terça-feira, 15 de outubro de 2024

Operação Furnas 2024: "Mar de Minas" Recebe Grande Exercício da Marinha com Presença de 13 Observadores Internacionais

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Entre os dias 16 e 20 de outubro de 2024, a Marinha do Brasil (MB) conduz a Operação Furnas 2024 no Lago de Furnas, Minas Gerais, marcando o maior exercício anual realizado pela Marinha no estado. Com mais de 1.000 Fuzileiros Navais e observadores militares de 13 nações amigas, a operação inclui representantes da Alemanha, Argentina, Camarões, China, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Nigéria, Peru e Uruguai. Essa manobra é considerada uma das mais complexas realizadas no cenário nacional, integrando as capacidades de emprego da Força Expedicionária no cenário de operações ribeirinhas em um amplo exercício.

O exercício é caracterizado por sua dimensão e complexidade, com o uso de meios militares modernos como Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf), helicópteros UH-15 Super Cougar, embarcações e viaturas especializadas. As atividades incluem Assalto Ribeirinho, Ajuda Humanitária, Transposição de Curso d'Água e missões de combate com apoio aéreo. A operação visa aprimorar as capacidades expedicionárias e de integração das Unidades da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE) com meios navais e aéreos da Marinha.

A Operação Furnas 2024 também promove o fortalecimento de laços entre as forças participantes e as instituições civis. Durante o exercício, será realizado um Workshop Interagências de Cooperação com a Defesa Civil, unindo agências estaduais e municipais de Minas Gerais para aprimorar respostas a desastres naturais e emergências. Autoridades de alto escalão, como o Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Claudio Henrique Mello de Almeida, e o Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, Almirante de Esquadra (FN) Carlos Chagas Vianna Braga, estarão presentes nos dias 17 e 18 de outubro para acompanhar as atividades.

A localização estratégica no Lago de Furnas, uma das maiores represas fluviais do mundo, reforça a importância do exercício, tanto para a segurança aquaviária quanto para a preservação ambiental de uma região turística essencial de Minas Gerais. A Delegacia de Furnas, subordinada à Capitania Fluvial de Minas Gerais, apoia a operação com ações de salvaguarda da vida humana, segurança da navegação e prevenção de poluição hídrica.

A Base Aérea Expedicionária (BAE) de São José da Barra, equipada com uma pista de 1.700 metros, amplia a capacidade operacional da Marinha, integrando meios terrestres e aéreos. Além disso, a presença de observadores internacionais reforça o intercâmbio de conhecimentos e cooperação entre as forças envolvidas, tornando a operação uma vitrine das capacidades da Marinha do Brasil no cenário internacional.

O GBN Defense está presente na cobertura deste importante exercício, sendo um dos veículos especializados em defesa a acompanhar de perto a complexidade e o sucesso das manobras. Nossa participação em mais uma edição da Operação Furnas, marca nosso compromisso com a qualidade de nosso conteúdo, trazendo análises e informações direto do terreno, acompanhando as operações e destacando o papel e a relevância da Marinha do Brasil na defesa do território, com alto nível de preparo do Corpo de Fuzileiros Navais e a integração com a Força Naval e Aeronaval.

A Operação Furnas 2024 prepara a Marinha do Brasil para desafios em cenários de paz, conflitos e assistência humanitária, sendo um importante componente no calendário de exercícios e adestramentos da Marinha do Brasil, e você terá mais uma vez a qualidade de nosso trabalho de campo, trazendo uma visão ímpar. Fique conosco, a Operação Furnas 2024, só está começando!


Por Angelo Nicolaci 


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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador Realiza Adestramento de Tiro Anticarro com Munição AT-4

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Entre os dias 24 e 27 de setembro, o Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador conduziu um adestramento de tiro anticarro com o uso da munição AT-4. O exercício ocorreu no Campo de Instrução Brigadeiro Sampaio, em São Cristóvão, Sergipe, pertencente ao 28º Batalhão de Caçadores do Exército Brasileiro. A atividade, essencial para o preparo militar, envolveu instruções teóricas e práticas, com disparos simulados e reais contra alvos fixos.

O AT-4, uma arma portátil de 84 mm amplamente utilizada por forças armadas em todo o mundo, foi o foco do treinamento. Os militares aprenderam as técnicas de manuseio, diretrizes de segurança e estratégias para neutralizar veículos blindados em combate. Além disso, o exercício incluiu a utilização de diferentes posições de tiro, proporcionando aos fuzileiros uma simulação mais realista de cenários de batalha.

Esse adestramento integra o cronograma de atividades ofensivas e defensivas do Grupamento, aprimorando a capacidade dos fuzileiros em utilizar armamento anticarro e fortalecer sua prontidão operacional.


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Atech Apresenta Soluções Inovadoras de Segurança Pública no COP Internacional 2024

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A empresa brasileira Atech, parte do Grupo Embraer, participa pela primeira vez do evento com suas tecnologias avançadas voltadas para operações de segurança.

A Atech, reconhecida mundialmente por sua expertise em sistemas críticos e apoio à tomada de decisão, trará ao COP Internacional 2024 suas mais recentes soluções tecnológicas para os domínios terrestre, aéreo, marítimo e cibernético. O evento, considerado um dos mais importantes da América Latina no setor de Segurança Pública, será realizado de 16 a 18 de outubro no São Paulo Expo e reunirá autoridades, especialistas, empresas e agentes de segurança para discutir as inovações na área.

O destaque da Atech será a apresentação dos sistemas da família Arkhe Integrated Systems, com foco no GDI (Gerenciamento de Incidentes), uma plataforma avançada de comando e controle que permite uma visão ampla e em tempo real do teatro operacional. Essa tecnologia, que já despertou grande interesse das forças policiais, oferece respostas rápidas a incidentes, sejam de origem natural, como eventos climáticos, ou provocados por ações criminosas.

O GDI se destaca pela utilização de tecnologias como IoT, georreferenciamento (GIS) e computação em nuvem, garantindo interoperabilidade e integração de dados de diversos dispositivos, como drones, bodycams, viaturas e câmeras de segurança. Esse sistema já foi empregado com sucesso durante a pandemia de Covid-19, auxiliando na escolta de vacinas pelo Estado de São Paulo, proporcionando ampla consciência situacional.

Além do GDI, a Atech apresentará outras soluções como o Arkhe Data Analysis (ADA), para análise avançada de grandes volumes de dados em tempo real, e o Arkhe Athena, voltado para a proteção cibernética. A empresa também mostrará o Arkhe Integrated Surveillance, ferramenta de comando e controle projetada para cenários militares, mas que pode ser aplicada na segurança pública, incluindo sistemas de detecção e bloqueio de drones.

