O ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, confirmou que o país firmou um acordo para receber aeronaves Dassault Mirage 2000, embora não tenha especificado a data de entrega. Além disso, a Ucrânia está em negociações para adquirir outros caças de ponta, incluindo os suecos Saab JAS 39 Gripen e o Eurofighter Typhoon, de origem europeia.
Em uma entrevista transmitida na televisão nacional no dia 22 de setembro, Umerov afirmou que os resultados dessas negociações devem ser anunciados em breve. Ele também destacou o trabalho contínuo da Ucrânia na formação de pilotos e no desenvolvimento da infraestrutura necessária para suportar as novas aeronaves. "Nosso foco este ano é crescer o suficiente para obter vantagem no combate aéreo sobre o inimigo", disse o ministro.
A necessidade de reforçar a defesa aérea da Ucrânia é clara, dado que a Rússia opera uma força aérea significativa, composta por até 300 aeronaves e 300 helicópteros. Umerov explicou que a Ucrânia tem comunicado aos seus aliados a quantidade de esquadrões e aviões que necessita, além de especificar quais plataformas e armamentos seriam mais adequados para enfrentar as forças russas.
O presidente francês, Emmanuel Macron, já havia anunciado, em 6 de junho, a transferência de um número não especificado de caças Mirage 2000-5 para a Ucrânia. Na ocasião, Macron também confirmou que pilotos ucranianos seriam treinados na França. O Mirage 2000-5, em serviço na Força Aérea Francesa por quase 25 anos, é uma peça fundamental da defesa aérea francesa, ainda que considerado menos avançado que o Rafale.
No entanto, a decisão de enviar os Mirage 2000-5 para a Ucrânia levantou questões devido ao número limitado dessas aeronaves na França e sua importância estratégica para as operações militares francesas. A formação de uma coalizão internacional, semelhante àquela que coordena a entrega de caças F-16 à Ucrânia, está em andamento para obter aeronaves adicionais de outros países, como Qatar e Emirados Árabes Unidos.
Apesar do apoio, alguns especialistas questionam se o Mirage 2000-5 será capaz de atender plenamente às necessidades da Ucrânia. A Força Aérea Ucraniana precisa de aeronaves com capacidades de mísseis de longo alcance para combater as aeronaves russas que operam longe das linhas de frente. Embora o Mirage 2000-5 seja equipado com mísseis ar-ar MICA, com alcance de até 100 quilômetros, ele pode não ser suficiente para enfrentar a força aérea russa de forma eficaz.
Além disso, a Ucrânia ainda mantém discussões sobre a aquisição dos caças Gripen, fabricados pela Suécia. Em julho, surgiram relatos de que o país teria rejeitado uma oferta sueca devido às dificuldades de adotar e integrar dois tipos de aeronaves ocidentais ao mesmo tempo, uma vez que já recebeu os F-16. No entanto, a possibilidade de transferência dos Gripen permanece em aberto, especialmente com a inclusão de componentes para esses jatos no recente pacote de ajuda sueca.
A integração das novas aeronaves, como o Mirage 2000-5, o Gripen e o Eurofighter Typhoon, exigirá a superação de desafios logísticos e a adaptação da infraestrutura ucraniana. Ainda assim, a experiência com os F-16 pode servir como base para a futura incorporação de outros caças ocidentais, potencialmente ampliando a capacidade de defesa aérea da Ucrânia.
Com a guerra ainda em curso, a aquisição dessas aeronaves e o suporte contínuo de seus aliados podem marcar uma nova fase na estratégia de defesa da Ucrânia, oferecendo uma vantagem importante contra o domínio aéreo russo.
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com agências de notícias
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