No dia 10 de outubro de 2024, dois soldados da missão de paz da ONU (UNIFIL) foram hospitalizados após um carro de combate Merkava das Forças de Defesa de Israel (IDF) disparar contra uma torre de observação na sede da missão da ONU no Sul do Líbano . O incidente levanta questões sobre a seleção de alvos pelos militares israelenses e sua relação com a ONU, especialmente após recentes tensões diplomáticas.
A UNIFIL, que opera ao longo da "Linha Azul" entre o Líbano e Israel desde a década de 1970, tem como mandato manter a segurança na área. Nos últimos dias, as forças israelenses expandiram sua incursão terrestre no sul do Líbano, emitindo ordens para que os civis abandonassem a região. A ONU relatou que as tropas israelenses "atacaram repetidamente" as posições da UNIFIL, incluindo bases italianas e o quartel-general em Naqoura.
De acordo com a missão, o carro de combate disparou diretamente contra a torre de observação, atingindo-a e ferindo os soldados. Embora as autoridades israelenses ainda não tenham comentado o incidente, a ONU reiterou a obrigação das IDF em garantir a segurança do pessoal da UNIFIL e respeitar a inviolabilidade das instalações da ONU. Qualquer ataque deliberado às forças de manutenção da paz é considerado uma violação grave do direito humanitário internacional.
O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, convocou o embaixador de Israel na Itália para discutir o incidente. O ataque ocorre em um contexto de tensão crescente entre Israel e a ONU, exacerbada pela recente declaração do ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, que declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres, "persona non grata", em resposta à sua postura sobre o conflito no Oriente Médio.
Guterres, em comentários anteriores, condenou a escalada do conflito, mas não fez uma condenação explícita ao ataque israelense. A situação tem gerado uma constante tensão entre o líder da ONU e as autoridades israelenses, e o recente ataque pode ser visto como uma resposta a essa relação conturbada.
O cenário no Líbano e as ações das IDF refletem um contexto do conflito em curso, com a operação para eliminar o Hamas na Faixa de Gaza ocorrendo em paralelo a operação contra o Hezbolah no Líbano, onde ocorreu esse incidente com a ONU. As repercussões deste ataque podem impactar não apenas as relações entre Israel e a ONU, mas também a dinâmica de segurança no sul do Líbano e a estabilidade regional.
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