Com especialistas à disposição e demonstrações ao vivo no estande A57, a Atech promete apresentar o futuro da segurança pública e cibernética, evidenciando como suas soluções integradas podem transformar operações críticas em cenários diversos.


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Com Rossi Comunicação 

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Patrulhas Fluviais Combatem Garimpo Ilegal na Terra Indígena Yanomami

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As forças armadas, em parceria com diversos órgãos federais, intensificam ações contra a mineração ilegal na Terra Indígena Yanomami, utilizando patrulhas fluviais e tecnologia avançada.

A operação Catrimani II, voltada ao combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, tem se destacado pela atuação das patrulhas fluviais, essenciais para desmantelar a infraestrutura criminosa que sustenta a mineração na região. Organizada em conjunto pela Casa de Governo e Forças Armadas, a operação conta com o apoio do IBAMA, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Funai.

Essas patrulhas operam em rios que atravessam a terra indígena, localizando e desativando pontos de garimpo, além de apreender equipamentos e armamentos utilizados na prática ilegal. Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) também são utilizadas para monitorar áreas de difícil acesso, garantindo uma vigilância constante e precisa.

Em uma das operações mais recentes, uma patrulha fluvial encontrou e desativou uma draga usada na extração ilegal de minérios, além de inutilizar pistas de pouso clandestinas e apreender materiais, visando impedir que os garimpeiros retomem suas atividades.

Essas ações fazem parte de uma estratégia contínua para sufocar o garimpo ilegal, proteger as comunidades indígenas e preservar o meio ambiente. A expectativa é que, com a intensificação das patrulhas e o uso de tecnologias avançadas, os resultados sejam cada vez mais eficazes, contribuindo para a segurança e bem-estar das populações que habitam a Terra Indígena Yanomami.


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Com Exército Brasileiro 

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ALADA: A Nova Empresa Pública Brasileira para o Setor Aeroespacial

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Após duas décadas de discussões, o governo federal formaliza a criação da Alada, a primeira empresa pública do Brasil dedicada ao setor aeroespacial, com a assinatura do projeto pelo presidente.

A criação da Alada (Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A) representa um marco significativo na trajetória do Brasil no campo da indústria aeroespacial. Com a formalização da proposta na semana passada, após 20 anos de debates e planejamento, o governo agora aguarda a análise do Congresso Nacional.

Os principais objetivos da Alada incluem promover a indústria nacional e explorar a localização estratégica do Brasil, especialmente em relação ao Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. Este centro é reconhecido como um dos melhores locais do mundo para lançamentos espaciais. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a nova empresa será responsável pela coordenação de projetos e equipamentos aeroespaciais, além de implementar ações de apoio ao controle aeroespacial e áreas correlatas.

Entre os produtos e serviços que a Alada pretende oferecer estão foguetes suborbitais, motores aeronáuticos e veículos lançadores de microssatélites (VLMs). A empresa também terá a responsabilidade de realizar lançamentos espaciais, obter patentes e modernizar o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

A Alada funcionará como uma subsidiária da NAV Brasil, uma estatal vinculada ao Ministério da Defesa, criada em 2020, que assumiu algumas das funções antes atribuídas à Infraero, como a operação de radares e a medição meteorológica. A FAB ressaltou que a nova empresa busca promover o Programa Espacial Brasileiro, facilitando a interação entre o Estado e as instituições que desejam explorar as vantagens competitivas do Brasil.

A expectativa do governo federal é que a criação da Alada resulte em geração de empregos, transferência e nacionalização de tecnologias e capacitação de profissionais, conduzindo o Brasil rumo à autonomia no setor aeroespacial. Com esse novo empreendimento, o país almeja consolidar-se como um player relevante no mercado aeroespacial global, aproveitando seus recursos e infraestrutura.

Agora, a proposta aguarda aprovação do Congresso, e se aprovada, a Alada poderá abrir novas oportunidades e impulsionar a inovação tecnológica no setor aeroespacial.


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domingo, 13 de outubro de 2024

Construção da Fragata HMS Formidable Marca Expansão da Marinha Real Britânica

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No dia 9 de outubro de 2024, um marco significativo foi alcançado no estaleiro da Babcock, em Rosyth, Escócia, com a cerimônia de corte de aço para a terceira fragata do tipo 31, a HMS Formidable. Essa fragata faz parte da frota da classe Inspiration, composta por cinco navios encomendados pela Marinha Real Britânica. As duas primeiras, Venture e Active, já tiveram suas cerimônias de colocação de quilha em 2022 e 2023, respectivamente.

A construção da HMS Formidable está prevista para durar cerca de quatro anos, com o lançamento estimado para 2028. Este programa representa um investimento significativo na defesa do Reino Unido, fortalecendo tanto a segurança nacional quanto as parcerias internacionais. Além disso, o projeto também tem atraído a atenção de outros países, como a Indonésia e a Polônia, que estão construindo fragatas similares com base no mesmo projeto Arrowhead 140.

Durante o evento, uma delegação polonesa, incluindo autoridades da PGZ Stocznia Wojenna, esteve presente, destacando a crescente colaboração entre o Reino Unido e a Polônia no campo da defesa naval. Ambos os países buscam fortalecer suas capacidades de segurança marítima, ao mesmo tempo em que impulsionam suas economias locais.

As fragatas da classe Type 31 são uma solução moderna e econômica para o combate naval, oferecendo versatilidade em diversas missões, desde operações de guerra antissubmarino até a luta contra a pirataria. A HMS Formidable terá aproximadamente 140 metros de comprimento, um deslocamento de 5.700 toneladas e será equipada com motores diesel e elétricos, alcançando velocidades superiores a 28 nós e um alcance de até 15.000 km.

Esses navios são projetados para serem multifuncionais e modulares, com capacidade para abrigar um canhão naval de 57mm Mk110, mísseis superfície-ar Sea Ceptor e uma baia de missão flexível, que pode ser adaptada para drones, helicópteros ou outros equipamentos, dependendo da necessidade operacional. A inclusão de sistemas de sonar 2087 e um sistema de gerenciamento de combate integrado permite que as fragatas se adaptem rapidamente a novas ameaças.

A HMS Formidable faz parte dos esforços de modernização da Marinha Real Britânica, substituindo as antigas fragatas Type 23. O foco em modularidade e potencial de atualização garante que esses navios permaneçam ativos e eficazes por décadas, oferecendo uma solução de defesa naval de longo prazo para o Reino Unido.

