Desde o início do conflito na Ucrânia, a Rússia enfrentou perdas significativas em seu arsenal de carros de combate, os famosos "MBTs" da sigla em inglês para Main Battle Tank, revelando uma complexa dinâmica entre produção e consumo de guerra. Segundo publicado pelo site DefesaRomênia, apesar da intensa atividade da indústria militar russa, a sustentabilidade de suas reservas de carros de combate, especialmente dos modelos T-80 e T-72, está cada vez mais comprometida.
Inicialmente, estima-se que a Rússia possuía cerca de 17.000 carros de combate, dos quais a maioria são modelos antigos da era soviética, como T-55 e T-62. No entanto, a disponibilidade de carros de combate modernos, como o T-90 e o T-14 Armata, é limitada a algumas centenas e dezenas, respectivamente. A situação é agravada pelo desgaste acelerado dos T-80 e T-72, que compõem a espinha dorsal das Forças Terrestres Russas.
Durante a invasão da Ucrânia, estima-se que a Rússia tenha perdido cerca de 3.000 dos seus carros de combate, incluindo muitos dos modelos mais antigos retirados dos seus armazéns. A presença de mais de 10.000 unidades abandonadas, conforme relatado pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) em Londres, sublinha o custo substancial da guerra para a Rússia.
Segundo análises da OSINT, se o conflito persistir no ritmo atual, a Rússia poderá esgotar suas reservas de T-72 e T-80 até meados de 2026. A transição para carros de combate mais modernos, como o T-90, será inevitável, mas a capacidade de produção russa pode não ser suficiente para compensar as perdas contínuas no teatro de operações ucraniano.
Em resumo, embora a Rússia mantenha uma produção constante de carros de combate, sua capacidade de sustentar operações prolongadas com perdas significativas está em questão. A dependência contínua de modelos antigos e o desafio de modernizar rapidamente os exemplares restantes destacam a fragilidade de suas reservas estratégicas. À medida que a guerra na Ucrânia evolui, o equilíbrio entre produção e perdas será crucial para o futuro das operações militares russas.
Esta análise destaca não apenas os desafios imediatos da Rússia, mas também lança luz sobre as implicações mais amplas para a segurança regional e as estratégias de defesa no leste europeu.
Com o desgaste das capacidades militares russas devido às perdas significativas de carros de combate na Ucrânia e às restrições impostas pelas sanções internacionais, a China emerge como uma beneficiária no cenário global. Enquanto a Rússia enfrenta dificuldades para manter seu poderio militar e industrial, a China fortalece sua posição como uma potência cujas capacidades quantitativas e industriais começam a rivalizar e até superar as da Rússia. Este cenário coloca em check a influência russa no contexto geopolítico mundial, ampliando o papel da China na formulação das dinâmicas globais de poder.
por Angelo Nicolaci
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