No oitavo dia da ofensiva ucraniana, o presidente Volodymyr Zelensky anunciou que as tropas ucranianas continuam a avançar na região russa de Kursk. Em uma mensagem postada no Telegram, Zelensky informou que o exército ucraniano conseguiu avançar entre um e dois quilômetros em diversos setores da província. A operação, que começou em 6 de agosto, foi uma surpresa para o exército russo, que inicialmente estava despreparado para o ataque coordenado.
O general Oleksandr Sirski, comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, acrescentou que, só nesta quarta-feira (14), mais de 100 soldados russos foram capturados durante os ataques na região de Kursk. As forças ucranianas tomaram o controle de aproximadamente 1.000 quilômetros quadrados na província, incluindo a cidade de Sudja. Imagens transmitidas pela tv estatal ucraniana mostraram soldados retirando a bandeira russa de prédios oficiais e veículos militares russos em chamas na entrada da cidade.
Enquanto o exército russo afirma ter repelido os ataques ucranianos, o Ministério da Defesa da Rússia alegou que suas forças, apoiadas por aeronaves de combate, drones e artilharia, conseguiram frustrar as tentativas de penetração profunda no território russo, infligindo perdas significativas aos ucranianos. No entanto, esta avaliação é contestada por analistas militares pró-Rússia, como Iuri Podoliaka, que afirmam que a situação continua difícil e que os ucranianos mantêm a iniciativa, expandindo sua presença em Kursk.
O governador da região de Kursk, Alexei Smirnov, e o governador da região vizinha de Belgorod, Viacheslav Gladkov, expressaram preocupações com a falta de uma linha de frente clara e a dificuldade em localizar as unidades ucranianas. O governador de Belgorod declarou estado de emergência devido aos ataques ucranianos nas zonas fronteiriças.
Ataques e Perdas Russas
Além dos combates em Kursk, a Rússia enfrentou ataques de drones ucranianos em várias regiões. Durante a noite, a Rússia alegou ter abatido 117 drones e quatro mísseis em áreas fronteiriças, incluindo Kursk e Voronezh. No entanto, a Ucrânia também atacou alvos estratégicos, incluindo aeródromos russos em Kursk e Borisoglebsk, com uma salva de drones e mísseis, marcando o maior ataque simultâneo da Ucrânia a essas instalações.
A Rússia perdeu um caça-bombardeiro Su-34 durante os combates em Kursk, o que representa a primeira aeronave russa abatida no espaço aéreo da Federação Russa a partir dos territórios ocupados pelos ucranianos. O comandante-em-chefe das Forças Armadas Ucranianas confirmou a destruição do Su-34, ressaltando o impacto da ofensiva ucraniana na capacidade de combate aérea russa.
A ofensiva ucraniana em Kursk forçou a Rússia a realocar parte de suas forças. De acordo com fontes norte-americanas e informações do WSJ, a Rússia está transferindo algumas de suas tropas da Ucrânia para responder à ofensiva em Kursk. Esta movimentação representa um sinal claro de que a operação em Kursk está forçando Moscou a reagrupar suas forças.
Além disso, o porta-voz das Forças Armadas Russas, Tavria Dmitro Likhova, mencionou que um número relativamente pequeno de unidades russas foi destacado para enfrentar a invasão na região de Kursk. As tropas russas foram realocadas de regiões como Zaporizhia e Kherson para fortalecer a defesa em Kursk.
Impactos e Perspectivas Futuras
A situação em Kursk continua a evoluir, com avanços ucranianos significativos e uma resposta russa em constante desenvolvimento. A ofensiva ucraniana está pressionando as forças russas, e a perda de equipamentos e tropas russas, incluindo aeronaves Su-34, indica o impacto crescente da operação ucraniana. A Rússia está enfrentando desafios para manter a linha de frente clara e reagir de forma eficaz aos ataques ucranianos, enquanto as regiões fronteiriças experimentam um aumento no nível de perigo e na atividade militar.
A continuidade da ofensiva e a resposta russa serão cruciais para determinar a dinâmica futura do conflito na região. Com a realocação de tropas e os ataques contínuos, a situação em Kursk permanecerá um ponto focal nas operações militares da Ucrânia e da Rússia.
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com agências de notícias
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