Além de reforçar a Marinha Real, o programa Type 31 traz benefícios econômicos significativos, especialmente para o setor de construção naval no Reino Unido. Estima-se que a construção das fragatas gerará mais de mil empregos no estaleiro de Rosyth e criará ainda mais oportunidades em toda a cadeia de suprimentos no país. Até o momento, mais de 100 graduados e aprendizes foram incorporados ao projeto, garantindo um fluxo contínuo de novos talentos para a indústria.

O impacto positivo se estende também à indústria britânica de manufatura, com a demanda por materiais e componentes tecnológicos avançados, como eletrônicos, sistemas de radar e tecnologias de propulsão, a maioria dos quais fornecidos por empresas locais. Isso injeta milhões de libras nas economias regionais, criando oportunidades de negócios e reforçando o papel do Reino Unido no mercado global de defesa.

Com um design modular e voltado para exportação, as fragatas da classe Type 31 também são atrativas para marinhas aliadas ao redor do mundo, aumentando o potencial de futuras vendas internacionais e ampliando a influência britânica no setor de defesa naval global.


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com Babcock

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EUA Desdobram Sistema Antimísseis THAAD em Israel Após Ataque Iraniano

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Os Estados Unidos anunciaram a implantação de um sistema antimísseis de alta altitude, conhecido como Terminal High-Altitude Area Defense (THAAD), em Israel, após um ataque de mísseis balísticos lançado pelo Irã no início de outubro. A medida visa reforçar as defesas aéreas israelenses e foi ordenada diretamente pelo presidente Joe Biden.

O ataque iraniano, ocorrido em 1º de outubro, envolveu o disparo de aproximadamente 200 mísseis balísticos em direção a Israel. O exército israelense informou que a maioria dos projéteis foi interceptada, mas alguns atingiram áreas no centro e no sul do país, provocando danos. Embora Israel ainda não tenha anunciado uma resposta oficial ao ataque, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, declarou que a retaliação será "mortal, precisa e, acima de tudo, surpreendente".

O Pentágono, por sua vez, enfatizou que o envio do sistema THAAD e de uma equipe militar americana a Israel demonstra o "compromisso firme dos Estados Unidos com a defesa de Israel e de cidadãos americanos em território israelense". Este não é o primeiro desdobramento do sistema na região; anteriormente, o Thaad foi enviado ao Oriente Médio após ataques do Hamas contra o sul de Israel, em 2023, e para um exercício conjunto com Israel em 2019.

A recente ofensiva iraniana foi descrita como uma resposta aos assassinatos de figuras-chave no Hezbollah, no Hamas e no Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC), perpetrados por Israel em Beirute e Teerã. Em retaliação, Israel intensificou suas operações militares no Líbano, incluindo ataques aéreos no sul e leste do país, além de áreas de Beirute.

As tensões entre Israel e grupos apoiados pelo Irã, como o Hezbollah, têm escalado nos últimos meses, com frequentes trocas de tiros transfronteiriços desde outubro do ano passado. O Hezbollah justificou os ataques como um ato de solidariedade aos palestinos na Faixa de Gaza. Apesar dos esforços internacionais para mediar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, as tentativas falharam até o momento.


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com BBC e Reuters

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China Inicia Nova Rodada de Jogos de Guerra Perto de Taiwan

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Em um contexto de crescente tensão na região, os militares da China iniciaram uma nova rodada de jogos de guerra nas proximidades de Taiwan no dia 14 de outubro. A manobra, designada como “Joint Sword-2024B”, foi descrita por Pequim como um alerta às “forças separatistas da independência de Taiwan”, sem especificar uma data para a conclusão dos exercícios.

Taiwan, uma ilha autônoma e governada democraticamente, está em estado de alerta devido aos recentes desenvolvimentos, especialmente após o discurso do presidente Lai Ching-te durante a celebração do Dia Nacional da ilha. No evento, Lai afirmou que a China não possui o direito de representar Taiwan e expressou abertura à cooperação com Pequim, uma declaração que foi severamente condenada pelo governo chinês.

O Comando do Teatro Oriental das Forças Armadas da China, em comunicado divulgado às 5h, enfatizou que os exercícios estão sendo realizados no Estreito de Taiwan e em áreas adjacentes ao norte, sul e leste da ilha. A declaração do comando sublinhou que o objetivo do exercício é “proteger a soberania do Estado e a unidade nacional”, descrevendo a operação como “legítima e necessária”.

Em resposta, o Ministério da Defesa de Taiwan repudiou o que classificou de “ato irracional e provocativo” da China, afirmando que suas forças foram enviadas para monitorar a situação e garantir a segurança da ilha. As tensões entre Taiwan e China têm se intensificado nos últimos anos, com Pequim aumentando suas atividades militares na região, enquanto Taiwan reafirma sua soberania e busca apoio internacional.

Esse novo ciclo de exercícios militares reflete não apenas a dinâmica interna de poder entre os dois lados do Estreito de Taiwan, mas também a complexa relação da China com a comunidade internacional, que observa atentamente cada movimento em um dos pontos mais sensíveis da geopolítica asiática. O futuro das relações entre Taiwan e China permanece incerto, com a possibilidade de mais confrontos militares e uma crescente necessidade de diálogo e diplomacia.


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com Reuters

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sábado, 12 de outubro de 2024

Entre a cooperação naval e técnica: o que esperar da aproximação estratégica Brasil-Índia?

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Ambos membros do BRICS, Brasil e Índia possuem uma proximidade diplomática e econômica. Uma amostra disso ocorreu em agosto de 2024, quando o Comandante da Marinha do Brasil (MB), Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, encontrou-se com autoridades da Marinha da Índia no país asiático. Ambos os países possuem uma Base Industrial de Defesa (BID) capaz de construir submarinos e grandes navios de superfície, além de apresentarem um extenso litoral e semelhanças em seus desafios. Logo, quais foram os principais pontos abordados na visita e os possíveis impactos estratégicos para o Brasil?

Durante a visita, desenrolaram-se diálogos sobre áreas estratégicas, como: coleta e compartilhamento de dados de inteligência, segurança cibernética, combate à pirataria, busca e salvamento (SAR, na sigla em inglês), crimes transnacionais e pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (INN). Ademais, dada a capacidade da BID indiana para a construção de submarinos de propulsão nuclear, discutiu-se a possibilidade de parcerias no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos do Brasil, o PROSUB. Com o Brasil tendo reservas de urânio e a tecnologia para enriquecimento do mineral, seria interessante intercâmbio de conhecimento e a promoção de cooperação técnica.

