O programa Barracuda, um projeto ambicioso liderado pela Direção Geral de Armamento Francesa (DGA) em colaboração com a Comissão Francesa de Energia Atômica e Energia Alternativa (CEA), avançou significativamente com os primeiros testes marítimos do submarino Tourville, realizados em 12 de julho de 2024. Este submarino nuclear é o terceiro da série Barracuda, seguindo os submarinos Suffren e Duguay-Trouin, e representa um salto tecnológico crucial para a Marinha Francesa.
O Tourville, como seus predecessores, é equipado com propulsão nuclear, proporcionando-lhe uma combinação única de autonomia estendida e capacidade de operação silenciosa. Com um comprimento de cerca de 99 metros, é projetado para operar em diversas condições marítimas, desde águas litorâneas até o alto mar. Sua construção furtiva e sistemas avançados de detecção acústica garantem sua capacidade de permanecer discreto durante as operações.
Este submarino está equipado com uma variedade de sistemas de armamento de última geração, incluindo mísseis de cruzeiro navais (MdCN) da MBDA, que fornecem capacidades de ataque de precisão em longas distâncias e em profundidades oceânicas. Além disso, possui capacidades avançadas para o lançamento de torpedos pesados F21 e mísseis antinavio SM39 Exocet, todos projetados para garantir superioridade nas operações navais e submarinas.
A produção dos submarinos da classe Barracuda envolve uma colaboração intensiva entre o Naval Group, TechnicAtome e uma extensa rede de subcontratados especializados. Mais de 2.500 profissionais estão atualmente envolvidos na série Barracuda, demonstrando o compromisso francês em manter e desenvolver suas capacidades industriais e tecnológicas de defesa.
Com o Tourville avançando em seus testes e comissionamento, o programa Barracuda está bem encaminhado para cumprir suas metas de entrega até 2030. Os próximos submarinos da série, de Grasse, Rubis e Casabianca, estão em diferentes estágios de construção e serão entregues em intervalos de dois anos. Este programa não apenas fortalece as capacidades submarinas da França até pelo menos 2060, mas também impulsiona a cooperação estratégica e tecnológica dentro da Europa.
Pierre Eric Pommellet, CEO do Naval Group, destacou a importância do programa Barracuda: "A série Barracuda é um marco significativo em nosso programa industrial. Ela não só demonstra a capacidade da França de liderar na tecnologia submarina, mas também reforça nossa posição como parceiros confiáveis na defesa global."
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