Durante uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o líder ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou que os EUA fornecerão “esquadrões” de caças à Ucrânia. Este acordo faz parte de um novo pacto de segurança de 10 anos assinado entre Kiev e Washington, durante a cúpula do G7 em Fasano, Itália, na última quinta-feira (13).
Nos termos do acordo, os Estados Unidos se comprometem a continuar apoiando a Ucrânia em seu conflito com a Rússia. Isso inclui o fornecimento de armas, treinamento de tropas ucranianas, compartilhamento de informações de inteligência e investimentos na indústria de defesa ucraniana.
“O acordo mais forte” entre Washington e Kiev, segundo Zelenskyy, “afirma claramente que a América apoia os esforços da Ucrânia para vencer esta guerra”. Ele destacou que o pacto contempla especificamente o fornecimento de sistemas de defesa Patriot e “esquadrões de caça”, incluindo, mas não se limitando, aos F-16.
Biden, por outro lado, não mencionou diretamente a entrega de F-16 ou qualquer outra aeronave durante a coletiva de imprensa. Sobre os sistemas Patriot, ele afirmou que os EUA já receberam compromissos de cinco países para fornecer essas unidades de defesa aérea fabricadas nos EUA à Ucrânia. Outros países que aguardam entregas de Patriots terão que esperar, pois “tudo o que temos irá para a Ucrânia até que suas necessidades sejam satisfeitas”, explicou Biden.
Zelensky detalhou que a Ucrânia precisa de sete sistemas Patriot para proteger sua infraestrutura militar, instalações da indústria de defesa e rede elétrica em meio à campanha russa de mísseis e drones. “Discutimos a possibilidade de ter cinco deles, é verdade”, disse ele, reconhecendo que Kiev não obterá os sistemas “amanhã”, mas expressou otimismo quanto a bons resultados para a Ucrânia num futuro próximo.
Embora os EUA tenham aprovado a entrega de caças F-16 à Ucrânia por membros da OTAN (Países Baixos, Dinamarca, Noruega e Bélgica) há quase um ano, Kiev ainda não recebeu nenhuma dessas aeronaves. Relatos da mídia atribuíram os atrasos às complicações com o treinamento de pilotos ucranianos e à falta de campos de aviação adequados no país.
Em março, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou que a utilização de F-16 no conflito tornará essas aeronaves “um alvo legítimo” para as forças russas, alertando que os caças seriam atacados mesmo em aeródromos dentro de países da OTAN, caso operem a partir de lá.
Esta nova etapa no apoio militar dos EUA à Ucrânia reforça a determinação de Washington em sustentar a resistência ucraniana contra a agressão russa, aumentando a tensão na já complexa dinâmica geopolítica da região.
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