Além disso, em entrevista ao jornal indiano Times Now, o Almirante Olsen afirmou que “capacitação, interoperabilidade e questões doutrinárias comuns” seriam pontos de interesse entre as Marinhas. Destaca-se também a possibilidade de obtenção, por parte do Brasil, de armamentos convencionais, como o míssil de cruzeiro supersônico “BrahMos” e helicópteros leves. Tais aquisições elevariam a capacidade dissuasória da MB, principalmente pelo primeiro se tratar de um míssil de longo alcance. Ademais, a parceria demonstra a importância da BID para o desenvolvimento de tecnologias autóctones no Sul Global, apresentando soluções mais condizentes às realidades locais.

A longo prazo, se devidamente incentivada, a BID desses países poderia adentrar de maneira mais assertiva no mercado internacional de defesa. A visita reforça os laços estratégicos entre duas potências do Sul Global e possibilita importantes parcerias no âmbito da segurança e defesa, além de uma presença mais robusta para ambas no mercado internacional de defesa. A cooperação discutida destaca o potencial de ganhos mútuos e avanços tecnológicos para as duas nações. Além disso, a aquisição de armamentos de última geração, como o míssil “BrahMos”, demonstra a busca do Brasil por uma Marinha mais robusta e dissuasória.

Essa aproximação fortalece a atuação do país no cenário global, especialmente no contexto do BRICS, e sinaliza a intenção de o país consolidar uma presença naval mais forte e tecnologicamente avançada, essencial para a defesa de sua extensa costa e dos interesses brasileiros na sua Zona Econômica Exclusiva — a Amazônia Azul.


por Luciano Veneu


Fonte: EGN - Boletim Geocorrente (Out/2024)
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Ministério da Defesa da Índia Solicita Informações para Aquisição de 6 AEW&C para Reforçar Vigilância Aérea

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No dia 30 de setembro, o Ministério da Defesa da Índia emitiu uma Solicitação de Informações (RFI) para a aquisição de seis Sistemas de Alerta e Controle Aéreo Antecipado (AEW&C) e equipamentos terrestres associados, com o objetivo de reforçar a capacidade de vigilância da Força Aérea Indiana (IAF). A medida faz parte de um esforço estratégico para melhorar a defesa aérea do país, especialmente em suas fronteiras.

O RFI, publicado em 19 de julho, é destinado exclusivamente a fornecedores e fabricantes de equipamentos indianos, destacando a política de priorização da indústria local de defesa. O AEW&C é essencial para a detecção de radar de longo alcance, e inclui um conjunto de sistemas avançados como radar, medidas de vigilância eletrônica (ESM), suporte de comunicação (CSM) e um sistema de comando e controle (C2). Além disso, integra um sistema de gerenciamento de batalhas com capacidade de rede via links de dados.

Requisitos Técnicos e Operacionais

Os sistemas devem ser instalados em aeronaves a jato, com autonomia de voo de pelo menos oito horas, capacidade de reabastecimento em voo, e altitude operacional superior a 40.000 pés. A velocidade de cruzeiro deve exceder Mach 0,7, e os sistemas de navegação devem ser de última geração. Um dos requisitos cruciais é que o radar primário tenha cobertura de 360 graus e consiga rastrear alvos aéreos de grande e pequeno porte em distâncias superiores a 550 km, com uma capacidade de operação em altitudes que variam de 100 a 65.000 pés.

Além disso, a IAF especificou a necessidade de um sistema de identificação de amigos e inimigos, suíte de guerra eletrônica para autoproteção e integração com a rede de comando e controle da força, proporcionando capacidades de operação centradas em rede. As empresas podem propor aeronaves já configuradas para a função AEW&C ou sugerir modificações em aeronaves existentes, inclusive usadas.

Contexto e Expansão da Frota

Atualmente, a IAF opera uma frota limitada de cinco AEW&Cs, composta por três antigos A-50, baseados no IL-76 com aviônicos israelenses, e duas aeronaves Netra, desenvolvidas pela Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa (DRDO). Esses sistemas são vitais para monitorar o espaço aéreo sobre as fronteiras do país, mas ainda são considerados insuficientes frente às capacidades da China e Paquistão, que possuem frotas muito maiores.

O DRDO também está desenvolvendo uma nova geração de AEW&C mais avançada que o Netra, que foi utilizado com sucesso nas operações de Balakote em 2019. Além disso, a IAF adquiriu recentemente aeronaves Airbus A320 e A319 da Air India, que podem ser convertidas para missões de guerra eletrônica e coleta de inteligência, com potencial para também se tornarem plataformas AEW&C.

A comparação com os vizinhos revela uma desvantagem significativa da Índia. A China possui 28 plataformas AEW&C, enquanto o Paquistão tem 12, colocando a Índia em uma posição desafiadora em termos de vigilância aérea. A ampliação da frota da IAF visa reduzir essa diferença e aumentar a capacidade de resposta do país em operações estratégicas.

Essa nova aquisição representa um passo importante para a modernização da Força Aérea Indiana e sua capacidade de enfrentar ameaças no complexo ambiente de segurança regional.

A Competição Indiana e a Incompetência do Governo Brasileiro

A solicitação de informações da Força Aérea Indiana (IAF) para a aquisição de novos Sistemas de Alerta e Controle Aéreo Antecipado (AEW&C) destaca como o Brasil, apesar de ter o potencial da Embraer e sua expertise na fabricação de aeronaves e soluções neste campo de defesa, perde oportunidades valiosas em um mercado global cada vez mais competitivo. A incapacidade do governo brasileiro de investir de forma séria e consistente em defesa e na indústria militar representa um obstáculo significativo para o Brasil e sua base industrial de defesa (BID).

A gestão inadequada das questões de defesa tem resultado em um desinteresse e falta de investimentos, prejudicando o desenvolvimento de tecnologias que poderiam colocar o Brasil em uma posição de destaque nesse setor. Enquanto a Índia está se preparando para modernizar suas capacidades de vigilância aérea, o Brasil permanece estagnado, sem uma estratégia clara que aproveite a experiência e as capacidades da Embraer e demais empresas de sua BID.

A situação atual impede que o Brasil dispute contratos importantes, como o da Índia, onde a demanda por AEW&C está crescendo. Em vez de aproveitar a competitividade das plataformas brasileiras, a falta de um orçamento adequado e de um plano estratégico de defesa impede que o país se posicione como um fornecedor nesse mercado.

