A Royal Navy (Marinha Real Britânica) alcançou um marco significativo ao utilizar seus navios de patrulha da classe P2000 como plataformas de lançamento para operações autônomas de caça-minas durante o exercício anual da OTAN no Báltico, conhecido como Baltops 24. Este evento marcou a primeira vez que embarcações menores foram empregados dessa maneira, destacando sua crescente versatilidade e capacidade operacional em cenários complexos.
Durante o exercício, o HMS Puncher e o HMS Pursuer, foram equipados com especialistas do Esquadrão Zulu do Grupo de Exploração de Minas e Ameaças. Estes especialistas trouxeram consigo tecnologias avançadas, incluindo o Veículo Autônomo IVER 3 e o veículo Video Ray Defender, projetados para escanear o fundo do mar e detectar ameaças de minas de forma autônoma.
Situado no Golfo de Riga, próximo à Letônia, o Esquadrão Zulu realizou uma varredura impressionante de 620.000 metros quadrados de leito marinho, uma área maior que o campo de Wembley, em apenas dois dias. Esta região do Mar Báltico é conhecida por seu histórico de minas não detonadas, resultantes das guerras mundiais e descarte subsequente de munições.
O Tenente Malcolm Andrews, Oficial de Operações do Esquadrão Zulu, expressou sua satisfação com os resultados alcançados: "Estou especialmente satisfeito com a forma como a equipe se adaptou aos desafios técnicos e ambientais, trabalhando incansavelmente para identificar áreas seguras no leito marinho."
Além das operações de caça-minas, outros navios-patrulha, como HMS Archer, HMS Ranger e HMS Example, estiveram envolvidos em exercícios no complexo Arquipélago de Estocolmo, colaborando com as marinhas sueca e holandesa. Estes exercícios não apenas demonstraram a capacidade de operação em águas confinadas, mas também serviram como plataforma para o desenvolvimento contínuo das táticas de guerra costeira do esquadrão.
O Comandante Richard Skelton, do Esquadrão das Forças Costeiras da Marinha Real, enfatizou a importância do Baltops 24 como uma oportunidade para fortalecer laços com os aliados da OTAN e expandir as capacidades operacionais da Marinha Real. "Este exercício não apenas destacou nossa capacidade de limpar áreas críticas de munição histórica, mas também demonstrou a versatilidade crescente dos navios de patrulha P2000 em missões multifacetadas."
Os navios de classe P2000, com seu comprimento de 68 pés e deslocando apenas 54 toneladas, contando com uma tripulação de apenas cinco pessoas, continuam a desempenhar um papel essencial não apenas nas águas do Reino Unido, mas também em cenários internacionais complexos. A participação desses navios na Baltops 24 não só validou suas capacidades operacionais, mas também gerou novas ideias para futuros desenvolvimentos e iterações tecnológicas.
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com Royal Navy
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