Novo Míssil AIM-174B dos EUA Reforça Poder no Indo-Pacífico e Desafia Supremacia Chinesa

A Marinha dos Estados Unidos iniciou a implantação do novo míssil ar-ar de alcance extremamente longo, AIM-174B, no Indo-Pacífico, em uma estratégia que pode alterar significativamente o equilíbrio de poder na região e desafiar a supremacia aérea da China. Desenvolvido a partir do míssil de defesa aérea SM-6 da Raytheon, o AIM-174B representa um avanço estratégico ao permitir que jatos americanos atinjam alvos aéreos a uma distância de até 400 km, superando o alcance do míssil chinês PL-15, considerado uma das principais ameaças na área.

Especialistas afirmam que essa nova capacidade permite que os Estados Unidos protejam seus ativos cruciais, como grupos de porta-aviões, ao manter aeronaves inimigas a uma distância segura, ao mesmo tempo que oferece a possibilidade de atacar alvos de alto valor do Exército de Libertação Popular (PLA) chinês, como aviões de comando e controle. Isso representa uma mudança significativa nas operações militares na região, particularmente em áreas sensíveis como o Mar da China Meridional.

O míssil AIM-120 AMRAAM, anteriormente o padrão de longo alcance para as aeronaves dos EUA, tinha um alcance máximo de aproximadamente 150 km, obrigando os caças americanos a se aproximarem mais dos alvos e aumentando o risco de ataques antinavio. Com o AIM-174B, a Marinha dos EUA pode operar a distâncias mais seguras, mudando a dinâmica de potenciais conflitos na Primeira Cadeia de Ilhas, que inclui regiões como Taiwan, onde as tensões com a China são particularmente altas.

A nova arma não só estende a capacidade ofensiva dos EUA, mas também contribui para uma maior flexibilidade operacional. A possibilidade de equipar o míssil com um localizador antirradar abre novas oportunidades, como a interrupção de baterias de mísseis terra-ar inimigas a longas distâncias, tornando o AIM-174B uma adição versátil ao arsenal americano.

Apesar de sua implantação ainda estar em fase inicial, a introdução do AIM-174B já está impactando o comportamento estratégico da China na região. A simples presença desta nova capacidade pode forçar os aviões de alto valor do PLA a recuarem, reduzindo o risco de conflito direto e melhorando a posição defensiva dos Estados Unidos no Indo-Pacífico.

A cooperação com aliados também está no centro dessa nova estratégia. A Austrália, que já opera as aeronaves F/A-18E/F Super Hornet, foi identificada como um parceiro-chave no uso do AIM-174B, consolidando ainda mais a aliança entre os dois países no cenário geopolítico do Pacífico. Essa colaboração fortalece a presença militar dos EUA na região, projetando poder e estabilidade em um ambiente marcado por tensões crescentes.

Em resumo, o AIM-174B é mais do que uma simples atualização tecnológica; ele representa uma mudança estratégica que pode redefinir as operações militares no Indo-Pacífico, assegurando que os Estados Unidos mantenham sua vantagem em uma região cada vez mais contestada.

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com Reuters