A inação do governo não só prejudica a segurança nacional, mas também bloqueia o potencial de crescimento econômico associado à indústria de defesa. Com investimentos adequados, o Brasil poderia não apenas gerar empregos e estimular a economia, mas também estabelecer parcerias internacionais e abrir novos mercados para suas aeronaves e soluções tecnológicas.

Em resumo, a incompetência gerencial do governo brasileiro em relação à defesa e ao investimento sério em tecnologia e seus programas estratégicos de defesa, está fazendo com que o Brasil perca oportunidades valiosas. Para competir efetivamente em um mercado global em rápida evolução, é imperativo que o Brasil adote uma abordagem proativa e estratégica em relação à sua base industrial de defesa, e principalmente as suas forças armadas, garantindo que as mesmas contem com sistemas avançados que atendam aos desafios do cenário moderno, e sirvam como vitrine para o mercado global de defesa, defendendo não só a nossa soberania, mas gerando retorno e crescimento econômico.


por Angelo Nicolaci



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com informações da RA-Índia

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Exercício Temático da Dimensão Informacional Marca Cursos de Operações na Selva

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Em 11 de outubro de 2024, os alunos dos Cursos de Operações na Selva (COS) do Exército Brasileiro participaram de um Exercício Temático focado na dimensão informacional, como parte das Operações de Cooperação e Coordenação com Agências (OCCA). A atividade, voltada para oficiais e praças, contou com a presença do Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves, que destacou a relevância dessas operações para as estratégias do Comando Militar da Amazônia (CMA).

O exercício teve como objetivo demonstrar a importância do trabalho conjunto entre o Exército Brasileiro e outras agências, evidenciando a sinergia que maximiza os resultados em operações de segurança e desenvolvimento na Amazônia. Os alunos dos cursos para Capitães e Tenentes (Categoria "B") e Subtenentes e Sargentos (Categoria "C") se aprofundaram em questões ligadas à temática indígena e às populações amazônidas, reforçando a ideia da proteção e preservação dessa região vital para o Brasil.

Durante as suboficinas realizadas, os alunos lideraram reuniões estratégicas e trabalharam na identificação de atividades que apoiam a ideia de que a presença militar na Amazônia é essencial para sua defesa e para a interação com outros órgãos governamentais. A mensagem central transmitida foi clara: "Exército Presente, Amazônia Protegida", refletindo o papel do Exército Brasileiro na proteção das fronteiras e na preservação dos recursos naturais da região.

O Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), renomado por sua excelência, continua a formar líderes capacitados para atuar em um dos ambientes mais exigentes do planeta, reforçando a presença estratégica do Brasil na Amazônia e a importância da cooperação interagências para enfrentar os desafios da região.


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com Exército Brasileiro

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MINEX 2024: Marinha do Brasil realiza Exercício de Guerra de Minas com Navios e Sistemas Marítimos Não Tripulados

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Entre os dias 7 e 11 de outubro de 2024, a Marinha do Brasil (MB) conduziu o exercício de Guerra de Minas "MINEX 2024" na Baía de Todos-os-Santos, em Salvador (BA). O objetivo do exercício foi aprimorar as operações de Minagem e Contramedidas de Minagem (CMM) e testar Sistemas Marítimos Não Tripulados (SMNT) em desenvolvimento. A coordenação do evento ficou a cargo do Comando do 2º Distrito Naval (Com2ºDN), responsável pelo planejamento e execução das atividades.

Diversas unidades da Marinha, incluindo o Comando da Força de Minagem e Varredura, participaram da operação com os Navios-Varredores Aratu (M 15), Atalaia (M 17) e Araçatuba (M 18), além da Corveta Caboclo (V 19), que teve papel central nas operações de Minagem e no lançamento de minas de exercícios.


Durante o exercício, os militares realizaram simulações de lançamento e recolhimento de minas, varreduras mecânicas e imageamento das áreas de operação. Um dos pontos altos foi o uso de Sistemas Marítimos Não Tripulados, como o Veículo de Superfície Não Tripulado (VSNT), operado pelo CASNAV, e o Light Autonomous Underwater Vehicle (LAUV), controlado pelo Instituto de Pesquisa da Marinha (IPqM).

Esses veículos desempenharam um papel crucial na localização, classificação e neutralização de minas submersas. O VSNT foi utilizado para varredura inicial da área, enquanto o LAUV mapeou e confirmou as minas detectadas, trazendo um avanço significativo para a defesa submarina da Marinha.

O Comandante da Força de Minagem e Varredura, Capitão de Fragata Rodrigo Bouças, destacou a importância estratégica dessas operações para manter as rotas marítimas seguras, enquanto o Vice-Almirante Antonio Carlos Cambra, Comandante do 2º Distrito Naval, ressaltou o realismo das atividades e o impacto dos sistemas não tripulados no fortalecimento do Poder Naval.

A MINEX 2024 também serviu como plataforma para testes de novos sistemas, como o Console de Imagens Táticas em Realidade Aumentada (CITRA), integrando imagens de alta resolução para melhorar a consciência situacional. Essas iniciativas reafirmam o compromisso da Marinha em avançar nas capacidades operacionais e tecnológicas, alinhadas às demandas de defesa e inovação científica.

O sucesso da operação demonstra o progresso contínuo da Marinha do Brasil no desenvolvimento de capacidades autônomas para operações de alta complexidade, fortalecendo a soberania marítima do país.


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com Marinha do Brasil

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ESA realiza "Estágio de Operações Contra Forças Irregulares" para alunos de Infantaria e Engenharia

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A Escola de Sargentos das Armas (ESA), por meio de sua Seção de Instrução Especial, conduziu o "Estágio de Operações Contra Forças Irregulares" entre os dias 30 de setembro e 5 de outubro de 2024. A atividade contou com a participação de 251 alunos dos cursos de Infantaria e Engenharia e foi realizada nos municípios de São Tomé das Letras, Luminárias e São Bento Abade, em Minas Gerais.

O estágio teve como objetivo desenvolver nos futuros sargentos habilidades cognitivas, psicomotoras e atitudinais, preparando-os para enfrentar cenários de combate em operações continuadas. A instrução foi elaborada para maximizar a imitação de situações de combate real, aprimorando a capacidade de decisão e a resistência dos militares em situações de estresse operacional.

Durante as atividades finais, os alunos realizaram operações em ambiente rural, utilizando diversos meios de deslocamento, como transporte motorizado, a pé e por via aérea. O Comando de Aviação do Exército (CAVEx) foi responsável pelo apoio aéreo, proporcionando uma experiência completa e aproximada da realidade em combate irregular.

