Os Emirados Árabes Unidos (EAU) suspenderam um acordo de US$ 10 bilhões com a França para a aquisição de 80 aeronaves Dassault Rafale, após a detenção do CEO do Telegram, Pavel Durov, na França. A suspensão abrupta do contrato, que é um dos maiores já realizados entre os dois países, levantou sérias preocupações sobre o futuro da cooperação militar e técnica entre os Emirados e a França.
Pavel Durov, que possui cidadania dos EAU e da França, foi preso no último fim de semana como parte de uma investigação sobre a incapacidade do Telegram em prevenir atividades ilícitas em sua plataforma, incluindo tráfico de drogas e distribuição de pornografia infantil. Durov, que também é cidadão russo e de São Cristóvão e Nevis, foi detido em circunstâncias que ainda estão sendo esclarecidas, mas que envolvem questões delicadas de segurança cibernética e responsabilidade digital.
A reação dos Emirados Árabes Unidos foi imediata e contundente. O Ministério das Relações Exteriores do país emitiu uma declaração expressando preocupação com a detenção de Durov e solicitando ao governo francês que lhe conceda urgentemente todos os serviços consulares necessários. A Rússia também solicitou acesso consular, sublinhando a complexidade diplomática da situação.
A suspensão do acordo com a Dassault Aviation, fabricante do Rafale, pode ser um sinal de que os Emirados Árabes Unidos estão reconsiderando sua aliança estratégica com a França, o que pode ter amplas implicações para as relações internacionais. Até o momento, Durov não foi formalmente acusado, mas há especulações de que ele poderá permanecer sob custódia até que um juiz decida sobre a apresentação de acusações ou sua libertação.
Relatórios iniciais indicam que Durov teria sido atraído à França sob o pretexto de uma reunião com o presidente Emmanuel Macron, enquanto outras fontes sugerem que ele foi detido durante uma parada para reabastecimento de seu jato particular em Paris. Este acontecimento coloca em risco não apenas o acordo bilionário, mas também a cooperação contínua entre as nações envolvidas, especialmente em áreas críticas de defesa e tecnologia.
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com agências de notícias
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