Nesta segunda-feira (22), as Filipinas e os Estados Unidos deram início aos exercícios anuais "Balikatan" (Balikatan significa "ombro a ombro"), uma mostra robusta de cooperação militar em meio às crescentes tensões na região da Ásia Oriental, especialmente no disputado Mar do Sul da China.
Com cerca de 16.700 militares envolvidos, os exercícios vão além dos testes e demonstrações do emprego de armas e equipamentos. Eles incluem simulações realistas de recaptura de ilhas disputadas, um claro recado ao impasse territorial entre as Filipinas e a China.
O tenente-general William Jurney, comandante do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA no Pacífico, destacou que essa cooperação militar reforça a segurança das Filipinas e a presença estratégica dos Estados Unidos na região.
Além da presença maciça de tropas filipinas e norte-americanas, a participação de militares australianos e franceses, juntamente com observadores de outros 14 países, ressalta a preocupação internacional com a estabilidade na Ásia Oriental.
Uma mudança significativa neste ano é a realização dos exercícios fora das águas territoriais das Filipinas pela primeira vez. Isso desafia diretamente as reivindicações territoriais chinesas no Mar do Sul da China, uma jogada audaciosa que reflete a determinação em conter a expansão chinesa na região.
Richard Heydarian, analista político filipino, observa que esses exercícios têm uma "dupla orientação" contra as ambições agressivas da China, tanto no Mar do Sul da China quanto perto de Taiwan. Isso sublinha a urgência de proteger a integridade territorial e a estabilidade regional.
Os Estados Unidos têm desempenhado um papel crucial como aliado das Filipinas, garantindo sua segurança em caso de um potencial conflito no Mar do Sul da China. O presidente Joe Biden reiterou o compromisso dos Estados Unidos com a segurança das Filipinas durante a recente cúpula conjunta entre os Estados Unidos, Filipinas e Japão no inicio deste mês de abril.
No entanto, a China condenou os exercícios conjuntos, alegando que aumentam as tensões na região. O comandante Jurney rejeitou essas críticas, enfatizando que os exercícios estão dentro dos limites do direito internacional e dos direitos soberanos das Filipinas.
Em resumo, o exercício "Balikatan" deste ano não apenas fortalece os laços militares entre os Estados Unidos e as Filipinas, mas também enviam uma mensagem clara sobre a determinação em garantir a estabilidade e a segurança na Ásia Oriental. Enquanto as tensões persistirem, é provável que tais demonstrações de força e cooperação militar continuem a moldar o cenário geopolítico da região.
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com DW, AFP e Reuters
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