Esses exercícios são essenciais para a formação dos futuros sargentos, que serão os líderes diretos nas unidades operacionais do Exército Brasileiro. A prática de técnicas e táticas contra forças irregulares, como guerrilhas e insurgências, é um componente crítico da preparação militar moderna, especialmente em cenários de conflito assimétrico.


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Secretário Nacional de Segurança Pública visita o Comando de Operações Terrestres (COTER)

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No dia 9 de outubro, o Secretário Nacional de Segurança Pública (SENASP), Mario Luiz Sarrubbo, realizou uma visita ao Comando de Operações Terrestres (COTER), simbolizando um importante passo na integração entre as forças de segurança e o Exército Brasileiro.

Recebido pelo General de Exército André Luis Novaes Miranda, Comandante de Operações Terrestres, o secretário participou do Briefing Semanal de Consciência Situacional, conduzido pela Chefia do Emprego da Força Terrestre. Essa reunião apresentou uma visão estratégica das operações em curso e discutiu a situação atual da segurança no país.

A comitiva da SENASP contou ainda com a presença de importantes autoridades do setor, como o Diretor de Operações Integradas, Rodney da Silva, a Diretora do Fundo Nacional de Segurança Pública, Camila Pintarelli, e o Assessor João Paulo Orsini Martinelli.

Durante as discussões, foram abordados temas cruciais para a segurança pública, como a atuação nas áreas de fronteira, a participação de policiais brasileiros em missões de paz da ONU e a necessidade de uma maior integração entre as instituições de segurança pública e as Forças Armadas. 

Esse diálogo reflete a busca por um trabalho conjunto mais eficaz entre as instituições, promovendo maior segurança tanto nas regiões de fronteira quanto no restante do território nacional. A visita destacou o compromisso do governo federal em fortalecer a cooperação e o alinhamento entre as diversas áreas responsáveis pela segurança no Brasil.


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RQ-2 "NAURU 500C" da Marinha do Brasil amplia operações de busca e salvamento marítimo

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O Serviço de Busca e Salvamento Marítimo (SALVAMAR Brasil), coordenado pela Marinha do Brasil (MB), recebeu um importante reforço com a chegada da aeronave remotamente pilotada (ARP) NAURU 500C, rebatizada como “RQ-2” pela Marinha do Brasil. O novo sistema de aeronave remotamente pilotada (SARP), com alcance de 60 km e autonomia de até quatro horas, promete aumentar a eficiência e a precisão das operações de busca e salvamento, especialmente no litoral brasileiro e em águas interiores.

A entrega do "RQ-2" ocorreu na última quinta-feira (10), em cerimônia no Comando da Força Aeronaval (ComForAerNav), em São Pedro da Aldeia (RJ). O evento marcou a parceria entre a Marinha do Brasil, representada pelo Comando de Operações Marítimas e Proteção da Amazônia Azul (COMPAAz), e as empresas Shell Brasil Petróleo Ltda, CLS Brasil e Xmobots. O objetivo dessa colaboração é desenvolver sistemas e tecnologias que melhorem a agilidade e a qualidade das operações de busca e salvamento marítimo.

A nova aeronave remotamente pilotada (ARP), equipada com câmeras de alta resolução e transmissão de dados em tempo real, vai atuar junto ao 1° Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas (EsqdQE-1), trazendo inovações ao Sistema de Planejamento e Apoio à Decisão em Operações de Busca e Salvamento (SPAD-SAR). Segundo o Comandante da Força Aeronaval, Contra-Almirante Emerson Gaio Roberto, essa aquisição é um exemplo do "elevado potencial da Base Industrial de Defesa do Brasil" e das soluções tecnológicas que ela pode oferecer às Forças Armadas.

Com decolagens e pousos verticais, o RQ-2 pode ser operado tanto em terra quanto a partir de conveses de navios, sendo capaz de operar em condições adversas. Ele pode enfrentar ventos de até 60 km/h e alcançar altitudes superiores a 1.300 metros. Além disso, sua capacidade de operações BVLOS (além da linha de visão direta do piloto remoto) garante sua eficácia em missões complexas de inteligência, vigilância e reconhecimento, graças à tecnologia 100% nacional de hardware e software.

O Contra-Almirante Pedro Augusto Bittencourt Heine Filho, Comandante de Operações Marítimas e Proteção da Amazônia Azul, destacou que o RQ-2 trará maior agilidade às missões de busca e salvamento do SALVAMAR, fortalecendo a salvaguarda da vida humana no mar. Essa inovação faz parte de um esforço contínuo da Marinha do Brasil para incorporar tecnologias avançadas em suas operações, garantindo mais eficiência nas ações de resgate.

Desenvolvida pela brasileira Xmobots, a aeronave também é certificada pela ANAC, eliminando a necessidade de equipamentos adicionais de lançamento e recolhimento. Claudio Guanaes, representante da Shell Brasil Petróleo Ltda., afirmou que a parceria resultou em um sistema inovador e de grande utilidade, fruto de um projeto de pesquisa e desenvolvimento focado na melhoria das operações de busca e salvamento.

Essa nova aquisição reforça o compromisso da Marinha do Brasil com a inovação tecnológica e a proteção da Amazônia Azul, aumentando significativamente as capacidades de suas operações no mar.


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“IBSAMAR VIII”: Fragata "Defensora" participa do exercício internacional na África do Sul

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No último domingo (6), com a atracação da Fragata “Defensora” em Simon’s Town, cidade portuária na África do Sul, a Marinha do Brasil deu início à Operação “IBSAMAR VIII”. O Grupo-Tarefa brasileiro é composto, além da Fragata, por sua aeronave orgânica AH-11B “Wild Lynx” (EsqdHA-1 "Lince") e um Destacamento de Mergulhadores de Combate. Participam do exercício combinado a Fragata indiana “Talwar” e a Fragata sul-africana “Amatola”, com suas respectivas aeronaves e Destacamentos de Mergulhadores de Combate.


Na primeira fase da Operação, concluída na quarta-feira (9), foram firmados compromissos diplomáticos e realizadas reuniões de planejamento entre as três Marinhas, com a presença de autoridades locais e indianas, estreitando os laços de cooperação entre os países participantes.


Durante os eventos da fase de porto, as delegações brasileiras e indianas foram recebidas pelas autoridades locais na Base Naval de Simon’s Town. Nesse contexto, foi assinado o Implementing Arrangement pelo diretor da Operação Combinada, Capt S. M. Majozi (SA), pelo Adido de Defesa brasileiro na África do Sul e pelo Adido Naval da Índia. O documento estabelece procedimentos e define responsabilidades entre os participantes da “IBSAMAR VIII”.

