domingo, 22 de setembro de 2024

Operação CORE 24: Fortalecendo laços e capacitação entre Exércitos Brasileiro e Americano

A Operação CORE 24, realizada em colaboração entre o Exército Brasileiro e o Exército dos Estados Unidos, representa um importante marco na cooperação militar entre as duas nações. Desde o seu início em agosto, as tropas brasileiras têm demonstrado um notável nível de integração e interoperabilidade com as forças americanas, consolidando sua prontidão em cenários internacionais.

O General de Exército André Luis Novaes Miranda, Comandante de Operações Terrestres (COTER), acompanhou parte das atividades e enfatizou o histórico vínculo entre as duas instituições, mencionando parcerias durante a Segunda Guerra Mundial e outros conflitos. “Todo o sistema de preparo e o Sistema de Prontidão Operacional do Exército está ganhando com a CORE, porque nós estamos comparando, aprendendo e compartilhando problemas com um exército que tem uma doutrina muito parecida com a nossa”, destacou o General Novaes.

A 23ª Brigada de Infantaria de Selva (23ª Bda Inf Sl), com sede em Marabá (PA), foi responsável pela condução dos exercícios "Munduruku", que elevaram o nível de adestramento de suas tropas para a participação nas operações prevista pela CORE 24. Iniciados em março de 2023, esses exercícios incluíram um preparo intensivo, com outros três exercícios realizados em 2024 antes da CORE 24.

O General de Brigada Eduardo da Veiga Cabral, Comandante de Brigada, ressaltou o impacto positivo do preparo na progressão contínua da operacionalidade da tropa, desde a integração das funções de combate até o comando e controle. “Observamos um avanço significativo na parte de planejamento e na consciência situacional”, afirmou.

A Operação CORE 24

A fase inicial da operação, conhecida como RSOI (Recepção, Preparação, Movimento contínuo e Integração), foi essencial para a adaptação das tropas brasileiras, que ocuparam um Aerial Port of Debarkation (APOD) e receberam viaturas para manobras subsequentes. A CORE 24 foi realizada no Fort Johnson, Louisiana, no Joint Readiness Training Center (JRTC), e incluiu atividades como assaltos aeromóveis com aeronaves AH-64 Apache, UH-60 Black Hawk e CH-47 Chinook.

Um destaque importante foi a participação de 15 observadores e controladores brasileiros, que passaram por treinamento específico na Observer Coach and Trainer Academy, contribuindo para a certificação da prontidão das tropas e o aprimoramento da Doutrina Militar Terrestre brasileira.

A Operação CORE 24 reafirma a capacidade do Exército Brasileiro de operar em conjunto com forças estrangeiras, mostrando alta competência e adaptabilidade. Parte de um programa de cooperação assinado em 2021, a operação prevê exercícios bilaterais anuais até 2028, com a próxima edição programada para 2025, a ser realizada na Caatinga brasileira.

O General Novaes reiterou que os benefícios já são perceptíveis: “Estamos num ciclo de oito anos, e o objetivo é alcançar níveis de interoperabilidade que já estão mais próximos do que prevíamos para esse período”.

Com a continuidade desses exercícios, os laços entre os dois exércitos se fortalecem, proporcionando ganhos constantes em termos de doutrina e capacidade operacional.


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com Exército Brasileiro

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