A fragata russa Admiral Golovko, acompanhada pelo navio de reabastecimento Vyazma e o navio de espionagem Yantar, foi monitorada pela Royal Navy (Marinha Real Britânica) enquanto transitavam pelo Canal da Mancha em direção ao Atlântico. O movimento dos navios, que teve início em 1 de novembro na base da Frota do Norte da Rússia, foi acompanhado de perto pela fragata HMS Iron Duke, helicópteros Merlin HM2 e aeronaves P-8 Poseidon da RAF, que realizaram patrulhas de vigilância no estreito.
A travessia pelo Canal da Mancha foi confirmada pela imprensa russa em 9 de novembro, com a Admiral Golovko avançando pela parte mais estreita do canal, em Pas de Calais. Ao longo da jornada, as embarcações russas foram acompanhadas pela Marinha Real, que mobilizou seus recursos para garantir a segurança das rotas e coletar informações estratégicas sobre os movimentos dos navios. O destacamento britânico consistiu na fragata HMS Iron Duke, aeronaves de patrulha marítima P-8 Poseidon da RAF e helicópteros Merlin HM2, que mantiveram a vigilância contínua durante a passagem.
A Admiral Golovko, é uma fragata de última geração da Marinha Russa, tem sido uma preocupação para os analistas militares ocidentais devido às suas capacidades de armamento avançado, incluindo mísseis de cruzeiro Zircon com alcance de até 1.000 km e velocidade hipersônica, além de sistemas de defesa aérea e torpedos. A fragata é uma das mais poderosas da frota russa e tem sido acompanhada de perto pela OTAN desde sua entrada em operação. Seu deslocamento pelo Canal da Mancha não foi uma simples travessia, mas parte de uma missão mais ampla, com a fragata se dirigindo ao Oceano Atlântico.
A operação também contou com o apoio do navio-tanque Vyazma, que acompanha a Admiral Golovko para fornecer combustível e outros suprimentos durante a missão prolongada. Este é o primeiro destacamento da Golovko para operações de longo prazo desde sua entrega, marcando uma nova fase da presença russa no Atlântico Norte. A Marinha Real, que já havia monitorado o navio irmão, Admiral Gorshkov, em operações anteriores, não deixou de observar de perto o desenvolvimento desta nova missão, sendo a principal tarefa da missão mostrar bandeira e garantir a presença naval em áreas importantes da zona marítima no Atlântico Norte, segundo o próprio ministério da defesa russo.
Enquanto as patrulhas da Marinha Real monitoravam os movimentos dos navios russos no Canal da Mancha, a Rússia também utilizava o Yantar, um navio de espionagem, para realizar atividades de coleta de informações. O Yantar, que já foi visto em diversas ocasiões em áreas de interesse estratégico, inclusive já tendo visitado o Brasil, um episódio que levou ao acionamento de aeronaves SH-16 Seahawnk do EsqdHS-1 "Guerreiro" para monitorar atividades suspeitas na costa do Rio de Janeiro, foi destacado para acompanhar as atividades executadas, enquanto coleta dados cruciais sobre o ambiente marítimo e inteligência.
Além de sua vigilância constante, a Marinha Real aproveitou a oportunidade para observar a mais recente fragata russa em operação, coletando informações valiosas sobre as capacidades da Golovko. Para isso, as aeronaves P-8 Poseidon e os helicópteros Merlin HM2 desempenharam papéis fundamentais, com a tecnologia de radares e sistemas de vigilância marítima de última geração para garantir o rastreamento contínuo.
Com a Admiral Golovko e seus navios de apoio agora singrando as águas do Atlântico, as tensões de segurança no Atlântico Norte permanecem elevadas, com os movimentos da Marinha Russa sendo constantemente observados por aliados da OTAN. A vigilância contínua é essencial para o controle de rotas marítimas estratégicas e para a coleta de inteligência crítica no atual cenário geopolítico, em que a presença naval russa tem aumentado.
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