Ainda nessa fase, a Fragata “Defensora” recebeu as visitas protocolares do Comandante da Marinha da África do Sul, Vice-Almirante Monde Lobese, e do Ministro Conselheiro da Embaixada do Brasil na África do Sul, Sr. Murilo Vieira Komniski, reforçando a importância da presença do navio brasileiro em território sul-africano e da cooperação entre as nações participantes.

Após os eventos de planejamento, os navios suspenderam na quinta-feira (10) para a segunda fase da Operação. Nessa fase, serão realizados exercícios no mar, incluindo manobras táticas entre os navios, ações de abordagem com o Grupo de Visita e Inspeção em conjunto com os Mergulhadores de Combate brasileiros e indianos, além de operações aéreas envolvendo aeronaves dos três países.


A Operação “IBSAMAR” ocorre a cada dois anos desde 2008, revezando entre as costas da Índia e da África do Sul. O Brasil já participou com diversos navios, como as Fragatas “Independência” e “Niterói”, a Corveta “Barroso” e o Navio-Patrulha Oceânico “Amazonas”.


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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Exército Turco Recebe Carros de Combate M60T Modernizados

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O Exército da Türkiye deu mais um passo na modernização de sua frota de carros de combate com a aceitação dos primeiros carros de combate M60T atualizados. Após rigorosos testes de aceitação, o Ministério da Defesa turco confirmou que esses carros de combate, modernizados no âmbito do programa TİYK, estão prontos para entrar em serviço, reforçando as capacidades militares do país.

Os M60T, que passaram por uma série de melhorias, fazem parte do programa de modernização que também inclui os carros de combate Leopard 2A4. Entre as principais atualizações realizadas nos M60T estão melhorias significativas na blindagem, no sistema de controle de tiro e na integração de novos sistemas de comando e controle (C2). Essas modificações visam não apenas aumentar a sobrevivência e eficácia dos veículos no campo de batalha, mas também colocá-los no mesmo nível das tecnologias mais recentes empregadas em carros de combate de última geração.

Um dos avanços mais notáveis no M60T é o novo sistema de controle de tiro VOLKAN-M, desenvolvido pela empresa turca Aselsan, substituindo o sistema anterior de origem estrangeira. O VOLKAN-M melhora consideravelmente a precisão do canhão principal e aumenta o alcance de tiro efetivo, fatores que são cruciais para o desempenho em combate. Além disso, esse sistema é um exemplo da crescente capacidade da Türkiye em desenvolver soluções militares locais, utilizando tecnologias avançadas que também foram aplicadas no desenvolvimento do carro de combate ALTAY, o mais moderno do país.

Outro elemento importante da modernização dos M60T é a torre MZK de 105 mm, projetada pela Roketsan. Esta torre, além de ser mais leve que a versão padrão do M60A3, oferece uma proteção muito superior, graças à blindagem composta e aos blocos de blindagem reativa. A presença de um carregador automático na torre é outro diferencial importante, algo que os modelos M60A3 e M60T originais não possuíam, e que proporciona uma maior eficiência no combate.

O programa de modernização TİYK reflete o compromisso da Türkiye em manter suas forças armadas equipadas com a mais recente tecnologia de defesa, além de demonstrar a habilidade do país em adaptar e aprimorar veículos que, apesar de mais antigos, podem continuar desempenhando um papel relevante nas operações militares. O M60T, em sua versão modernizada, não apenas oferece maior proteção para a tripulação, mas também melhora a capacidade de resposta e sua letalidade no campo de batalha.

Além dos avanços tecnológicos implementados nos M60T, o programa de modernização também está atraindo a atenção internacional. Recentemente, a ASELSAN foi contratada para modernizar os carros de combate Leopard 2A4 do Chile, com negociações em andamento para a modernização dos Leopard 1V chilenos. Essa expansão para mercados de exportação ressalta a confiança internacional nas soluções tecnológicas desenvolvidas pela indústria de defesa turca, que continua a se consolidar como uma das mais competitivas do mundo.

A Türkiye, ao modernizar seus carros de combate, não apenas aumenta sua própria capacidade de defesa, mas também se posiciona como um importante ator no cenário global de defesa. Com os M60T atualizados e o desenvolvimento contínuo de tecnologias como o VOLKAN-M e as torres de combate leves da Roketsan, o país demonstra sua capacidade de combinar inovação com a revitalização de plataformas existentes, oferecendo veículos altamente eficazes e prontos para enfrentar os desafios do campo de batalha moderno.

Os carros de combate M60T modernizados agora estão prontos para servir nas forças armadas da Türkiye, proporcionando ao Exército uma frota mais avançada e capaz de enfrentar as demandas dos conflitos modernos.


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BAE Systems Assina Contrato Milionário com Exército norte americano para Novos AMPVs

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A BAE Systems anunciou em 9 de outubro de 2024 a assinatura de um contrato no valor de US$ 184 milhões para a produção de 48 novos Veículos Blindados Multifuncionais (AMPV) para o Exército dos Estados Unidos. Esse pedido adicional integra-se ao contrato de produção já existente, refletindo o compromisso da empresa em modernizar as forças armadas norte-americanas e garantir a entrega de veículos capazes de atuar nos complexos cenários de guerra moderna.

Os AMPVs vêm substituindo os antigos Veículos Blindados de Transporte de Pessoal M113, uma mudança que visa não apenas atualizar a frota, mas também fornecer uma série de melhorias substanciais. Essas melhorias incluem maior capacidade de sobrevivência no campo de batalha, mobilidade aprimorada, maior fornecimento de energia a bordo e melhor interoperabilidade com outros sistemas, fatores essenciais para o desempenho das Brigadas Blindadas de Combate do Exército dos EUA. A produção desses veículos faz parte de um plano mais amplo de modernização, garantindo que as forças terrestres estejam equipadas para enfrentar os desafios do futuro.

Bill Sheehy, diretor do programa AMPV da BAE Systems, destacou a importância de fornecer aos soldados veículos que já foram amplamente testados e aprovados em suas funções. Segundo Sheehy, o avanço para a fase de produção em escala total é um marco notável. Ele também enfatizou as parcerias com o Exército e os fornecedores, que têm sido cruciais para garantir a entrega desses veículos em volumes maiores e de forma sustentável. O foco é garantir que os soldados em campo estejam equipados com o que há de mais moderno e confiável em termos de tecnologia militar.

