Em um encontro estratégico ocorrido no dia 13 de junho na Cidade Universitária, a Marinha do Brasil (MB), representada pela Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico (DGDNTM), reuniu-se com o Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para discutir e reforçar a cooperação no avanço e capacitação do setor nuclear brasileiro. A reunião destacou a importância das parcerias entre as instituições para promover a inovação e o desenvolvimento tecnológico sustentável.
A comitiva da Marinha, liderada pelo Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, incluiu importantes autoridades militares, como o Diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, Vice-Almirante (Engenheiro Naval) Celso Mizutani Koga, e outros diretores de centros tecnológicos e institutos de pesquisa da Marinha.
Durante a visita, o Almirante de Esquadra Rabello apresentou a palestra "O Sistema de CT&I da Marinha" para diretores, coordenadores, professores e alunos da graduação e pós-graduação da UFRJ, ressaltando a importância das parcerias e do intercâmbio de conhecimentos para a atualização tecnológica e inovação. A palestra também incentivou os alunos do curso de Engenharia Nuclear e outras áreas a se envolverem em projetos de pesquisa e desenvolvimento.
Thaís Hauraudou, doutoranda em Física Nuclear Aplicada, expressou seu entusiasmo: “É inspirador e motivante saber que a Marinha está comprometida com a inovação e o desenvolvimento tecnológico nuclear. A palestra do Almirante Rabello nos mostrou que estamos seguindo uma carreira promissora e a importância de trabalharmos em conjunto para alcançar avanços significativos, principalmente no setor nuclear”.
A reunião incluiu visitas a vários laboratórios da UFRJ, onde são realizadas pesquisas em áreas estratégicas. Entre eles, destacam-se o Laboratório de Análises Ambientais e Simulação Computacional, de Física Aplicada, e o Laboratório de Monitoração de Processos, de Engenharia de Fatores Humanos. O professor doutor Roberto Schirru, chefe deste último, explicou que o laboratório foca na aplicação de tecnologias de computação em tempo real e inteligência artificial para a segurança e operação de usinas nucleares, desenvolvendo sistemas pioneiros como o SICA-A1 e o SICA-A2, que monitoram a segurança das usinas de Angra.
O Almirante de Esquadra Rabello enfatizou a importância do investimento em capacitação e tecnologia nuclear como um compromisso com o presente e as futuras gerações: “Toda a tecnologia nuclear para o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) está sendo desenvolvida no Brasil, com a participação relevante das universidades. Essa tecnologia autóctone não se aplica exclusivamente para fins de defesa, mas também em setores como medicina nuclear, agricultura e segurança alimentar”.
A professora doutora Inayá Lima, do Departamento de Engenharia Nuclear da POLI/UFRJ, destacou a importância da colaboração entre a UFRJ e a Marinha do Brasil: “Essa visita reforça a importância de parcerias sólidas entre as Forças Armadas e as instituições acadêmicas, criando um ciclo virtuoso de capacitação, desenvolvimento e inovação que beneficia toda a sociedade brasileira”.
A DGDNTM tem a missão de coordenar os esforços científicos de interesse da Marinha, supervisionando a execução do PROSUB e do Programa Nuclear da Marinha (PNM). A reunião reafirmou a sinergia entre a Marinha do Brasil e a UFRJ, fortalecendo a pesquisa, inovação tecnológica e a formação de profissionais capacitados no setor nuclear.
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Com Marinha do Brasil
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