O Conselho de Segurança das Nações Unidas enfrentou um impasse nesta sexta-feira (22), quando a Rússia e a China vetaram uma resolução proposta pelos Estados Unidos que pedia um cessar-fogo imediato em Gaza, assim como um acordo de reféns entre Israel e o Hamas. A medida, que contou com o apoio de 11 dos 15 membros do conselho, foi rejeitada devido aos vetos russos e chineses, impedindo sua aprovação.
A resolução em questão buscava estabelecer um cessar-fogo sustentado por aproximadamente seis semanas, visando proteger os civis e permitir a prestação de assistência humanitária na região. No entanto, os vetos da Rússia e China criaram um impasse, levando o conselho a buscar uma alternativa.
Diante desse cenário, membros eleitos do Conselho de Segurança estão preparando uma resolução alternativa que será votada em uma reunião posterior. Esta nova proposta exige um cessar-fogo imediato para o mês sagrado muçulmano do Ramadã, a libertação de todos os reféns e um aumento na assistência humanitária para Gaza. No entanto, ela não inclui disposições que apoiem os esforços diplomáticos em curso para garantir um cessar-fogo, um elemento presente na resolução inicial dos EUA.
A posição dos Estados Unidos neste contexto marcou uma mudança significativa, visto que anteriormente eram avessos à "cessar-fogo" e vetaram medidas que incluíam apelos a tal medida durante a guerra em Gaza, que já se estende por cinco meses. A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, expressou sua decepção com os vetos russo e chinês, acusando ambos os países de agirem por razões "cínicas" e "mesquinhas".
Enquanto isso, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que seu país trabalhará em conjunto com a Jordânia e os Emirados Árabes Unidos para persuadir Rússia e China a apoiarem uma nova resolução alternativa na ONU para um cessar-fogo em Gaza.
Este impasse no Conselho de Segurança reflete as complexidades e tensões subjacentes ao conflito em Gaza, com diferentes atores internacionais buscando garantir a segurança dos civis e promover a paz na região, enquanto enfrentam desafios diplomáticos e geopolíticos significativos.
GBN Defense - A informação começa aqui
com Reuters
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