quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Dois Rafales colidem na França, buscas por tripulantes continuam

Dois caças Dassault Rafale da Força Aérea Francesa colidiram no ar na manhã desta quarta-feira (14) sobre a região leste do país, desencadeando uma operação de busca e resgate de dois tripulantes desaparecidos. O incidente ocorreu nas proximidades de Colombey-les-Belles, uma cidade no nordeste da França, e envolveu aeronaves baseadas em Saint-Dizier.

Um dos pilotos conseguiu ejetar com sucesso e foi resgatado em segurança. No entanto, o instrutor e o aluno que estavam a bordo do segundo caça permanecem desaparecidos. As autoridades militares estão conduzindo uma operação de busca intensiva na região, envolvendo as forças armadas e policiais.

O Ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, informou por meio da plataforma "X" que as buscas continuam, expressando sua gratidão aos envolvidos na operação de resgate. As causas da colisão ainda não foram esclarecidas, mas um relatório oficial será divulgado pelas autoridades militares após as investigações.

O Rafale é um caça multifuncional de alta tecnologia, capaz de realizar uma ampla gama de missões, incluindo combates aéreos, ataques a alvos terrestres e marítimos, reconhecimento e até mesmo ataque estratégico com ogivas nucleares francesas. Desde sua entrada em serviço, acidentes com o Rafale são raros, o que torna este incidente particularmente preocupante para as autoridades.

Este é o terceiro acidente envolvendo Rafales desde que o modelo foi introduzido na Força Aérea Francesa. O primeiro ocorreu em 2007, quando um caça caiu perto de Neuvic, no sudoeste da França, devido à desorientação do piloto. Em 2009, dois Rafales colidiram no mar enquanto retornavam ao porta-aviões Charles de Gaulle, resultando na morte de um piloto.

A colisão de hoje ocorre em um momento que a França está investindo pesadamente na modernização de suas forças armadas. Em janeiro, o governo francês anunciou a encomenda de 42 novos Rafale, com as primeiras entregas previstas para 2027. Além disso, o presidente Emmanuel Macron tem pressionado as indústrias de defesa a acelerar a produção e inovação, especialmente em meio ao conflito na Ucrânia, que intensificou a demanda por armamentos na Europa.

O Rafale, que também foi exportado para países como Egito, Índia, Grécia e Indonésia, e chegou a ser cotado como favorito na disputa pelo contrato brasileiro que foi vencida pelo sueco Gripen, e continua sendo um dos principais produtos da indústria de defesa francesa. 


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Com AFP

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