O recente episódio no Mar Amarelo entre a Austrália e a China agita as já turbulentas relações entre os dois países, adicionando um novo capítulo à rivalidade geopolítica na região do Pacífico. No último sábado (4), o incidente envolvendo, um caça J-10 chinês, acusado de lançar sinalizadores perigosamente próximos a um helicóptero MH60R Seahawk australiano, que estava conduzindo uma missão das Nações Unidas, foi o estopim para troca de acusações entre os países.
O ministro da Defesa australiano, Richard Marles, não hesitou em rotular o incidente como "inaceitável", ressaltando a gravidade da situação. O piloto do helicóptero, teve de realizar uma manobra evasiva para evitar os sinalizadores, escapando por pouco de um possível desastre. O comunicado oficial do departamento de defesa da Austrália descreveu a ação do caça chinês como uma ameaça à segurança da aeronave e de sua tripulação.
O incidente ocorreu em meio à Operação Argos das Nações Unidas, na qual o destróier australiano HMAS Hobart estava engajado para impor sanções internacionais contra a Coreia do Norte. A localização precisa do incidente, em águas internacionais entre a costa leste da China e a costa oeste da Coreia do Sul, destaca a natureza delicada das relações entre os países envolvidos.
A resposta da China, veio nesta terça-feira (7), expressa através de um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, que acusou a Austrália de provocação, alegando que a aeronave australiana se aproximou deliberadamente do espaço aéreo chinês. Esta troca de acusações acirra ainda mais os ânimos em uma relação já tensa, complicando os esforços de reconciliação após desavenças anteriores, incluindo disputas comerciais e a demanda da Austrália por uma investigação independente sobre as origens da COVID-19.
O incidente não é um caso isolado. Nos últimos anos, os dois países têm testemunhado uma série de incidentes do tipo no mar e no ar, exacerbando uma dinâmica já frágil. Da Austrália vem o chamado por operações profissionais e seguras, enquanto a China rejeita as acusações e exorta ao fim de provocações para evitar mal-entendidos.
À medida que os dois lados se engajam em uma guerra verbal, os australianos observam com crescente preocupação, ansiosos por uma explicação clara da China sobre o incidente. Espera-se que a visita do primeiro-ministro chinês à Austrália no próximo mês traga novas perspectivas para a resolução dessas tensões, embora o caminho para uma reconciliação genuína entre as duas potências do Pacífico continue a ser incerto e desafiador.
GBN Defense - A informação começa aqui
com The Guardian e Reuters
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