Na segunda-feira, 22 de abril, o porta-aviões francês Charles de Gaulle (R91) iniciou a Operação Akila, marcando um evento histórico ao ser a primeira vez que o porta-aviões está sob o comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Com o objetivo de fortalecer a presença naval da França no Mar Mediterrâneo, essa missão estratégica, meticulosamente planejada, responde ao crescente clima de tensão na região, visando assegurar estabilidade e segurança marítima.
A integração temporária do Charles de Gaulle nas estruturas de comando da OTAN durante a Operação Akila representa um marco significativo nas relações entre a França e a aliança transatlântica. Durante aproximadamente 15 dias, o grupo naval francês, liderado pelo Charles de Gaulle, estará sob o comando da OTAN. Esta medida sublinha o compromisso contínuo da França com a defesa coletiva e a segurança regional, ao mesmo tempo que promove a interoperabilidade e a cooperação entre os membros da OTAN.
O Grupo Tarefa francês, liderado pelo contra-almirante Jacques Mallard, além do porta-aviões Charles de Gaulle, inclui um submarino de ataque nuclear, uma fragata de defesa aérea (FDA) Classe Horizon (Chevalier Paul), uma fragata multifuncional (FREMM) e o navio de abastecimento Jacques Chevallier. Esta formação impressionante reflete a determinação da França em proteger seus interesses e contribuir para a estabilidade regional.
Uma característica notável da operação é a interação entre os meios navais de vários membros da OTAN que compõem o Grupo Tarefa (GT), incluindo meios navais da Itália, como a fragata "Carabiniere", e de Portugal, como a fragata "Bartolomeu Dias". Está previsto ainda que meios da Grécia e Espanha se juntem ao Grupo Tarefa da "Operação Akila". Essa cooperação destaca a importância da união de esforços para enfrentar os desafios de segurança comuns na região do Mediterrâneo.
O grupo de aviação a bordo do porta-aviões Charles de Gaulle é composto por 18 aeronaves Dassault Rafale, duas aeronaves de alerta aéreo antecipado E-2C Hawkeye e dois helicópteros Dauphin. Essa combinação de aeronaves oferece uma ampla gama de capacidades, desde defesa aérea até operações de busca e salvamento.
O contexto em que a Operação Akila está sendo realizada é crucial para entender sua importância. Recentemente, observou-se um aumento da presença naval russa na região, com a Frota Russa do Oceano Pacífico destacando o cruzador porta-mísseis Varyag e a fragata modernizada Shaposhnikov. Essa expansão russa, incluindo submarinos, fragatas e navios anfíbios, levanta preocupações sobre possíveis atividades suspeitas, como o transporte de armamentos do porto sírio de Tartus para a Líbia.
A participação sem precedentes do Charles de Gaulle sob o comando da OTAN enfatiza a importância da cooperação multilateral na promoção da estabilidade e segurança global, além de destacar a flexibilidade e adaptabilidade das forças navais francesas diante das dinâmicas geopolíticas em constante mudança.
Em resumo, a Operação Akila não só demonstra o compromisso da França com a segurança regional, mas também evidencia os complexos equilíbrios de poder e as tensões em evolução no Mediterrâneo.
GBN Defense - A informação começa aqui
0 comentários:
Postar um comentário