A Hanwha Aerospace, maior empresa de defesa da Coreia do Sul, projeta que suas vendas de sistemas de armas terrestres na Europa dobrarão até 2027, graças a uma estratégia que envolve a produção local nos países compradores. De acordo com o CEO da Hanwha, Son Jae-il, o cenário geopolítico europeu está impulsionando a demanda por produção de armamentos dentro da própria região, em um esforço para fortalecer as capacidades de defesa e gerar empregos.
A invasão russa na Ucrânia abriu portas para contratos lucrativos, permitindo que a Hanwha consolidasse sua posição como a maior exportadora mundial de obuses, controlando mais de 60% do mercado global. Desde 2022, a empresa assinou acordos bilionários com países como Polônia e Romênia, incluindo cláusulas para a produção local de sistemas de defesa, como obuses K9 e sistemas de mísseis.
Com apoio do governo sul-coreano, que facilita a transferência de tecnologia e treinamentos, a Hanwha tem conseguido expandir rapidamente suas operações internacionais. A empresa já superou suas vendas domésticas e busca se tornar uma fornecedora confiável para os países da OTAN, posicionando-se como uma alternativa viável e mais rápida em comparação com concorrentes globais.
A Hanwha não apenas atende à crescente demanda por armas convencionais na Europa, mas também está se expandindo para o Oriente Médio e o Indo-Pacífico. A empresa se destaca por sua capacidade de fornecer armamentos em até dois anos mais rápido que os concorrentes, mantendo compatibilidade com os padrões da OTAN e oferecendo custos mais competitivos.
Com uma carteira de pedidos que saltou de 3,1 trilhões de wons em 2020 para 30,3 trilhões de wons em 2024, a Hanwha Aerospace está em ascensão, enquanto a Coreia do Sul planeja se tornar o quarto maior exportador de armas do mundo até 2027.
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com Reuters
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