O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou o fornecimento de componentes e suporte técnico para as aeronaves F-16 de Taiwan, incluindo a integração de novos radares avançados AESA. Avaliado em US$ 385 milhões, o acordo reforça o compromisso contínuo dos EUA em apoiar a segurança de Taiwan, um movimento estratégico em meio ao aumento das tensões no Estreito de Taiwan e à crescente pressão militar da China.
Os radares AESA são uma das tecnologias avançadas fundamentais para aprimorar as capacidades operacionais dos F-16. Com essa atualização, as aeronaves de Taiwan terão uma capacidade significativamente maior de detecção e rastreamento de alvos, especialmente em ambientes de combate complexos e de alta intensidade. O radar AESA oferece vantagens em precisão e eficiência, permitindo que os pilotos obtenham uma visão clara e detalhada do espaço aéreo, essencial para a defesa da ilha. Essa modernização vem somar-se a outras atualizações tecnológicas que visam garantir que a frota de F-16 esteja no "Estado-da-Arte".
Além do radar, o pacote de venda inclui componentes essenciais para a manutenção das aeronaves, como peças de reposição e sistemas de suporte logístico. Esses elementos são cruciais para garantir que os F-16 de Taiwan permaneçam operacionais e prontos para qualquer missão. O fornecimento de suporte técnico e logístico também é parte integrante do acordo, e as entregas estão previstas para começar em 2025.
A aprovação dessa venda também está em conformidade com a Lei de Relações com Taiwan, que obriga os Estados Unidos a fornecer os meios para que Taiwan mantenha sua capacidade de defesa, apesar da falta de laços diplomáticos formais entre os dois países. Essa ação se insere no contexto de uma política americana de longa data, com o objetivo de promover a estabilidade na região do Indo-Pacífico e garantir um equilíbrio militar no Estreito de Taiwan.
O anúncio ocorre em um momento delicado para Taiwan, com a intensificação das atividades militares da China, que realizou exercícios de guerra próximos à ilha e aumentou a pressão na região. O governo chinês expressou seu descontentamento com o acordo, acusando os EUA de exacerbarem as tensões. No entanto, Washington reafirmou que a sua política é voltada para a manutenção da paz e da estabilidade regional, e que a cooperação com Taiwan é um pilar fundamental nesse esforço.
A transação também coincide com a viagem do presidente taiwanês, Lai Ching-te, onde fará escalas em territórios dos EUA, como Havaí e Guam. Essa visita ocorre no momento que a diplomacia de Taiwan está sendo desafiada pelas alegações de soberania da China, e a parceria com os Estados Unidos é vista como essencial para a segurança da ilha. Com o suporte contínuo dos EUA, Taiwan está mais bem posicionada para enfrentar as ameaças militares da região, assegurando uma defesa confiável e moderna.
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com DSCA
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