A atual crise política, desencadeada pelas declarações controversas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra Israel, transcende a esfera política e ameaça diretamente os programas estratégicos de defesa e a Base Industrial de Defesa (BID) brasileira. A interconexão de múltiplos programas em andamento com a tecnologia israelense coloca o Brasil sob o risco de enfrentar consequências negativas consideráveis. Diante desse panorama desafiador, esta análise buscará aprofundar a compreensão dos impactos iminentes nas áreas cruciais da defesa nacional.
Na Força Aérea Brasileira (FAB), a parceria tecnológica abrangente com a indústria de defesa israelense, notadamente a AEL (empresa do grupo Elbit Systems), desempenha papel vital. A AEL é responsável pelo desenvolvimento do WAD (Wide Area Display), adotado no F-39E/F Gripen da FAB, oferecendo um display panorâmico que centraliza informações essenciais para os pilotos. Além disso, a empresa fabrica componentes eletrônicos cruciais para o cargueiro Embraer KC-390, incluindo Computadores de Missão, Sistemas de Autoproteção, Contramedidas SPS e DIRCM, HUD (Head-Up Display) e EVS (Enhanced Vision System).
A AEL estende sua influência a diversos projetos na FAB, fornecendo aviônicos para aeronaves como C-95M Bandeirante, P-95M Bandeirulha, AMX A-1M, F-5M, A-29 Super Tucano, e contribuindo para o helicóptero Airbus H125 Fennec. Destaca-se ainda a contribuição significativa dos Sistemas Aéreos Remotamente Pilotados (SARPs) de origem israelense, RQ-900 (Hermes 900 da Elbit Systems) e RQ-1150 (Heron I da IAI), desempenhando papel crucial no controle de fronteiras, combate ao desmatamento e narcotráfico.
No domínio das comunicações, o desenvolvimento e integração do sistema Link-BR2 pela Elbit Systems, através de sua subsidiária brasileira AEL Sistemas, promete uma expansão substancial da capacidade de Comando e Controle (C2) da FAB. Este sistema de datalink possibilita comunicação em tempo real entre vetores aéreos e estações de solo, utilizando um protocolo encriptado com alto grau de segurança. O Link-BR2 viabiliza o compartilhamento de informações de radares, troca de mensagens, vídeos e outras aplicações operacionais, aprimorando consideravelmente a consciência situacional de todos os participantes da rede.
No campo de sistemas de armas e sensores aerotransportados, ressaltam-se os PODs da israelense Rafael Litening G4 e Reccelite, operados exclusivamente pela FAB no Brasil. Adicionalmente, as bombas inteligentes SPICE 1000, SPICE 250, e os mísseis Derby e Python, fabricados pela israelense Rafael, são componentes cruciais na capacidade de atuação da FAB.
Dentro do Exército Brasileiro (EB), a participação israelense se materializa através da subsidiária da Elbit Systems, a AEL Sistemas. Esta empresa é responsável pelo fornecimento das torres UT-30BR, que estão sendo integradas às VBTPs Guarani do Exército. A recente escolha dos mísseis anticarro israelenses Rafael Spike LR2, aliada à implementação de diversos sistemas de comunicações e eletrônicos fornecidos pelas grandes empresas de defesa israelenses, reforça a crescente dependência estratégica do EB em relação à tecnologia e expertise de Israel.
Olhando para Marinha do Brasil, temos o sistema SIC2MB de comunicação fornecida pela Elbit Systems, e negociações em andamento para integração dos mísseis Spike aos nossos AH-11B "Wild Lince".
Conclusão
Então chegamos a conclusão, que a atual crise política desencadeada pelas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra Israel apresenta sérios riscos para a segurança nacional do Brasil, especialmente nas áreas estratégicas de defesa. A parceria tecnológica abrangente com a indústria de defesa israelense desempenha um papel vital em diversos programas e projetos das Forças Armadas brasileiras, incluindo a Força Aérea, o Exército e a Marinha.
A dependência significativa de tecnologia israelense em sistemas como o Wide Area Display (WAD) para o F-39E/F Gripen, os sistemas de comunicação Link-BR2, os Sistemas Aéreos Remotamente Pilotados (SARPs), os PODs Rafael Litening G4 e Reccelite, assim como os mísseis Spike e outros componentes cruciais, destaca a vulnerabilidade do Brasil diante das repercussões políticas.
A interrupção ou deterioração dessas parcerias pode ter impactos negativos consideráveis na capacidade operacional das Forças Armadas brasileiras, comprometendo a segurança do país e sua autonomia estratégica. Portanto, é crucial que as autoridades considerem cuidadosamente os desdobramentos políticos e diplomáticos, buscando preservar os interesses nacionais e a continuidade das parcerias tecnológicas essenciais para a defesa do Brasil. A resolução dessa crise torna-se vital para manter a estabilidade e a eficácia dos programas estratégicos de defesa e a Base Industrial de Defesa (BID) brasileira.
Por Angelo Nicolaci - Editor, Jornalista Especializado em Geopolítica & Defesa, Consultor e Palestrante com domínio em assuntos correlatos a geopolítica, defesa e a base industrial.
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Conceito familiar (nação) estabelece que *filho mal criado deve ser castigado*
ResponderExcluirAmém ! Obrigada ! 🌹🤲🇧🇷🌍🇧🇷😂😎👍👏👏👏🇧🇷😎🇺🇲💪🥰😘
ResponderExcluirO Lula é um ser inútil para o País.
ResponderExcluirMais que inútil, é nocivo aos interesses do Brasil
ResponderExcluirNegativo, o perigo existente decorre da total incapacidade brasileira em eletrônica e sistemas eletrônicos. Miguel Teixeira de Carvalho
ResponderExcluirE por acaso você pode me cotar algum País de terceiro mundo que possui essa autonomia? Para de falar besteira…
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