Ucrânia contra-ataca com drones enquanto a Rússia intensifica ofensiva no leste

Em uma escalada significativa do conflito, a Ucrânia lançou um ataque com drones de grande porte na madrugada de sexta-feira (17 de maio) contra alvos militares russos na Crimeia ocupada e na costa do Mar Negro da Rússia.

Simultaneamente, a Rússia abriu uma nova frente no nordeste da Ucrânia, na região de Kharkiv, forçando o deslocamento de milhares de civis. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que o objetivo é criar uma "zona tampão" e não capturar a cidade de Kharkiv.

Ataques com drones ucranianos

O ataque com drones atingiu a infraestrutura militar russa em Sevastopol, na Crimeia, danificando a usina elétrica da cidade e causando cortes de energia. Imagens de satélite mostram que a ação também destruiu pelo menos três caças russos na base aérea de Belbek.

Outro alvo foi Novorossiysk, na costa do Mar Negro, onde autoridades russas relatam incêndios causados por fragmentos de drones abatidos, mas sem vítimas. Na região de Krasnodar, um ataque similar atingiu uma refinaria de petróleo em Tuapse, mas o fogo foi controlado sem baixas.

Uma autoridade ucraniana de inteligência confirmou que a operação foi conduzida conjuntamente pelo Serviço de Segurança e pela Inteligência Militar da Ucrânia, visando navios da frota russa do Mar Negro.

Novorossiysk no mapa

Ofensiva russa no leste da Ucrânia

Enquanto a Ucrânia reage com ataques de drones, a Rússia intensifica sua ofensiva no leste do país. Tropas russas avançam na região de Kharkiv, com foco em Lyptsi e Vovchansk. O objetivo, segundo analistas militares ucranianos, seria forçar a dispersão das forças ucranianas e explorar pontos vulneráveis de sua defesa.

Além de Kharkiv, a Rússia também tem realizado ataques nas regiões de Donetsk, Chernihiv, Sumy e Zaporizhzhia.

Guerra de atrito se intensifica

O conflito, que já dura 18 meses, vem se tornando uma guerra de atrito, com a linha de frente pouco alterada em grande parte do território. Os recentes ataques com drones pela Ucrânia e a escalada da ofensiva russa no leste demonstram uma intensificação do confronto.

Com agências de notícias

---

Por Renato Henrique Marçal de Oliveira - Químico e trabalha na Embrapa com pesquisas sobre gases de efeito estufa. Entusiasta e estudioso de assuntos militares desde os 10 anos de idade, escreve principalmente sobre armas leves, aviação militar e as IDF (Forças de Defesa de Israel)

---