Buscando fortalecer suas capacidades navais, o governo canadense iniciou oficialmente o processo para aquisição de até 12 submarinos com propulsão convencional. O Ministro da Defesa, Bill Blair, anunciou em 16 de setembro que essa nova frota será essencial para manter a soberania do Canadá, país com a maior extensão costeira do mundo, abrangendo o Ártico, Atlântico e Pacífico.
A atual frota de submarinos da classe Victoria, operada pela Marinha Real Canadense, está programada para ser desativada em meados da década de 2030. Para evitar um possível hiato nas capacidades de defesa submarina, Blair destacou que o objetivo é estabelecer o contrato de construção até 2028, com o primeiro submarino sendo entregue até 2035.
O governo canadense solicitou que fornecedores globais enviem informações sobre seus submarinos até 18 de novembro deste ano. Os novos submarinos deverão ser capazes de operar em ambientes árticos, incluindo operações sob gelo, além de executar ataques de precisão com torpedos pesados, mísseis antinavio e mísseis de longo alcance para ataques terrestres.
Blair também enfatizou que a aquisição abrirá oportunidades para a indústria canadense em áreas como suporte técnico, treinamento e desenvolvimento de infraestrutura. O Canadá, que não constrói seus próprios submarinos, espera adquirir embarcações de fornecedores internacionais.
A iniciativa também é vista como parte de um esforço mais amplo para atender às pressões da OTAN, que exige que seus membros gastem pelo menos 2% do PIB em defesa. A aquisição dos submarinos, além de reforçar a capacidade defensiva do Canadá, ajudará o país a cumprir essa meta e responder às demandas crescentes de seus aliados para aumentar seu investimento em segurança e defesa.
Essa nova frota de submarinos será crucial para a proteção das águas canadenses e para garantir que o país mantenha um papel estratégico relevante nas operações navais internacionais, em particular na defesa das regiões do Ártico, cuja importância geopolítica tem crescido diante das mudanças climáticas e das disputas territoriais emergentes.
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