Após duas décadas de discussões, o governo federal formaliza a criação da Alada, a primeira empresa pública do Brasil dedicada ao setor aeroespacial, com a assinatura do projeto pelo presidente.
A criação da Alada (Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A) representa um marco significativo na trajetória do Brasil no campo da indústria aeroespacial. Com a formalização da proposta na semana passada, após 20 anos de debates e planejamento, o governo agora aguarda a análise do Congresso Nacional.
Os principais objetivos da Alada incluem promover a indústria nacional e explorar a localização estratégica do Brasil, especialmente em relação ao Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. Este centro é reconhecido como um dos melhores locais do mundo para lançamentos espaciais. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a nova empresa será responsável pela coordenação de projetos e equipamentos aeroespaciais, além de implementar ações de apoio ao controle aeroespacial e áreas correlatas.
Entre os produtos e serviços que a Alada pretende oferecer estão foguetes suborbitais, motores aeronáuticos e veículos lançadores de microssatélites (VLMs). A empresa também terá a responsabilidade de realizar lançamentos espaciais, obter patentes e modernizar o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.
A Alada funcionará como uma subsidiária da NAV Brasil, uma estatal vinculada ao Ministério da Defesa, criada em 2020, que assumiu algumas das funções antes atribuídas à Infraero, como a operação de radares e a medição meteorológica. A FAB ressaltou que a nova empresa busca promover o Programa Espacial Brasileiro, facilitando a interação entre o Estado e as instituições que desejam explorar as vantagens competitivas do Brasil.
A expectativa do governo federal é que a criação da Alada resulte em geração de empregos, transferência e nacionalização de tecnologias e capacitação de profissionais, conduzindo o Brasil rumo à autonomia no setor aeroespacial. Com esse novo empreendimento, o país almeja consolidar-se como um player relevante no mercado aeroespacial global, aproveitando seus recursos e infraestrutura.
Agora, a proposta aguarda aprovação do Congresso, e se aprovada, a Alada poderá abrir novas oportunidades e impulsionar a inovação tecnológica no setor aeroespacial.
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