Em mais um desdobramento tenso das relações entre Rússia e Ucrânia, o Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (FSB) anunciou a interrupção de um suposto plano de ataque contra o porta-aviões Admiral Kuznetsov e altos oficiais do Ministério da Defesa russo. De acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (10), o FSB revelou ter frustrado tentativas dos serviços especiais ucranianos de perpetrar ataques contra o único navio-aeródromo russo e oficiais de alta patente.
Representantes do FSB afirmaram que um cidadão russo foi detido em Moscou, acusado de organizar a entrega de dispositivos explosivos disfarçados de presentes aos endereços residenciais de militares de alta patente russos. Esses dispositivos, segundo as autoridades, foram enviados por instruções da Diretoria Principal de Inteligência da Ucrânia (GUR).
Além do plano contra os oficiais em Moscou, o FSB também mencionou uma tentativa de recrutamento de militares russos embarcados no Admiral Kuznetsov. Segundo relatos, um oficial dos serviços especiais ucranianos tentou convencer militares russos a realizar um ataque ao porta-aviões, prometendo recompensas financeiras e documentos falsos para uma fuga ao exterior.
No entanto, os militares russos envolvidos recusaram-se a participar do plano e informaram imediatamente as autoridades russas, o que desencadeou uma operação coordenada para documentar as atividades ilegais e identificar quaisquer cúmplices potenciais.
Kirill Budanov, chefe da GUR da Ucrânia, foi acusado pelo FSB de supervisionar pessoalmente a preparação dessas operações, alimentando ainda mais as tensões entre os dois países.
O Admiral Kuznetsov, único porta-aviões da Rússia, está atualmente em processo de reparo e modernização em Murmansk. Inicialmente programado para ser concluído em 2024, o projeto foi prorrogado para 2028. A modernização inclui a substituição do sistema de mísseis Granit pelo sistema Kalibr-NK, permitindo o uso de mísseis avançados de cruzeiro e hipersônicos.
Com um grupo aéreo diversificado, o Admiral Kuznetsov poderá operar por mais 25 anos após a modernização, demonstrando o compromisso da Rússia em manter sua capacidade naval de projeção de poder em um contexto geopolítico cada vez mais tenso.
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