Em meio a crescentes preocupações com a segurança regional, a Suécia está considerando um significativo aumento em seus gastos militares, conforme sugerido por um comitê parlamentar em um relatório divulgado nesta sexta-feira (26).
O relatório propõe que a Suécia eleve seus gastos militares para cerca de 2,6% do PIB até 2030, um aumento substancial em comparação aos atuais 2% do PIB, conforme estabelecido pela OTAN. Esta proposta surge num momento crucial, com o país reforçando suas capacidades de defesa após aderir à OTAN em março, uma resposta direta às tensões geopolíticas exacerbadas pela invasão russa à Ucrânia.
Os gastos com defesa da Suécia, que praticamente dobraram desde 2020, estão projetados para atingir cerca de 11 bilhões de dólares em 2024, cumprindo a meta da OTAN. No entanto, o comitê argumenta que medidas adicionais são urgentemente necessárias para garantir a segurança nacional.
As recomendações do comitê incluem uma expansão acelerada do exército, investimentos em defesa contra ataques aéreos e a ampliação da marinha. Além disso, propõe-se um aumento no recrutamento para 12.000 recrutas a partir de 2032, juntamente com um financiamento reforçado para a defesa civil.
Hans Wallmark, porta-voz de defesa do Partido Moderado e um dos autores do relatório, afirmou durante uma coletiva de imprensa que essas medidas propostas representariam um investimento adicional de aproximadamente 18,5 bilhões de dólares ao longo do período especificado.
Embora o comitê seja composto por representantes de todos os partidos no parlamento sueco, ainda não houve consenso sobre como financiar os gastos adicionais, destacando desafios políticos em torno da questão.
A Suécia, assim como a maioria dos Estados ocidentais, reduziu gradualmente seus gastos com defesa após o fim da Guerra Fria, mas a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 marcou o início de uma reversão dessa tendência. A recente escalada das tensões geopolíticas na região tem motivado muitos países a aumentarem seus gastos militares, em conformidade com as metas da OTAN.
O relatório do comitê sueco reflete a crescente preocupação com a segurança na região e destaca a importância de medidas proativas para fortalecer as capacidades de defesa do país em um ambiente geopolítico cada vez mais volátil. Este movimento também está em linha com os esforços de outros membros da OTAN, como a Polônia, que atualmente destinam uma porcentagem significativa de seu PIB para a defesa, em resposta às ameaças emergentes.
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com Reuters
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