A linha de veículos AMPV é composta por cinco variantes, cada uma delas projetada para desempenhar uma função específica no campo de batalha. A variante de Emprego Geral (GP) oferece versatilidade no transporte de tropas e equipamentos, enquanto o Porta-Morteiros (MC) foi desenvolvido para fornecer apoio de fogo indireto. O veículo de Evacuação Médica (ME) é fundamental para retirar soldados feridos do campo de batalha com segurança e rapidez, enquanto a versão UTI (MT) permite o atendimento no local. Já a variante de Comando e Controle (MCMD) é vital para as operações, possibilitando que os comandantes mantenham uma visão estratégica em tempo real das operações.

Além da produção dos 48 novos veículos, a BAE Systems está em fase final de uma expansão significativa em sua planta industrial de York, Pensilvânia, onde a linha de produção dos AMPVs está localizada. Essa expansão faz parte de um esforço mais amplo que envolve não apenas York, mas também outras instalações da rede industrial da BAE Systems, como Aiken, na Carolina do Sul; Anniston, no Alabama; Phoenix, no Arizona; e Sterling Heights, no Michigan. Esse crescimento será essencial para aumentar a capacidade de produção e atender tanto à crescente demanda do Exército dos EUA quanto a potenciais compradores internacionais.

A BAE Systems, ao longo dos anos, tem se mostrado um dos principais fornecedores de soluções de defesa em todo o mundo, com um portfólio diversificado que inclui desde sistemas de combate até tecnologias avançadas de proteção. A produção dos AMPVs é um exemplo claro desse compromisso, trazendo para o mercado de defesa veículos que incorporam as mais recentes inovações tecnológicas, como blindagens de última geração, sistemas de navegação avançados e recursos multifuncionais que ampliam a capacidade operacional das forças armadas.


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Rússia Enfrenta Perdas Históricas, Com Mais de 600 Mil Soldados Mortos ou Feridos na Ucrânia

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A guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, tomou proporções inesperadas e devastadoras para ambos os lados. O que parecia ser uma operação rápida, planejada pela Rússia para desestabilizar o governo ucraniano e controlar a região, se transformou em um conflito prolongado e sangrento. No dia 9 de outubro de 2024, analistas dos EUA revelaram que as baixas russas já somavam mais de 600 mil soldados mortos ou feridos, um número assustador que reflete a escala do embate e a resistência feroz dos ucranianos.

Desde os primeiros dias, a Ucrânia demonstrou que não estava disposta a ceder facilmente. Com o apoio constante de vários países, com armamentos chegando para alimentar o seu esforço de resistência, as forças ucranianas conseguiram não só deter os avanços russos, como também enfraquecer seriamente as linhas de frente russas. Os soldados russos, que imaginavam uma vitória rápida, se viram presos em uma guerra de atrito, com batalhas travadas em cada rua, cidade e campo.

Os números são alarmantes. Em dezembro de 2023, um relatório da inteligência americana já apontava que as baixas russas haviam passado de 315 mil, praticamente 90% das tropas que Moscou mobilizou inicialmente. Isso era considerado impressionante à época, mas o que veio a seguir foi ainda pior. Nos primeiros meses de 2024, a Rússia continuou a sofrer grandes perdas, e, em setembro, o país experimentou seu mês mais mortal na guerra até então, com milhares de soldados feridos e mortos.

Essas baixas não são apenas humanas. O poderio militar da Rússia também está sendo seriamente comprometido. A Ucrânia, com sua capacidade de operar drones e sistemas avançados de defesa aérea, tem destruído vastos arsenais russos. Estima-se que mais de dois terços dos carros de combate russos foram destruídos ou capturados. Diante disso, o Kremlin foi forçado a recorrer a equipamentos antigos, tirando da reserva carros de combate da era soviética e veículos blindados que, muitas vezes, não resistem ao fogo ucraniano.

O uso de drones se tornou uma peça fundamental na estratégia ucraniana. Em outubro de 2024, os serviços de inteligência ucranianos destruíram um grande depósito de drones Shahed, usados pela Rússia em ataques aéreos, em Oktyabrsk, na região de Krasnodar. Esse ataque específico foi simbólico, pois atingiu um ponto vital das operações aéreas russas, prejudicando gravemente sua capacidade de lançar novos ataques. Outro ataque relevante foi realizado na Base Aérea de Khanskaya, onde bombardeiros russos estavam estacionados. Mesmo que o impacto total ainda não seja conhecido, atingir uma base desse porte, onde estavam concentrados mais de 50 aeronaves e helicópteros, foi um golpe duro para Moscou.

Apesar dessas vitórias, a Ucrânia não está livre de dificuldades. Os ataques diários das forças russas continuam a desgastar as defesas ucranianas, especialmente em regiões estratégicas como Donetsk e Kursk. Nessas áreas, os combates são intensos, com cada metro de território sendo disputado com sangue. O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) relatou que, em batalhas travadas em maio e junho de 2024, a Rússia perdeu mais de 1.600 veículos blindados enquanto tentava avançar nas regiões de Avdiivka e Pokrovsk, demonstrando o quanto o conflito se arrastou para uma batalha de resistência.

Do lado ucraniano, a defesa continua forte graças ao suporte de países aliados, especialmente na questão da defesa aérea. Sistemas ocidentais têm desempenhado um papel essencial para proteger cidades e infraestrutura crítica dos ataques de mísseis e drones russos. No entanto, há uma preocupação crescente de que os estoques de armas defensivas da Ucrânia possam estar se esgotando, exigindo esforços contínuos dos aliados para manter o fluxo de equipamentos e munições.

Embora o governo russo continue a insistir que a invasão da Ucrânia é uma operação necessária, a realidade no campo de batalha sugere o contrário. As perdas humanas, materiais e políticas são imensas. O número de 600 mil baixas russas é um reflexo claro do preço que Moscou está pagando por essa guerra. Para a Ucrânia, a resistência tem sido heroica, mas igualmente dolorosa, com o país enfrentando também pesadas perdas e um futuro incerto.

O que fica claro é que, apesar das expectativas iniciais de ambos os lados, este conflito está longe de uma resolução simples. Cada dia traz novas batalhas, mais destruição e uma contagem crescente de baixas. O mundo assiste, tentando compreender como a guerra que começou em fevereiro de 2022 se tornou um dos confrontos mais brutais e prolongados da história militar recente. A questão que resta agora é quanto mais ambos os lados podem suportar antes que o custo humano e econômico se torne insustentável.


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