A pressão sobre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aumentou consideravelmente, à medida que aliados e líderes mundiais expressam abertamente a possibilidade de permitir que a Ucrânia utilize armamentos fornecidos pelo Ocidente para atacar o território russo. Essa medida, há muito debatida, ganhou destaque após meses de crescente preocupação com a escalada do conflito na região.
Vladimir Putin, presidente russo, alertou para "sérias consequências", especialmente para países europeus considerados "pequenos", caso tal autorização seja concedida. Enquanto isso, na capital tcheca, Praga, onde acontece uma reunião dos ministros das Relações Exteriores da Otan, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, indicou que a posição dos Estados Unidos sobre o assunto estaria sujeita a adaptações de acordo com a evolução das condições no campo de batalha.
John Kirby, porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, afirmou que, embora o apoio dos EUA a Kiev tenha evoluído, a política oficial permanece inalterada no momento.
A Ucrânia enfrenta uma difícil batalha para conter a ofensiva russa no leste do país, com a cidade de Kharkiv sofrendo semanas de ataques mortais, frequentemente lançados por forças russas de postos militares avançados próximos à fronteira.
O presidente francês, Emmanuel Macron, foi um dos primeiros líderes a defender abertamente a utilização de armas ocidentais pela Ucrânia, seguindo uma linha mais direta nesta questão. Esta posição foi respaldada por Jens Stoltenberg, chefe da OTAN, que afirmou que a Ucrânia tem o direito de se defender, inclusive atingindo alvos no território russo.
Apesar de algumas reservas expressas por líderes como o chanceler alemão Olaf Scholz e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, outros países, como o Reino Unido e a Polônia, manifestaram apoio à Ucrânia, permitindo-lhe decidir sobre o uso das armas fornecidas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, enfatizou anteriormente a necessidade de flexibilidade no uso das armas, embora reconheça a sensibilidade diplomática envolvida.
A reação russa à possibilidade de ataques provenientes da Ucrânia foi de raiva, com Putin alertando para as consequências e responsabilidades que tal medida acarretaria para os fornecedores de armas ocidentais.
Embora alguns países da Otan expressem nervosismo, os EUA continuam a fornecer à Ucrânia uma variedade de armas defensivas, incluindo mísseis com maior alcance. Relatos recentes sugerem que drones ucranianos têm alcançado alvos significativos dentro do território russo, evidenciando uma escalada nas hostilidades.
Nesse contexto, a pressão sobre Biden para tomar uma posição firme em relação ao uso de armas ocidentais pela Ucrânia contra a Rússia parece estar atingindo um ponto crítico, com implicações significativas para o desenrolar do conflito na região.
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com BBC
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