Após dois dias de intensos ataques no Oriente Médio, os Estados Unidos anunciaram planos para lançar novas operações contra grupos apoiados pelo Irã na região. O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou que essas ações são uma resposta aos recentes ataques contra as tropas norte-americanas na Jordânia.
Os ataques recentes foram desencadeados em duas frentes: no Iraque e na Síria, onde facções alinhadas a Teerã foram atingidas, e no Iêmen, com foco em 36 alvos Houthi. Estes últimos ocorreram um dia após o ataque fatal às tropas americanas na Jordânia.
Jake Sullivan afirmou no programa "Meet the Press" que os Estados Unidos estão comprometidos em enviar uma mensagem clara de que responderão a ataques contra suas forças e cidadãos. Ele indicou que mais ações estão planejadas, sem especificar se podem incluir ataques dentro do Irã.
Os confrontos na região têm raízes em eventos que remontam a 7 de outubro, quando o grupo palestino Hamas, apoiado pelo Irã, invadiu Israel a partir da Faixa de Gaza, desencadeando um conflito mais amplo. Grupos apoiados por Teerã se envolveram em várias frentes, incluindo o Hezbollah na fronteira libanesa-israelense e as milícias iraquianas contra as forças dos EUA no Iraque e na Síria.
Até agora, o Irã evitou um papel direto no conflito, mas seu apoio aos grupos em ação tem levantado preocupações e gerado tensões crescentes. O Pentágono declarou que não busca a guerra com o Irã, e Jake Sullivan enfatizou que os recentes ataques são apenas o começo de uma resposta mais ampla.
Os ataques no Iêmen atingiram instalações estratégicas dos Houthi, gerando respostas ameaçadoras por parte do grupo. No entanto, os Estados Unidos permanecem firmes em sua posição de retaliação pelos ataques à Jordânia.
Mahjoob Zweiri, Diretor do Centro de Estudos do Golfo da Universidade do Qatar, prevê que o Irã continuará evitando um confronto direto, mantendo o inimigo afastado de suas fronteiras.
O Irã condenou os recentes ataques no Iêmen, considerando-os uma violação flagrante do direito internacional. Andreas Krieg, professor associado do King's College, Londres, observa que os ataques dos EUA no Iraque e na Síria marcaram uma escalada, mas evitaram alvos diretos no Irã, possivelmente para evitar uma nova intensificação.
Os republicanos nos EUA têm pressionado o presidente Joe Biden para uma ação mais direta contra o Irã. Enquanto isso, o Iraque e os Estados Unidos iniciaram discussões sobre o fim da presença da coalizão liderada pelos EUA no país.
A situação permanece tensa, com o mundo observando atentamente os próximos passos e possíveis desdobramentos dessa crescente escalada no Oriente Médio.
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com reuters
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