segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Operação "Fraterno XXXVII": Marinhas do Brasil e Argentina Realizam Manobras Táticas na Fase Marítima

Na manhã deste domingo (18), as Águas Jurisdicionais Argentinas foram palco de manobras táticas executadas por navios e aeronaves da Marinha do Brasil (MB) e da Armada da República Argentina (ARA). As atividades fazem parte da fase marítima da Operação "Fraterno XXXVII", que teve início no sábado (17), e visam fortalecer a cooperação e a interoperabilidade entre as duas forças navais.

Durante os exercícios, os meios navais de ambas as Marinhas realizaram treinamentos de aproximação e manutenção de posições enquanto navegavam em formação. Essas ações são fundamentais para aprimorar a preparação dos navios, permitindo o estabelecimento de dispositivos que aumentem a capacidade de defesa ou ataque no mar. Esses treinamentos são essenciais para garantir o controle de áreas marítimas estratégicas, proteger o tráfego marítimo e salvaguardar infraestruturas críticas do poder marítimo no Atlântico Sul.

Participaram das manobras, pela MB, a Fragata "Liberal", equipada com a aeronave AH-11B "Super Lynx". Pela ARA, estiveram presentes o Navio-Patrulha "Almirante Storni", as Corvetas classe Meko 140 "Espora" e "Rosales", os Contratorpedeiros classe Meko 360 "La Argentina" e "Sarandi", além da aeronave AS-555 "Fennec".

Um dos pontos altos do exercício foi o treinamento de tiro antiaéreo, onde os navios utilizaram seus sistemas de armas contra um alvo aéreo simulado, representado por uma granada iluminativa. Este exercício teve como objetivo promover o máximo grau de reação dos navios, desde a detecção do alvo até o emprego dos armamentos, sempre seguindo rigorosamente as instruções de segurança.

A Operação "Fraterno XXXVII" tem como objetivo contribuir para o incremento do nível de adestramento dos meios da Esquadra brasileira e da Armada Argentina, promovendo a cooperação e estreitando os laços de amizade entre essas forças. Além disso, a operação reforça a presença naval em apoio às ações de diplomacia e intensifica as medidas de confiança mútua e segurança internacional.

Até o momento, os militares brasileiros e argentinos já realizaram diversas atividades no mar, incluindo exercícios de guerra antissubmarina em variados níveis de complexidade, com a participação do Submarino "Tikuna" da MB, e adestramentos de trânsito sob ameaça aérea, onde aeronaves simularam ataques aos navios.

O Grupo-Tarefa brasileiro da Operação "Fraterno" é comandado pelo Contra-Almirante Nelson de Oliveira Leite, Comandante da 1ª Divisão da Esquadra. Para o Almirante, operações como essa reforçam a continuidade de uma parceria que transcende fronteiras e demonstra a força da união dos países envolvidos. "Ao longo desses anos, nossas Marinhas têm trabalhado lado a lado, enfrentando desafios e superando obstáculos, sempre com o objetivo de garantir a paz e a estabilidade em nossas áreas marítimas", destacou.

A operação também promoveu o intercâmbio de militares entre os dois países. Oficiais de ligação de ambas as Marinhas trocaram de navio para vivenciar as operações do ponto de vista do parceiro. O Capitão de Corveta Nicolás Suarez, da Armada Argentina, embarcou na Fragata "Liberal", enquanto o Capitão-Tenente Juliano Morales, da Marinha do Brasil, embarcou no Contratorpedeiro "Sarandí". Ambos destacaram a importância dessa experiência para o desenvolvimento profissional e pessoal, além de reforçar as semelhanças entre as doutrinas operacionais das duas forças.

Realizada há mais de 45 anos, a Operação "Fraterno" é um pilar importante para a interoperabilidade dos meios navais do Brasil e da Argentina, reforçando o bom relacionamento entre as duas Marinhas. Além disso, a operação está alinhada com os objetivos da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS), destacando a importância estratégica do Atlântico Sul para ambas as nações.

Segundo o Almirante Nelson Leite, "A Operação FRATERNO é uma iniciativa concreta que nos permite dar um passo firme para alcançarmos o objetivo de manter a paz e a segurança na região do Atlântico Sul, conforme proposto pela iniciativa da ZOPACAS, chamando a atenção das nossas nações para a importância do Atlântico Sul, uma região geográfica de grande relevância para nós".


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com Marinha do Brasil



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