois países, com a Rússia buscando proteger suas tecnologias militares e a Ucrânia, por sua vez, buscando formas de reforçar sua defesa contra o poderio militar russo.
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com agências de notícias
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