O Eurofighter Typhoon, uma das aeronaves de combate mais sofisticadas do mundo, continuará em serviço até 2060, conforme afirmado pela Airbus e a BAE Systems em meio a especulações de que o futuro caça Tempest substituiria os Typhoons da Itália e do Reino Unido até 2040.
Para o Reino Unido, Itália, Alemanha e Espanha membros do consórcio que desenvolveu o Eurofighter, e para os demais operadores, como Arábia Saudita, Omã, Áustria, Qatar e Kuwait, essa garantia de continuidade por pelo menos mais três décadas e meia assegura a manutenção e atualização da frota mundial de Eurofighters, crucial para a defesa desses países. A Índia, que está avaliando opções no mercado internacional para atender ao seu programa de reaparelhamento (MRFA), também se beneficia dessa garantia, uma vez que o Eurofighter é um dos concorrentes do programa MRFA indiano, rivalizando diretamente com o francês Rafale. Analistas locais consideram o Eurofighter um forte candidato devido à possibilidade de transferência de tecnologia para apoiar o programa "Made in India", embora o Rafale ainda seja visto como favorito.
A Airbus aposta na versão mais recente do Eurofighter Typhoon, o Tranche 5, para a concorrência indiana. Este modelo vem equipado com o radar E-Scan AESA, proporcionando uma consciência situacional superior e capacidades avançadas de rastreamento de alvos. Além disso, o Tranche 5 possui sistemas defensivos avançados e uma interface homem-máquina sofisticada para maximizar a eficiência operacional do piloto. A Airbus também está integrando elementos do pacote Long-Term Evolution (LTE) no Tranche 5, visando aprimorar os sistemas de missão, melhorar as interfaces dos pilotos, aumentar a flexibilidade operacional e melhorar o desempenho do motor. Esta evolução contínua destaca o compromisso da Airbus em manter o Eurofighter na vanguarda da aviação de combate moderna.
Um relatório recente da "Price Waterhouse Coopers" (PwC) sobre o impacto econômico do Eurofighter sugere um potencial de crescimento significativo, com uma projeção para venda de até 287 novas aeronaves. O relatório, divulgado pelo consórcio Eurofighter em 9 de abril, prevê centenas de aeronaves adicionais sendo vendidas, mantendo a frota atual de 680 aeronaves e adicionando 83 futuras aquisições pela Espanha e Alemanha. Para sustentar a produção, a PwC estima a necessidade de vendas adicionais, totalizando 74 aeronaves para países do consórcio e outras 130 para exportações. A Airbus, portanto, está fortemente posicionada no concurso MRFA da Índia, determinada a provar que o Eurofighter é uma escolha sólida para arena de combate aéreo moderna.
Com a promessa de operacionalidade até 2060 e contínuas melhorias tecnológicas, o Eurofighter Typhoon se mantém como uma peça central da defesa aérea global. A Airbus e a BAE Systems reafirmam seu compromisso com o desenvolvimento e a manutenção desta aeronave, garantindo sua relevância e eficácia nas próximas décadas.
GBN Defense - A informação começa aqui