Neste 7 de setembro, o Brasil celebra 202 anos de sua independência, um marco histórico que deveria simbolizar a autonomia de um país e a emancipação de sua população. No entanto, o Brasil de hoje parece estar longe de alcançar a verdadeira independência em diversas esferas – especialmente na política, cultura e liberdade de expressão.
Ao longo de nossa história, enfrentamos repetidos ciclos de progresso e estagnação. A corrupção, as disputas ideológicas e os jogos de poder entre os três poderes sempre foram obstáculos ao crescimento sustentável. A grande mídia, que muitas vezes atua mais como manipuladora de narrativas do que como informante imparcial, contribuiu para criar uma atmosfera de polarização. Atualmente, vivemos uma nova fase em que a liberdade de expressão, conquistada a duras penas, está sob ataque, desta vez por aqueles que afirmam defender a democracia.
Na linha de frente desta batalha, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com sua alegada "cruzada em defesa da democracia", tem imposto medidas que vêm sendo criticadas por impor censura e silenciar vozes dissonantes. O embate mais notável é contra o "X", o que representa uma plataforma popular de discussões, opiniões e circulação de informações. Sob o pretexto de combater a desinformação, o que se observa é uma repressão às liberdades fundamentais garantidas pela Constituição de 1988.
A censura disfarçada de proteção à democracia levanta um debate crucial: até que ponto a intervenção estatal, ou de qualquer poder, pode se sobrepor aos direitos civis? O Brasil, que se diz uma nação independente, vê seus cidadãos perderem o direito à voz. Se na época colonial éramos subjugados pelos interesses externos e pelo latifúndio, hoje somos reféns de decisões unilaterais e ações arbitrárias, que muitas vezes não refletem o interesse público.
A repressão à liberdade de expressão, seja pela censura ou por decisões autocratas do judiciário, lembra que, apesar de 202 anos de independência, o Brasil ainda não se libertou de suas amarras. O que temos presenciado é um retrocesso em termos de garantias individuais, onde a centralização de poder desafia a autonomia e pluralidade, características essenciais de uma democracia vibrante.
Enquanto nos lembramos da luta pela independência formal do Brasil, também precisamos lutar por uma independência que vá além do símbolo: uma nação onde a liberdade de opinião não seja vista como um perigo, mas como um direito essencial. Os desafios são muitos, mas sem uma população atenta e disposta a defender esses direitos, a independência corre o risco de se tornar apenas uma data no calendário.
Hoje, refletimos sobre o que significa realmente ser independente.
Por Angelo Nicolaci
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