sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Acordo entre Ministério da Defesa e CNI fortalece Base Industrial de Defesa, que responde por 3,58% do PIB brasileiro

O setor de defesa brasileiro desempenha um papel crucial na economia nacional, representando 3,58% do Produto Interno Bruto (PIB) e gerando 2,9 milhões de empregos diretos e indiretos. Para fortalecer ainda mais essa Base Industrial de Defesa (BID), o Ministério da Defesa (MD) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) firmaram um acordo estratégico na última terça-feira (8). Com duração de seis anos, o compromisso visa identificar oportunidades de crescimento e aprimoramento, além de monitorar questões como orçamento, tecnologia e inovação.

A indústria de defesa não apenas garante a segurança e soberania do país, mas também é um motor econômico importante, com 252 empresas cadastradas no MD, que impulsionam o desenvolvimento de setores como cibersegurança, satélites e aeroespacial. Segundo o Presidente da CNI, Ricardo Alban, essas áreas oferecem grande potencial de expansão e são fundamentais para o futuro do Brasil.

O Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, ressaltou que, apesar da importância do setor, os investimentos sofreram uma queda de 47% nos últimos anos, destacando a necessidade de previsibilidade orçamentária para manter os programas estratégicos das Forças Armadas. “Não podemos assumir compromissos sem garantias de orçamento”, afirmou Mucio, sublinhando que a BID é essencial não apenas para a defesa, mas também para o desenvolvimento tecnológico e industrial do país.

Os projetos da Marinha, como o PROSUB e o Programa Fragatas Classe “Tamandaré”, exemplificam a contribuição da BID para a economia e para a criação de empregos qualificados. Esses programas não só fomentam a pesquisa e a inovação em áreas como energia nuclear e na indústria naval, mas também criam mais de 60 mil novos postos de trabalho, promovendo o desenvolvimento de outros setores.

O acordo com a CNI permitirá ao MD gerenciar melhor os dados do setor de defesa, utilizando-os para tomar decisões estratégicas que garantam a continuidade dos projetos essenciais para o país. Segundo o Contra-Almirante Ricardo Yukio Iamaguchi, esses dados serão fundamentais para subsidiar as decisões do alto comando das Forças Armadas em um cenário de restrições orçamentárias.

Com a BID desempenhando um papel cada vez mais importante na economia e na soberania do Brasil, o fortalecimento do setor é uma prioridade que beneficiará o país em diversos aspectos, desde a criação de empregos até o avanço tecnológico e industrial.


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com Marinha do Brasil

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